Qual a importância de nos conectarmos com outras pessoas? O quanto a comunicação nos aproxima de nossos familiares e amigos? Por meio de palestras, workshops e rodas de conversa, a projeto Ativa Idade, da Fundação Manoel de Barros (FMB), realiza a 2ª Semana da Atitude – Conexões Humanas, de amanhã até quinta-feira, das 13h às 16h, no Centro de Formação Profª. Stella Leite de Barros, que funciona na sede da FMB.
A Semana da Atitude foi criada em 2024 e busca oportunizar a autonomia e o fortalecimento do vínculo familiar e social da pessoa idosa. Anualmente o evento traz um tema importante para o debate. Na primeira edição, realizada no ano passado, foi trabalhada a temática do preconceito sob a seguinte perspectiva: “os preconceitos que existem da pessoa idosa com a sociedade e da sociedade com a pessoa idosa”.
“Este ano vamos falar sobre conexões humanas. Dentro desse tema central, um dos assuntos é ‘comunicar para conectar’. Qual a importância da comunicação para manter a conexão com a família e a sociedade?Quando não ocorre a comunicação, será que começa a nascer o abandono? Onde nasce o abandono? Quais são as formas de abandono? Será que acontece somente da família para com a pessoa idosa? Ou a pessoa idosa também abandona a família, a sociedade?”, reflete Marcos Henrique Marques, diretor da Fundação Manoel de Barros.
ARTES E PSICOLOGIA
A Semana da Atitude começa, nesta terça-feira, às 13h, com a abertura oficial do evento, que versará sobre o tema “Conexões humanas”. Na quarta-feira, também às 13h, será realizado o workshop Entre Conexões e Silêncios. E, na quinta-feira, no mesmo horário, o workshop Comunicar para Conectar.
“Vamos discutir esses temas de uma forma leve e, neste ano especialmente, vamos debater os temas envolvendo a arte e a cultura”, destaca Marcos Henrique.
Para tanto, as palestras, workshops e rodas de conversa serão conduzidas por profissionais especializados na área de psicologia e também artistas de teatro, profissionais que envolvam a comunicação e a expressão corporal.
JOVEM 55+
Com o slogan “Para jovens acima de 55 anos”, o projeto Ativa Idade busca resgatar e valorizar o papel social da pessoa idosa e da pessoa com idade intermediária acima de 55 anos, por meio de atividades como canto, ginástica, dança, pilates, tai chi chuan, inclusão digital, academia e teatro. Os participantes também têm acesso a oficinas, passeios, atendimento psicológico individual e encontros em grupo como o Memórias Afetivas.
O projeto Ativa Idade atua com o apoio da Águas Guariroba, Comper, Distribuidora Lopes, Conselho Municipal da Pessoa Idosa (CMDPI), Gazin, Leroy-Merlin, Instituto Aegea, Energisa, Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), Secretaria Executiva de Direitos Humanos (Sedh), Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), Sotreq, Toledo do Brasil, Gráfica Pex, Uniderp e Vivo.
Mais informações no site www.fmb.org.br/, pelos telefones (67) 98166-0166 e (67) 98143-5679 e pelas redes sociais Facebook e Instagram.
SUPERIDOSOS
A médica Laiz Laura de Godoy, da Universidade de São Paulo (USP), com colegas do Brasil, Canadá, Países Baixos e Reino Unido, analisou imagens de ressonância magnética funcional de 31 idosos da capital paulista com mais de 80 anos e sem sinais de problemas cognitivos ou neurológicos.
Com essa análise, reportada pelo American Journal of Neuroradiology e pelo portal Pesquisa Fapesp em junho de 2023, os cientistas buscavam responder à pergunta: por que algumas pessoas se tornam mais esquecidas, com maior dificuldade de realizar cálculos ou planejar tarefas do dia a dia depois dos 80 anos, enquanto outras da mesma idade mantêm a mente afiada? A resposta parece estar na capacidade de preservar o volume e a qualidade da conexão entre algumas regiões cerebrais.
Os idosos foram inicialmente submetidos a testes de avaliação do quociente de inteligência (QI), memória, atenção, capacidade de planejamento e outras funções. Quatorze apresentaram um desempenho excepcional em uma das provas de memória, com resultado igual ou superior ao de indivíduos na faixa dos 50 anos aos 60 anos, e foram classificados como superidosos. Esses e os outros 17 idosos com desempenho compatível com a idade passaram por exames de ressonância magnética funcional, que analisa o cérebro em atividade.
Das seis redes cerebrais importantes para o envelhecimento neurológico saudável, três – uma ligada à memória, outra relacionada às funções de planejamento e atenção e a terceira, à linguagem – permitiram diferenciar os superidosos dos idosos com envelhecimento normal. Especialistas afirmam que o preconceito com idosos a partir do chamado etarismo se acentua quando esses indivíduos não correspondem à performance idealizada por pessoas mais jovens para esses fatores.
Ryan Keberle, trombonista - Foto: Divulgação / Alexis Prappas

Marcio Benevides, Maria José falcão e Fabiana Jallad
Andreas Penate e Monica Ramirez


