Ação da Polícia Civil de Três Lagoas (MS), realizada na tarde desta quarta-feira (6), resultou na prisão de oito integrantes do facção criminosa PCC. Eles faziam o "julgamento" de um homem que teria perguntado a eles se sabiam quem teria furtado alguns eletrônicos de sua família.
Uma denúncia anônima levou os policiais a uma residência, no bairro Flamboyant, onde um vigilante de 32 anos era mantido em cárcere privado por aproximadamente 12 pessoas, sendo que algumas estavam armadas.
Em coletiva com a imprensa, na sede da SIG, os delegados responsáveis pela ação, Thiago Passos e Ailton Pereira, informaram que a vítima era julgada pelos criminosos por ter perguntado a eles se sabiam quem teria furtado alguns eletrônicos da sua família. “Ele saiu de casa em casa perguntando quem poderia ter furtado e ao chegar a residência de um dos suspeitos acabou sendo obrigado a entrar e passou a participar do que eles chamam de julgamento do PCC”, explicou Pereira.
A vítima foi mantida em cárcere e sob a mira de um revolver tinha sua vida negociada pelos criminosos, que se ofenderam ao serem questionados sobre os produtos furtados.
Segundo Pereira, a equipe da Polícia Civil conseguiu chegar a casa antes que qualquer “sentença” fosse dada. Ele acredita, inclusive, que o vigilante poderia ser morto.
No final da operação oito pessoas acabaram detidas, sendo quatro menores de idade apreendidos. Outros quatro criminosos conseguiram fugir e ainda não foram identificados.
De acordo com o delegado Pereira, foram apreendidos produtos furtados e uma pequena porção de maconha. Nenhuma arma foi localizada.
Todos possuem passagem diversas passagens pela polícias, entre elas por roubo, furto e tráfico de drogas. “Um menor tem mais de 20 passagens e é suspeito de fornecer drogas para o bairro Jardim Novo Oeste”, disse o delegado.
Os maiores de 18 anos foram presos em flagrante e responderão pelos crimes de cárcere privado, associação ao crime e serão encaminhados ao Presídio de Segurança Média de Três Lagoas, já os menores ficarão à disposição da Justiça na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).