Os “realities-shows” viraram uma tradição da programação brasileira.
Em meio à pandemia, o formato, inclusive, tornou-se ideal para equilibrar os famigerados protocolos de biossegurança no combate à Covid-19 e, com isso, driblar as enfadonhas reprises.
Com as produções de confinamento cada vez mais saturadas, a Record, para não perder o filão, buscou criar um formato original para a sua grade em 2021.
Apesar das semelhanças com outras produções, o “Ilha Record”, que estreia nesta segunda, dia 26, apresenta um projeto inédito e original da emissora no vídeo.
“Esse formato está sendo criado dentro da Record desde 2018. É parecido, mas, ao mesmo tempo, é diferente de tudo que já foi feito na tevê. Tem tudo o que o público gosta em ‘reality’, mas a estrutura é bem diferente. É um programa feito para quem gosta de ‘reality’. Estamos orgulhosos”, valoriza Rodrigo Carelli, diretor do núcleo de realities da Record, que já esteve à frente de produções como “A Casa dos Artistas” e “A Fazenda”.
Gravado em Paraty, litoral do Rio de Janeiro, o programa reúne 13 famosos confinados e que encaram uma série de provas.
Todos ficam hospedados em uma Vila construída especialmente para a produção.
O espaço é dividido em três áreas: dormitórios: onde existem acomodações confortáveis para todos; convivência: com cozinha, ambiente para refeições e sala de estar, além da área de eventos, onde ocorrem as festas e demais atividades.
“É um lugar paradisíaco. Dá vontade de morar lá, é tudo muito luxuoso. Parece um resort. Todos os participantes têm o seu momento de protagonismo ao longo do jogo. Fiquei muito feliz e honrada com o convite para apresentar esse formato inédito”, afirma Sabrina Sato.
No “Ilha Record”, os eliminados de cada semana deixam a disputa, mas não necessariamente o programa.
Eles são redirecionados para o Exílio, uma caverna que conta com diversos monitores, onde os participantes que estão fora do jogo acompanham e debatem tudo o que acontece na disputa.
Além disso, esses exilados vão interferir diretamente no jogo, decidindo e escolhendo poderes e dilemas para os exploradores da Vila.
“As pessoas falam tanto de manipulação em ‘reality’. Então, de uma certa forma, vamos ter essa manipulação dentro do jogo. Eles vão assistir a tudo e decidir coisas importantes dentro da disputa. Ninguém nunca gosta quando o seu participante favorito é eliminado. No ‘Ilha’, o público ainda poderá curtir o favorito após eliminação”, explica Carelli, que evita comparações com o recém-finalizado “No Limite”, exibido pela Globo.
“Tem desafio, mas não é perrengue. Eles ficam tranquilos e confortáveis o tempo todo. O foco é a competição entre eles e os desafios propostos”, completa.
O programa, que contou com uma equipe de mais de 200 profissionais, já foi inteiramente gravado.
Apenas a final será exibida ao vivo. Ao fim da dinâmica de desafios, o vencedor da disputa levará para casa o prêmio de R$ 500 mil.
No entanto, aquele participante que for eleito campeão pelo público ganhará R$ 250 mil.
“É um formato bem inovador e diferente. Foram muitos meses de trabalho. A gente criou uma bolha para evitar qualquer contaminação de Covid-19. A equipe ficou confinada em hotéis e tínhamos todos os cuidados para não nos aproximarmos dos participantes nas gravações. O elenco foi constantemente testado antes de ser confinado na ilha”, ressalta Vivian Alano, que divide a direção geral com Diogo de Morais.
Em busca do prêmio de meio milhão de reais estão ex-participantes de “realities shows” e nomes bastantes conhecidos do público, como o ex-jogador de futebol Dinei e a cantora de funk Valesca.
“A gente buscou participantes que queriam se comprometer e com personalidades fortes. Não apenas aparecer na tevê. Como era um formato novo, algumas pessoas demoraram para entender o convite. Teve gente que aceitou às cegas, sem entender bem o programa”, finaliza Carelli.


