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Gastronomia

As saladas são boas opções para os dias mais quentes; confira duas receitas saborosas

O organismo sofre com as temperaturas elevadas dessa semana e as previsões apontam que o termômetro seguirá em alta nos próximos dias, mas um ajuste no cardápio, incluindo variação nas saladas e outros itens, proporciona saúde e bem-estar ante o calorão

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Em Mato Grosso do Sul é assim: chove pouco de maio a meados de outubro, a quentura aumenta e, com a queda da umidade, o clima fica mais seco, no patamar da sensação de deserto. As temperaturas elevadas provocam mudanças significativas no organismo, causando um mal-estar danado e, no limite, até doenças. Aumento na transpiração, redução no apetite, fadiga, dor de cabeça e, para quem trabalha em espaços abertos, uma possível insolação.

Não é exagero, portanto, que, nos dias de calorão, o cuidado com a alimentação se mantenha. Ou que se adote hábitos mais saudáveis se o leitor for daqueles que não economizam no junk-food. Comer é bom, sim. Mas a prioridade é o equilíbrio térmico e a saúde. Não se esqueça disso. Escolher corretamente o que comer conforme o ambiente e o clima faz toda a diferença.

Ante as altas temperaturas, o corpo perde líquidos e minerais com maior facilidade. Alimentos leves, que concentram água e nutrientes, são fundamentais, assim como uma hidratação permanente. “Atualmente, as melhores recomendações são alimentos com fontes de micronutrientes e hidratação”, reforça a nutricionista Paula Saldanha Tschinkel, que lista e quantifica algumas sugestões.

“Por exemplo, um mínimo de cinco porções de frutas no dia com gorduras boas. Por exemplo, castanha de caju, castanha do Pará, amêndoas. Para os lanches, bolos de frutas simples, como de fubá e de maçã com sementes. Nas refeições de almoço e jantar, prefira saladas frias, variando com folhas escuras e claras com cores como roxa, acrescentando também frutas e carnes magras”, indica a nutricionista.

“É bom evitar frituras, já que neste calor temos mais dificuldade na digestão. Sucos funcionais, como suco de melão com hortelã e gengibre, maçã verde, chia e limão também são recomendáveis. E, no período noturno, dê preferência para chás gelados e não quentes, como de mulungu com camomila e cidreira com hortelã”, diz Dra. Paula. 

A nutricionista reforça o papel das saladas, inclusive com macarrão. “A salada é leve e de fácil digestão. Dificilmente passamos mal com ela e traz uma excelente colaboração com a estética, já que estamos chegando ao verão. Podemos acrescentar, como fonte de carboidratos, um macarrão com saladas e uma proteína magra como atum, sardinha e peixes. Porque, se nós observarmos na nossa cultura do Mato Grosso do Sul, temos muito mais churrasco, né? Churrasco com mandioca. E nós podemos ter opções de uma alimentação mais leve”, afirma.

ENFRENTANDO O CALOR

Confira o que cada alimento pode proporcionar. Frutas e vegetais com alto teor de água: melancia, melão, pepino e alface são excelentes aliados para manter a hidratação natural do corpo. 

Proteínas magras e de fácil digestão: frango, peixe e ovos são opções leves e nutritivas que evitam a sensação de peso no estômago. 

Grãos integrais e fibras: arroz integral, quinoa e aveia ajudam a manter a energia e a regular o intestino, que pode ficar mais sensível no calor. 

Líquidos naturais e refrescantes: água, chás gelados e sucos naturais sem adição de açúcar são essenciais para repor os líquidos perdidos com a transpiração.

EVITE 

Comidas pesadas e gordurosas: pratos com excesso de gordura exigem mais esforço digestivo e podem causar indisposição em dias quentes. 

Alimentos ultraprocessados: embutidos, salgadinhos e fast-food contêm alto teor de sódio, o que pode favorecer a retenção de líquidos e a desidratação. 

Bebidas alcoólicas e açucaradas: o álcool e os refrigerantes podem intensificar a perda de líquidos, aumentando a sensação de cansaço e mal-estar.

SALADAS

Colorida e cheia de sabor, a salada tropical – como uma das sugestões de receita desta página – é leve e perfeita para ocasiões especiais ou refeições do dia a dia. Feita com frutas, folhas frescas e molhos deliciosos, ela combina frescor e versatilidade no prato. Ela é conhecida pelo mix de cores, texturas e sabores, além da refrescância. Mistura folhas, legumes, frutas e outros ingredientes crocantes, como as castanhas. Vem geralmente acompanhada de um molho, que traz sabor e cremosidade à mistura colorida.

TEMPERANDO

A salada tropical pode ser temperada de diversas formas, conforme o paladar de quem estiver à mesa. Você pode incrementar com uma grande variedade de ingredientes. Para a base de folhas, por exemplo, alface, rúcula e agrião caem muito bem. As frutas são um dos diferenciais da salada tropical, garantindo um gostinho adocicado ou cítrico ao prato. Entre as opções refrescantes estão a manga, maçã e abacaxi.

Frutas cristalizadas ou em calda dão um toque especial se a salada estiver no menu de datas comemorativas. Para os molhos, também sobra versatilidade, desde os cremosos, feitos com iogurte ou maionese, até os mais leves e simples, preparados com azeite, limão, um pouco de pimenta-do-reino e sal. E, se quiser uma textura crocante, inclua castanhas, como a castanha do Brasil ou as nozes.

Salada de macarrão com frango e legumes

(As medidas indicadas rendem cinco porções).

Ingredientes:

  • 1 peito de frango grande (de aproximadamente 500 g), sem pele e sem osso, cortado em cubos;
  • 2 colheres (sopa) de suco de limão;
  • 3 colheres (sopa) de azeite de oliva;
  • 1 pepino tipo japonês médio cortado em rodelas e em 4 partes;
  • 1 caixinha de tomates-cereja cortados ao meio;
  • 250 g de macarrão tipo penne, cozido al dente.

Modo de Preparo:

Em uma tigela grande, coloque o frango e o suco de limão.
Misture, cubra com filme plástico e coloque na geladeira por 30 minutos para tomar gosto.
Em uma panela grande, coloque 1 colher (sopa) do azeite e leve ao fogo alto para aquecer.
Junte o frango e a marinada, aos poucos, e frite por 10 minutos, mexendo de vez em quando, ou até ficar dourado por todos os lados.
Retire do fogo e espere amornar.
Em uma saladeira grande, disponha o frango grelhado, o pepino, o tomate, o azeite restante e o macarrão.

Misture

Cubra com filme plástico e leve à geladeira por 10 minutos, ou até servir.

*Tempo de preparo: 30 minutos, mais 40minutos de geladeira.

Salada tropical

(As medidas indicadas rendem oito porções).

Ingredientes:

Salada:

1 maço de folhas de alface-americana, picadas;
1 manga média cortada em cubos;
1/2 cenoura pequena cortada em cubos;
1 xícara (chá) de uva tipo itália roxa (opcional: cortar as uvas ao meio);
25 g de batatas-bolinha, cozidas e cortadas ao meio;
3 colheres (sopa) de castanha do Pará picada grosseiramente (opcional).

Molho:

1 copo de iogurte natural (170 g);
1 colher (sopa) de suco de limão;
2 colheres (sopa) de folhas de hortelã inteiras;
4 colheres (sopa) de maionese (60 g);
Tempero a gosto (sal, especiarias, etc.)

Modo de Preparo:

Em uma saladeira grande, disponha as folhas de alface, formando um “berço”.
Acrescente a manga, a cenoura, a uva, a batata-bolinha e a castanha.
Prepare o molho: no copo do liquidificador, coloque o iogurte, o suco de limão, a hortelã, a maionese, sal e especiarias. Bata até obter um molho homogêneo.
Regue a salada e sirva em seguida.

*Tempo de preparo: 20 minutos.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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