Cidades

demarcação

Terra de Douradina é foco da União para solução de conflito

Território Panambi-Lagoa Rica, que passa por tensões neste ano, deve ter processo regulatório avançado, pelo menos é o que projeta o Ministério dos Povos Indígenas

Continue lendo...

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) tem como prioridade em Mato Grosso do Sul a regularização da Terra Indígena (TI) de Douradina, que foi palco de conflitos entre indígenas e fazendeiros neste ano.

De acordo com o MPI, propostas da Pasta foram apresentadas durante a primeira edição do Fórum Territórios Ancestrais, que ocorreu na TI Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, no fim de semana passado.

“Eles [guarani-kaiowá] já colocaram a regularização da TI Panambi-Lagoa Rica como uma das principais demandas da Grande Assembleia Aty Guasu, especialmente diante dos últimos ataques que aconteceram aos indígenas em julho e agosto de 2024, em Douradina-MS”, informou o MPI.

Questionados sobre o processo de regularização da TI do município, o MPI acrescentou que conversas com as lideranças do povo guarani-kaiowá estão sendo feitas para que haja um avanço no processo demarcatório da região.

“O processo de regularização da TI está sendo abordado durante o evento, apresentando as possibilidades e os entraves processuais e administrativos”, afirmou o MPI, por meio de sua assessoria.

Em reportagem do Correio do Estado, o secretário-executivo do MPI, Luiz Eloy Terena, já havia informado que, no caso de Douradina, chegou-se ao consenso de que um pagamento indenizatório pelas terras deve ser feito.

“Após um conjunto de audiências, chegou-se à conclusão de que é necessário a gente indenizar os proprietários rurais e entregar a terra para os indígenas”, informou Eloy Terena.

Esse procedimento, de acordo com o secretário-executivo do MPI, está em andamento e segue na fase de avaliação, informando os proprietários rurais e os indígenas guarani-kaiowá da região sobre o seguimento do procedimento.

Ainda conforme o secretário-executivo, Mato Grosso do Sul está no foco do governo federal para solucionar os conflitos por terras na região.

FÓRUM ANCESTRAL

O MPI lançou no fim de semana passado o Fórum Territórios Ancestrais na TI Ñande Ru Marangatu. Nesse evento, a Pasta discutiu estratégias para o enfrentamento do marco temporal, que passou pelo Legislativo federal, e atualizou informações para as comunidades indígenas de diferentes territórios sobre o andamento e as alternativas para a regularização fundiária.

Além da presença de Eloy Terena, outros representantes do MPI vieram ao Estado, assim como membros regionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Conselho Aty Guasu e outras lideranças.

A equipe do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas (Demed) do MPI, que é responsável pela coordenação do Gabinete de Crise guarani-kaiowá, realizou uma reunião com lideranças indígenas locais com o objetivo de alinhar as próximas ações, estreitando o diálogo com a Aty Guasu, que tem assento nessa instância.

Lançado em Mato Grosso do Sul, o evento ocorrerá nacionalmente em diversas regiões do País. 

ANTÔNIO JOÃO

De acordo com o MPI, o processo de regularização da TI Ñande Ru Marangatu, que obteve acordo histórico entre indígenas e fazendeiros, ainda está em trâmite, bem como as tratativas para a posse dos indígenas. 
Pelo acordo, a União indenizará os proprietários da terra em R$ 146 milhões. Desse total, R$ 27,8 milhões serão pagos pelas benfeitorias feitas nas terras. Após o pagamento das benfeitorias, que deve ser realizado ainda neste mês, os fazendeiros deverão deixar o local. 

Após o pagamento, os proprietários rurais terão 15 dias para se retirarem dos 9.317 hectares, que serão oficialmente pertencentes ao povo guarani-kaiowá.

O restante da indenização está separado da seguinte forma: R$ 102,2 milhões serão destinados pela União aos proprietários rurais pela terra nua, por meio de precatórios, e R$ 16 milhões serão arcados pelo governo do Estado como contrapartida. Esses valores devem ser pagos no ano que vem.

Saiba: O valor de R$ 27,8 milhões a título das benfeitorias foi apontado em avaliação individualizada feita pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas em 2005, corrigido pela inflação e pela taxa Selic.

Assine o Correio do Estado.

Cidades

Segurança passa mal ao inalar gás tóxico em posto de saúde de MS

O vazamento ocorreu na câmara fria da unidade, onde são armazenados os medicamentos

28/07/2025 18h13

Reprodução Governo do Estado

Continue Lendo...

O Corpo de Bombeiros foi acionado após um segurança inalar gás tóxico proveniente da câmara fria de um posto de saúde, no bairro Cohab, em Ladário, município localizado a 421 km de Campo Grande.

Uma equipe se deslocou para a unidade por volta das 19h21 de domingo (27). O posto fica na rua Nicola Scaffa e o chamado foi feito devido a um vazamento de gás na câmara fria, onde são armazenados os medicamentos da unidade.

Segundo informações levantadas com os profissionais que trabalham no local, o segurança do turno da noite passou mal após inalar o gás tóxico e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro.

A equipe precisou entrar na unidade utilizando equipamentos de proteção respiratória. Os bombeiros abriram todas as portas e janelas para permitir a ventilação natural do ambiente.

Durante a inspeção, os bombeiros constataram que a câmara fria emitia um sinal sonoro, que estava ativado.

Após realizar todo o procedimento de segurança, a equipe repassou as orientações necessárias sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de vazamento de gás tóxico.

O estado de saúde do profissional, assim como a origem exata do vazamento, não foi informado pela assessoria do Corpo de Bombeiros.

Assine o Correio do Estado

Chamamento público

ONG intermedia obras ambientais de R$ 3,6 milhões em dois municípios de MS

Edital prevê obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento de rios

28/07/2025 18h00

Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Com obras em torno de R$ 3,6 milhões, o Instituto Taquari Vivo abriu processo seletivo para contratação de empresa especializada na readequação de estradas vicinais e construção de terraços nos municípios de Figueirão e Alcinópolis.  A ONG venceu o Edital de Chamamento Público lançado pelo Governo do Estado e intermediará as obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região. 

As intervenções devem beneficiar diretamente áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Os municípios possuem solos arenosos e são fortemente impactados pelas condições precárias das estradas e pelo uso intensivo do solo, o que agrava o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

A contratação prevê a execução de 25 quilômetros de readequação de estradas rurais de leito natural, 375 quilômetros de terraços com camalhão central e 2.460 encabeçamentos nas extremidades dos terraços em cada um dos dois municípios. O objetivo é conter a erosão e impedir que sedimentos continuem impactando negativamente os rios locais.

A empresa vencedora terá até 180 dias para concluir os trabalhos após a emissão da ordem de serviço, com possibilidade de prorrogação mediante justificativa técnica. A fiscalização e a aprovação das obras ficarão sob responsabilidade do próprio Instituto Taquari Vivo.

Ainda segundo o edital, não será permitida subcontratação, e as empresas deverão comprovar experiência prévia na execução de obras similares, além de equipe técnica  para garantir o cumprimento das metas ambientais e estruturais previstas.

Serviço

As empresas interessadas devem encaminhar suas propostas até o dia 14 de agosto de 2025, às 17h30, para o e-mail [contato@taquarivivo.org]. O processo seletivo será conduzido com base no critério de menor preço global. 

Assine o Correio do Estado 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).