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Day Mesquita: "Estou muito feliz em rever Amor Sem Igual, fui premiada por essa obra"

Capa do Correio B+ desta semana, a atriz fala com exclusividade sobre carreira, família, saúde e também sobre escolhas...

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Day Mesquita, 36 anos, iniciou seu caminho nas artes como bailarina, ela começou a dançar ainda criança. 

Na verdade a dança levou Day ao seu primeiro papel na TV na novela Dance Dance Dance exibida pela TV Bandeirantes.

“A Amanda de Dance Dance Dance foi minha primeira personagem, e desde então não parei mais. 

As personagens e trabalhos seguintes foram acontecendo cada vez de forma mais constante. Sou muito grata a essa personagem e a esse trabalho”, relembra.

Ela está no ar atualmente na reprise de "Jesus", onde interpretou Maria Madalena, o segundo maior papel da trama, personagem que rendeu a ela críticas positivas tanto da especializada como do público.  

“Foi uma experiência incrível e única. Maria Madalena uma personagem riquíssima, as cenas iam de um extremo a outro, e isso era maravilhoso. Ao começar os estudos e me aprofundar na história dela, a admiração cresceu ainda mais”, explica.

No dia 17 de maio, a novela "Amor Sem Igual", protagonizada pela atriz na Rede Record, retornou a grade de programação da emissora e sua  personagem, a Poderosa, rendeu a Day o prêmio de Melhor Atriz no Prêmio onde concorreu com nomes como Glória Pires, Adriana Esteves, Regina Casé e Taís Araújo.

No cinema a atriz interpretou Ester Bezerra, esposa do Bispo Edir Macedo, uma personagem marcante nos filmes “Nada a Perder” 1 e 2, e logo mais vai estrear no streaming em “Tudo de Bom”, onde fará o papel de uma ex-vedete.

Day Mesquita é vegetariana, apaixonada pela profissão e recentemente anunciou sua primeira gravidez.  

“A boa notícia veio antes do que imaginávamos e esse bebê já é muito desejado e amado”, resume.

Capa do Correio B+ desta semana, a atriz fala com exclusividade sobre carreira, família, saúde e também sobre escolhas...

CE - Day, você sempre esteve no mundo das artes... Fez ballet, atuou profissionalmente e estreou na TV em 2005. Como foram esses processos e transição de uma arte para a outra?

DM - Meu primeiro contato com o palco foi no ballet, que me deu também minhas primeiras oportunidades como atriz. 

O primeiro comercial que fiz precisava saber dançar, e minha primeira novela, “Dance Dance Dance” na Band, era uma novela musical, na qual dei a vida a antagonista Amanda, que era uma bailarina clássica e tinha que dançar muito durante toda a história. 

Fora isso, o ballet também me trouxe disciplina e persistência em tentar alcançar um melhor desenvolvimento em movimentos específicos, e isso tudo desde os 7 anos de idade, quando comecei as aulas, e acho que isso também foi muito importante para minha carreira de atriz. 

A vontade de atuar veio desde criança, na adolescência fiz alguns cursos livres, mas fui me profissionalizar mesmo depois que concluí os estudos do colégio. 

Dava aulas de ballet para pagar meus cursos, então foi muito natural a transição e acho que uma coisa ajudou muito a outra.

CE - Você começou no teatro em 2004?

DM - Profissionalmente sim. Fiz alguns cursos livres durante a adolescência, mas fui me profissionalizar e estudar teatro e interpretação em 2004.

 

CE - Você já foi modelo e apresentadora, pensa em voltar?

DM - Ter trabalhado como modelo por um tempo acredito que me ajuda hoje ainda em alguns trabalhos de publicidade que faço. 

Meu foco principal é como atriz, eu amo atuar, poder estudar, me aprofundar e viver histórias de diferentes personagens. 

Trabalhar como apresentadora, apresentar algum programa não é algo que eu tenha como objetivo neste momento, mas não descarto a possibilidade, se houver um projeto bacana, seria um desafio e uma experiência que adoraria ter novamente.

CE - Sua estreia nas novelas foi em DANCE DANCE DANCE na Band?

DM - Sim! Antes da novela eu já trabalhava como atriz, mas fazendo fotos e comerciais. 

A Amanda de Dance Dance Dance foi minha primeira personagem, e desde então não parei mais. 

As personagens e trabalhos seguintes foram acontecendo cada vez de forma mais constante. Sou muito grata a essa personagem e a esse trabalho.

CE - Depois que estreou na TV trilhou um caminho de muitos trabalhos em emissoras diferente, você sente alguma diferença entre elas?

DM - Minha trajetória por todos esses canais foi muito importante na minha carreira. Cada trabalho, cada equipe, e cada emissora tem sua particularidade, seu ritmo. 

A Band foi meu primeiro contato com a TV, eu e mais alguns outros atores estávamos em nosso primeiro trabalho e era uma novela musical, infanto juvenil, era uma delícia fazer! Era tudo muito novo pra mim, mas fui muito feliz naquele trabalho, aprendi demais! 

Fui muito bem amparada, direcionada e recebida por todos, o que tornou um trabalho mais que especial.

O SBT é uma emissora com um ambiente muito familiar, o Del Rangel (mesmo diretor de Dance Dance Dance, na Band) quando foi pra lá levou praticamente a mesma equipe com ele, o que para mim foi ótimo, já que estava encarando o desafio da minha primeira protagonista. 

Já estava muito entrosada com todos e isso me deu um apoio muito grande naquele trabalho.

A primeira passagem pela Globo foi em "Cheias de Charme", uma novela de enorme sucesso na época, e eu entrei ela já tendo estreado há algum tempo. Eu tinha acabado de me mudar para o Rio, e então surgiu essa grande oportunidade. 

Foi uma fase de muitas mudanças que consolidaram muitas coisas na minha vida pessoal e profissional. 

Foi o trabalho de maior visibilidade que eu já tinha feito até então, e estar naquele trabalho foi uma forma de entender que estava sendo bem recebida tanto pela cidade, quanto pelas pessoas do meu meio de trabalho. 

Conheci muita gente e trabalhei com grandes artistas que eu já admirava muito, tanto em Cheias de Charme, quanto em Além do Horizonte, minha segunda novela na Globo. 

Depois veio a Record, que é uma casa que sempre me recebeu de braços abertos, apostou e confiou no meu trabalho me dando grandes oportunidades como a Maria Madalena, em Jesus, e a Poderosa, protagonista de “Amor sem Igual”.

Eu sou muito grata por todo esse caminho que percorri e pelas emissoras que passei.

CE - Como é fazer uma personagem bíblica? E lidar com o sucesso que tem sido essas obras?

DM - É muito bacana, na verdade todas as histórias e conflitos que qualquer personagem passa em qualquer obra, sendo bíblica ou não, são humanas e universais. 

Acho que o principal ao interpretar qualquer uma delas é a verdade e a entrega, o que diferencia um pouco é só a forma, por se tratar de uma época e costumes diferentes. 

E o interessante é poder vivenciar e estudar em uma época bem diferente da nossa. 

É um trabalho de pesquisa e estudo de época também que eu gosto muito de fazer. E o sucesso dessas obras é incrível, ser reconhecida pelo seu trabalho em vários países do mundo é muito gratificante.

CE - Como foi foi pra ela interpretar Maria Madalena, uma personagem tão forte e bíblica...

DM - Foi uma experiência incrível e única. É uma personagem riquíssima, as cenas iam de um extremo a outro, e isso era maravilhoso. 

Mas vai além ainda, por se tratar da história de uma mulher da qual eu já admirava antes de tudo, mas não conhecia tão bem. 

Ao começar os estudos e me aprofundar na história dela, a admiração cresceu ainda mais. 

É uma força feminina que esteve ao lado desse Homem que mudou a história da humanidade. Contar essa história vivendo essa personagem foi maravilhoso.

CE - No cinema você estreou em 2018?  

Como foi interpretar Ester Bezerra? E a preparação?

DM - Isso, minha estreia mesmo foi em 2018 com “Nada a Perder”, na verdade em 2016 o Filme “Os dez mandamentos” ganhou uma versão filme e esta foi a primeira vez em que de fato apareci nas telonas, já que eu fiz a novela, mas considero a minha estreia mesmo com Nada a Perder. 

Sobre a preparação, no começo do processo, pesquisei vídeos e vi alguns filmes como referência, mas a parte de criação e descoberta mesmo foi na preparação através do texto, do que ouvi e do que intuía sobre a personagem. 

Nós fizemos um mergulho nessa história desde as primeiras semanas de preparação e aos poucos, dia a dia, fomos entendendo, construindo e criando a relação e verdade entre os personagens. 

Foi uma experiência incrível ao lado de uma equipe de profissionais renomados do cinema brasileiro. 

Estava com meu parceiro de cena e grande amigo Petrônio Gontijo e sendo dirigida pelo Alexandre Avancini, que me dirigiu em meus primeiros trabalhos na Record!

CE - Dia 17 começou a reprime de Amor Sem Igual, você foi premiada por sua atuação nesta obra né? Conta um pouco pra gente?

DM - Estou super feliz em poder rever esse trabalho que eu tanto amei fazer! A Poderosa foi muito especial para mim! 

E sim, foi uma honra imensa ganhar dois prêmios com esse trabalho e ser indicada para outros. 

O prêmio Área Vip de Melhor personagem e o Prêmio Contigo de melhor atriz, esse último estando ao lado de gigantes, atrizes e mulheres incríveis que tanto admiro e sou fã como Adriana Esteves, Regina Casé e Taís Araújo.

Só de estar ali entre as selecionadas já era um super reconhecimento que só nos dá mais vontade de seguir fazendo o melhor possível, e estudando muito...

Por isso e por tudo mais, a Poderosa foi com certeza um marco na minha carreira! Pelo processo de trabalho, pela leveza das gravações, pela equipe e pelo elenco que fizeram essa novela ser um trabalho muito gostoso de ser feito, mesmo em meio a tantas mudanças por conta da pandemia. Só tenho boas lembranças.

CE - Você vai estrear no streaming como uma ex vedete, como foi a preparação desse personagem e também em 2019 interpretar uma prostituta...

Como é esse processo de construção?

DM - Para fazer a Simone da minissérie “Tudo de Bom” tive uma preparação diferente dos outros trabalhos de novela. 

Tivemos algumas conversas e reuniões online com o Ajax, onde ele ia nos direcionando sobre um caminho para seguirmos nos estudos, mas não fizemos leituras, então o jogo, o ensaio e a troca aconteceu no dia da gravação. 

O Ajax é um diretor que gosta muito de trocar e dirigir o ator, e eu confio muito no trabalho dele, então, foi muito bacana também ter feito esse trabalho de uma maneira diferente da que eu estava habituada, mas com um diretor que sabia que ia trocar e ensaiar com a gente até que a cena ficasse bacana.  

Para a Poderosa, de “Amor sem Igual”, assisti alguns filmes como referência (Uma linda mulher, A proposta e Erin Brockovich), mas muito dela nasceu nas leituras, ensaios e troca com os atores. Fiz aulas de dança e tecido, que a personagem exigia e isso também ajudou muito a trazer o corpo, jeito da personagem.

CE - Um momento emocionante da sua carreira...

DM - Acho que tive alguns momentos emocionantes, como, por exemplo, encontrar e contracenar com atores que eu já admirava e era fã, receber os prêmios pela Poderosa, ter o carinho e reconhecimento do público com as personagens que fiz... 

Esses foram alguns deles, mas falaria de um em especial, bem no comecinho, quando recebi a ligação da Ciça Castello, produtora de elenco, dizendo que eu tinha sido aprovada para a personagem Amanda, de Dance Dance Dance. Foi o começo da minha carreira e a minha primeira grande oportunidade como atriz. Fiquei emocionada e feliz demais.

CE - Gostaria de fazer mais cinema?

DM - Sim. Tive duas grandes oportunidades que foram nos longas “Nada a perder 1 e 2” e amei a experiência. Tenho vontade de fazer mais sim e espero que seja em breve.

 

CE - Day, você é budista?

DM - Não sou budista, mas me identifico em algumas coisas com a filosofia do budismo, como em algumas coisas de outras religiões também, mas não me defino em nenhuma delas.

Tenho fé em Deus, em Jesus. Deus é amor e está dentro de todos nós. 

O amor é, ou pelo menos deveria ser, a base de todas as religiões, então é nisso que acredito.

CE - E se tornar vegetariana, como foi essa decisão? E ser embaixadora SVB?

DM - Sou vegetariana,  só acho justo dizer que é vegano quem realmente come zero derivados. Minha mãe (Regina Mesquita)  é vegetariana há uns 20 anos e acho que, de certa forma, o exemplo dela dentro de casa me fez pensar e buscar saber mais sobre o assunto. 

Certo dia ao comer um hambúrguer, olhei para ele e pensei no como ele chegou ao meu prato, e a partir desse dia decidi que não comeria mais. 

Fui bem radical, pois pra mim, ali parou de fazer sentido me alimentar de carne e frango. 

Já com o peixe meu processo foi gradual, continuei comendo mas repensando e tentando diminuir e cortar em certos momentos, até que há cerca de um ano, da mesma forma, um dia ao comer, a chavinha virou de vez e parei também.

A minha decisão em parar o consumo de carne foi pensando nos animais, pela exploração e morte animal, me sentia sustentando o modo como eles são tratados e mortos, e não fazia sentido para mim manter essa prática, já que o amor e cuidado com os animais sempre foi muito forte em mim.  

Há pouco mais de um ano me tornei uma das embaixadoras do movimento “Segunda Sem Carne"  da Sociedade Vegetariana Brasleira (SBV), a convite da atriz Dani Moreno, minha amiga, que é uma das embaixadoras e uma das grandes vozes de incentivo e apoio ao veganismo e que faz parte também da SVB.

CE - Ser mãe... Sempre quis?

DM- Era algo que eu pensava sim, apenas não tinha muita certeza ainda sobre quando seria o momento ideal, mas acredito que o momento certo acontece quando tem que acontecer, assim como foi agora.

Eu e o Pedro já conversávamos sobre aumentar a família, moramos juntos desde 2019 e temos duas filhas que adotamos, só que até então de quatro patas (risos). 

A boa notícia veio antes do que imaginávamos e esse bebê já é muito desejado e amado.

CE - E você acabou de anunciar que vai ser mamãe?

DM - Foi uma surpresa! Um misto de emoções que nem consigo explicar o que se passou e o que ainda se passa dentro de mim desde que descobri a gravidez.  

É tudo muito novo, muito diferente, estou aos pouquinhos entendendo esse milagre que é essa vida que cresce aqui dentro.  

Sinto que estou gestando um bebê e gestando também essa nova fase minha como mulher, agora mãe, que cresce diariamente em aprendizados e amor.

CE - Como são os seus cuidados com a beleza e o corpo?

DM - Hoje em dia não abro mão dos cuidados com a minha pele pela manhã e à noite. 

Além de não dormir jamais de maquiagem e estar sempre atenta com a quantidade de água que bebo por dia, pois sinto muita diferença na minha pele quando não bebo a quantidade necessária.

Sobre o corpo, eu dancei ballet clássico e jazz praticamente minha vida inteira, desde os 7 anos, então, estar em movimento, fazer uma atividade física, faz parte da minha vida. 

Quando parei de dançar com frequência, que eu amava, comecei a fazer musculação, que por sua vez não era algo que eu amava fazer. 

Essa relação com os exercícios mudou também há relativamente pouco tempo. 

A musculação por exemplo, aprendi a gostar, faço com meu personal Fora isso, gosto também de praticar Muay Thai e Yoga. Nesse momento de gestação passei um tempinho mais parada mas já estou voltando a me movimentar com aulas de musculação, alongamento e yoga.

CE - E a Day em família?

DM - Em família e fora da família sou uma pessoa muito simples. A família é algo muito importante para mim. É minha base, onde recarrego minhas energias e me sinto “em casa”.

 

CE - Day e novos projetos?

DM- Tem a minissérie "Tudo de Bom", que será destinada a uma plataforma de streaming, em que interpreto Simone Mantovani, uma ex-vedete, que começa a trama em busca do divórcio com Tony Mantovani (Alexandre Slaviero), o protagonista da história. 

Além disso, fiz uma participação numa série para o streaming que poderei falar em breve.

 

CE - Um desejo que a Day tem...  

DM - De que esse bebê que estou gerando seja feliz e possa viver em um mundo de mais igualdade e respeito.

 

CE - Uma saudade...  

DM - Do meu pai

 

CE - Uma realização que já aconteceu...  

DM - Todas as minhas conquistas profissionais são grandes realizações para mim das quais sou muito grata.

Correio B+

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

A lista de indicações revela forças, silêncios e tendências que devem marcar toda a temporada de premiações. Sinners domina, Wagner surpreende e Cynthia fica de fora.

13/12/2025 14h00

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026 Foto: Divulgação

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As indicações ao Critics’ Choice deste ano chegaram com aquela mistura deliciosa de obviedades confirmadas, surpresas estratégicas e ausências que vão ecoar pelas próximas semanas. Não é exagero dizer que, com essa lista, o jogo realmente começou e já com algumas peças bem posicionadas no tabuleiro.

Sinners no comando absoluto

O grande fato é inescapável: Sinners saiu da largada como o filme da temporada. São 17 indicações, um número que não deixa espaço para debate. Ele entra em tudo: Filme, Diretor, Ator, Roteiro, categorias técnicas, Elenco, Trilha, Canção. Quando uma produção aparece em quase todos os campos possíveis, ela naturalmente assume o posto de eixo gravitacional do ano. É aquele combo que a crítica adora: força dramática, acabamento técnico, ambição estética e performances que sustentam o pacote. Sinners não só lidera, ele estabelece o tom.

Logo atrás, One Battle After Another surge com 14 indicações, enquanto Hamnet e Frankenstein empatam com 11. É um grupo que revela o gosto de 2025/2026: cinema com assinatura, com textura, com direção que guia narrativa e atmosfera. Nada de lugar-comum — mesmo quando lidam com obras literárias ou universos de fantasia, esses filmes chegam com personalidade.

Bugônia cresce, Avatar diminui

Entre os movimentos mais reveladores da manhã está Bugônia entrando em Melhor Filme. Até pouco tempo, muitos tratavam a presença de Avatar: Fire and Ash como automática nas listas amplas, mas a vaga ficou com Bugônia. E isso não é acidental: o filme também aparece em Melhor Atriz (Emma Stone) e em Roteiro Adaptado, o que sinaliza que não é um candidato “alternativo”, mas uma força real na temporada. Avatar, ao contrário, ficou restrito ao espaço inevitável: Efeitos Visuais. Para um projeto concebido como megaevento, é um baque. O Critics’ Choice deixa claro que a escala, sozinha, não define relevância este ano.

Wagner Moura atravessa fronteiras

Um dos momentos simbólicos — e históricos — da lista é a indicação de Wagner Moura em Melhor Ator por O Agente Secreto, somada à presença do filme em Melhor Filme em Língua Estrangeira. Não é comum um protagonista de um filme internacional furar a bolha das categorias principais de atuação. Quando isso acontece, desloca a conversa. A indicação reforça tanto a força do filme quanto o impacto da performance. É um marco real para a presença latina nas premiações americanas e abre caminho para que O Agente Secreto circule mais amplamente na temporada.

Melhor Ator: a categoria mais competitiva do ano

A lista de Melhor Ator deixa claro que a corrida está mais apertada do que parecia. Além de Wagner, aparecem nomes que já estavam no radar e outros que chegam para consolidar suas chances:

• Joel Edgerton, por Train Dreams • Ethan Hawke, por Blue Moon • Mais Michael B. Jordan, Lee Byung-hun, George Clooney, entre outros
Com tantos filmes fortes aparecendo também em categorias de topo, essa é uma daquelas disputas que pode mudar semana a semana. Train Dreams, por exemplo, cresceu muito: entrou em Filme, Ator e Roteiro Adaptado e isso automaticamente fortalece Edgerton. Já Hawke, vindo de um filme mais isolado, depende do carinho dos votantes.

A categoria perfeita com o buraco mais comentado: Melhor Atriz

O grupo de indicadas a Melhor Atriz está impecável no conjunto, mas não sem um peso: a ausência de Cynthia Erivo por Wicked: For Good. Com seis vagas, deixar de fora a protagonista de um filme indicado em várias categorias, inclusive Melhor Filme, não passa despercebido. O Critics’ Choice abraça Amanda Seyfried, Emma Stone, Rose Byrne, Chase Infinity e outras grandes performances, mas o silêncio em torno de Erivo fala alto. Ela era tratada como nome praticamente garantido, e essa esnobada agora se torna um fantasma que a temporada precisará exorcizar — ou confirmar — nas próximas rodadas.

Direção: del Toro dentro, outros nomes fortes de fora

Na categoria de Direção, o espaço para Guillermo del Toro por Frankenstein já era esperado: o filme é um projeto de paixão e chegou com a marca emocional e visual que os votantes costumam prestigiar. Mas sua entrada implica ausências significativas: diretores que vinham sendo tratados como fortes na temporada ficaram de fora. Isso reforça uma tendência do ano: a crítica está priorizando obras com assinatura estética e emocional muito clara e sendo mais seletiva com continuações de franquias ou com cinema político mais direto.

Coadjuvantes e roteiros mSinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar.

E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes mostram onde a crítica está arriscando.
As categorias de coadjuvante e de roteiro ajudam a desenhar o segundo plano da temporada:

• Amy Madigan e Ariana Grande ganham força em Atriz Coadjuvante. • Jacob Elordi conquista espaço com Frankenstein. • O elenco de Sinners aparece em categorias diversas, reforçando a força coletiva do filme.

Em roteiro, o Critics’ Choice faz escolhas que deixam clara a intenção de ampliar a conversa:


- Weapons e Sorry Baby entram em Original, abrindo espaço para filmes fora do eixo óbvio. • Train Dreams, Bugônia, Hamnet e Nenhuma Outra Escolha formam um Adaptado sólido e variado. Quando um filme vai forte em roteiro, automaticamente fortalece seus nomes de atuação — é o caso de Train Dreams e Bugônia. O que a lista diz, no fim das contas o Critics’ Choice deste ano não só acende a temporada: ele revela um movimento coletivo. 

Sinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar. E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes.
 

CULINÁRIA

Motivo de discórdia na ceia natalina, uva-passa traz benefício à saúde

Item obrigatório para uns ou dispensável para outros no cardápio das ceias natalinas, a uva-passa, embora divida opiniões, traz benefícios à saúde; especialista destaca seu valor nutricional e versatilidade no preparo de receitas

13/12/2025 09h00

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes Divulgação

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Todo ano ocorre o mesmo debate nas famílias brasileiras: a inclusão – ou não – da uva-passa nas receitas natalinas. Enquanto uns defendem o toque agridoce que ela agrega aos pratos, outros nem querem ouvir falar da fruta desidratada no cardápio.

Segundo uma pesquisa realizada pela Ticket, marca de vale-refeição e vale-alimentação, 37% das pessoas trabalhadoras no Brasil afirmam que colocariam uva-passa em tudo na ceia de Natal. Outros 43% se dizem indiferentes à fruta, enquanto apenas 20% declaram não gostar. A nutricionista Bárbara Tonsic ressalta que, para além do gosto pessoal, a uva-passa tem, sim, seu valor do ponto de vista nutricional.

“Por ser uma fruta desidratada, ela tem maior concentração de açúcar, sendo uma boa fonte de energia. Além disso, é rica em fibras solúveis, como os frutoligossacarídeos, que favorecem a saúde intestinal. Substâncias como o ácido tartárico ainda auxiliam na fermentação por bactérias boas, contribuindo para o equilíbrio da microbiota”, especifica Bárbara.

A uva-passa também se destaca por oferecer vitaminas e minerais importantes, como vitaminas do complexo B, vitamina A, cobre, ferro, cálcio, potássio e magnésio. Bárbara alerta, entretanto, que o consumo deve ser moderado.

“Por conta da alta concentração de carboidratos, ela pode não gerar saciedade tão facilmente e, nesse caso, é comum ultrapassar a quantidade recomendada”, pontua a nutricionista, que também é professora da área em um curso de ensino superior.

Claras e escuras

Outro ponto que gera curiosidade é a diferença entre as passas escuras e claras. Segundo a professora, as escuras têm maior teor de resveratrol e flavonoides, compostos antioxidantes conhecidos por seus benefícios contra o envelhecimento. Já as claras ou verdes têm menores quantidades desses compostos, mas continuam sendo uma boa opção.

E quanto aos pratos que podem ser enriquecidos com o sabor da uva-passa? Além do tradicional arroz natalino, a especialista sugere outras opções como salpicão, farofas, bolos, tortas e até caponatas.

“As uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações no cardápio natalino. Combinações como uva-passa com maçã ou abacaxi, queijos salgados, castanhas e carnes, como frango ou cordeiro, fazem bastante sucesso”, sugere Bárbara.

Corredores

A professora destaca ainda que o consumo regular de uva-passa pode trazer benefícios à saúde, principalmente por sua ação antioxidante e por melhorar o funcionamento intestinal.

Além disso, pode ser uma opção prática para corredores que precisam repor energia durante treinos ou provas mais longas.

“A verdadeira questão é saber combinar os pratos à sua mesa natalina e aproveitar tanto o sabor quanto os benefícios do alimento. Ame ou odeie, a uva-passa tem muito a oferecer”, reforça a nutricionista.

Benefícios da uva-passa:

> Redução de risco da diabetes tipo 2;
> Prevenção do câncer;
> Prevenção do infarto;
> Diminuição da pressão arterial;
> Prevenção da prisão de ventre;
> Melhora a saúde dos ossos;
> Controle de peso;
> Eliminação de radicais livres;
> Prevenção da anemia;
> Proteção à saúde do coração;
> Promove a saúde dos dentes.

*SAIBA

A origem da uva-passa vem da Roma Antiga, onde era utilizada nas celebrações como símbolo de fartura, alegria e prosperidade.

RECEITA Salpicão com uva-passa

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Ingredientes:

> 2 peitos de frango cozidos e desfiados;
> 1 xícara (chá) de uva-passa;
> 395 g de milho-verde;
> 395 g de ervilha;
> 2 cenouras descascadas e raladas;
> 1/2 xícara (chá) de azeitona verde sem caroço e picada;
> 1/2 xícara (chá) de maionese;
> 1/2 xícara (chá) de creme de leite;
> Sal, pimenta-do-reino moída, salsa picada e batata-palha a gosto.

Modo de Preparo:

Em um recipiente, coloque o frango, a uva-passa, o milho-verde, a ervilha, as cenouras e a azeitona e misture;

Adicione a maionese e o creme de leite e mexa para incorporar;

Tempere com sal, pimenta-do-reino e salsa;

Leve à geladeira por 1 hora;

Finalize com a batata-palha e sirva em seguida.

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