México
Tremores secundários atingiram a fronteira sudoeste entre o México e os Estados Unidos ontem, depois do terremoto que matou duas pessoas, deixou cidades sem eletricidade e forçou a evacuação de hospitais e asilos. O epicentro do terremoto de domingo, de magnitude 7,2, foi localizado a 18 quilômetros do sudeste de Mexicali, capital do Estado da Baixa Califórnia, uma cidade de mais de 900 mil habitantes. O tremor foi o mais forte a atingir a região em décadas.
O abalo ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros e deixou pelo menos 200 feridos. Um homem morreu quando sua casa caiu e outro morreu quando saiu correndo para a rua em pânico e foi atropelado por um carro. Mas o número de vítimas foi pequeno em parte porque a energia do tremor se moveu para noroeste de Mexicali, na direção de uma área menos povoada, disse Jessica Sigala, geóloga do Serviço Geológico dos Estados Unidos.
"Tivemos sorte com o fato de que a energia foi para outra direção", disse Sigala. "Com cada terremoto, a terra começa a se mover numa determinada direção. Ele começou ao sul de Mexicali e a ruptura se moveu para o noroeste." Ainda ontem, os cientistas registraram cerca de 100 tremores secundários. Tremores também foram sentidos nas cidades de San Diego e Los Angeles (Califórnia), Phoenix (Arizona) e Las Vegas (Nevada), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Estrutura
A qualidade das construções também melhorou no norte do México, uma região com histórico de tremores, disse Carlos Valdes, chefe do Serviço Sismológico Nacional do México. "Os padrões de construção evitaram danos mais sérios", disse Valdés. "As pessoas percebem que sempre há tremores e melhoraram a maneira de construir. Quando os padrões de construção foram implementados, teve início um controle mais apurado, especialmente em grandes estruturas. "
Ainda assim, algumas casas ficaram destruídas em comunidades agrícolas de Mexicali, um efervescente centro comercial ao longo da fronteira mexicana com a Califórnia onde o tremor foi mais forte, disse Javier Ruiz, inspetor da defesa civil da cidade.