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MÚSICA

Em sua 1ª passagem por Campo Grande, Liniker leva 25 mil pessoas ao Parque das Nações Indígenas

Cantora apresentou na noite de domingo o show "Caju", pelo MS Ao Vivo, derramando-se com a resposta do público da capital: "Grande presente, estou muito feliz mesmo"

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O MS ao Vivo de domingo, no Parque das Nações Indígenas, foi de muita MPB e de black music brasileira. Liniker fez o público de 25 mil pessoas vibrar e cantar em coro seus grandes sucessos como “Caju”, que dá nome ao mais recente álbum e à nova turnê da cantora, além de “Veludo Marrom” e “Papo de Edredon”, entre muitos outros.

O cantor sul-mato-grossense Silveira também fez bonito, com uma abertura em grande estilo numa apresentação marcada por composições próprias.

Pela primeira vez em Campo Grande, Liniker disse após o show que “foi muito maravilhoso sentir a energia das pessoas. Acho que isso para qualquer artista é um grande presente, ainda mais sendo uma cidade em que eu não tinha vindo ainda, com nenhum show, com nenhuma turnê, então, para mim, chegar e ter essa resposta aqui de Mato Grosso do Sul dessa forma foi muito maravilhoso, estou muito feliz mesmo”.

Para a cantora de 30 anos, nascida em Araraquara, interior de São Paulo, a turnê “Caju”, que já acumula quase um ano de estrada, tem sido uma grande descoberta a cada show. Ela disse que a iniciativa do Governo do Estado em parceria com o Sesc de um show gratuito para a população é maravilhosa.

“Dentro desse um ano a gente tem rodado por muitos lugares do mundo, do Brasil, chegando em lugares que eu não tinha ido ainda, podendo levar uma música de qualidade para tantas pessoas”, afirmou Liniker.

“A gente pôde trazer um show no formato que é gratuitamente (sic) para tantas pessoas. Acho que, cada vez mais, quando a gente tem essa devolutiva social de fazer um show incrível para o povo, é maravilhoso, porque não é só uma resposta para o povo, mas eu também me sinto mais vivo enquanto artista, trocando com pessoas que talvez não tivessem condição de ir no show, mas que gostam da minha música, que acompanham a minha trajetória, a minha história”, disse a artista.

A abertura ficou por conta do cantor Silveira, que trouxe um show recheado de músicas autorais.

“A gente sempre coloca a maioria de músicas autorais [no repertório] porque a gente quer trazer essa representatividade de música regional também, que não é apenas o estilo musical”, comentou Silveira.

“Música regional é toda música que é feita aqui pro nosso povo, falando para a nossa gente. Então, essa é uma coisa que a gente coloca como prioridade no nosso show. Foi uma energia maravilhosa, eu senti muito afeto, como o nome do meu próprio show diz, né, ‘Afroafeto’. Senti o afeto do público muito contagiante, muita alegria em poder estar aqui. Uma celebração mesmo da vida”, exultou Silveira.

CARAVANA

Na plateia, a advogada Valesca Luzia Leão veio de Dourados junto com uma excursão que trouxe 130 pessoas para o show. Ela curte muito a Liniker por causa da “criatividade das letras, o estilo musical mais de MPB, diferenciado”.

“Eu acho muito importante os shows no parque para as pessoas terem acesso à cultura. É bom que a Capital esteja perto de Dourados, mas também seria interessante que nas cidades do interior também tivessem esses shows”, pontua Valesca.

Arthur Prudente dos Santos, funcionário do Banco do Brasil e namorado da advogada, mora em Iguatemi e também veio com a caravana de Dourados. Ele é fã da Liniker e foi ele quem apresentou as músicas da cantora para a namorada.

“Eu acho que eu sou fã da Liniker faz bastante tempo, eu sou apaixonado principalmente pela voz. Desde que a Liniker tinha a banda Liniker e os Caramelows, eu gostava dela já. É trazer uma sonoridade em som, que é o que está muito em falta na música brasileira. Quando ela trouxe isso, eu fiquei apaixonado, então eu venho acompanhando ela há bastante tempo já. A gente fica muito feliz que acontece o MS ao Vivo, mas a gente fica pensando, nossa, tinha que ser assim, todo dia, todo fim de semana”, conta Arthur.

“Porque a população precisa desse tipo de evento, tem que ser de graça porque é algo que é para o povo, o sul-mato-grossense precisa conhecer a cultura que o bom brasileiro produz. Isso também tem que se expandir aqui, que a gente tem artistas daqui, artistas nossos vizinhos também, que tem muito a apresentar, muito a proporcionar para a gente, e para a população no geral, é gratificante sair num domingo com a família e poder presenciar um show dessa magnitude”, diz o fã.

ALMA ENCANTADA

A dona de casa Andréa da Conceição Ferreira disse que gosta muito da Liniker e conheceu melhor a cantora graças a um show que assistiu da Karla Coronel. “Eu me encantei, minha alma se encantou com a música dela. A Liniker é completa, né? Ela é um conjunto de tudo isso, é a voz dela que é potente, é a voz que alcança a música. A nossa alma sabe que tudo o que ela levanta por meio dessa voz, dessa potência de composições, ela fala para o público que não teve voz há muito tempo na nossa história”, afirma Andréa.

“Então, assim, ela é potência em voz, em composição, em atitude, em se encontrar, assim, toca a nossa alma de uma forma bem extraordinária. O MS ao Vivo é sensacional. Porque imagina se você tivesse que dispor de condições financeiras para você assistir a todos esses shows que eles vêm promover para a população. Nem todo mundo tem. Você tem essa função e você vem, vem com a família, assiste um show incrível, artista extraordinário, gratuito, no capricho, completo”, elogia a dona de casa.

VOZ ÚNICA

O fisioterapeuta Marco Aurélio Cardoso disse que conhece a Liniker desde antes da fama. “Eu acho que o estilo, a voz é única, não tem nenhuma voz, nenhum cantor que imita ela, que pareça com ela. Eu acho muito legal os shows do MS ao Vivo estarem contemplando vários públicos, né? Tentando o sertanejo, o pop, MPB, no caso da Liniker, é muito legal isso em vários lugares do País, trazendo cultura pra cá”, reforça Marco Aurélio.

O próximo MS Ao Vivo será uma edição especial de aniversário do estado de Mato Grosso do Sul, no dia 12 de outubro, com Michel Teló. O acesso é gratuito e o evento integra uma programação contínua promovida pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, da Fundação de Cultura de MS e do Sesc-MS.

Correio B+

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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