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Capa B+: O ator Marcos Pasquim conversou com exclusividade com o Correio B+

O 'Quinto dos Infernos', Dom Pedro I, foi um divisor de águas. Foi quando a classe quando me encontrava, me parabenizava".

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O ator Marcos Pasquim (54), completa 30 anos de carreira com uma trajetória sólida e de sucesso na TV, no teatro e no cinema. Pasquim pode ser visto em diversos trabalhos aclamados pela crítica e pelo público, como na obra 'O Quinto dos Infernos' (Globoplay), interpretando o inesquecível Dom Pedro l, personagem que foi um divisor de águas em sua carreira.

"O Quinto dos Infernos, Dom Pedro I, foi um divisor de águas, foi quando a classe, quando me encontrava, me parabenizava, falava comigo e diziam que estavam gostando muito do meu trabalho. Não só o público, a classe também, a classe artística", relembra.

O ator tem em seu currículo novelas inesquecíveis como: Uga Uga, Malhação: Pro Dia Nascer Feliz e  Kubanacan, interpretando o protagonista Esteban, que lhe renderam dois prêmios na categoria de Melhor ator: Conta Mais e Melhores do Ano. Ele foi destaque também em obras como Pé na Jaca, onde viveu o personagem principal da trama. 

Com dois novos trabalhos para serem lançados, Marcos poderá ser visto em breve na série Luz, onde protagoniza a história, e no filme 'Morando com o Crush', ambos na Netflix, com previsão de estreia para 2024.

Para relembrar, o artista iniciou sua carreira em uma Boyband em meados dos anos 1980. Mas foi como ator que construiu sua trajetória. Em 1992, estreou na segunda versão do espetáculo Blue Jeans, uma grande oportunidade para o ator. Seu talento e dedicação logo lhe renderam frutos e, em 1995, fez sua estreia na TV na novela Cara e Coroa, da TV Globo, onde permaneceu por anos emendando um trabalho no outro.

Pasquim também tem presença e destaque no cinema, além de suas redes sociais que são um grande sucesso mesmo sendo novidade para o ator. Em entrevista de Capa do Correio B+ desta semana com exclusividade, ele fala sobre suas breves estreias, carreira, trabalhos, fama de galã e cuidados com o corpo

O ator Marcos Pasquim é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Márcio Farias - Diagramação/Capa - Denis Felipe e Denise Neves

CE- Marcos, você está completando 30 anos de carreira. Como você avalia a sua trajetória?
MP-
Olha, eu avalio que acho que está indo bem. No começo, eu tive sorte, estava no lugar certo, na hora certa e conheci as pessoas certas, e até agora está indo certo e espero que essa trajetória ainda dure por muitos e muitos anos. Mas eu avalio que está nos trilhos, está indo muito bem, graças a Deus.

CE- Poderia destacar alguns momentos marcantes?
MP-
O começo, claro, que foi quando eu fiz meu primeiro teste no teatro e passei em primeiro lugar. Foi maravilhoso. Foi quando eu me descobri ator, quando eu me vi em cima do palco. Quando eu fiz minha primeira novela foi bastante difícil, porque eu não tinha experiência nenhuma com televisão.

Depois de anos, eu fui aprendendo, fiz escola fiscal, depois veio a primeira novela com um personagem bom, depois veio a próxima novela com outro personagem melhor, foi o protagonista, aí chgou o 'Quinto dos Infernos', que foi uma divisor de águas, e de lá para cá não parei mais graças a Deus. São alguns momentos marcantes.

CE- Algum trabalho que tenha exigido muito de você?
MP-
Todos os trabalhos exigem bastante da gente. O trabalho de você montar um personagem, de você ir atrás, fazer o laboratório, de querer saber, criar as características, dá trabalho. Eu acho que é uma das coisas mais legais nessa profissão e eu mais amo, é montar o personagem.

Claro que fazê-lo é maravilhoso, mas montar é uma parte muito interessante da profissão de ator. Então, eu acho que teve um, foi logo no começo, não foi no começo de carreira, mas quando eu fiz Sai de Baixo, que foi bastante desafiador... Porque, naquela época você chegava de manhã, eles te davam o texto, você estudava ali por uma, duas horinhas rapidinho e já sai ensaiando e à tarde você atuava.

Era tudo em um dia só, então, foi bastante desafiador, difícil, foi bem complicado, mas foi muito gostoso. Foi difícil, mas foi gostoso, os atores, o Miguel Falabella, enfim, todos que estavam lá colaboraram, ajudaram e deram uma força. Eu creio que faziam isso com todos os que faziam participação, então, esse foi um que me exigiu bastante, foi o Sai de Baixo quando eu fiz.

O ator Marcos Pasquim em entrevista ao Danilo Gentilli - Foto: Divulgação

CE- Qual o maior desafio na sua profissão?
MP-
O maior desafio é você não se repetir. Em televisão, normalmente chamam, te escalam para você fazer personagens que já deram certo, enfim, então você acaba fazendo personagens que têm características parecidas. E o grande desafio é você fazer diferente todas as vezes, uma coisa que é parecida, mas você fazer de forma diferente. E isso é um desafio que exige bastante do ator no meu ponto de vista.

CE- Você já fez diversos trabalhos inesquecíveis para o público inclusive, como em O Quinto dos Infernos, Uga Uga, Malhação, Pro Dia Nascer Feliz, Kubanacan, entre tantos outros. Algum personagem que foi um divisor de águas? 
MP-
O 'Quinto dos Infernos', Dom Pedro I, foi um divisor de águas. Foi quando a classe quando me encontrava me parabenizava, falavam comigo e diziam que estavam gostando muito do meu trabalho. Não só o público, a classe artística também.

Então, eu acho que o 'Quinto dos Infernos' foi um divisor de águas. Ele foi um dos trabalhos também complementando a outra pergunta mais difíceis que eu já fiz, porque a prosódia era diferente e deu bastante trabalho, porque eram muitas cenas e me exigiu muito fisicamente e mentalmente. Mas foi incrível!

CE- Como é lidar com o título de galã?
MP-
Eu fico lisonjeado das pessoas me chamarem para fazer o galã, porque o galã é aquele bonzinho, o politicamente correto que normalmente o espectador se apaixona, torce por ele, então eu acho bacana, fico lisonjeado que me chamem para fazer o galã, e não é fácil, o galã também é bastante difícil, como eu disse na resposta anterior, eu acho que um dos maiores galãs que a televisão já teve foi o Tony Ramos, que fez muitos mocinhos e fez sempre diferentes uns dos outros, esse é o grande lance, então fazer o galã é bacana, mas é muito difícil, então, eu lido muito bem com isso, já fiz alguns galãs e creio eu, fiz todos sempre diferentes uns dos outros, e fico lisonjeado.

                                  Em 'O Quinto dos Infernos', divisor de águas em sua carreira - Foto: Divulgação

CE- Como caiu na comédia? Porque você fez muitos personagens cômicos...
MP-
Porque eu sempre fui fã do Jerry Lewis, eu assistia muitos filmes dele e gosto da comédia. Os textos, a maior parte deles que eu fiz foram de comédia. E eu lido bem com isso, eu gosto de fazer comédia. Apesar que eu gosto de fazer qualquer tipo de texto, mas a comédia me atrai um pouco. Talvez eu tenha um pouco mais de facilidade pelo fato de ter assistido muito, muito, Jerry Lewis e outros comediantes. E acho que foi por isso que eu caí na comédia.

CE- Você sempre foi vaidoso?
MP-
Não, eu não me considero vaidoso, não. Acho que a minha vaidade está bem dentro da normalidade, eu não me considero um cara muito vaidoso, eu só me preocupo um pouco com o cabelo e com a minha saúde. Acredito que a minha vaidade seja algo normal, como eu disse. Eu sempre procurei cuidar da minha saúde e o meu cabelo sempre me incomodou um pouco, então eu sempre tento deixar ele curtinho, mas é só isso, eu nunca fiz nenhum procedimento cirúrgico eu não me considero muito vaidoso não.

CE- Pasquim como você recebeu as redes sociais e o streaming já que não são da sua geração. Já se adaptou com tudo isso? 
MP-
No começo eu vou dizer que eu não gostei muito não. Eu não tinha Facebook, eu não tinha Instagram, eu não tinha Orkut, eu não tinha nada disso. Eu tive um certo receio de entrar, porque um pouco antes disso teve a época dos paparazzi.

Era muito raro você ter um amigo paparazzi, a gente não curtia muito porque eles invadiam muito a nossa vida, e as redes sociais, eu achava que era mais ou menos isso, a gente tinha que se expor. Depois com o tempo, eu me rendi, porque é o futuro, e hoje eu me divirto com as redes sociais, uso para me divertir.

Agora acho tudo ótimo ter redes sociais, porque pelo menos ela te dá a oportunidade de ter voz, e eu acho isso uma das melhores coisas das redes. A pessoa pode falar o que ela acha e sem passar por ninguém entendeu? Hoje eu gosto, mas uso as redes sociais mais para me divertir mesmo!

CE-Você faz conteúdo para as suas redes. Como é influenciar tantas pessoas que te seguem?
MP-
Não sei se influencio, não. Eu espero que elas se divirtam, e eu tenho graças a Deus um feedback muito bom. Muita gente chega em mim e fala que me segue e gosta do que eu posto, do que eu coloco lá. Porque as coisas que eu coloco são para divertir, para rir, não sei se influenciam. Se é para influenciar é para deixar o dia da pessoa mais feliz, mais alegre, mais leve. Eu acho ótimo que as pessoas gostem e se divirtam com as minhas postagens.

                                      Pasquim fez diversos galãs e personagens cômicos - Foto: Divulgação

CE-Quem inspira você Marcos?
MP- 
Bom, quem me inspira são bons atores, bons artistas. Eu me inspiro muito, como eu já disse, no Tony Ramos. Eu acho ele um excelente ator e uma pessoa fantástica. Não tive a oportunidade ainda de trabalhar com ele, mas o conheço.

Já paramos para conversar, para bater papo. Eu acho ele uma pessoa incrível, um artista e um ator fabuloso. Antônio Fagundes também é outro que a disciplina dele me inspira muito também. Eu gosto disso no Fagundes, da coisa dos espetáculos, daquela lenda dos espetáculos dele começarem na hora em ponto.

Eu sou uma pessoa pontual, então eu respeito muito isso. A coisa dele não errar texto também, acho fantástico. Acho isso muito legal dele, porque ele estudou muito para chegar nesse ponto. Glória Pires me inspira por ser uma pessoa ímpar também, uma atriz incrível e uma pessoa fora da curva. E outros tantos artistas que se destacaram e que eu tive a oportunidade de conviver. Essas pessoas me inspiram!

CE- Na TV, cinema e teatro você já fez de tudo um pouco. O que te instiga mais quando aceita fazer um trabalho?
MP-
O que mais me instiga é uma boa história. Você receber um roteiro com uma história bacana, uma história legal, que faz você rir, chorar, pensar, tem ação, enfim, isso me instiga, e me instiga muito. Além disso, me instiga também um personagem que eu precise modificar, modificar o meu corpo, eu gosto muito quando eu tenho que engordar, emagrecer, deixar o cabelo crescer, a barba crescer, mudar a minha aparência, isso me instiga bastante também. Mas nada como uma boa história. Me instiga trabalhar com bons profissionais, enfim, é sempre instigante isso, você trabalhar com amigos e com pessoas que você respeita e admira.

CE- Atuar é a sua paixão?
MP-
Claro! Graças a Deus, eu trabalho com o que eu amo! Eu amo atuar, eu amo ser artista, eu amo ser ator, amo, amo, amo toda a gama que engloba essa minha profissão. Eu amo tudo nela, adoro a carreira de ator e é uma carreira que graças a Deus me dá oportunidade de trabalhar até o fim da vida. Enquanto o meu corpo aguentar, eu posso trabalhar. Então, eu sou completamente apaixonado pela minha profissão.

Em Kubanacan da TV Globo - Foto: Divulgação

CE- E pensando em mais 30 anos pela frente… Que desafios você espera encontrar?
MP-
Eu acho que é o desafio do tempo, o desafio do corpo. Enquanto o meu corpo aguentar, eu quero estar trabalhando, então é isso, acho que o maior desafio do ator é ele ter o material de trabalho dele, que é o corpo em ordem. 

CE- Pode nos adiantar alguma sobre a série “LUZ” e o filme “Morando com o Crush” da Netflix com previsão de estreia em 2024?
MP-
Eu não posso dizer nada com relação a série "Luz", por contrato da Netflix, só que é um seriado infantil/ juvenil. Foi incrível, foi uma delícia ter gravado esse seriado. Foi o diretor Tiago que me chamou pra fazer e eu amei! E é isso que só posso dizer por enquanto!

O elenco tá excelente, a história tá incrível, é só o que eu posso dizer. Já o "Morando com o Crush" é uma historinha divertida, porque fala de dois casais, no caso dois adolescentes e dois adultos, que vão morar juntos, é isso também é tudo que eu posso dizer (risos).

O "Luz" deve estrear em janeiro/fevereiro, por aí, e "Morando com o Crush", acho que agora, final desse ano, em novembro. Acredito que deva ter uma pré-estreia algo assim... Mas tem muita coisa boa chegando em breve!

Marcos Pasquim - Divulgação

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Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

A lista de indicações revela forças, silêncios e tendências que devem marcar toda a temporada de premiações. Sinners domina, Wagner surpreende e Cynthia fica de fora.

13/12/2025 14h00

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026 Foto: Divulgação

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As indicações ao Critics’ Choice deste ano chegaram com aquela mistura deliciosa de obviedades confirmadas, surpresas estratégicas e ausências que vão ecoar pelas próximas semanas. Não é exagero dizer que, com essa lista, o jogo realmente começou e já com algumas peças bem posicionadas no tabuleiro.

Sinners no comando absoluto

O grande fato é inescapável: Sinners saiu da largada como o filme da temporada. São 17 indicações, um número que não deixa espaço para debate. Ele entra em tudo: Filme, Diretor, Ator, Roteiro, categorias técnicas, Elenco, Trilha, Canção. Quando uma produção aparece em quase todos os campos possíveis, ela naturalmente assume o posto de eixo gravitacional do ano. É aquele combo que a crítica adora: força dramática, acabamento técnico, ambição estética e performances que sustentam o pacote. Sinners não só lidera, ele estabelece o tom.

Logo atrás, One Battle After Another surge com 14 indicações, enquanto Hamnet e Frankenstein empatam com 11. É um grupo que revela o gosto de 2025/2026: cinema com assinatura, com textura, com direção que guia narrativa e atmosfera. Nada de lugar-comum — mesmo quando lidam com obras literárias ou universos de fantasia, esses filmes chegam com personalidade.

Bugônia cresce, Avatar diminui

Entre os movimentos mais reveladores da manhã está Bugônia entrando em Melhor Filme. Até pouco tempo, muitos tratavam a presença de Avatar: Fire and Ash como automática nas listas amplas, mas a vaga ficou com Bugônia. E isso não é acidental: o filme também aparece em Melhor Atriz (Emma Stone) e em Roteiro Adaptado, o que sinaliza que não é um candidato “alternativo”, mas uma força real na temporada. Avatar, ao contrário, ficou restrito ao espaço inevitável: Efeitos Visuais. Para um projeto concebido como megaevento, é um baque. O Critics’ Choice deixa claro que a escala, sozinha, não define relevância este ano.

Wagner Moura atravessa fronteiras

Um dos momentos simbólicos — e históricos — da lista é a indicação de Wagner Moura em Melhor Ator por O Agente Secreto, somada à presença do filme em Melhor Filme em Língua Estrangeira. Não é comum um protagonista de um filme internacional furar a bolha das categorias principais de atuação. Quando isso acontece, desloca a conversa. A indicação reforça tanto a força do filme quanto o impacto da performance. É um marco real para a presença latina nas premiações americanas e abre caminho para que O Agente Secreto circule mais amplamente na temporada.

Melhor Ator: a categoria mais competitiva do ano

A lista de Melhor Ator deixa claro que a corrida está mais apertada do que parecia. Além de Wagner, aparecem nomes que já estavam no radar e outros que chegam para consolidar suas chances:

• Joel Edgerton, por Train Dreams • Ethan Hawke, por Blue Moon • Mais Michael B. Jordan, Lee Byung-hun, George Clooney, entre outros
Com tantos filmes fortes aparecendo também em categorias de topo, essa é uma daquelas disputas que pode mudar semana a semana. Train Dreams, por exemplo, cresceu muito: entrou em Filme, Ator e Roteiro Adaptado e isso automaticamente fortalece Edgerton. Já Hawke, vindo de um filme mais isolado, depende do carinho dos votantes.

A categoria perfeita com o buraco mais comentado: Melhor Atriz

O grupo de indicadas a Melhor Atriz está impecável no conjunto, mas não sem um peso: a ausência de Cynthia Erivo por Wicked: For Good. Com seis vagas, deixar de fora a protagonista de um filme indicado em várias categorias, inclusive Melhor Filme, não passa despercebido. O Critics’ Choice abraça Amanda Seyfried, Emma Stone, Rose Byrne, Chase Infinity e outras grandes performances, mas o silêncio em torno de Erivo fala alto. Ela era tratada como nome praticamente garantido, e essa esnobada agora se torna um fantasma que a temporada precisará exorcizar — ou confirmar — nas próximas rodadas.

Direção: del Toro dentro, outros nomes fortes de fora

Na categoria de Direção, o espaço para Guillermo del Toro por Frankenstein já era esperado: o filme é um projeto de paixão e chegou com a marca emocional e visual que os votantes costumam prestigiar. Mas sua entrada implica ausências significativas: diretores que vinham sendo tratados como fortes na temporada ficaram de fora. Isso reforça uma tendência do ano: a crítica está priorizando obras com assinatura estética e emocional muito clara e sendo mais seletiva com continuações de franquias ou com cinema político mais direto.

Coadjuvantes e roteiros mSinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar.

E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes mostram onde a crítica está arriscando.
As categorias de coadjuvante e de roteiro ajudam a desenhar o segundo plano da temporada:

• Amy Madigan e Ariana Grande ganham força em Atriz Coadjuvante. • Jacob Elordi conquista espaço com Frankenstein. • O elenco de Sinners aparece em categorias diversas, reforçando a força coletiva do filme.

Em roteiro, o Critics’ Choice faz escolhas que deixam clara a intenção de ampliar a conversa:


- Weapons e Sorry Baby entram em Original, abrindo espaço para filmes fora do eixo óbvio. • Train Dreams, Bugônia, Hamnet e Nenhuma Outra Escolha formam um Adaptado sólido e variado. Quando um filme vai forte em roteiro, automaticamente fortalece seus nomes de atuação — é o caso de Train Dreams e Bugônia. O que a lista diz, no fim das contas o Critics’ Choice deste ano não só acende a temporada: ele revela um movimento coletivo. 

Sinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar. E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes.
 

CULINÁRIA

Motivo de discórdia na ceia natalina, uva-passa traz benefício à saúde

Item obrigatório para uns ou dispensável para outros no cardápio das ceias natalinas, a uva-passa, embora divida opiniões, traz benefícios à saúde; especialista destaca seu valor nutricional e versatilidade no preparo de receitas

13/12/2025 09h00

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes Divulgação

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Todo ano ocorre o mesmo debate nas famílias brasileiras: a inclusão – ou não – da uva-passa nas receitas natalinas. Enquanto uns defendem o toque agridoce que ela agrega aos pratos, outros nem querem ouvir falar da fruta desidratada no cardápio.

Segundo uma pesquisa realizada pela Ticket, marca de vale-refeição e vale-alimentação, 37% das pessoas trabalhadoras no Brasil afirmam que colocariam uva-passa em tudo na ceia de Natal. Outros 43% se dizem indiferentes à fruta, enquanto apenas 20% declaram não gostar. A nutricionista Bárbara Tonsic ressalta que, para além do gosto pessoal, a uva-passa tem, sim, seu valor do ponto de vista nutricional.

“Por ser uma fruta desidratada, ela tem maior concentração de açúcar, sendo uma boa fonte de energia. Além disso, é rica em fibras solúveis, como os frutoligossacarídeos, que favorecem a saúde intestinal. Substâncias como o ácido tartárico ainda auxiliam na fermentação por bactérias boas, contribuindo para o equilíbrio da microbiota”, especifica Bárbara.

A uva-passa também se destaca por oferecer vitaminas e minerais importantes, como vitaminas do complexo B, vitamina A, cobre, ferro, cálcio, potássio e magnésio. Bárbara alerta, entretanto, que o consumo deve ser moderado.

“Por conta da alta concentração de carboidratos, ela pode não gerar saciedade tão facilmente e, nesse caso, é comum ultrapassar a quantidade recomendada”, pontua a nutricionista, que também é professora da área em um curso de ensino superior.

Claras e escuras

Outro ponto que gera curiosidade é a diferença entre as passas escuras e claras. Segundo a professora, as escuras têm maior teor de resveratrol e flavonoides, compostos antioxidantes conhecidos por seus benefícios contra o envelhecimento. Já as claras ou verdes têm menores quantidades desses compostos, mas continuam sendo uma boa opção.

E quanto aos pratos que podem ser enriquecidos com o sabor da uva-passa? Além do tradicional arroz natalino, a especialista sugere outras opções como salpicão, farofas, bolos, tortas e até caponatas.

“As uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações no cardápio natalino. Combinações como uva-passa com maçã ou abacaxi, queijos salgados, castanhas e carnes, como frango ou cordeiro, fazem bastante sucesso”, sugere Bárbara.

Corredores

A professora destaca ainda que o consumo regular de uva-passa pode trazer benefícios à saúde, principalmente por sua ação antioxidante e por melhorar o funcionamento intestinal.

Além disso, pode ser uma opção prática para corredores que precisam repor energia durante treinos ou provas mais longas.

“A verdadeira questão é saber combinar os pratos à sua mesa natalina e aproveitar tanto o sabor quanto os benefícios do alimento. Ame ou odeie, a uva-passa tem muito a oferecer”, reforça a nutricionista.

Benefícios da uva-passa:

> Redução de risco da diabetes tipo 2;
> Prevenção do câncer;
> Prevenção do infarto;
> Diminuição da pressão arterial;
> Prevenção da prisão de ventre;
> Melhora a saúde dos ossos;
> Controle de peso;
> Eliminação de radicais livres;
> Prevenção da anemia;
> Proteção à saúde do coração;
> Promove a saúde dos dentes.

*SAIBA

A origem da uva-passa vem da Roma Antiga, onde era utilizada nas celebrações como símbolo de fartura, alegria e prosperidade.

RECEITA Salpicão com uva-passa

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Ingredientes:

> 2 peitos de frango cozidos e desfiados;
> 1 xícara (chá) de uva-passa;
> 395 g de milho-verde;
> 395 g de ervilha;
> 2 cenouras descascadas e raladas;
> 1/2 xícara (chá) de azeitona verde sem caroço e picada;
> 1/2 xícara (chá) de maionese;
> 1/2 xícara (chá) de creme de leite;
> Sal, pimenta-do-reino moída, salsa picada e batata-palha a gosto.

Modo de Preparo:

Em um recipiente, coloque o frango, a uva-passa, o milho-verde, a ervilha, as cenouras e a azeitona e misture;

Adicione a maionese e o creme de leite e mexa para incorporar;

Tempere com sal, pimenta-do-reino e salsa;

Leve à geladeira por 1 hora;

Finalize com a batata-palha e sirva em seguida.

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