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Gianne Albertonni

A modelo e apresentadora é a nossa Capa de número 60 do Correio B+, e ela comemora conosco como a primeira produção exclusiva do Caderno direto de São Paulo. "Um momento marcante da minha carreira, foi quando desfilei para o Armani e o Versace"

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A modelo e apresentadora Gianne Albertoni começou sua carreira muito jovem, aos 13 anos de idade. Um dia, um passeio de bicicleta no Parque do Ibirapuera em São Paulo mudou a sua vida, quando foi descoberta por um “olheiro” e começou a desfilar pelas passarelas do mundo inteiro.

Gianne hoje com 41 anos, já desfilou para as marcas internacionais mais importantes do mundo como: Prada, Gucci, Armari, Versace, Roberto Cavalli e Dolce&Gabanna.

No ano de 2000, ela fez o filme “Xuxa Popstar”, e desde então começou a estudar artes cênicas. A partir de 2009, Gianne estreou filmes, participou de séries, novelas e programas de TV levando seu conhecimento do mundo da moda para canais como: Fox, E! e Record TV, onde ficou por anos e passou pelo Hoje em Dia, A Fazenda Online e Programa da Tarde.

Apesar dessa expansão, Gianne nunca deixou de modelar, e diz que isso jamais aconteceu.
“Eu amo trabalhar como modelo. Durante o período que eu fiz Artes Cênicas, eu diminui um pouco o ritmo, mas depois eu voltei. Nunca parei”, explica.

Atualmente a modelo está com o seu Podcast ‘Close Certo’, e com muitos projetos no forno para o ano que vem.

Gianne é a nossa Capa de número 60 do Correio B+, e em comemoração a esse número, o Caderno foi até São Paulo produzir e entrevistar a loira com exclusividade.

A modelo e apresentadora Gianne Albertoni A modelo e apresentadora Gianne Albertoni - Foto Daniele Akemi - Diagramação/Projeto Denis Felipe

CE: Você começou a desfilar aos 13 anos, muito jovem... Quais foram as maiores alegrias e tristezas que teve e se recorda após todo o processo?

GA: “Eu só tive felicidade. Pude conhecer o mundo, uma oportunidade que eu nunca imaginei que fosse ter. A única coisa que me deixava triste na infância, era que enquanto todo mundo passeava e viajava, eu estava trabalhando. Mas, por outro lado, ao mesmo tempo, eu fiz novos amigos, conheci novas culturas etc. Então, eu fui muito feliz.””

CE: Você ganhou reconhecimento muito nova, como foi lidar com isso e estar na passarela dos maiores estilistas do mundo?

GA: “Eu fui cercada desde cedo por pessoas muito profissionais, e, no começo, eu não tinha muita noção disso. Então, foi super tranquilo. Reconhecimento, para mim, é fruto de um trabalho árduo que a gente faz.”

CE: No Brasil e no exterior, você desfilou para as maiores grifes... Qual a diferença do Brasil para os Estados Unidos e países da Europa?

GA: “Quando eu comecei a trabalhar como modelo, havia semana da moda em Milão, Paris, Nova York… E, aqui no Brasil, não tinha. Depois, o mercado acabou crescendo muito. Eu acompanhei esse processo e fico muito feliz.

Nossa Capa da semana de número 60 - Gianne Albertoni Nossa Capa da semana de número 60 - Gianne Albertoni - Foto - Daniele Akemi - Diagramação Denis Felipe - Ela veste  Amir Slama

CE: Depois de fazer Cinema, você foi estudar Artes Cênicas... omou gosto pela carreira de atriz?

GA: “Eu cheguei a fazer uma participação no filme ‘Xuxa Popstar’, e eu amei. Me descobri ali. Fiz artes cênicas, duas peças no Rio de Janeiro (RJ), filmes… Eu sou apaixonada pela arte. Amo, amo, amo, amo!”

CE: Logo depois veio o processo de ser apresentadora. Como aconteceu?

GA: “Eu comecei apresentando desfiles. Trabalhei em dois canais fechados. Foi ótimo!”

CE: Como aconteceu o convite para o “Hoje Em Dia” e o seu quadro de moda?

GA: “Eu tava morando no Rio quando recebi o convite do programa e foi muito desafiador. Eu amo desafios, então, aceitei, cursei Jornalismo e levei um pouco da minha experiência na moda para o quadro."

CE: Você já ganhou o Prêmio Jovem como foi pra você esses reconhecimentos e outros também que passam pela sua vida?

GA: “Foi maravilhoso. É um prêmio que incentiva os jovens a ingressar em uma carreira. Me serviu de estímulo para enxergar que eu estava no caminho certo."

CE: Gianne, você nunca parou de modelar, né? Pensa nisso?

GA: “Não. Eu amo trabalhar como modelo. Durante o período que eu fiz Artes Cênicas, eu diminui um pouco o ritmo, mas depois eu voltei. Nunca parei.”

CE: Um estilista que ama e um momento marcante na moda pra você?

GA: “Eu amo vários… Mas, para dar algum nome, tem o Dudu Bertholini, Isaac Silva, Walério Araújo, Lino Villaventura… Nós temos tantos estilistas fantásticos no Brasil. Um momento marcante, para mim, foi quando eu fiz o desfile do Armani, e eu não entendia muito bem o que eles falavam, então, ele olhou para mim e disse: ‘Olha para os fotógrafos e imagine que ali está o seu príncipe encantado’. Isso, me marcou muito. E ter desfilado quando o Gianni Versace era vivo, também.”

CE: Já quis sair do país para morar e vir ao Brasil só para passear?

GA: “Nunca. Quando comecei a minha carreira, eu morava mais fora do que no Brasil, mas eu amo aqui, nunca pensei em me mudar de vez para o exterior.”

Making of ensaio de Capa do Correio B+ com Gianne AlbertoniO maquiador Bruno Varoto com a modelo Gianne Albertoni - Foto Flávia Viana

CE: Você gosta mais dos palcos ou das passarelas?

GA: “Eu amo os dois. As duas experiências são completamente diferentes e não tem como comparar uma ou outra.”

CE: Você tem grandes amigos no meio artístico?

GA: “Alguns, não muitos, porque cada um tem a sua agenda e nem sempre dá para ficar se encontrando.”

CE: O SPFW está chegando... Você estará? E o que acha do evento após tantos anos?

GA: “Vou sim, pelo Walério Araújo. Eu acho que o São Paulo Fashion Week mudou bastante, como todo o mercado, mas continua sendo um evento maravilhoso e muito importante para a moda de uma forma geral. Tenho orgulho do SPWF.”

CE: Foto ou passarela?

GA: “Novamente, são coisas muito diferentes. Não tem como comparar. Gosto muito dos dois.”

CE: Você já esteve em Campo Grande... Gostou da cidade?

GA: “Amei! O lugar é incrível, as pessoas são incríveis, quero muito voltar logo.”

CE: Atuais e novos projetos?

GA: “Eu tenho agora o meu podcast, ‘Close Certo’, tenho feito algumas campanhas como modelo e influencer, e outros trabalhos bem legais para sair no ano que vem.”

CE: Como é a Gianne não famosa? Aquela com os amigos e família?

GA: “Sou eu mesma (risos). Amo os meus cachorros, eles são a minha paixão. Mas, sou a mesma coisa. Sempre respeitando o próximo, seja quem for. E sou igual, com todos.”


Equipe:
Fotos - Daniele Akemi
Texto - Flávia Viana
Styling - Flávia Viana
Cabelo/Make - Bruno Varoto
Projeto Capa/Diagramação - Denis Felipe
Looks e locação - Amir Slama/São Paulo

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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