Cidades

CONFLITOS DE TERRAS

União cogita comprar fazenda para indígenas em Caarapó

Governador do Estado afirma que determinou investigação sobre depredação e incêndio em sede

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A compra de terras reivindicadas por indígenas em Caarapó pode ser uma das alternativas tomadas pelo governo federal para solucionar o conflito na região, que tem escalado nos últimos meses e que, neste fim de semana, tornou-se caso de polícia, a mando do governador Eduardo Riedel (PP), que classificou como criminosa a destruição da sede da Fazenda Ipuitã e de maquinários agrícolas.

No mês passado, reunião entre o governador e o secretário executivo do Ministério dos Povos Indígenas, que na época estava como ministro interino, marcou a criação de uma força-tarefa para solucionar conflitos de terras em Mato Grosso do Sul.

E uma das alternativas para resolver os problemas fundiários em Mato Grosso do Sul pode ser a compra de terras, assim como aconteceu na Terra Indígena TI Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, no ano passado.

No mês passado, Eloy Terena afirmou que a força-tarefa criada foca em resolver a disputa por terras em três municípios de Mato Grosso do Sul: Dourados, Douradina e Caarapó.

A promessa dessa solução para a região já foi feita outras vezes, mas agora o secretário executivo afirma que o acordo que deverá ser costurado deve ser semelhante ao de Antônio João, em que os fazendeiras tiveram suas terras adquiridas pela União por um preço de mercado, e as repassou para o povo indígena Guarani-Kaiowá da região.

Para isso, nesta semana, uma equipe do Ministério dos Povos Indígenas virá a Mato Grosso do Sul para conversar com as partes e analisar as situações que estão ocorrendo em cada terra indígena (TI).

“O Ministério dos Povos Indígenas está acompanhando a situação por meio do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas, com a Funai e com a Força Nacional de Segurança Pública”, afirmou Eloy Terena.

“O MPI compõe a comitiva federal que cumprirá diligência na região nesta semana, e visitará ambos os territórios com conflitos deflagrados na região de Dourados para apurar mais informações sobre as situações ocorridas nos últimos dias”, completou.

No caso da TI Guyraroká, em Caarapó, o caso está judicializado há, pelo menos, 15 anos e, em 2011, a demarcação da terra foi anulada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A área reivindicada e declarada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) tinha 11.400 hectares.

INVESTIGAÇÃO

Ontem, durante coletiva de imprensa, o governador Eduardo Riedel chamou a depredação da sede da fazenda, em Caarapó, ocorrida neste fim de semana durante nova retomada, de crime, o que foi acompanhado pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB).

“A ação foi criminosa, invadir uma propriedade privada, incendiar benfeitorias, levar animais vivos, incendiar maquinário, isso é uma ação criminosa, e para tratar de ação criminosa é a polícia que está tratando disso com muita veemência. O que aconteceu ontem em Caarapó é de um pequeno grupo, aliciado por interesses que não tem nada a ver com a questão indígena. A polícia está investigando e eu pedi urgência nesse processo para apurar responsabilidades”, declarou o governador.

Perguntada, Simone Tebet acompanhou o governador. “Crime é crime e merece ser investigado, processado e julgado. Eu vi que houve uma menção em relação a uma adolescente, um crime não justifica o outro e agora está nas mãos da justiça. O governo federal não é conivente com nenhum tipo de crime”, disse.

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Cidades

Consórcio paga parte dos atrasados, mas motoristas confirmam greve a partir de segunda

Sem acordo com o Consórcio Guaicurus, a greve está prevista para segunda-feira (15), segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande

13/12/2025 11h23

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com o Consórcio Guaicurus tendo atendido “em partes” à reivindicação definida em assembleia, a greve dos motoristas de ônibus deve iniciar nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.

Em conversa com o Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano da Capital (STTCU-CG), Demétrios Feiras, informou que os trabalhadores receberam, na sexta-feira (15), somente 50% do salário referente ao mês de novembro.

“O Consórcio Guaicurus, no final da tarde, depositou 50% do valor dos salários, referente ao mês de novembro, que era para ser pago no quinto dia útil do mês de dezembro. Foi a única coisa que o Consórcio pagou”, informou Demétrios.

Durante assembleia, a categoria reivindicou o pagamento do salário integral, do adiantamento, da segunda parcela do décimo terceiro e do vale (adiantamento salarial). No entanto, houve apenas o depósito de 50%, e a paralisação segue confirmada.

Segundo o presidente do STTCU-CG, não está prevista, para este fim de semana, qualquer tentativa de negociação com a empresa responsável pelo transporte coletivo na Cidade Morena.

Com isso, Demétrios reforçou que os ônibus só retornarão às ruas quando o Consórcio efetuar o pagamento do que ficou definido pela classe.

“E a gente só volta a trabalhar com o pagamento desses três vencimentos. Caso contrário, continua parado na terça, na quarta, até que o Consórcio efetue esses pagamentos”, pontuou Demétrios.

A justificativa para não realizar o pagamento, conforme explicou Demétrios, é a falta de dinheiro em caixa. Como adiantou o Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus alega um “rombo” em dívidas de R$ 15,2 milhões, sendo que desse valor R$ 8,2 milhões são referentes aos salários dos funcionários.

Por conta disso, a concessionária pediu que o valor do subsídio pago pelo poder público seja ainda maior.

Entenda

No dia 5, o Consórcio Guaicurus, responsável pela administração do transporte coletivo de Campo Grande, anunciou que a situação financeira estaria insustentável para a continuidade da operação, motivada por supostos atrasos nos repasses por parte do poder público.

Além das dificuldades relacionadas a questões operacionais, como combustíveis, manutenção da frota e encargos, o consórcio também enfrenta negociações com a classe de funcionários, principalmente os motoristas.

Motoristas do Consórcio Guaicurus realizaram assembleia geral, na madrugada desta quinta-feira (11) e optaram pela paralisação. Eles reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – efetuaram o depósito de 50%
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou Felipe Machado e Naiara Camargo

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EXAME UFMS

PASSE UFMS: triênio 2023-2025 tem terceira e última etapa amanhã

Oportunidade de ingressar na Universidade Federal para quem vem do ensino médio tem mais de 18 mil inscritos em prova que acontece nesse domingo (14)

13/12/2025 11h10

Sede da UFMS em Campo Grande

Sede da UFMS em Campo Grande Marcelo Victor / Correio do Estado

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Programa de Avaliação Seriada Seletiva, o Passe, acontece no próximo domingo (14). Neste ano, a prova para ingressar na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul tem aproximadamente 18 mil inscritos em todo o Estado.

Com característica específica voltada para alunos que estão no Ensino Médio (EM), o "Passe UFMS" é um modelo de prova que avalia o estudante desde o seu primeiro ano da última etapa da escola.

De forma cumulativa, o aluno deve se inscrever e realizar a prova durante o triênio que encerrará sua fase escolar. Então, no último ano do ensino médio, durante a inscrição da avaliação, é possível escolher o curso que deseja ingressar.

Com a soma dos pontos ao longo das três etapas, a classificação para entrar na Universidade Federal do Estado é baseada na média adquirida. A pontuação de cada uma das tapas tem pesos diferentes na somatória para formar a média geral, sendo a 3ª com maior peso.

  • Neste ano, alunos que completaram o 1º ano do ensino médio irão realizar a primeira etapa do triênio 2025-2027.
     
  • Alunos que no ano de 2025 terminaram o 2º ano do ensino médio irão realizar a segunda etapa do triênio 2024-2026.
     
  • Por fim, os que encerraram o ensino médio e saíram do 3º ano, irão realizar a terceira e última etapa do triênio 2023-2025, para no ano que vem ingressar na universidade.

As provas acontecem das 08h às 13h, no horário de Mato Grosso do Sul nas cidades de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Com 60 questões contemplando as quatro áreas de conhecimento, a pontuação máxima total é de 120 pontos. Cada pergunta equivale a 2 pontos, o que totaliza 30 pontos em cada área, sendo elas:

  • 15 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Ciências Humanas e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Matemática e suas Tecnologias - 30 pontos;

Cada fase aborda conteúdos que seguem a proposta curricular do respectivo ano. Além disso, as três etapas incluem uma redação dissertativo-argumentativa que soma a pontuação de cada fase e à média final ao terceiro ano.

Recomendações

A Fapec, banca responsável pela organização e realização da prova, divulgou o edital com horário e ensalamento de cada aluno, e recomenda que o candidato chegue com 30 minutos de antecedência do horário de fechamento dos portões.

Para fazer o exame é necessário ter em mãos um documento original de identificação com foto, além de o ensalamento anotado para facilitar. 

Confira o ensalamento de cada etapa nos links abaixo:

1ª etapa triênio 2025-2027: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/Edital_prograd_480.pdf;
2ª etapa triênio 2024-2026: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/Edital_prograd_483.pdf;
3ª etapa triênio 2023-2025: https://ingresso.ufms.br/files/2025/11/edital_prograd_486.pdf.

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