Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Visita ministerial e força nacional apoiam combate a incêndios no Pantanal

Ministras aterrissaram na Cidade Branca nesta sexta (28), por volta de 09h, enquanto a Força Nacional chegou à Corumbá ainda na noite de ontem (27)

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Trabalhos de combate aos incêndios no Pantanal foram reforçados, graças a chegada da Força Nacional aliada à vinda da comitiva ministerial que trouxe Marina Silva e Simone Tebet, responsáveis pela pasta do Meio Ambiente e Planejamento e Orçamento, respectivamente, para ficarem a par da atual situação das queimadas no bioma. 

Conforme o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, 40 agentes dos bombeiros militares do Distrito Federal e Tocantins chegaram à Corumbá na noite de ontem (27), enquanto as ministras aterrissaram na Cidade Branca nesta sexta (28), por volta de 09h pelo horário local. 

Sob orientação do chamado Sistema de Controle de Incidentes que atualmente coordena as ações no Pantanal, os agentes que vieram de outros Estados desembarcaram junto 27 viaturas, sendo duas de grande porte, caminhão carregado com material de combate a incêndio.

Comandando a Força Nacional em Corumbá, o major dos bombeiros de Tocantins, Marinaldo Gomes Rocha, indica que a preparação surgiu há poucos dias. 

"A gente presta apoio aonde o Corpo de Bombeiros local destinar. É uma satisfação, uma honra estar aqui colaborando com Mato Grosso do Sul e com todo o efetivo desse Corpo de Bombeiros", afirma. 

Representando o governo do Estado em Corumbá, o secretário estadual da Casa Civil, Eduardo Rocha, afirma ainda que haverá apresentação para as ministras, sobre como o fogo começou, além das medidas tomadas até então pelo Executivo de Mato Grosso do Sul. 

Ministras em MS

As ministras que chegaram em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e trouxeram junto o secretário executivo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Valter Ribeiro, foram recebidas tanto pelo prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, quanto pelo governador do Estado, Eduardo Riedel. 

 

Conforme o representante da Casa Civil de MS, Eduardo Rocha, entre os pedidos a serem feitos para as ministras após a apresentação técnica, lista-se um projeto de R$ 50 milhões da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul, que precisa de combustível, equipamentos e carros. 

"O Governo de Mato Grosso do Sul vai montar um gabinete de crise aqui em Corumbá, e cada secretário virá uma semana, dez dias, acompanhar de perto. Nós vamos ter uma equipe aqui todos os dias", expõe Rocha, que inclusive é marido de Tebet. 

Ainda ontem, o Ministério do Meio Ambiente divulgou que uma remessa de equipamentos para combate ao fogo foram enviados por equipes de brigadistas do Prevfogo/Ibama, contando ainda com reforço efetivo de mais 50 brigadistas do Ibama e 60 da Força Nacional.

No período da manhã houve sobrevoo em que as ministras acompanharam, ao lado de Riedel, algumas das áreas atingidas por incêndios florestais. 

Fogo constante

Mobilizando diversos setores da sociedade, até mesmo a Polícia Federal planeja gabinete de crise para ajudar nas investigações de suspeitos de atearem fogo no bioma, segundo confirmou a própria Marina Silva. 

Conforme a ministra, a maioria dos focos do fogo está em áreas particulares, sendo que a PF indica agora que serão realizadas investigações com auxílio de satélites, com a base do gabinete sediada no município de Ladário. 

Inclusive, como abordou o Correio do Estado ainda na quinta-feira (27), Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPE) identificou 18 novos pontos de início de incêndio no Pantanal, via monitoramento de satélite pelo Núcleo de Geotecnologias (NUGEO).

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Cidades

Oito em cada dez municípios têm risco alto ou muito alto para sarampo

Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016

18/09/2024 21h00

Agência Brasil

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Ao menos 4.587 municípios foram classificados como em alto risco para sarampo, enquanto 225 foram categorizados como em risco muito alto, totalizando 86% das cidades em todo o país com risco elevado para a doença. Há ainda 751 municípios listados com risco médio e apenas quatro com baixo risco. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

Ao comentar o cenário, a coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, lembrou que o Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 após voltar a registrar a circulação do vírus por um período superior a 12 meses. “Em 2022, o Brasil estava endêmico para sarampo e, em 2023, passou para o status de país pendente de reverificação”, explicou. 

Segundo Flávia, em maio deste ano, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas esteve no país e fez uma série de recomendações, incluindo ampliar a sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo. A entidade pede que o país apresente o número de amostras recebidas de pacientes com febre e exantema e quais foram os diagnósticos de descarte.

De acordo com a coordenadora, a comissão destacou que, embora a cobertura vacinal tenha melhorado tanto para o sarampo quanto para a rubéola, por meio da tríplice viral, em alguns estados o progresso foi mínimo ou mesmo negativo. A situação no Rio de Janeiro, no Amapá, no Pará e em Roraima foi classificada pela entidade como muito preocupante para a manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no país. 

Também foi recomendado que o Brasil padronize um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos, tomando como base o caso recente de sarampo detectado no Rio Grande do Sul, importado do Paquistão. Por fim, a comissão sugere articular junto ao Ministério do Esporte e ligas esportivas a vacinação de atletas brasileiros, a exemplo do que foi feito previamente aos Jogos Olímpicos de Paris este ano. 

“Foi feita ainda a recomendação de buscas ativas integradas de casos de sarampo e rubéola com poliomielite e paralisia flácida em menores de 15 anos”, disse Flávia, ao citar que as ações servem para fortalecer a vigilância a nível municipal. 

Em junho deste ano, o país completou dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país espera retomar a certificação de 'livre de sarampo'

TENSÃO

Lula e Riedel discutem suposto elo entre narcotráfico e retomadas indígenas

Os dois falaram por vídeo nesta quarta-feira (18), após a morte de um indíngena em Antônio João. Nesta quinta, Riedel promete levar a Brasília um relatório comprovando a ação do narcotráfico entre os indígenas

18/09/2024 19h15

Pela manhã, depois que o confronto com a PM resultou em uma morte de indígena, Eduardo Riedel reuniu parte do secretariado

Pela manhã, depois que o confronto com a PM resultou em uma morte de indígena, Eduardo Riedel reuniu parte do secretariado

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Horas depois da morte de um indíngena em meio a uma operação da Polícia Militar em Antônio João, no extremo sul do Estado, o O governador Eduardo Riedel discutiu com o presidente Lula, no final da tarde desta quarta-feira (18), um relatório sobre o conflito fundiário na região de fronteira com o Paraguai. 

"Estamos empenhados em que não haja mais conflitos", frisou o governador Riedel ao presidente Lula, indicando também que já solicitou abertura de inquérito para apuração das circunstâncias que levaram ao óbito, informou nota divulgada pela assessoria.

Na manhã desta quarta-feira, ogovernador e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, atribuíram a tensão e o próprio confronto entre policiais e indígenas, a uma suposta atuação do narcotráfico, que estaria "exportando" indígenas paraguaios para o lado brasileiro a fim de empliar seu poder de domínio e facilitar o escoamento da maconha que é produzida do lado paraguaio. 

De acordo com a assessoria do Governo, Riedel e Lula falaram abertamente sobre as suspeitas que envolvem o narcotráfico na região, com roças de maconha localizadas do outro lado da fronteira, próximas à propriedade ocupada no Brasil, e a presença de facções criminosas que estariam aliciando pessoas dentro das comunidades indígenas.

Ainda conforme a assessoria, um relatório da inteligência produzido pelas forças de segurança de Mato Grosso do Sul será apresentado pelo governador a representantes do Governo Federal e no STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (19).

No confroto ocorrido no começo da manhã desta quarta-feira foi morto o indígena Nery da Silva, da etnia Guarani Kaiowa. Os indígenas reivindicam uma propriedade que desde 2005 está homolgada, mas até agora está na posse de fazendeiros. 

Para atender decisão da Justiça Federal, cerca de 100 policiais foram à região para, segundo o secretário de segurança, garantir a ordem na região e acabaram entrando em confronto com o grupo que está na fazenda Barra faz semanas. Esses povos originários residem na Terra Indígena batizada de Nanderu Marangatu, onde ainda existe uma propriedade que seria a última na posse de outros que não os povos originários. 

"Nós percebemos que nos últimos dias foi acirrando com a presença de 'índios paraguaios'. Nós estamos ali numa região onde a fronteira é um rio pequeno, facilmente transponível; e do lado de lá nós temos diversas plantações de maconha... então há um interesse de facções criminosas que exploram o tráfico de drogas", afirmou o secretário na manhã desta quarta-feria. 

Segundo Videira, a Fazenda Barra fica menos de 5 km da linha internacional de fronteira, com informações da inteligência apontando a região como "estrategicamente posicionada" para escoar a produção do tráfico de drogas. 

"A grande produção de toda essa região tem como destino grandes centros, por meio de aldeias. De aldeia em aldeia até chegar próximo de Campo Grande; Dourados; e aí ter acesso aos maiores centros consumidores", afirmou o Videira.

Tensão

O governador, por sua vez, reforçou que o Estado "tem buscado avançar" nas políticas públicas voltadas para as comunidades indígenas e seu desenvolvimento. 

"Sou representante dos governadores na mesa de conciliação do STF, é um tema complexo, difícil, mas o que nós estamos vendo aqui foge completamente a essa discussão", afirmo Riedel. 

Com base no que lhe foi repassado pelo setor de inteligência, Riedel apontou para a versão de "disputa de facções criminosas paraguaias", destacando que a ordem recebida judicialmente é para que se mantenha a ordem.

"Em uma propriedade que está em litígio, do ponto de vista fundiário, mas que tem uma família morando na casa e que não sai de lá, dizendo que vão morrer lá. A decisão é que o Estado garanta a segurança dessa família e o acesso das pessoas nessa propriedade", reforçou o governador. 

 

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