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ESTRELA TEEN DO MOMENTO

Faturando milhões, Larissa Manoela
só recebe mesada de R$ 300

Faturando milhões, Larissa Manoela
só recebe mesada de R$ 300

VEJA SP

06/09/2016 - 20h30
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A mesada de 300 reais é um valor razoável para uma garota de 15 anos. Com esse dinheiro, a atriz Larissa Manoela compra revistas teen, maquiagem e sapatos, de preferência com saltão, para “dar um up” em seu 1,50 metro de altura.

O dinheiro que ela embolsa com o seu trabalho dá e sobra para esses gostos. Entre o salário no SBT (em torno de 25.000 reais), shows e licenciamento de produtos, a conta bancária da menina é irrigada por uma bolada de aproximadamente 300.000 reais por mês, segundo estimativas do mercado — ou 3,6 milhões de reais por ano.

A maior parte disso é investida em imóveis e aplicações, segundo os pais da garota, Gilberto Santos e Silvana Taques, que também são seus empresários (eles não confirmam o faturamento da estrela). A menina sabe quanto vale, mas não quer aumento. “Precisamos poupar, porque a gente não sabe o dia de amanhã”, afirma ela, em um discurso estudado, com vocabulário pobre em gírias e muito seguro para alguém tão novo.

Larissa é o mais recente fenômeno entre os adolescentes, uma espécie de Sandy dos dias atuais. Nos anos 90, quando tinha a mesma idade, a filha de Xororó faturava em média 80 000 reais por show, fazia o papel de boa moça e também atuava em filmes e novelas. A teen do momento está entre as artistas mais bem pagas do país, com um cachê por show de até 200.000 reais, quase o dobro do que cobra a badalada cantora carioca Anitta.

FATURAMENTO

E a mina de ouro continua em expansão. Em junho, lançou O Diário de Larissa Manoela, que já vendeu cerca de 100 000 cópias, marca superior à de autores populares como Paulo Coelho. Na quinta passada (1º), Larissa teve uma tarde de autógrafos na Bienal do Livro. Foram distribuídas 300 senhas, que se esgotaram em menos de dois dias. A garota já fez três peças, quatro filmes, quatro dublagens de animações, quatro séries, três novelas e quatro discos.

Atualmente, está no ar em duas produções do SBT: na reprise de Carrossel e em Cúmplices de um Resgate, há um ano no horário nobre (20h40). O enredo é bem rocambolesco: Isabela e Manuela, gêmeas separadas no nascimento, reencontram-se e combinam de trocar de lugar em algumas ocasiões. “Estudei na internet a Gloria Pires, em Mulheres de Areia, e o Mateus Solano, em Viver a Vida”, conta a atriz.

A trama conquistou crianças e adolescentes e vem bombando nas redes sociais. No YouTube, a novela está no ar há um ano e quatro meses e contabiliza mais de 1,2 bilhão de visualizações. Como estratégia em busca de cliques, o canal libera aos internautas todos os capítulos, além de bastidores, de graça. Ganha-se na publicidade. “Cúmplices é um dos produtos mais lucrativos da nossa história na internet, só fica abaixo do Show do Milhão”, comenta Rodrigo Marti, diretor de multiplataforma do SBT.

O licenciamento dos itens ligados ao programa virou outro hit. “Não houve crise aqui”, afirma Carolina Scheinberg, gerente de licenciamento internacional da emissora. Desde o início do ano, mais de 100 itens relacionados ao folhetim tomaram as prateleiras das lojas do país. Entre anunciantes, produtos e receitas da web, estima-se que o faturamento total chegue a 120 milhões de reais, 20% a mais do que Carrossel, de 2012.

Nessa novela, começou a popularidade de Larissa, ao interpretar Maria Joaquina, uma das protagonistas. No segundo mês no ar, ela começou a fazer shows. Cobrava em torno de 20 000 reais para cantar em presenças vips em lojas e logo começou a crescer. “Ela é talentosa e tem um carisma fora de série”, elogia Reynaldo Boury, diretor da novela. Na lista de qualidades, ele acrescenta o profissionalismo precoce: pontual, a garota não erra texto e chama atenção pelo detalhismo (pergunta sobre a posição de todas as câmeras, assiste às cenas dos colegas e questiona até o porquê de cada acessório usado em cena).

Ao andar nos corredores do SBT (normalmente de jeans skinny e salto alto), não faz o gênero “miss simpatia”. Fica na dela, entretida com o celular (cada dia com uma capinha diferente). A conversa só rola solta no camarim em que divide com os outros atores mirins de Cúmplices. Lá, o assunto gira em torno do último snapchat “irado” dos colegas ou do post de algum ídolo, como Justin Bieber ou sua ex, a cantora Selena Gomez.

A americana, ex-atriz mirim, é a inspiração de Larissa para fazer a transição de garotinha a mulherão do showbizz. “Quando eu crescer, não me vejo rebelde como a Miley Cyrus, mas sensual, sem ser vulgar.” Larissa deixou de aparecer como criancinha por volta dos 13 anos. Aos poucos, os vestidos foram encurtando. Atualmente, só dispensa o salto alto durante as gravações e para ir à escola. As campanhas também migram para o mercado teen. “Mas barramos fotos muito sensuais e apelativas”, diz a mãe-empresária.

Larissa nasceu em uma família de classe média de Guarapuava, a 260 quilômetros de Curitiba. Aos 4, já ensaiava o discurso do Oscar, ainda hoje uma de suas brincadeiras preferidas (ao lado de “stop” e dos livros de princesa). Um olheiro a descobriu no supermercado e a menina decolou do interior do Paraná para conquistar o país. Filha única, seus pais largaram tudo para acompanhar sua carreira (Silvana trabalhava como pedagoga e Gilberto era corretor de imóveis).

Quando o negócio foi se tornando mais profissional, vieram para São Paulo, em 2006. Assim que chegou à cidade, a família se hospedou em um hostel no centro, perto da Cracolândia. “Jesus! Que medo dava”, lembra a menina. Seu primeiro papel de destaque veio em 2010, na minissérie Dalva & Herivelto, na Rede Globo. Interpretou a cantora na infância. Na sequência, filmou O Palhaço, de Selton Mello, que se tornou uma espécie de padrinho profissional. “Ele vê minhas cenas, me liga e dá conselhos bacanas, como manter a dedicação e não se deslumbrar com tudo isso.”

Ex-ator mirim, Mello até dançou valsa na festade 15 anos de sua pupila, em janeiro, na CasaPetra, em Moema. A balada da debutante custou aproximadamente 300 000 reais, com direito a brindes como miniaturas de sapatinhos de cristal e uma carruagem na decoração.

FAMÍLIA E ROTINA

A família dessa Cinderela moderna circula em dois carros importados blindados (uma Dodge Journey e uma Toyota Hilux). Os cuidados com a segurança acabaram sendo reforçados no fim do ano passado. Certa noite, Larissa e a mãe voltavam para casa após uma gravação no SBT quando foram perseguidas por um motoqueiro. Conseguiram despistá-lo. Hoje, preferem andar com um motorista-segurança.

O clã vive no município de Cotia, a 34 quilômetros da capital paulista. Larissa ocupa dois dos quatro quartos da casa. Um serve só para guardar as roupas e os presentes de fãs. Para dormir, há um “mundo cor-de-rosa” ao seu redor: cortinas de princesa em tons pink e fúcsia e uma grande prateleira branca (com uma televisão de plasma, perfumes, hidratantes, bichinhos de pelúcia, porta‑retratos e uma Bíblia). Em breve, deve se mudar com os pais para uma residência mais ampla na mesma região.

O atual namorado da garota é o ator e cantor João Guilherme Ávila, filho do sertanejo Leonardo e seu colega de elenco na novela. Junto há quase um ano, o casal é chamado de “Jolari” e tem até fã‑clube. Ela cursa o 2º ano do ensino médio em um colégio adventista. Tem aulas de manhã e grava a novela à tarde, seis horas por dia, de segunda a sábado. Além disso, faz em média dois shows por mês, sempre aos domingos.

Durante a semana, acorda às 6 horas para ir à aula. Sua pior nota é um 8,5 em matemática. No recreio, algumas crianças, especialmente as mais novas, a abordam para pedir selfies, mas os monitores orientam os fãs a não incomodá‑la. “Atendo todos com prazer. Afinal, deve ser muito doido estudar com um ídolo”, diz Larissa. “Mas explico para eles que sou uma pessoa também e ali gosto de ser normal.”

Ela é uma das adolescentes brasileiras mais curtidas na internet, com um total de 8 milhões de seguidores no Instagram, Twitter e Facebook (seus fãs se autodenominam “larináticos”). 

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Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los

Nutricionista explica as diferenças de cada panetone e quais bebidas mais combinam com cada um

14/12/2025 12h30

Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los

Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los Foto: Divulgação

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Do clássico com frutas às versões recheadas, o panetone segue como uma das sobremesas mais consumidas no fim do ano. Presença garantida nas ceias de Natal, o produto ganha novas leituras a cada temporada, ampliando o leque de sabores e atendendo a diferentes perfis de consumidores.

Para ajudar na escolha do panetone ideal, a nutricionista da Água Doce Sabores do Brasil, Cláudia Mulero, explica as principais diferentes entre as opções disponíveis no mercado e como harmonizá-las com cachaças e vinhos para uma experiência completa.  

“A cada ano, o panetone se reinventa e se fortalece como símbolo da mesa natalina. Na Água Doce, reconhecemos o valor afetivo dessa tradição e incentivamos nossos clientes a explorarem novas combinações, valorizando tanto as versões clássicas quanto as que trazem um toque de brasilidade. É uma forma acolhedora e saborosa de celebrar”, destaca Cláudia.

Panetone Tradicional: com massa macia com frutas cristalizadas e uvas-passas, o panetone tradicional é perfeito para quem não abre mão do sabor clássico das celebrações natalinas. A sobremesa é ideal para ser consumida acompanhada de um espumante moscatel ou um vinho mais fortificado, como o Porto.

Chocotone e trufado: favorito dos amantes de chocolate, o chocotone traz gotas generosas que garantem indulgência e agradam adultos e crianças. Já o panetone trufado é uma versão mais sofisticada, com recheio que pode variar entre creme de avelã ou doce de leite. Cachaças envelhecidas em amburana, em bálsamo e com notas trufadas são indicadas para acompanhar os panetones recheados.

Panetone de frutas vermelhas: fresco e aromático, que agrada quem busca sabores menos densos, o panetone de frutas vermelhas é uma releitura contemporânea do clássico natalino. Com uma massa leve e amanteigada pode ser recheado com morango, framboesa, amora e mirtilo. Esta opção de sobremesa harmoniza bem com espumante Brut Rosé e vinho Riesling. Já para quem prefere cachaça, o ideal é que seja de jequitibá ou com infusão de frutas.

Panetone Salgado: versão inovadora que inclui queijos, embutidos como salame, calabresa ou combinações especiais, que levam frango, é uma alternativa para quem prefere sabores não adocicados. Para esta opção, as cachaças envelhecias em carvalho, amburana, jequitibá e em bálsamo são indicadas. Já para os amantes de vinhos, as recomendações passam pelo espumante Brut, Rosé seco, Sauvignon Blanc e o Branco português.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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