Cidades

Risco à saúde

Transmissores de doenças, pombos "tomam conta" das UPAs em Campo Grande

Prefeitura diz que culpa é dos pacientes que alimentam os animais

RENAN NUCCI e RAFAELLY GONÇALVES

30/07/2018 - 11h06
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Problema recorrente, a presença de pombos oferece risco à saúde de pacientes e servidores nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Vila Almeida e Jardim Universitário, em Campo Grande. Companhia indesejada, os animais se aglomeraram nos forros, onde acumulam fezes, urina e detritos. Leitores denunciaram ao Correio do Estado que o perigo de desabamento é iminente e medidas urgentes são necessárias.

A comerciante Valdirene Barbosa de Santana, de 47 anos, se assustou com a situação da UPA da Vila Almeida na manhã de ontem, ao levar o filho para numa consulta. Segundo ela, o risco de contaminação pelos dejetos das aves era tão grande, que uma das servidores, que é gestante, estava usando uma máscara para se proteger. "Uma hora [o teto] vai cair na cabeça de alguém. Não basta o caos da saúde e ainda temos que lidar com isso", disse.

A unidade já passou por reformas devido à queda do teto. Nesta manhã, a equipe de reportagem esteve no local e constatou a presença de vários pombos por meio de um pedaço do forro que havia caído. Além disso, perto da farmácia, a sujeira escorre pela parede. "Você chega ali doente, e sai pior. Imagine então os funcionários que têm que fazer plantão nesta situação. Ontem quando estive na UPA, o chão estava bem sujo de fezes".

Os problemas vão além. Rosa Santos da Silva, de 53 anos, proprietária de um salão de beleza ao lado da unidade, disse que frequentemente pacientes procuram seu estabelecimento para usar o banheiro e beber água, devido à precariedade da estrutura. "As pessoas que vão na UPA acabam vindo pedir para usar meu banheiro, porque lá não tem condições. Lá não tem nem copo para beber água e acabam vindo pedir aqui", relatou. 

UNIVERSITÁRIO
No Universitário, a situação é semelhante, relata Neli da Cunha Ferreira, 51. A mulher pontua que, não bastasse a demora para receber atendimento, tem que compartilhar a unidade com os pombas. "Eu fui com minha mãe lá, e ficamos das 15 horas às 22 horas esperando por atendimento. Enquanto isso a gente ouvia os pombos teto e via caindo uma caindo sujeira, que não sabíamos se era areia ou fezes acumuladas. Depois ficamos com nossa pele pinicando".

SOLUÇÕES
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande informou a presença destes animais nestes locais é recorrente em razão da oferta de alimentos. "Por conta disso, os animais acabam rompendo as telas de proteção e se abrigando dentro das unidades. No ano passado, a Sesau fez um trabalho intenso de manejo destes animais para evitar a frequente proliferação nas unidades saúde, além da manutenção e colocação de telas de proteção", lê-se na nota. 

Ainda de acordo  com a assessoria, a UPA da Vila Almeida foi uma das unidade que, durante o período de reforma, recebeu vedação especial. No entanto, conforme mencionado, devido a oferta de alimento estes animais retornaram.  

"Os pacientes são orientados a não alimentar estes animais e, quando são flagrados o fazendo, são advertidos pela equipe da unidade, uma vez que isso contribui para a permanência dos mesmos nestes locais. Não havendo a oferta de alimentos há o dispersamento natural destes animais para outras áreas.Apesar disso, o trabalho de manejo destes animais deve ser permanente e estas unidades deverão entrar no cronograma de vistoria da equipe de manutenção para que estes animais sejam desalojados e as grades reparadas".
 

ESTRAGOS

Com acumulado de quase 100 mm, chuva continua nesta segunda e preocupa autoridades

Na Capital, a força da chuva causou alagamentos, derrubou árvores e abriu crateras nas ruas

20/04/2025 18h00

Uma enorme cratera foi aberta pela força da chuva na Estrada SE-1, localizada no bairro Chacará dos Poderes

Uma enorme cratera foi aberta pela força da chuva na Estrada SE-1, localizada no bairro Chacará dos Poderes Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Tempo chuvoso de quase 100 milímetros, durante feriado de páscoa, deve se prolongar nesta segunda-feira apontam autoridades. 

De acordo com a Defesa Civil de Campo Grande, um novo alerta já foi emitido para a população informando que amanhã (21), a previsão indica que deve ocorrer mais chuvas na cidade que já foi afetada por estragos nas ruas.

A Defesa Civil segue em alerta para novas ocorrências que podem surgir a partir de segunda-feira com 18 agentes escalados na prestação de serviços. 

Conforme informou o Coordenador de Proteção e Defesa Civil de Campo Grande, Enéas Netto, foram registradas 16 ocorrências na cidade neste final de semana envolvendo alagamentos, vias danificadas e quedas de árvores.

Entre os chamados, o de maior gravidade foi atendido na Vila Popular, onde a água do Córrego Imbirussu transbordado invadiu casas na Avenida José Barbosa Rodrigues.

Na estrada SE-1, localizada no bairro Chacará dos Poderes, uma enorme cratera foi aberta pela força da chuva, além de causar estragos na rua de terra Jose Vitor Vieira. Por conta do dano causado foi necessária a interdição parcial da rua pela Defesa Civil, que monitora o local.

Diversos bairros apresentaram problemas com drenagem que resultaram em alagamentos, entre eles o Jardim Ouro Preto, que ficou com as ruas Quero Quero e Ernesto Geisel completamente alagadas.

No bairro Lageado, por exemplo, um caminhão de coleta de lixo chegou a ficar "atolado" em uma das crateras que ficaram ainda maiores com o volume de chuva.

Na Avenida Engenheiro Amélio Carvalho de Bais com a rua Yokohama, próximo ao Jardim Panamá, a chuva causou a derrubada de uma árvore que fechou os dois sentidos da avenida, situação que se repetiu também próximo ao Cemitério Santo Antônio. 

Ao todo sete ruas precisaram ser interditadas totalmente ou parcialmente em Campo Grande por conta de alagamentos ou crateras que foram abertas no asfalto devido a força da chuva.

Segundo a coordenação da defesa civil, a chuva na Capital ultrapassou os 100 mm neste final de semana, atingindo um índice de volume de chuva inesperado para o período.

O trabalho no atendimento das ocorrências realizado pela Defesa Civil teve apoio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

A defesa civil também informa que é possível acionar os agentes escalados do dia para atender chamados através do número 156 (ouvidora da Prefeitura de Campo Grande), ou pelo 199 da defesa civil.

INTERIOR

O temporal que atingiu o interior do Estado foi ainda mais devastador, já que diversas cidades tiveram problemas com enchentes em torno de rios, que causaram alagamentos em casas, rodovias e derrubaram pontes de acessos importantes.

Em Bela Vista, conforme informou a Defesa Civil do município para a reportagem do Correio do Estado, os maiores danos foram nas vias rurais.

A rodovia estadual MS-472 que fica na região de Apaporé precisou ser interditada por conta de uma inundação que ocorreu no Rio Apa. No local o Corpo de Bombeiros foi acionado para resgatar 3 pessoas que foram arrastada pela correnteza quando o motorista de um veículo tentou atravessar o ponto inundado.

Duas pontes na região foram danificadas. Uma Fazenda que fica aproximadamente 40km em direção a Caracol também foi inundada devido as chuvas.

No município de Jardim ocorreu alagamento em residências de quase todos os bairros da cidade, prédios públicos também ficaram alagados após as chuvas.

Alguns moradores da cidade ficaram desabrigados e precisaram de auxílio da Secretaria de Assistência Social para prestar acolhimento aos afetados pelo alagamento de suas residências.

Cidades

Acidente entre moto e capivara deixa mulher morta em rodovia de MS

Vítima era passageira da motocicleta que se chocou com o animal na MS-450, entre os distritos de Palmeiras e Piraputanga

20/04/2025 16h28

Passageira de moto morreu após colisão com capivara

Passageira de moto morreu após colisão com capivara Foto: O Pantaneiro

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Uma mulher de 32 anos morreu em um acidente envolvendo uma motocicleta e uma capivara, na noite desse sábado (19), na MS-435, entre os distritos de Palmeiras e Piraputanga, em Aquidauana.

De acordo com informações do site O Pantaneiro, a mulher era passageira da moto.

O condutor, um homem de 30 anos, seguia pela rodovia quando de chocou com a capivara, na pista. Com o impacto, ele e a passageira caíram.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a mulher não resistiu aos ferimentos e morreu no local do acidente.

Já o condutor estava consciente e com ferimentos aparentemente leves. Ele recusou atendimento médico.

Equipes da perícia e da Polícia Civil foram ao local fazer os levantamentos iniciais. As circunstâncias do acidente serão investigadas.

Acidentes na madrugada

Pelo menos outros três acidentes foram registrados entre a noite deste sábado (19) e a madrugada de domingo (20) no interior de Mato Grosso do Sul.

Em um dos casos, uma colisão frontal envolvendo dois veículos pequenos deixou quatro pessoas feridas na  na saída para o distrito de Casa Verde, em Nova Andradina.

Em um Fiat Siena estavam o motorista, de 70 anos, e uma passageira, de 59, enquanto em um Gol havia quatro pessoas.

Segundo informações, o Siena teria entrado na contramão na rotatória que dá acesso ao bairro Universitário e, em seguida, colidido frontalmente com o Gol. 

Os passageiros que seguiam no banco traseiro do Gol foram socorridos pelo Samu com ferimentos leves, enquanto motorista e passageiro do banco da frente não se feriram. 

Já os dois passageiros que ocupavam o Siena foram imobilizados e transportados para o Hospital Regional de Nova Andradina. 

Outra ocorrência registrada pela Polícia Militar, também em Nova Andradina, envolveu um Onix e uma motocicleta Biz, que colidiram em um cruzamento de ruas e deixaram a motociclista ferida.

No terceiro acidente, registrado nesta madrugada, um motorista que dirigia um Ford Fiesta bateu de frente com uma caçamba utilizada para recolher entulhos. Ele não sofreu ferimentos graves.

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