Hoje, 29 de agosto, é o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A data foi escolhida em razão do 1º Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), que aconteceu em 1996 e é dedicado à discussão de políticas públicas no combate à lesbofobia e garantia de direitos dessa comunidade no Brasil. Em Mato Grosso do Sul, a Casa Santine junto a Associação de Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul (ATMS) prepararam um Sarau Cultural, nesta quarta-feira (30), às 18h, no Ponto Bar em Campo Grande.
Para a gestora da Casa Santine, Karla Waleska de Melo, é imprescindível que o Estado reconheça as pautas das mulheres lésbicas para produzir e promover políticas públicas, caso contrário, se manterão desatendidas em suas reais necessidades.
“Não diferentemente dentro do movimento lgbtqiap+, as mulheres ficam muito invisibilizadas, inferiorizadas e grande parte das pautas relacionadas às mulheres acabam ficando em segundo plano. É fundamental o Dia da Visibilidade Lésbica para entendermos como essas mulheres se relacionam socialmente e politicamente dentro da nossa sociedade, quais as necessidades e também as imposições sociais e as múltiplas violências que elas sofrem”, observou a gestora da Casa Santine.
Diante disso, para dar Visibilidade a essa data tão importante, a Coordenadoria Municipal LGBT+ de Campo Grande, a Casa Satine , Ponto Bar e ATMS, com apoio da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Governo do Estado e ONG Mescla, realizam o 4° Sarau Delas, nesta quarta-feira (30), a partir das 18h, no Ponto Bar em Campo Grande.

O evento fará ainda o 1° Ato de Homenagem a Márcia Zen, uma importante ativista lésbica em Mato Grosso sul, que deixou um legado de ampla atuação no controle social no SUS. Ela faleceu em 2021, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“O nosso estado de MS é extremamente conservador e reacionário. Pautas como essa e inclusive o diálogo, sobre o que é ser mulher lésbica em MS, perpassa muito esse lugar de preconceitos, de inferiorização e de violências. É preciso trazer à tona esses diálogos e evoluir as políticas públicas para criarmos um lugar que haja menos medo e receio de se viver”, defendeu Karla Waleska.
Programação
Cabe destacar que junto ao evento será realizada a tradicional Feira São Chico. O evento dá as caras com arte, gastronomia e cultura. À venda estarão a comidas, artesanatos, roupas de brechó, cosméticos naturais e livros.
Entre as atrações musicais temos as cantoras: Manuzera, Gabi Barros, Georgia o anjo azul, Beca Rodrigues, Bia Blanc e Ana Cabral.
Direitos
Importante relembrar que os avanços em marcos legais são importantes para as mulheres lésbicas, como a Lei Maria da Penha, que faz menção à orientação sexual; a possibilidade de mulheres lésbicas se casarem no civil; amparo legal para reprodução assistida.
Também no ano de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou e equiparou a LGBTfobia, que é caracterizada pela discriminação contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, à Lei de Racismo (Lei 7.716/1989), até Legislativo aprovar legislação específica. Portanto, LGBTfobia é crime!
Com informações da assessoria de imprensa


