Cidades

Compra e Venda

Tradicional nas negociações, "Pedra" surgiu na década de 1960

Pedra foi fundada na Avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e 14 de Julho

DANIELLA ARRUDA

26/08/2015 - 09h00
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Sinônimo de local para fechar negócios de veículos usados com retorno rápido, principalmente naqueles momentos de grande aperto financeiro.  É com esse diferencial que Campo Grande mantém ainda hoje,  mesmo que sem o brilho de outrora e o endereço que a tornou reconhecida, a Pedra, tradicional feira informal de compra e venda de veículos da Capital.

“Fundada” na Avenida Afonso Pena,  entre as ruas 13 de Maio e 14 de Julho — o ano, nem os vendedores autônomos mais antigos sabem ao certo, mas  as primeiras transações teriam iniciado na região em meados da década de 60 e início da década de 70 —, o ponto de compra e venda de automóveis, caminhonetes, utilitários e outros modelos de veículos já mudou de endereço três vezes e hoje ocupa provisoriamente a plataforma desativada do terminal de ônibus urbano anexo à antiga estação rodoviária. 

Presidente da Associação de Vendedores de Veículos  Autônomos, Isidoro de Oliveira Cardoso,  66 anos,  foi um dos profissionais a iniciar as atividades na Pedra ainda no endereço de origem.  “Naquela época, se vendia Jeep, Rural, Maverick, Opala. Entre as caminhonetes, fazia sucesso entre os fazendeiros a C-10”, recorda-se. 

Depois, prosseguiu, os vendedores tiveram que ser transferidos para outro ponto da avenida, abaixo da linha férrea, por determinação do prefeito da época (Levy Dias) , “porque a praça virou centro”. “Mas choveu e virou um barro só. Pegamos os carros todos e voltamos para o mesmo lugar.  

O prefeito nos perguntou porque voltamos e nós dissemos:  não  tem condições para a gente ficar ali, sem um calçamento, sem as entradas para deixar os carros. Ficamos ali um mês, que foi  o tempo para a Prefeitura fazer as obras do meio-fio, construir o calçamento e os bancos no outro ponto”, contou.  A Pedra permaneceria no mesmo local até 2012,  ano em que a feira foi removida da Afonso Pena por causa das obras de revitalização e remoção das vagas de estacionamento da via.

“Antigamente, vinha gente de Dourados, Corumbá, Três Lagoas, de toda parte, para vender carros em Campo Grande e o lugar para vendas era na Pedra.  A média de vendas chegava a 10 carros por dia. Hoje,  nem dá para dizer,  é só para sobreviver”,  comentou o presidente da associação de vendedores autônomos,  reconhecendo que hoje o desafio é manter a Pedra  “viva”.  
Além de atrair a antiga clientela para o “novo” endereço,  concorrendo com a crise econômica,  o abandono do próprio prédio e a falta de segurança do entorno,  os vendedores buscam viabilizar com o poder público municipal projeto de transferência para um local definitivo, dotado de infraestrutura. A associação de profissionais que atuam na Pedra conta com 176 associados, mas somente 40 permanecem resistindo no local. “Os demais ou foram para garagens, ou  têm que ficar circulando pela cidade, para sobreviver”, concluiu.

Cidades

Imasul transfere animais de MS para zoológico em São Paulo

Dois filhotes de tuiuiú e três corujas receberão cuidados especiais no novo lar

04/12/2024 18h00

Irmãos filhotes de tuiuiú, Alto e Pantanal

Irmãos filhotes de tuiuiú, Alto e Pantanal Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) realizou na terça-feira (3) a transferência de dois filhotes de tuiuiú (Jabiru mycteria), ave símbolo do Pantanal, e de três corujas para o Zoológico de Itatiba, em São Paulo. Os animais estavam anteriormente alocados no Hospital de Animais Silvestres Ayty, em Campo Grande,

Os filhotes de tuiuiú, carinhosamente nomeados Alto e Pantanal, têm histórias distintas. Um deles foi encontrado sem uma das asas, impossibilitando seu retorno à natureza. O outro, embora saudável, acompanhará o irmão para manter o vínculo e reduzir o estresse do isolamento.

Além dos tuiuiús, foram transferidas duas corujas da espécie jacurutu (Bubo virginianus) e uma coruja-preta (Strix huhula). Todos os animais foram devidamente anilhados para controle e monitoramento.

A transferência faz parte de uma parceria entre o Imasul e o Zoológico de Itatiba, que acolhe animais impossibilitados de retornar à natureza. No novo ambiente, os animais terão acesso a cuidados especializados e instalações adaptadas às suas necessidades.

André Borges, diretor-presidente do Imasul, destacou a importância dessas iniciativas. "A preservação da fauna pantaneira é uma prioridade. Cada ação de resgate e cuidado é uma vitória para o equilíbrio do ecossistema, especialmente em um momento de tantos desafios ambientais".

Resgate

Os filhotes de tuiuiú foram resgatados na região de Miranda após um alerta da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O primeiro foi encontrado no acostamento de uma estrada, incapaz de voar devido à ausência de penas nas asas. A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Miranda foi responsável pela captura da ave.

Após o resgate, os animais foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e posteriormente ao Hospital Ayty, onde receberam cuidados especializados.

Aline Duarte, coordenadora técnica do Hospital Ayty, ressaltou a importância dos cuidados iniciais: "Quando não é possível a reintrodução ao habitat natural, buscamos alternativas que respeitem sua dignidade e bem-estar".

Enquanto Alto e Pantanal seguem para seu novo lar, um terceiro filhote de tuiuiú, chamado Vegas, permanece sob os cuidados do Imasul. Vegas está em processo de reabilitação e será reintroduzido ao Pantanal assim que estiver apto a viver de forma independente em seu habitat natural.

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FIM DE ANO

Comércio ficará aberto até mais tarde a partir do dia 9 de dezembro; Veja horários

Horário será ampliado para atender a demanda de fim de ano, que aumenta devido às compras de Natal e Ano Novo

04/12/2024 17h45

Comércio terá horário ampliado para atender demanda de fim de ano

Comércio terá horário ampliado para atender demanda de fim de ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A partir da próxima segunda-feira, 9 de dezembro, o comércio de Campo Grande ficará aberto até mais tarde para atender a demanda de clientes, que tradicionalmente aumenta no período de fim de ano.

A decisão do horário estendido foi tomada nesta quarta-feira (4), com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, ficou acordado que o comércio ficará aberto até às 22h de segunda a sábado, com horário diferenciado aos domingos e nas datas festivas.

Confira o horário especial de fim de ano no comércio:

  • Do dia 9 ao dia 23 de dezembro, de segunda a sábado - até às 22h
  • Domingos, dias 15 e 22 de dezembro -  9h às 18h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (até as 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 31/12 -  Até as 16h (até as 18h em shoppings e hipercenters). 
  • Domingos, dias 15 e 22 de dezembro -  9h às 18h.
  • Dias 25 de dezembro e 1º de janeiro - comércio não abre

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 8% aos comerciários, sendo 6% para quem ganha acima do piso.

O valor do vale alimentação foi reajustado para R$ 552.

Movimentação financeira

O período de fim de ano deve movimentar R$ 1,27 bilhão em compras para presentes e comemoração no comércio de Mato Grosso do Sul, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF MS) e Sebrae MS. 

Esse valor inclui R$ 837 milhões relacionados ao Natal – sendo R$ 414,8 milhões para presentes e R$ 422,6 milhões para comemorações – e R$ 434 milhões no Ano Novo.

De acordo com a economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira, o cenário é otimista.

“O consumidor sul-mato-grossense está mais propenso a celebrar, e isso reflete diretamente na economia. É o momento oportuno para o comércio se preparar, atender bem e aproveitar o movimento gerado pelas festas de fim de ano", disse.

"O gasto médio com presentes de Natal está em R$ 456, e o das comemorações em R$ 340, valores significativos que impulsionam nossa economia”, acrescentou a economista.

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