Depois de viver a drag queen Rúbia, na reapresentação de “Pega-Pega”, o ator Gabriel Sanches se destaca agora em “Quanto Mais Vida, Melhor!”, novela das 19h da Rede Globo.
Aos 33 anos e 15 de carreira, o brasiliense deu detalhes sobre Roberto Cintra, seu personagem.
“Ele é um profissional competente e interessado no melhor para a empresa em que trabalha, mas ao mesmo tempo sua ética é com o “ganha pão”.
Então, ele vai aprontar um pouco com a chefe Paula Terrare (Giovanna Antonelli) em função desse compromisso com o próprio sucesso. Ele surfa conforme a onda e vai onde o banquete é bom”, explica o ator.
Mas se engana quem acha que o funcionário se enquadra entre vilão ou mocinho. Para Sanches, a narrativa é ainda mais aprofundada:
“É sobre um ponto de vista próprio do personagem. Isso é muito mais rico para se fazer enquanto ator, contar uma história multifacetada em que todos em determinado momento podem performar mocinhos ou vilões, é uma questão de ponto de vista ético, mas não sobre moral”.
Na novela, Gabriel atua com grandes nomes da teledramaturgia brasileira, como as atrizes Giovanna Antonelli e Júlia Lemmertz, que estão nos papeis principais.
“Foi um presente para a minha carreira trabalhar com elas. Foi só aprendizagem e afetos constantes. O que era admiração profissional também ganhou espaço no coração em forma de carinho. Sou agradecido pela oportunidade”, afirma ele.
Além de Giovanna e Júlia, nomes como Bruno Cabrerizo, Carol Marra e Nany People também farão parte do círculo e gratidão de Roberto.
Outra curiosidade é que na trama, o personagem usa óculos e esses são do próprio Gabriel, que possui miopia e, além de ajudar em cena, foi uma maneira de levar um pouco de si para a ficção.
“Eu tinha acabado de fazer um óculos de grau novo pra mim no dia da primeira prova de figurino e quando a Natália Duran (figurinista da novela) viu, amou e aprovou. Eu pensei que seria legal emprestar os óculos pro Roberto e pela primeira vez fazer um trabalho em que enxergo tudo. Tenho miopia e não me adapto fácil a lentes de contato, então em todo trabalho, até então, meus personagens sempre tiveram dificuldade para enxergar de longe. O Roberto é o primeiro que usa óculos e me dá a oportunidade em ver melhor. A princípio, lembro de no primeiro dia, me surpreender com a nitidez que enxergava as câmeras e quem estava por traz das câmeras enquanto fazíamos a cena. De alguma forma isso serviu de estudo para desenvolver a linguagem televisiva, como me posicionar melhor para a câmera”, explica Gabriel.
O ponto chave da trama é a segunda chance de viver após um trágico acidente de avião. E para o ator, viver é um verdadeiro ato de coragem: “Viver é se colocar em movimento constante de busca, de estado de presença. É para além da experiência de estar vivo. É muita coisa. É tudo”, ressalta.
A trama das 19h está fazendo um grande sucesso no horário e Gabriel crê que o fato da faixa ter uma pegada mais leve corresponde as expectativas inclusive para o horário.
“Acho que a novela consegue corresponder muito bem a essa expectativa. Visualmente acho a novela uma obra prima, há muita movimentação de câmera, além dos efeitos, como no primeiro capítulo, onde se viu beijo debaixo da água, o sonho do neném se desmanchando e a água vazando pela cama. A queda do avião, além do elenco, a abertura da novela, a trilha sonora, os figurinos, ou seja, é uma novela que tem muito para oferecer. A história é muito envolvente e por isso esse sucesso”, finaliza.


Ryan Keberle, trombonista - Foto: Divulgação / Alexis Prappas

Marcio Benevides, Maria José falcão e Fabiana Jallad
Andreas Penate e Monica Ramirez


