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Cinema B+ Especial: Sim, Fernanda Torres tem chance no Oscar com "Ainda Estou Aqui"

Em uma festa que já é histórica, ela é a favorita como Melhor Atriz

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Sem nenhuma surpresa, Fernanda Torres foi confirmada entre uma das cinco indicadas ao Oscar 2025. Ela é, sem rodeios, a favorita para ganhar, mesmo que tenha uma “concorrência” acirrada com Demi Moore. Sim, e não é questão de ufanismo não: Fernanda merece e é a mais cotada.

Demi e Fernanda estão ao lado de Cynthia Erivo, Karla Sofía Gascón e Mickey Madison, que têm menos chances porque embora indicadas, ainda não ganharam nenhum prêmio, mas o que podemos afirmar é que esse já é um Oscar histórico em todos os graus possíveis: artístico e político.

Temos uma latina em um filme falado em português; uma estrela negra da Broadway e do West End em um musical sobre inclusão; uma novata em um filme que homenageia Fellini; uma atriz trans em um musical sobre recomeços e uma estrela de Hollywood fazendo o seu retorno. Se não fosse pela Fernanda, sonharia com empate. (risos)

Há toda uma estrada que fazem com esse seja o momento exato para Fernanda Torres ter sua carreira reconhecida e o menor deles, desculpem, é porque ela é brasileira e menos ainda porque pode “reparar” a injustiça com sua mãe, há 25 anos. 

O fato é que Fernanda está maravilhosa em um filme espetacular. 

Mais ainda, como gosto de lembrar, Fernanda foi reconhecida em Cannes quando tinha apenas 20 anos, em 1986, mas, ao invés de embarcar numa carreira essencialmente internacional, construiu sua trajetória com passagens importantes no teatro, na TV e no cinema brasileiros, se revelando uma grande comediante assim como atriz dramática.

Esse Oscar? É dela, não é por nenhuma outra razão que não seja seu talento inegável.

Costumo lembrar algumas coisas, entre elas a que estava gerenciando a transmissão do único canal no Brasil que exibia o Golden Globes em 2000, quando Central do Brasil era nosso representante e Fernanda Montenegro era uma das favoritas à Melhor Atriz.

Conversei, na época, com ela e com Walter Salles Jr. em tempos que ao meu ver eram “contrários” à Fernandona (falo assim para diferenciar, não por intimidade que não tenho!).

Há 25 anos, o Oscar raramente reconhecia atores estrangeiros e menos ainda se não estivessem em um filme falado em inglês.

Antes de Fernanda Montenegro, apenas Sophia Loren e Anna Magnani tinham vencido e apenas a lendária Loren em um filme falado em italiano. Matematicamente era complexo para que a xenofobia fosse superada, ainda mais em português.

Minha aposta na época era para a “desconhecida” Cate Blanchett em Elizabeth, mas Harvey Weinstein “aconteceu” (hoje sabemos como) e sua protegida, Gwyneth Paltrow, venceu.

Fernanda manteve a classe, mas sempre foi honesta que entendeu que a jovem loirinha e princesinha ganharia na festa que é mais sobre popularidade do que mérito.

E é isso: até ser cotada a indicação já é muito mais a questão de “campanha” do que de arte, depois da indicação? Idem.

O vencedor deve unir talento e popularidade, nem sempre nessa ordem. [Fernandona foi elegante em todo processo, mas Gwyneth era a rainha de Hollywood. Dito isso, por conta de tudo isso, Fernanda Torres ganha força.

Enquanto Gwyneth Paltrow (sempre ela) declarou há meses seu voto por Demi Moore e faz campanha pela amiga, Fernanda tem o momento a seu favor.

Demi é parte do tema favorito do Oscar – o retorno de uma lenda – e fez um discurso emocionantemente calculado no Golden Globes reforçando essa estratégia.

Fernanda? Toda coração, autenticidade e humildade. Foi brilhante em todas as palavras, saiu do palco do Golden Globes como a favorita do Oscar, não mudou a trajetória.

Hoje, sem ufanismo, acredito que veremos Fernanda Torres fazer história no dia 2 de março. Já fez, mas queremos a história completa. Sabiamente atores não gostam do aspecto de competição, de especulação como se a Arte fosse Esporte, mas desculpem, assim são as premiações.

Sei que justamente porque “tem Brasil no Oscar” se multiplicam especialistas, mas tenho mais de 40 Oscars acompanhados de perto na bagagem para poder afirmar com orgulho e confiança que sim, Fernanda Torres é a grande favorita do Oscar 2025. E mais emocionante ainda é saber que Fernanda Montenegro vai poder vê-la vencer. Será que na platéia? Ai, cadê meu kleenex!

Carretas da magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Dourados e Itaporã nesta quarta; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

17/12/2025 10h15

Carretas natalinas da Coca Cola

Carretas natalinas da Coca Cola DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Falta uma semana para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas natalinas da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada percorre ruas e avenidas de Dourados e Itaporã nesta quarta-feira (17). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

É possível acompanhar ao vivo o lugar que a carreta está neste site.

Confira os trajetos e horários:

DOURADOS - 17 DE DEZEMBRO - 20H30MIN

  • INÍCIO - 20h30min - rua Sete de Setembro
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Delfino Garrido
  • Avenida Weimar Gonçalves Torres
  • Rua Paissandú
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Rangel Torres
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Itamarati
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Mozart Calheiros
  • Rua Raul Frost
  • Rua Docelina Mattos Freitas
  • Rua Seiti Fukui
  • Rua Josué Garcia Pires
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Manoel Rasselem
  • Rua Projetada Onze
  • Rua General Osório
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Olinda Pires de Almeida
  • Rua João Cândido da Câmara
  • FIM - Rua Manoel Santiago

Carretas natalinas da Coca Cola

 ITAPORà- 17 DE DEZEMBRO - 17H30MIN

  • INÍCIO - Rotatória de entrada/saída da cidade
  • Avenida José Chaves da Silva
  • Avenida Estefano Gonella
  • Rua José Edson Bezerra
  • Rua Aral Moreira
  • Rua Duque de Caxias
  • FIM - Rotatória de entrada/saída da cidade

Carretas natalinas da Coca Cola

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

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A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

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