As podcasters do Mulheres Pod, Ana Mondragon Landim e Amanda Abramo, são amigas, mães e mulheres que unem as suas forças para darem voz ao público feminino discutindo sobre assuntos como autoconhecimento, empoderamento e empreendedorismo.
O trabalho inspirador das duas é fruto de uma amizade que nasceu de um luto. Amanda Abramo (35) e Ana Mondrago Landim (40) eram alunas de um profissional trainer que veio a falecer por COVID-19, durante a pandemia.
A perda do professor fez com que elas se aproximassem e construíssem uma amizade que ultrapassou os treinos da academia para programações em família e parcerias nos negócios. Atualmente, elas conduzem juntas o Mulheres Pod, que vai completar um ano no mês de julho.
Fora do estúdio, ambas se dividem entre as suas carreiras, casamentos e filhos - os de pés e os de quatro patas. Em entrevista exclusiva ao Correio B+, as podcasters Ana Mondragon Landim e Amanda Abramo falam sobre maternidade, curiosidades da vida pessoal e como se conheceram, leia:
Foto: DivulgaçãoCE: Como é a Amanda fora do Mulheres Pod?
AA: “Eu tenho 35 anos, sou casada e mãe da Julia, de 10 anos, e de pet, da Mel. Cursei Nutrição, mas, por problemas pessoais. precisei dar uma pausa faltando 1 ano para concluir. Quando voltei, já estava trabalhando na área de RH. Dez anos depois, me tornei mãe, dei uma pausa e ao retornar ao trabalho, quis me encontrar em algo, fiz vários cursos, até que decidi encarar a área da Comunicação, e tudo na minha vida começou a fazer sentido. Faço o que de fato nasci pra fazer, que é falar (risos).”
CE: E como é a Ana Mondragon Landim fora do Mulheres Pod?
AM: “Eu tenho 40 anos, sou casada, mãe da Isabella, de 6 anos, e de outros quatro filhos peludos, entre cães e gatos. Sempre gostei muito de artes e durante a adolescência tive como hobby cursos de teatro. Fiz Medicina e no primeiro ano da faculdade me apaixonei perdidamente pela obstetrícia. Me especializei em ginecologia, obstetrícia, medicina fetal e, posteriormente, a obstetrícia integrativa.”
CE: Como vocês se conheceram?
AA: “A história da união dessa amizade é triste, mas com final feliz. Nos conhecemos através de um personal trainer em comum, que falava uma da outra para ambas. No meio de tudo isso, ele pegou COVID-19, não resistiu e veio a falecer. Devido ao sumiço dele, decidi procurar a Ana que, como médica, sabia e ajudou ele em tudo.
Quando contatei ela, a Ana me explicou que ele estava internado e muito mal. E, assim, todos os dias ela me passava o boletim médico dele, me atualizando. Dez dias depois, ela me ligou avisando que ele veio a óbito. Ali, o meu mundo caiu porque gostava muito dele e ele fez uma diferença na minha vida e na evolução do que sou hoje com meu físico.
Eu e Ana ficamos arrasadas, e aí nasceu uma amizade sem explicação, uma dando apoio a outra com uma conexão que fortaleceu os laços. Costumamos dizer que a nossa frase é: ‘ A amizade que nos foi deixada de herança’.”
DivulgaçãoCE: Como veio a ideia do Podcast que fazem atualmente?
AA: “Partiu das duas, sem que houvesse uma combinação. A Ana me procurou para conversarmos de uma ideia que ela teve e combinamos. Eu também já tinha vontade de ter um podcast, concidentemente. Marcamos um almoço, conversamos e, por incrível que pareça, a ideia das duas era a mesma, sem tirar, nem pôr, era pra ser. Ao sair de lá, falei: ‘Até final desta semana, já teremos o nome e o logo, já que é pra ser, não vamos perder tempo nenhum’. E foi assim que aconteceu, em uma semana, já tínhamos o nome e logo prontos. Assim, nasceu o PodCast MulheresPod!”.
CE: Qual é a ideia e o conceito do podcast?
AA: “Trazer assuntos e conteúdos que nos ensine e façam a diferença para quem assiste. Afinal, conhecimento nunca é demais, e nós distribuímos isso para o mundo. O nosso conteúdo é diversificado em assuntos, para diversos tipos de gostos e pessoas.”
CE: Vocês duas sempre gostaram de comunicação?
AA: “A Ana diz que ela sempre gostou, tanto que ela já fez teatro na infância. Ela sempre falou muito bem e se dá muito bem com as câmeras. Já eu, nunca imaginei que falaria para milhares de pessoas, que eu estaria à frente das câmeras. Eu sempre tive vergonha, e problemas com autoestima física. Mas, eu venci isso, e hoje sou uma comunicadora com muito orgulho!”
CE: Qual o perfil dos entrevistados de vocês?
AA: Perfil diversificado, com vários tipos de assuntos. Mas é importante ter sentido e que tenha bagagem que possa de fato levar informação e conhecimento às pessoas, e claro, no mínimo falar e se expressar bem.”
CE: Como é influenciar positivamente as pessoas através do podcast que fazem?
AA: E um sentimento de dever cumprido com humanidade. Saber que impactamos nem que seja uma pessoa, e que provavelmente ajudamos ela de alguma forma, ter levado algo que ela não sabia ou nunca tinha ouvido antes, é muito gratificante.”
DivulgaçãoCE: Vocês sempre quiseram ser mães?
AA: “Sim. Eu, particularmente, sempre quis ter dois filhos, mas nos dias de hoje, isso é um desafio imenso. Portanto, ficarei em um só. Mas, sempre sonhei em ser mãe, e de uma menina, e Deus me abençoou e me trouxe ela, a minha Julia amada.”
AM: “Ser mãe, para mim, sempre foi uma vontade. Ao trabalhar diariamente presenciando o milagre da vida, sempre tive o desejo de experimentar na pele o que é ser mãe e os desafios que estão relacionados com esse processo.”
CE: Para vocês, o que significa ser mãe?
AA: “Significa amor e responsabilidade. Dar uma visão do que é a vida, ensinar princípios, educar, amar alguém acima de você mesmo, e se sacrificar muitas vezes. Mas, é o amor mais sincero e gratificante do mundo. Ser mãe, é ter um pedaço de você fora que continuará uma jornada independente.”
AM: “Ser mãe é uma jornada especial repleta. Dedicação, abdicação, resiliência e, principalmente, de muito amor.”
Amanda com a filha Julia - Acervo PessoalCE: Como é conciliar maternidade e trabalho?
AA: “É bem desafiador para mim, porque minha rede de apoio é pequena e distante. São muitos afazeres que dependem 100% de mim, não só como mãe, mas também como esposa. E, com as tarefas da casa, e, claro, ainda tem o trabalho que demanda muita dedicação. É uma driblagem diária conciliar todos os afazeres. Mas, no fim, a gente sempre dá conta.
AM: “Acho que a palavra que melhor descreve é ‘loucura’. Estamos sempre tentando equilibrar 10 pratos ao mesmo tempo, tentando fazer o nosso melhor e, ainda assim, nos sentimos sempre culpadas de não conseguir dar conta como de fato gostaríamos.”
CE: Qual a mensagem que vocês deixam para as mães?
AA: “’Mãe’ é uma palavra pequena, mas com um significado infinito, pois, quer dizer amor, dedicação, renúncia a si própria, força e sabedoria. Ser mãe não é só dar à luz, e, sim, participar da vida dos seus frutos gerados ou criados. Eu desejo a todas as mães do mundo um Feliz Dia das Mães.”
AM: “Você não precisa ser perfeita. Os seus filhos aprenderão mais vendo como você lida com suas imperfeições"
Ana e a filha Belinha - Foto: Divulgação



