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HOMENAGEM

Dia dos Professores traz reflexão sobre a saúde mental e o esgotamento emocional

Saúde mental e esgotamento emocional na educação precisam de mais espaço no debate público e na gestão de recursos humanos para os educadores que atuam no dia a dia da sala de aula

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Celebrado hoje, 15 de outubro, o Dia dos Professores é uma data dedicada a homenagear quem faz da sala de aula um espaço de transformação. Mas, em meio às celebrações, o dia também acende um alerta: quem está cuidando de quem ensina?

Por trás de cada lição em sala, há histórias de sobrecarga, insegurança e adoecimento emocional. De acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com base em dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mais de 150 mil professores da rede pública brasileira foram afastados de suas funções em 2023 por motivos relacionados à saúde mental.

Além da atuação direta em sala de aula, no processo de aprendizagem, os professores acabam assumindo funções que extrapolam sua formação, intervindo como mediadores, conselheiros, psicólogos, gestores e até figuras de apoio para famílias em vulnerabilidade, mas, muitas vezes, não contam com o suporte e orientação necessária para essas tarefas - Foto / Divulgação

PRESSÃO E BURNOUT

O principal diagnóstico é o esgotamento emocional, frequentemente associado à depressão e à síndrome de burnout, condições que têm se tornado cada vez mais comuns entre educadores.

A professora Ariane Meneghetti afirma que o adoecimento psíquico deixou de ser um fenômeno isolado para se tornar uma realidade coletiva nas escolas e universidades. O excesso de tarefas, a desvalorização e a falta de suporte institucional, segundo a educadora, transformaram o ambiente educacional em um terreno fértil para o esgotamento.

“A docência, que é uma profissão maravilhosa e significativa, vem sendo atravessada por muita pressão. O emocional se esgota e, com ele, a saúde física e mental do professor”, observa Ariane, que é psicopedagoga e atua como coordenadora do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico da Estácio.

ROTINA QUE ADOECE

A sobrecarga vivida pelos professores vai muito além da sala de aula. Além de ensinar, eles assumem funções que extrapolam sua formação: são mediadores, conselheiros, psicólogos, gestores e até figuras de apoio para famílias em vulnerabilidade. Sem o suporte necessário, acabam vivendo uma rotina marcada por cansaço, frustração e solidão profissional.

Ariane destaca que fatores como a baixa remuneração, a falta de diálogo com a gestão escolar e as condições precárias de trabalho agravam o quadro. Um dos pontos mais delicados, segundo ela, é o desafio da inclusão escolar.

NEURODIVERGÊNCIAS

Muitos docentes acolhem alunos com deficiência ou neurodivergências, mas não recebem preparo nem recursos suficientes para garantir um acompanhamento adequado. Essa ausência de estrutura – tanto pedagógica quanto emocional – gera insegurança e sentimento de impotência, ampliando o risco de adoecimento.

PANDEMIA

O impacto da pandemia da Covid-19 também deixou marcas profundas na saúde mental dos educadores. O isolamento, a transição para o ensino remoto e o medo de adoecer criaram um ambiente de incerteza que desencadeou ansiedade, estresse e crises de pânico.

Durante esse período, relata Ariane, os professores precisaram se adaptar rapidamente às novas tecnologias e metodologias de ensino. A mudança abrupta, somada à perda do contato humano, essencial para o vínculo pedagógico, levou muitos profissionais a questionarem o próprio papel. O que antes era fonte de realização pessoal se transformou, em muitos casos, em um espaço de angústia e desorientação.

DESCONEXÃO

Essas mudanças não se desfizeram com o fim da pandemia. Para muitos docentes, a sensação de exaustão e desconexão com o propósito de ensinar permaneceu, revelando o quanto a saúde mental precisa ser tratada como parte da política educacional, e não como tema passageiro de campanhas sazonais.

Com direção de João Jardim, o documentário “Pro Dia Nascer Feliz” (2005) apresenta um diagnóstico sensível sobre as condições da educação no Brasil, abordando, além das discrepantes realidades dos estudantes em diferentes regiões do Brasil, o desafio enfrentado pelos docentes para conduzir suas turmas tanto na rede pública quanto em escolas privadas - Foto / Divulgação

DO DISCURSO À PRÁTICA

Apesar do avanço nas discussões sobre saúde mental, o tema ainda é tratado de forma superficial e pontual em muitas instituições. Ariane reforça a necessidade de políticas permanentes de cuidado, que integrem o bem-estar docente ao cotidiano das escolas.

Partindo de sua experiência profissional, a psicopedagoga cita como exemplo o próprio Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico (Naap), da Estácio, que oferece acompanhamento psicológico e psicopedagógico a professores, coordenadores e alunos. A coordenadora do Naap diz que a iniciativa busca transformar o acolhimento em cultura institucional.

APOIO

Práticas como a criação de espaços de escuta ativa, grupos de apoio emocional, formações voltadas ao autocuidado e flexibilização da carga horária, segundo Ariane, são medidas eficazes para reduzir o estresse e fortalecer vínculos. Mais do que prevenir afastamentos, essas ações promovem pertencimento, reconhecimento e equilíbrio emocional.

A saúde mental dos educadores é um reflexo direto das condições de trabalho, da valorização profissional e da importância que a sociedade atribui à educação. Reconhecer isso é o primeiro passo para transformar o cuidado em política e a empatia em prática.

Correio B

Esposição literária destaca identidade cultural de MS

Mostra dará destaque às obras de Manoel de Barros, Hélio Serejo e Maria da Glória Sá Rosa

04/12/2025 18h00

Divulgação

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Será inaugurada amanhã (5) a exposição “Literatura Regional de MS: Pantanal, Prosa e Poesia” que promete explorar a essência, a estética e as  influências que moldam a escrita sul-mato-grossense. Montada na “Gibiteca Mais Cultura”, a mostra permanecerá aberta ao público até abril de 2026.

Os grandes destaques da exposição são Manoel de Barros, cuja poesia reinventou o olhar sobre o Pantanal; de Hélio Serejo, cronista das tradições e histórias de fronteira; e Maria da Glória Sá Rosa, referência na pesquisa e crítica literária.  

Outro destaque da exposição é o eixo temático que aborda os fluxos migratórios e suas contribuições para a formação sociocultural do estado. A presença japonesa, síria, libanesa e indígena será apresentada como elemento fundamental na constituição das narrativas e das linguagens literárias consolidadas ao longo do tempo.

O público poderá conhecer como essas influências moldaram costumes, expressões artísticas e modos de viver que se refletem na literatura regional.

O espaço físico da mostra será ornamentado com elementos visuais inspirados no Pantanal, entre eles a icônica imagem do carro de boi atravessando as águas, símbolo da narrativa e da memória afetiva do estado.

O projeto é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), Política Nacional Cultura Viva (PNCV), Sistema Nacional de Cultura (SNC), do Governo Federal, através do Ministério da Cultura (Minc), operacionalizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura de MS.

SERVIÇO

Exposição: Literatura Regional de MS: Pantanal, Prosa e Poesia
Abertura: 5 de dezembro de 2025 (sexta-feira)
Horário: 9h
Local: Rua Sacramento, 800 – Bairro Seminário, Campo Grande (MS)
Período de visitação: Dezembro de 2025 a abril de 2026
Agendamento de visitas: pelo telefone (67) 3365-0405 ou pelo WhasApp (67) 99115-0283
 

pagonejo bão

Alexandre Pires traz show da nova turnê para Campo Grande em 2026

O cantor é o único brasileiro na lista dos 100 maiores artistas latinos do século 21 da Billboard e apresentará show inédito na Capital

04/12/2025 15h00

Alexandre Pires fará show em Campo Grande em agosto de 2026

Alexandre Pires fará show em Campo Grande em agosto de 2026 Foto: Divulgação

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O cantor Alexandre Pires, único brasileiro na lista dos 100 maiores artistas latinos do século 21 pela Billboard, fará show da nova turnê 'Pagonejo Bão' em Campo Grande, em agosto do ano que vem.

A apresentação será no dia 1º de agosto de 2026, no Bosque Expo.

Alexandre Pires é reconhecido tanto no Brasil como internacionalmente, com discografia em espanhol e português. Esse histórico soma-se às suas turnês nacionais e participações em grandes eventos.

Na nova turnê, o cantor transcende a barreira de estilos musicais, unindo dois ritmos populares no Brasil, sendo o pagode e o sertanejo.

O projeto Pagonejo Bão nasceu na ideia de aproximar dois universos da música popular brasileira em uma apresentação dinâmica, calorosa e dançante. 

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No palco, Alexandre Pires revisita clássicos que marcaram sua trajetória, tanto do período à frente do grupo Só Pra Contrariar quanto da carreira solo, além de interpretações em dueto com nomes contemporâneos e arranjos que valorizam voz e violão, percussão e instrumentação acústica típica do gênero sertanejo.

O projeto foi gravado ao vivo em 2025 em datas especiais e já ganhou registros em áudio e vídeo. 

No show, Alexandre Pires mistura os maiores sucessos do pagode com o espírito do sertanejo, reunindo repertório romântico, swing e novas interpretações ao vivo.

"Pagonejo Bão é um projeto de coração: é resgatar memórias, mostrar que música boa atravessa estilos e celebrar o público que canta comigo há décadas”, disse Alexandre Pires.

No repertório, o cantor deve apesentar sucessos do Só Pra Contrariar, como Domingo, Essa Tal Liberdade e Mineirinho, além de clássicos do sertanejo, como Evidências, Pense em Mim e É o Amor.

Serviço

Data: 1º de agosto de 2026
Abertura das portas: 20h
Início do show: 22h
Local do show: Bosque Expo
Valores: serão divulgados em breve
Onde comprar: Stand Comper Jardim dos Estados; pela internet no site www.pedrosilvapromocoes.com.br.
Classificação: 18 anos
Realização: Pedro Silva Promoções & Jamelão

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