Modelo, atleta amadora e criadora de conteúdo, Babi Beluco representa uma geração que vive o corpo como expressão de potência. Com mais de 20 anos de carreira na moda e uma relação profunda com o esporte, ela construiu uma trajetória que vai além das passarelas cruzando fronteiras, unindo performance, saúde e feminilidade.
Ao longo da carreira, morou em capitais como Milão, Paris, Hamburgo, Nova York e Tóquio, e estampou capas e editoriais para publicações como Elle, Vogue e diversas revistas internacionais. Um de seus trabalhos mais emblemáticos foi a campanha da linha Elle Macpherson em Nova York, no ano de 201 projeto que a projetou como o “the body” brasileiro. Mas seu vínculo com o esporte vem de antes: a paixão pela corrida surgiu na infância, inspirada pelo pai.
De admiração à escolha pessoal, correr se tornou parte essencial de sua identidade. Desde então, Babi tem feito da atividade física uma extensão natural de seu estilo de vida e também de sua voz pública. Hoje, ela une maternidade, moda e movimento de forma autêntica.
Grávida de Tom, seu primeiro filho, Babi mantém uma rotina ativa e saudável, documentada nas redes com transparência e equilíbrio. Em seu perfil no Instagram (@babibeluco), ela compartilha treinos, maratonas, bastidores de campanhas e uma visão poderosa sobre como a performance também pode ser feminina, leve e consciente.
Para o mercado, Babi Beluco é hoje mais que uma modelo: é símbolo de longevidade profissional, conexão com o bem-estar e autoridade em sport fashion. Com parcerias em marcas como Adidas, Vitafor, Jungle, Tag Heuer, Sisley Paris, Live! e Polar, ela representa a mulher em movimento que escolhe, inspira e performa com estilo.
Babi Beluco - DivulgaçãoReferência wellness, Babi celebra a chegada dos 38 anos e desde que anunciou a gestação, em fevereiro, ela seguiu praticando corrida, fotografando campanhas, participando de provas e mantendo uma rotina que une moda sportfashion e bem-estar de forma natural, sem precisar romantizar nada.
Em junho, participou da Maratona do Rio. Em julho, correu a prova da Live! Run XP já com a barriga visível. A Maratona de Tóquio, para a qual vinha se preparando, foi adiada. Mas o corpo continuou em movimento.
“Mexer o corpo sempre foi parte de mim. Na gestação, virou também uma forma de me escutar melhor”, afirma.
Com credibilidade, ela possui parcerias com marcas como Adidas, Tag Heuer, Sisley Paris e Vitafor, Babi diz que nunca abriu mão da sua essência. “A minha essência de esportista, algo que começou comigo lá atrás com 14 anos, nunca saiu de mim. Carrego ela com muito orgulho, é tipo meu amuleto de força”, resume.
Apesar das transformações físicas intensas, ela não transformou a gravidez em “conteúdo especial”. Os treinos seguem adaptados e os trabalhos também. A prática de exercícios, em especial a corrida, tornou-se peça-chave para manter a saúde gestacional.
O que mudou, segundo ela, foi o tempo das coisas: “Aprendi a ouvir meu corpo de outro jeito. Ceder para minhas vontades e seguir em frente sem forçar nada”.
Ao olhar para o passado, Babi fala com orgulho: “E olha que já passei por cada perrengue… quem vê close não vê corre. Por trás de cada linda capa ou foto maravilhosa tem sempre um desgaste mental e físico pra chegar até lá. Mas eu faria tudo novamente, inclusive o que julgo hoje como erro. Só acerta quem erra, e só não erra quem não tenta. Tentei muito, errei muito e acertei às vezes. Tenho orgulho disso”.
Hoje, na reta final da gravidez, ela se sente em transformação por dentro e por fora. “A coisa mais importante, especialmente pra mim que sempre achei que pudesse ter o controle de tudo, é justamente isso: aprendi que não temos o controle. Quando eu queria e fiz mil tratamentos, não tive a benção de engravidar. Foi no momento que Deus falou: agora vai! E está sendo lindo”, conta.
Mesmo após episódios difíceis durante o início da gestação, ela diz que tudo ganhou novo significado. “Passei muuuuito mal no mês 3 e 4, mas foi bom. Assim eu pude entender a minha mãe, que passou os 9 meses assim. Tudo tem um porquê, né?”, diz.
O parto normal está previsto para as próximas semanas, e ela prefere não fazer grandes planos. Mas avisa: “O tempo é outro, mas o movimento continua”.
Babi é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ela fala sobre saúde, carreira, esporte e a chegada do seu primeiro filho Tom.
A modelo e maratonista Babi Beluco é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana. Foto: Gabriel Bertoncel Diagramação: Denis Felipe. Por Flávia VianaCE - Há mais de 20 anos você escolheu a moda como caminho profissional. Quando olha para trás, qual foi o momento que realmente sabia que essa era a sua estrada?
BB - Demorou um pouco para eu ter certeza, no primeiro ano ainda desisti por um tempo para prestar vestibular para medicina e foi nesse momento, vendo amigas minhas nas revistas que eu pensei, ah eu acho que é aqui que eu quero estar e não onde estou. Essa desistência momentânea fez eu virar a chave e querer de verdade voltar para a moda e me dedicar 100% pois até então eu tinha medo, receio, era insegura…. As vezes um passo pra traz nos dá força para dar um impulso e um salto pra frente.
CE - Você morou em várias capitais da moda de Milão a Tóquio. Quais marcas esses lugares deixaram na sua identidade?
BB - Cada lugar foi especial e me transformou de um jeito diferente, mas todos eles me dão incríveis lembranças até hoje. Amadureci muito vivendo em todos eles sozinha mas adoro visita-Los hoje em outra condição mental e até financeira….
Milão me amadureceu, Japão me calejou, Nova York me inspirou! E são são especiais que mal vejo a hora de correr a maratona em NY e Tokyo acho que vou chorar de emoção no caminho.
CE - Você participou de um movimento atlético que nasceu na infância e hoje é parte da sua identidade pública. Como esse vínculo com o esporte te transformou especialmente agora, grávida?
BB - Com toda certeza! A véia pelo esporte e corrida me “salvaram” de muitos momentos ruins e conturbado a como modelos, como gestante e logo mãe, me trouxeram paz, alívio de muitos problemas que algumas mulheres passam , me deixou saudável e eu nunca me senti tão bem assim! Eu confesso que tendo sempre uma dieta focada tanto para trabalhar e manter o shape de modelo como para performar como atleta eu temia as mudanças corporais, manter meus exercícios ( claro que em outra intensidade) fizeram com que eu mantivesse muito da minha forma e com isso também minha saúde e paz.
CE - Seus seguidores acompanham um estilo de vida que encanta pela leveza e autenticidade. Como você construiu essa forma tão genuína de se comunicar?
BB - Eu sempre fui uma menina ultra tímida, engraçado falar isso né? Mas quando a gente começa a conversar com um celular sem pensar o alcance que isso tem, acaba sendo você mesmo. No começo foi assim, eu usava as redes realmente como um diário e isso começou no meu caminho para a minha primeira maratona, onde eu dividia meus medos e anseios . Comecei a me conectar com a verdade das pessoas, me desconstruí como a “modelo perfeitinha e intocável” e foi aí que eu achei o meu lugar. Mostrando quem eu sou por dentro sem carão…
CE - Estar grávida do Tom é a realização de um sonho que você compartilhou publicamente. Como foi essa trajetória da expectativa ao cuidado até esse momento?
BB - Foi uma longa jornada mas hoje eu percebo que as coisas acontecem no tempo certo. Não criar expectativas é algo que eu hoje em dia invisto muito. Trabalhar no hoje é as coisas boas vem quando devem vir.
A modelo e maratonista Babi Beluco é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana. Foto: Gabriel Bertoncel Diagramação: Denis Felipe. Por Flávia VianaCE - Você já contou que viveu uma fase em que acreditava não poder engravidar e chegou a recorrer a diferentes procedimentos. Como foi atravessar esse período e, depois, receber a notícia de que a gravidez havia chegado de forma inesperada?
BB - Foi um longo caminho, lá em 2020 eu ainda nem tinha o sonho de ser mãe (confesso que como atleta e modelo eu era zero desse sonho) mas todas as minhas amigas começaram a engravidar e aí eu pensei, poxa então vou também.
Porém foi aí que me deparei com a triste realidade que muitas mulheres vivem. 3 anos depois muitas FIVS, processos e funções para engravidar, brigas entre o casal e todo aquele terror que a gente escuta estavam presentes na minha vida e do meu marido. Eu tinha um usar certeza que talvez eu não pudesse engravidar. E pela impossibilidade a cada não mensal a vontade começava a crescer mais forte. Até que no terceiro ano, desistimos pelo nosso próprio bem como casal.
Fiquei frustrada, já estava me imaginando sem filhos e um ano e meio depois sem pensar em tentar vem um pequeno milagre. Realmente pra mostrar que na nossa vida podemos ter o controle de QUASE tudo, o resto eh aquela força maior… e mais veio quando eu estava me preparando para uma grande maratona, e eu até pensei “ nossa mas bem agora “? Rsrs sim mas foi perfeito
CE - Sua trajetória também cruzou com grandes marcas e parcerias. O que precisa estar presente para que essas parcerias realmente tenham a sua cara e a sua verdade?
BB - São poucas porém importantes coisas, a marca tem que estar ligada com vitalidade, movimento, esporte, as coisas que me movem e me inspiram como pessoa. Se a marca tiver isso ela com certeza vai ter meu coração e a minha verdade. Gosto de coisas elaboradas e sofisticadas mas é aquele simples que funciona que eu me apaixono.
CE - Quando olha para o futuro, especialmente depois da chegada do Tom, quais sonhos e projetos te motivam a seguir?
BB - Eu gosto muito de ser comunicadora digital, gosto demais de passar informações úteis e acredito que a minha faculdade ( me formo no ano que vem ) de nutrição vai abrir novas possibilidades…
CE - As vésperas da chegada do Tom, se inicia um novo capítulo na sua história. Quais são as emoções que definem esse momento para você?
BB - Muitas mas o mais engraçado é a paz! Eu nunca estive tão tranquila, me sentindo realizada e até sem pressões. Por ser atleta amadora porém esforçada ( rsrs adoro um pódio e um recorde pessoal) eu vivo em função de resultados e performance. A chegada do Tom me fez ver que nem tudo é a chegada, que o caminho com paz é muito importante.
CE - Se pudesse deixar um conselho para mulheres que sonham com a maternidade, mas enfrentam desafios no caminho, qual seria?
BB - Ahh são tantos mas acima de tudo, acredite e tente tirar a expectativa, a pressão, a pressa, o milagre acontece no tempo certo de cada uma. Não o tempo que queremos mas o tempo que merecemos.



