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festa do momo

Com 416 desfiles e 500 mil turistas,
BH espera ter o maior carnaval

Com 416 desfiles e 500 mil turistas,
BH espera ter o maior carnaval

AGÊNCIA BRASIL

12/02/2017 - 14h48
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A prefeitura de Belo Horizonte já se refere ao carnaval 2017 como o maior da história da cidade. A expectativa é de que a folia mobilize 2,4 milhões de pessoas, dos quais 500 mil são turistas e os demais, moradores locais.

A estimativa é ousada, uma vez que o carnaval do ano passado registrou um quinto da estimativa de foliões que não residem em Belo Horizonte, cerca de 100 mil.

Segundo Aluizer Malab, presidente da Belotur, este prognóstico leva em conta o impacto da crise econômica, que deve inverter o sentido do fluxo de foliões que antes iam para outros municípios de Minas Gerais.

"Nós vamos receber turistas de outros estados e também de outros países. Mas este ano, acho que teremos um grande incremento das cidades mineiras que cancelaram seus carnavais por dificuldades financeiras".

Conforme dados da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), serão 416 desfiles organizados pelos 350 blocos cadastrados. Um aumento de 30% em relação à 2016.

Com todos estes números, a expectativa é que a cidade aumente significativamente a receita turística direta. No ano passado, foram movimentados R$ 54,7 milhões.

O crescimento do carnaval de Belo Horizonte deve contribuir também para que Minas Gerais fique entre os três estados com maior receita no período, atrás de Rio de Janeiro e São Paulo e superando a Bahia.

De acordo com um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as cidades mineiras devem ter faturamento de R$ 332,4 milhões durante a folia nos segmentos de hospedagem, alimentação e transporte.

Este cenário dificilmente se concretizaria sem a expansão do carnaval de Belo Horizonte. Se até anos atrás as festas no estado se concentravam em municípios do interior, com destaque para as cidades históricas, agora é na capital que as ruas recebem mais foliões.

O pontapé inicial da folia foi ontem (11). A programação completa, que vai até o dia 1º de março de 2017, pode ser consultada em uma página da prefeitura ou por meio de um aplicativo que traz a agenda e os percursos dos blocos.

MOBILIZAÇÃO

Para chegar ao maior carnaval de sua história, Belo Horizonte contou com a mobilização de movimentos de ocupação do espaço público.

Estes grupos, formados majoritariamente por artistas e estudantes, começaram a se organizar em 2009 para criar formas lúdicas de contestar medidas restritivas do poder público, em especial um decreto da prefeitura que proibia eventos na Praça da Estação, no centro da cidade.

Pouco a pouco, os blocos foram surgindo e começaram a ampliar as pautas, discutindo temas como a tarifa zero nos ônibus, o déficit habitacional e o combate ao preconceito racial, ao machismo e à homofobia.

A trajetória recente do carnaval de Belo Horizonte é motivo de orgulho para muitos participantes. Por esta razão, o folião Lucas Buzatti, que integra a bateria de 14 blocos, decidiu publicar nas redes sociais uma lista de recomendações para quem pretende conhecer a folia da capital mineira.

Entre sugestões como hidratar os músicos e participar dos ensaios, ele defende também a importância de conhecer a história. "Para quem está começando agora a pular esse carnaval de rua e de luta, é importante entender a origem do fenômeno e seus componentes políticos, sociais e culturais".

O folião Thales Machado valoriza a história do carnaval de Belo Horizonte, mas acha que é preciso tomar cuidado com essa cobrança.

"Se é pra entender contexto eu vou pra biblioteca e não para o bloco. Conhecer a história é legal, mas quem não se interessa não é menos preparado para curtir o carnaval. Podemos respeitar o coleguinha que só quer tomar uma cerveja e não está nem aí para a revolução. A festa também é do caos, do chato, do sem noção".

PODER PÚBLICO

Em um carnaval que surge a partir da contestação a iniciativas do poder público, a relação entre os blocos e a prefeitura de Belo Horizonte começou conflituosa.

Críticos da imposição de regras e defensores de manifestações culturais com menos amarras, os organizadores dos blocos se colocaram nos primeiros anos relutantes em aderir ao cadastro organizado pela Belotur.

"Nunca nos furtamos ao diálogo, mas o objetivo da prefeitura no início era impor dificuldades. Eram proibições, medidas que dificultavam a logística, até intimidação através do aparato da Polícia Militar. Posteriormente, quando ela [a prefeitura] vê que é irreversível, começa a disputar a autoria do ressurgimento dos blocos de rua", diz o folião Guto Borges, integrante de diversos blocos, incluindo o Tico Tico Serra Copo, um dos pioneiros deste carnaval recente.

O aumento no tamanho da festa cria novas realidades. Para Rodrigo Picolé, regente do bloco Tchanzinho Zona Norte, o cadastro acaba se tornando inevitável.

"O crescimento vai te conduzindo para este caminho, porque vão se criando entraves legais para a saída dos blocos. Nós precisamos de estrutura de banheiro e serviço de limpeza, por exemplo. E com o público que temos hoje, isso sai caro e não temos o dinheiro. Então o poder público entra", diz.

BLOCOS

De acordo com a Belotur, poucos blocos optaram por se manter fora da programação oficial. "Nós sabemos que os blocos surgiram com certa resistência ao poder público e tem essa origem politizada. Mas com o crescimento do evento e com o diálogo, foi havendo mais entendimento. Esse cadastro e essa organização beneficiam a todos. Os que ainda resistem são poucos. E mesmo eles, a gente tem mapeado", diz Aluizer Malab, presidente da Belotur.

A prefeitura também utilizou o cadastro para uma novidade. A publicação de um edital de patrocínio para os blocos. Cinquenta serão contemplados e vão receber valores entre R$ 3 mil e R$ 10 mil.

Os recursos poderão ser usados para sonorização e contratação de artistas. O resultado do edital deve ser divulgado na terça-feira (14). "Temos blocos com um volume muito grande de foliões e ampliar o alcance do som melhora bastante a qualidade dos desfiles", diz Aluizer Malab, presidente da Belotur.

Se os blocos e o poder público conseguiram estabelecer um diálogo, os obstáculos continuam existindo para a iniciativa privada. Em acordo com a prefeitura, a Ambev se tornou patrocinadora do carnaval de Belo Horizonte e a Skol foi definida como cerveja oficial da folia na cidade.

Porém, a empresa tem encontrado dificuldades para fechar patrocínios diretamente com os blocos. Nem mesmo a oferta de alugar carro de som, uma das principais dificuldades dos grupos, tem seduzido alguns foliões.

"Há blocos que estão aceitando. Nós preferimos buscar outros caminhos e manter nossa autonomia", conta Rodrigo Picolé. Seu bloco, o Tchanzinho Zona Norte, realizou uma campanha de financiamento coletivo em conjunto com outros quatro: Juventude Bronzeada, Então Brilha, Havaianas Usadas e Garotas Solteiras. C

om o recurso levantado eles pretendem alugar e compartilhar um carro de som ao longo do carnaval.

Carretas da magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Dourados e Itaporã nesta quarta; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

17/12/2025 10h15

Carretas natalinas da Coca Cola

Carretas natalinas da Coca Cola DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Falta uma semana para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas natalinas da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada percorre ruas e avenidas de Dourados e Itaporã nesta quarta-feira (17). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

É possível acompanhar ao vivo o lugar que a carreta está neste site.

Confira os trajetos e horários:

DOURADOS - 17 DE DEZEMBRO - 20H30MIN

  • INÍCIO - 20h30min - rua Sete de Setembro
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Delfino Garrido
  • Avenida Weimar Gonçalves Torres
  • Rua Paissandú
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Rangel Torres
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Itamarati
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Mozart Calheiros
  • Rua Raul Frost
  • Rua Docelina Mattos Freitas
  • Rua Seiti Fukui
  • Rua Josué Garcia Pires
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Manoel Rasselem
  • Rua Projetada Onze
  • Rua General Osório
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Olinda Pires de Almeida
  • Rua João Cândido da Câmara
  • FIM - Rua Manoel Santiago

Carretas natalinas da Coca Cola

 ITAPORà- 17 DE DEZEMBRO - 17H30MIN

  • INÍCIO - Rotatória de entrada/saída da cidade
  • Avenida José Chaves da Silva
  • Avenida Estefano Gonella
  • Rua José Edson Bezerra
  • Rua Aral Moreira
  • Rua Duque de Caxias
  • FIM - Rotatória de entrada/saída da cidade

Carretas natalinas da Coca Cola

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

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A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

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