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CRÍTICA

Apesar de tudo, Woody Allen continua em plena forma

Cineasta chega a seu 50º. longa, "Golpe de Sorte em Paris" (2023), esbanjando talento e domínio da narrativa

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Não fosse o final repentino, com o recurso narrativo conhecido como “Deus ex-machina”, em que uma solução abrupta provoca o desfecho da história, “Golpe de Sorte em Paris” estaria entre os melhores trabalhos de Woody Allen, que chega aos 89 anos no próximo mês e, com esse filme, ao 50º. longa-metragem. Haja fôlego e inspiração, não somente pelos anos de vida e estrada, mas também por se tratar de um diretor que volta e meia recorre aos próprios clichês para dar fornalha à sua produção. E sujou a imagem por acusações de abuso familiar.

Neste longa de 2023, que esteve em cartaz em Campo Grande apenas por uma semana, com dois horários numa única sala do Cinemark, o roteiro de Allen ceifa a vida do vilão de uma hora para outra, na última cena, deixando momentaneamente sem ar quem está na poltrona. Mas o enredo de traição e assassinato transcorre de modo tão bem dosado, meio que na chave da comédia romântica, que o arremate final não chega a aborrecer. Pelo contrário, ficamos a pensar nas causalidades e sortilégios que definem a caminhada da cada um.

Todo falado em francês, “Coup de Chance” (título original) traz uma jovem e bela mulher casada (Lou de Laâge) que se envolve com um antigo colega de escola (Niels Schneider). Ela trabalha numa galeria de arte; ele está em Paris apenas para escrever seu novo romance. Os encontros são frugais, em parques ou no apartamento dele. Até que o beijo acontece e a paixão se torna avassaladora.

Se a casualidade marca o início do romance, é também ela, a quem se pode chamar de destino, que leva à morte do marido, que, por sua vez, nada por acaso, trama o assassinato do amante. Nonsense e uma reflexão sobre, afinal, o que é moral, num andamento leve, pra-lá de elegante, tornam o filme uma pérola perdida no cinema atual.

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Exposição traz rodeio e "Cabaré" de volta a Campo Grande

Evento terá o 1° Leilão de Touros de Rodeio da história do Brasil e trará grandes nomes musicais como Jads & Jadson, Dj Jiraya Uai, Felipe & Rodrigo e o famoso Cabaré, com Bruno & Marrone e Leonardo

14/10/2024 16h15

Exposição traz rodeio e

Exposição traz rodeio e "Cabaré" de volta a Campo Grande Ramon Machado / Divulgação

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Os campo-grandenses já podem comemorar, o rodeio no Parque de Exposições está de volta! A responsável será a Expogenética Nelore-MS que acontecerá entre os dias 30 de outubro e 10 de novembro. A feira também realizará o 1° Leilão de Touros de Rodeio da história do Brasil. 

Entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, a Professional Bull Riders (PBR), irá realizar uma etapa Master do campeonato mundial,  o ganhador garante uma vaga para a grande final em Las Vegas. Já no dia 03 deve acontecer o 1° Leilão de Touros de Rodeio da história do Brasil, onde dois touros campeões mundiais da PBR serão comercializados.

Vale lembrar que a PBR é a maior organização mundial de montaria em touros, presente em vários países, incluindo o Brasil, Estados Unidos, Canadá, México e Austrália. 

 “Diante da importância que Mato Grosso do Sul tem no contexto nacional na produção de genética melhoradora, esse evento vem consagrar e mostrar essa força para o restante do país, pois a genética produzida aqui no Estado é exportada para todo o Brasil”, comentou o presidente da Nelore-MS, Paulo Matos.

Matos ressaltou que 90% de todo o rebanho do estado é da raça Nelore, o que destaca a importância de apresentar os avanços e fazer networking sobre assuntos relacionados ao melhoramento genético.

Estão confirmados 10 leilões, palestras técnicas, provas equestres, shopping de animais ao vivo, palestras de melhoramento e evoluções na reprodução e conceito de nutrição. 

Já em relação à programação para a família, o evento terá parque de diversões, área comercial e praça de alimentação. A feira ainda contará com stands musicais, especialmente para quem optar por um entretenimento a mais dentro da Expogenética, com shows regionais e nacionais, como “No Fio do Bigode” nos dias 31, 01, 02 e 08 de novembro, e o “Curral 67”, no dia 09 de novembro.

O destaque vai para os grandes nomes musicais, no sábado (31) a dupla Jads e Jadson garantirá a presença com grandes sucessos como "Planos Impossíveis", "Jeito Carinhoso" e "Noites Fracassadas", a entrada será franca para àqueles que optarem pelo setor 'arena' ou 'arquibancada'. 

No dia 08, o "Cabaré" está de volta, desta vez com Bruno & Marrone e Leonardo, o repertório recheado de sucessos farão parte do show, além de músicas escolhidas exclusivamente para essa parceria. 

“Telefone mudo”, “Boate azul”, “Garçom”, “Dama de vermelho”, “Amor de primavera”, “Amargurado”, “Andorinhas”, “Eu não sou cachorro não”, são os nomes de algumas músicas que prometem animar a galera. 

Confira a agenda completa de shows:

  • 31/10 – Jads & Jadson – Entrada franca para arquibancada e arena
  • 01/11 – Dj Jiraya Uai – Entrada franca para arquibancada e arena
  • 02/11 – Felipe & Rodrigo – Entrada franca para arquibancada e arena
  • 08/11 – Cabaré com Bruno & Marrone e Leonardo – Ingressos a venda no site 

Ingressos e outras informações podem ser conferidos aqui.

Atenção para os dias e horários dos leilões: 

  • 31/10 (quinta-feira) 19:00 horas

Leilão: 2º Leilão Corte Nelore MS

Promotor: Nelore MS

  • 01/11 (Sexta-feira) às 19:00 horas

Leilão: 1º Leilão EXPO Genética MS Quarto de Milha – Paint Horse

Promotor: 67 Leilões

  • 02/11 (Sábado) às 12:00 horas

Leilão: Leilão IPB e convidados

Promotor: Noninho

  • 03/11 (domingo)

Leilão: 1° Leilão Estrela PBR

  • 04/11 (Segunda-feira) às 19:00 horas

Leilão: Leilão São Geraldo

Promotor: Geraldo Magela

  • 05/11 (Terça-feira) às 19:00 horas

Leilão: Leilão Trio MS

Promotor: Nelore Cachoeirão e Genética Aditiva    

  • 06/11 (quarta-feira)

Leilão: Leilão Matinha

Promotor: Nelore Matinha

  • 07/11 (Quinta-feira) às 19:00 horas

Leilão: Leilão Nelore di Gênio

Promotor: Do Gênio

  • 08/11 (Sexta-feira) 19:00 horas

Leilão: Corte especial – Capitaliza Leilões

  • 09/11 (Sábado) às 12:00 horas

Leilão: Jacarezinho e Parceiros 

Promotor: Jacarezinho 

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LITERATURA

A união faz a força

Presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Henrique de Medeiros toma posse hoje, no Rio de Janeiro, também como presidente do recém-criado Fórum Brasileiro das Academias Estaduais de Letras; "unir, fortalecer e fomentar", diz o escritor

14/10/2024 10h00

Henrique de Medeiros:

Henrique de Medeiros: "O mercado literário tem as suas peculiaridades, suas dificuldades no sentido de distribuição e de divulgação. Então, são forças que precisam ser adequadas em termos de produção literária, incentivo à leitura e da leitura propriament Foto: Divulgação

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A primeira diretoria do recém-criado Fórum Brasileiro das Academias Estaduais de Letras – que reúne as Academias Estaduais de Letras do País, entre elas, a sul-mato-grossense – tomará posse hoje, às 16h, em cerimônia a ser realizada no Salão Nobre da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro.

Além de autoridades e convidados especiais, estarão presentes na ABL representantes da maioria das “oficiais” Academias Estaduais de Letras, entre eles, o imortal Henrique de Medeiros, da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL), que foi eleito como primeiro presidente da instituição nacional.

Segundo Medeiros, que participou pela ASL, da qual também é presidente, da criação do fórum, em Campo Grande, e de sua solidificação, em Belém (PA), o objetivo é “unir, fortalecer e fomentar as Academias Estaduais de Letras, que são as oficiais e tradicionais do País, promovendo a língua portuguesa, as letras e a cultura”.

Para o acadêmico, o fórum, que tem “a presença e o aval da Academia Brasileira de Letras na diretoria, tem todas as condições de agregar ainda mais os setores culturais dos estados brasileiros”.

O fórum, que pretende ser uma referência na literatura nacional, foi criado nos congressos realizados pelas 27 academias estaduais, nas cidades de Campo Grande e Belém, e terá sede em São Paulo (SP). A nova instituição vem para “solidificar” a construção do trabalho feito ao longo de anos pelas academias em prol da cultura, em especial da literatura, estabelecendo uma conexão por meio da troca de experiências entre as entidades e seus membros e realizações de projetos em conjunto.

DIFUSÃO

A primeira diretoria, eleita no congresso em Belém, terá como presidente Henrique de Medeiros (ASL). A presidência honorária do fórum será sempre do presidente em exercício da Academia Brasileira de Letras, atualmente o imortal Merval Pereira. Como vice-presidente, Antônio Penteado Mendonça (Academia Paulista de Letras), como secretário, Ernani Buchmann (Academia Paranaense de Letras) e como tesoureiro, Airton Ortiz (Academia Rio-Grandense de Letras).

Para Antonio Penteado Mendonça, “as academias têm muito a contribuir para a difusão da leitura e a importância da literatura na formação da identidade e no desenvolvimento do pensamento nacional”.

Para Ernani Buchmann, “a integração das Academias Estaduais de Letras retoma o sonho iniciado em maio de 1936, com a criação da Federação das Academias de Letras do Brasil, que infelizmente teve vida efêmera”.

Para Airton Ortiz, “o fórum nacional é um estímulo para que sejam criados os fóruns estaduais, unindo as academias municipais, capilarizando o movimento e fortalecendo o trabalho em prol do livro e da leitura”.

ESTREITAR LAÇOS

O imortal e ocupante da Cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, Arno Wehling, que representou a instituição no congresso e na fundação do fórum, afirmou ser “uma iniciativa extremamente relevante e que nós podemos associar a aspectos fundamentais da vida das nossas instituições, e eu diria que basicamente isso se refere a estreitar laços de natureza pessoal e de natureza institucional entre cada uma das academias, um esforço coletivo em prol da literatura, das humanidades e da figura do escritor e um lugar de debate permanente das questões que interessam a todas as nossas instituições”.

A primeira diretoria do fórum também é composta por Márcia Maria de Jesus Pessanha (Academia Fluminense de Letras), como segunda-secretária, e Alberto Rostand Fernandes Lanverly de Melo (Academia Alagoana de Letras), como segundo-tesoureiro. No conselho fiscal estão Lélia Pereira da Silva Nunes (Academia Catarinense de Letras), Flávio Quinderé (Academia Paraense de Letras) e Leide Câmara (Academia Norte-Rio-Grandense de Letras), com os suplentes Zózimo Tavares (Academia Piauiense de Letras) e Cecy Lya Brasil (Academia Roraimense de Letras).

PAUTAS

À reportagem do Correio do Estado, Henrique de Medeiros detalhou a agenda de trabalho que o Fórum Brasileiro das Academias Estaduais de Letras tem pela frente. “São coisas que estão dentro das pautas [das academias], mas que vão ter de ser feitas agora de uma maneira cronológica e sequencial a partir desse trabalho do fórum”, afirmou o escritor, em entrevista por telefone, no sábado, já em solo carioca.

“Primeiro, a organização e a solidificação do fórum em termos administrativos. Segundo, dar continuidade e tentar manter essa força que as academias estão demonstrando em termos de unidade de trabalho. Terceiro, buscar adequar os projetos que já existem entre elas de conhecimento, trocar essas informações de uma forma mais prática, mais objetiva. E quarto, buscar novos projetos e projetos nacionais para todas elas”, enumerou Henrique.

“O País inteiro e Mato Grosso do Sul têm um nível muito forte em termos de produção literária. Muito se escreve. A questão, sempre, do escrever é você ter leitor e o aspecto do trabalho da produção editorial com relação a tudo isso. O mercado literário tem as suas peculiaridades, suas dificuldades no sentido de distribuição, no sentido de divulgação. Então, são forças que precisam ser adequadas em termos de produção literária, em termos de incentivo à leitura e em termos da leitura propriamente dita”, pontuou.

“Há projetos, inclusive, também entre as academias de fazer trocas de divulgação de livros entre seus estados. De literatura amazonense na Bahia, literatura pernambucana em Mato Grosso do Sul, literatura de MS no Paraná. Essas trocas que possivelmente podem vir a ocorrer. A gente tem alegria em função dessa representatividade e também um cuidado muito grande em relação à responsabilidade dos trabalhos que a gente vai ter de desenvolver”, disse o presidente da ASL e da nova entidade.

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