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PERDA

Após luta contra a Covid-19, Valdenir partiu, mas deixou legado para sempre na história de MS

Com duas décadas de trajetória no jornalismo, fotojornalista do Correio do Estado faleceu ontem, em decorrência do coronavírus

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De office-boy a fotojornalista premiado e respeitado em todo Mato Grosso do Sul. A história de Valdenir Rezende com o Correio do Estado é repleta de emoções e registros memoráveis, que perduraram por mais de três décadas de profissão. Aos 55 anos, Valdenir se despediu de familiares e colegas da imprensa na tarde de ontem (28), no Hospital Unimed Campo Grande, após uma luta intensa contra a Covid-19.  

Devoto de Nossa Senhora Aparecida e conhecido por nunca achar uma foto impossível, Valdenir está na lembrança de quase todos os jornalistas do Estado. História que começou aos 14 anos, quando, ainda adolescente, decidiu aprender a arte de fotografar. “Ele começou como office-boy no Correio do Estado, fazia serviço de banco, de correio, essas coisas. Trabalhou comigo quando o jornal era na 14 de julho, e lá mesmo passou a ser fotógrafo. Um dia, sentado na sala comigo, pediu que eu falasse com o Antonio João Hugo Rodrigues para que ele aprendesse fotografia. Com a resposta positiva, começou a ir, após o trabalho, para o laboratório, no início apenas revelando as imagens. Posteriormente, foi para a rua e todos gostaram do trabalho dele”, relembra Vilma Leite, chefe de Recursos Humanos do Correio do Estado.  

Jornalista na época, Hordonês Echeverria tem boas lembranças de quando Valdenir começou a sua história na fotografia. “O Valdenir começou guri, menino, bem menino, no jornal, na Rua 14 de julho, quando o jornal funcionava lá. O Valdenir foi ganhando apreço pela fotografia e se tornou um grande profissional na área da imagem, sempre dedicado. Ele nunca fez corpo mole para nada, sempre estava com um sorriso nos lábios, profissional dedicado, nunca teve tempo ruim – eu nunca ouvi dele um não. Ele nunca disse que uma fotografia seria impossível, sempre saiu com a câmara dele e sempre voltou para a redação com a fotografia e com a imagem requisitada pelo editor. Isso foi a vida do Valdenir: ele trabalhava com amor, e os filhos dele seguiram com essa bela profissão, que é registrar com imagens os fatos da nossa história”, pontua.  

Para o jornalista Antonio João Hugo Rodrigues, Valdenir faz parte da história do Correio do Estado. “Assim como eu, o Valdenir cresceu no Correio do Estado. Ele mais novinho, e eu mais velho. Ele está na nossa vida há muitos anos, era um menino de bom caráter, depois um pai amoroso e um avô amorosíssimo”, relembra.

Sentimento compartilhado por Ester Figueiredo Gameiro e Marcos Fernando Alves Rodrigues, atuais diretores do Correio do Estado. “Não existem palavras para expressar a dor pela perda de uma pessoa como o Valdenir. Grande ser humano, excelente profissional e excepcional companheiro de trabalho. Com certeza, cumpriu sua missão com a bravura de um guerreiro, deixando o seu legado para os filhos Álvaro e Bruno”, frisa Ester. “Ele era uma pessoa muito especial para a família Correio do Estado. Que me viu nascer. Uma perda sem tamanho para todos nós”, complementa Marcos. 

Para o editor-chefe do Correio do Estado, o jornalista Eduardo Miranda, Valdenir tinha uma técnica irreparável. “O Valdenir Rezende é um dos melhores jornalistas com que trabalhei. Além da disposição, rapidez e perspicácia que o fotojornalismo exige, sempre agregou valores como companheirismo, humildade, respeito e carinho pelos colegas à sua técnica irreparável. Isso o tornou um dos melhores fotojornalistas que eu testemunhei trabalhar. O jornalismo perde muito com a partida do Valdenir, que estava em atividade e extremamente inspirado até contrair a Covid-19. Ele deixa incontáveis exemplos na profissão e também para todos de sua família, que amava muito. Também é importante lembrar que foi um grande pai, que tinha tanto amor pelo que fazia que inspirou os dois filhos a seguirem o fotojornalismo. O legado de Valdenir Rezende permanecerá, porque dificilmente surgirão no mercado profissionais tão completos e talentosos como ele”, pontua.  

O legado citado por muitos vive no olhar dos filhos de Valdenir, Álvaro Rezende e Bruno Henrique, que integram a equipe do Correio do Estado como fotojornalistas. Filhos do amor entre Valdenir e Rosangela Rezende, eles seguiram os passos do pai e registram o cotidiano de MS com o mesmo afinco e dedicação.

 

Importância

Colega de profissão, Roberto Higa explica que muitas fotos de Valdenir ficaram na história de Mato Grosso do Sul. “Ele me marcou por várias fotografias, mas principalmente, a mais impactante que eu vi dele, aquela do presídio, alguns anos atrás, de uma rebelião. Eu acho que aquilo circulou em tudo quanto foi canto. Eu não estava nessa matéria, eu não fui, já estava afastado, mas aquilo me impactou muito, é uma cena muito chocante, de um presidiário segurando a cabeça do outro”, relembra.

Para Ico Victório, chefe da Comunicação do governo do Estado e que trabalhou durante anos com Valdenir, ele tinha um olhar diferente do cotidiano. “Trabalhamos por longos anos. A passagem do Valdenir representa uma perda para a fotorreportagem de Mato Grosso do Sul. Cresceu e criou os filhos Álvaro e Bruno na fotografia. Tinha um olhar diferente para imagens, eternizadas nas páginas do Correio do Estado. Lamentável”, acredita.  

Sentimento compartilhado pela jornalista Cristina Medeiros. “Trabalhar por quase 30 anos com o Valdenir foi um privilégio, e dos grandes. Como repórter-fotográfico, sempre buscou achar o melhor ângulo, o melhor cenário para ilustrar as matérias que eu editava ou escrevia. Sempre atento, comprometido com o trabalho, foi referência para os filhos, que seguiram a mesma carreira. Como amigo, foi como o irmão que não tive. Tivemos altos papos sobre família, amizades verdadeiras, decepções, conquistas pessoais. Fica um vazio enorme, mas a certeza de que deixou um legado e tanto. Mora aqui, ó, no coração”, frisa.

Valdenir teve uma trajetória que ultrapassa os limites das redações de Mato Grosso do Sul. Neri Kaspary, diretor de Jornalismo do SBT MS, trabalhou com Valdenir no Correio do Estado e lembrou com carinho do tempo que ambos contaram histórias juntos. “Era o jornalista mais respeitável que conheci ao longo dos 27 anos em que atuo no jornalismo diário de Campo Grande”, pontua.

Tempo que ficará na memória para sempre do editor e jornalista do Correio do Estado, Thiago Gomes da Silva. “Perdemos um grande amigo! Tendo convivido com ele por longos 39 anos, com certeza o tínhamos como um referencial de integridade e profissionalismo. Deixa um legado ao qual todos os jornalistas e, particularmente, profissionais da fotografia se lembrarão para sempre. Continuar lutando contra o novo coronavírus é a maior homenagem que podemos prestar ao seu nome e aos familiares e amigos que ficam”, frisa.

O velório será hoje (1º), das 7h30min às 9h30min, no Memorial Park, na Rua Francisco dos Anjos, s/n, Santa Branca. 

RÉVEILLON 2026

Decidiu viajar de última hora? Veja destinos baratos em MS para começar 2026

Vários municípios do Estado oferecem opções gratuitas de programações para a virada do ano, além de eventos pagos e particulares

29/12/2025 14h30

Veja opções de bate-voltas para começar 2026 em MS

Veja opções de bate-voltas para começar 2026 em MS Divulgação/Governo de MS

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A dois dias da virada de 2025 para 2026, se você não colocou nos planos viajar para a praia ou outros planos mirabolantes, ainda dá tempo de fugir para algumas cidades aqui dentro de Mato Grosso do Sul para aproveitar o réveillon sem pesar tanto no bolso. 

O Correio do Estado preparou uma lista com sugestões de destinos acessíveis para você que decidiu dar uma escapadinha de última hora para curtir a virada do ano em família, com amigos ou até mesmo sozinho. 

Campo Grande

Se você é do interior, ir para a Capital sempre é uma boa opção, já que Campo Grande oferece diversão para todos os gostos e com opções de estadia de preços variáveis. 

De acordo com o aplicativo de reserva de hospedagens, é possível encontrar acomodações para duas pessoas a partir de R$ 274 para uma reserva de três noites, do dia 30 de dezembro ao dia 03 de janeiro de 2026. 

Além disso, a Capital também contempla uma ampla programação para a virada, inclusive com atrações gratuitas. As comemorações do final do ano se concentram, neste ano, na praça Ary Coelho, no centro de Campo Grande. 

No dia 30 de dezembro, o show fica por conta da dupla Gabriel e Gleici Helena, às 19h. Já no dia 31, a programação começa às 21h, com o DJ Júlio Prodigy e continua até o final da contagem regressiva para o novo ano. Às 00h, o show fica por conta do Top Samba, embalando os primeiros minutos do novo ano. 

Se você prefere comemorar em festas particulares, os valores por pessoa na Capital varia de R$ 400 até R$ 1,3 mil. A procura é grande e alguns ingressos já se esgotaram, como no Clube Estoril. 

Outros lugares que estão com venda de ingressos aberta, como o Restaurante Olívia Rooftop, com buffet premium, drinks, whisky e espumante, além de atrações musicais e o ingresso a R$ 900; o Novotel, com o evento “Celebre o All Together in 2026”, com ceia exclusiva, DJs e queima de fogos e ingressos a partir de R$ 1.045; e o Hotel Deville Prime, com estação de risotos e ilha oriental, com convites a partir de R$ 1.032,61. 

Bonito

Não dá para pensar em viajar por Mato Grosso do Sul e não pensar em Bonito. No entanto, não é a opção mais barata para a época devido à alta procura. Segundo os sites de reservas de hospedagens, 91% das acomodações cadastradas não possuem mais vagas para as datas de 30 de dezembro a 02 de janeiro. 

Por isso, entre as opções disponíveis, foram encontradas hospedagens a partir de R$ 1,2 mil para três diárias de duas pessoas. 

Uma opção para baratear a estadia é alugar uma casa para mais pessoas, sendo possível dividir o valor entre os hóspedes. Por exemplo, uma casa com cinco camas pode ser encontrado por R$ 2.055 para três noites. O valor dividido por cinco hóspedes fica em R$ 411 por pessoa. 

As atrações para a virada também são distintas. A programação pública acontece nos dias 30 e 31 de dezembro, na Praça da Liberdade, a partir das 19h30. No dia 30 se apresentam a dupla Pedro e Evandro e a Banda Samba Pop. No dia 31, a virada do ano fica por conta das duplas Paulo e Jean e Henrique e Diego, acompanhado da queima de fogos silenciosa. 

Outra opção é o Réveillon do Zagaia Eco Resort, com programação desde o almoço do dia 31 até o jantar de Réveillon, com open bar e atrações musicais. A oferta para quatro diárias, com café da manhã e jantar inclusas para quatro pessoas é de a partir de R$ 13.632. 

Costa Rica

Localizada a 327 quilômetros de Campo Grande, Costa Rica também é uma opção para a passagem do ano. É possível encontrar hospedagens na cidade para a época a partir de R$ 651 para três pessoas incluindo três noites. 

A programação do “Natal para Todos”, promovido pela cidade, vai contar com a presença da dupla Breno e Matheus, conhecidos pelo hit “Descer pra BC”, dos DJs Math e Fix, a partir das 20h. 

Bodoquena

Para os amantes da natureza, Bodoquena é uma excelente opção para passar a passage, do ano de forma mais tranquila, entre as paisagens naturais, já que a cidade possui atrativos naturais do ecoturismo, como a flutuação, trilhas para cachoeiras e opções de balneários. 

Por estar perto do Pantanal e ser uma opção mais barata que Bonito, é possível encontrar acomodações na cidade de R$ 730 por duas noites em uma casa com 8 camas. 

Para o dia 31 de dezembro, Bodoquena confirmou o Réveillon 2026 - Luzes de Bodoquena, que acontece na Praça da Liberdade Irineu Okaneko, organizado pelo poder público. À partir das 22h, a festa será guiada pela dupla nacional Fred e Victor e à meia noite, terá o tradicional show de fogos. 

Coladinho à Bodoquena, a cidade de Jardim também oferece opções de lazer, podendo ser uma opção econômica de roteiro em meio à natureza. 

Alcinópolis

Ainda para os amantes de atividades ao ar livre, Alcinópolis é uma cidade pouco conhecida em Mato Grosso do Sul mas que concentra grandes atrações naturais, como a Casa de Pedra e a Gruta do Pitoco. 

As hospedagens são simples e os preços não variam muito, ficando na margem dos R$ 150 a diária. Para a programação de final de ano, a atração será a dupla sertaneja Antony e Gabriel, a partir das 22h do dia 31 de dezembro na Área de Lazer Adevina Crisóstomo da Silva. 

Correio B

Museu do Videogame retorna com edição comemorativa em Campo Grande

Edição especial de 15 anos reúne cerca de 500 consoles e promete uma viagem pela história dos videogames

29/12/2025 13h33

Imagem Divulgação

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O ano de 2026 inicia com a edição comemorativa de 15 anos do Museu do Videogame Itinerante, que ocorre de 10 de janeiro a 1º de fevereiro, no Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande.

Com entrada totalmente gratuita, a maior exposição itinerante sobre a história dos videogames no Brasil marca o início de 2026 reunindo cerca de 500 consoles de todas as gerações, desde o primeiro videogame do mundo até os modelos mais atuais, em uma experiência interativa que mistura nostalgia, tecnologia e diversão.

Criado em Mato Grosso do Sul, em 2011, o Museu do Videogame Itinerante chega à capital sul-mato-grossense com uma edição especial que celebra sua trajetória e consolidação nacional.

Hoje, o projeto percorre o país inteiro, recebe cerca de 5 milhões de visitantes por ano e já passou por 19 estados brasileiros.

Exposição interativa resgata mais de cinco décadas da história dos games

Além da exposição histórica, o público poderá jogar em dezenas de consoles clássicos e atuais, participar de torneios, experimentar tecnologias imersivas e interagir com atrações que marcaram gerações.

Entre os destaques estão relíquias raras como:

  • Magnavox Odyssey (1972), o primeiro console do mundo
  • Atari Pong (1976), o primeiro console doméstico da Atari
  • Fairchild Channel F (1976), o primeiro console a usar cartuchos
  • Telejogo Philco-Ford (1977), o primeiro videogame fabricado no Brasil
  • Vectrex (1982), console com monitor próprio
  • Nintendo Virtual Boy (1995), pioneiro em jogos 3D
  • Microvision (1979), primeiro portátil com cartucho
  • R.O.B (1985), robô lançado com o Nintendo 8 bits

De acordo com o curador do museu, Cleidson Lima, a proposta é permitir que o visitante não apenas conheça a história dos videogames, mas também vivencie essa evolução jogando.

Do Atari ao PlayStation 5

Entre os consoles disponíveis para o público estão Atari 2600, Nintendinho, Master System, Mega Drive, Super Nintendo, Neo Geo, Nintendo 64, Game Cube, Dreamcast, Xbox, PlayStation 1 e 2, além das áreas dedicadas às novas gerações, com PlayStation 5, Xbox Series, Nintendo Switch 2 e simuladores de corrida com cockpits realistas.

Outro destaque é a área de realidade virtual com PlayStation VR2, que proporciona uma experiência imersiva de última geração.

A programação inclui ainda:

  • Palco Just Dance, com rankings e concursos de dança
  • Torneios de games clássicos e atuais
  • Máquinas de arcade
  • Controles gigantes
  • Concurso de cosplay, reunindo fãs de animes, mangás e videogames

O Museu do Videogame Itinerante é o primeiro do gênero no Brasil registrado pelo Ibram, Instituto Brasileiro de Museus.

Em sua trajetória, recebeu o prêmio de Museu Mais Criativo do Brasil pelo Ministério da Cultura, representou o país em um encontro mundial de museus em Paris e integrou a programação da London Games Festival, na Inglaterra.

Para mais informações sobre o projeto, basta seguir o Instagram @museudovideogameoficial.

Serviço

  • Edição comemorativa de 15 anos do Museu do Videogame Itinerante
  • Local: Shopping Bosque dos Ipês
  • Data: 10 de janeiro a 1° de fevereiro
  • Local: avenida Cônsul Assaf Trad, 4796, no bairro Novos Estados, em Campo Grande

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