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Homeopatia ganha espaço na odontologia e na veterinária

Homeopatia ganha espaço na odontologia e na veterinária

THIAGO ANDRADE

08/09/2016 - 15h30
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Homeopatia é um tema que gera controvérsias. A própria ciência ainda não chegou a um consenso sobre a prática. Há artigos científicos que a endossam, mas também há os que negam sua eficácia. A população também se divide e muita gente desconfia dos benefícios prometidos. Para os profissionais que optaram por se especializar nessa técnica, não há dúvidas dos benefícios trazidos pela terapêutica que se baseia no princípio de que “semelhante pelo semelhante se cura”.

Independentemente das crenças e descrenças, um fato é que a homeopatia vem sendo utilizada em áreas diversas. Não é apenas a medicina que faz uso das descobertas do médico alemão Samuel Hahnemann. Atualmente, a odontologia e a medicina veterinária também passaram a utilizar as técnicas. No 33o Congresso Brasileiro de Homeopatia, que aconteceu em Campo Grande até terça-feira, profissionais que fazem uso da terapia se encontraram para discutir seus benefícios e aplicações.

Segundo Ariovaldo Ribeiro Filho, presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), a homeopatia se baseia no uso de medicamentos que trazem em seus componentes doses mínimas das substâncias que produzem sintomas nos indivíduos. Isso é feito por meio de diluição e dinamização. Uma das vantagens em relação ao método seria o fato de que os medicamentos não são tóxicos. “Diferentemente da alopatia, estamos fortalecendo o organismo do indivíduo”, explica. 

O especialista cita como exemplo o tratamento de um paciente que tem dificuldades para dormir. O tratamento alopático sugere o uso de medicamentos que causam torpor. Na homeopatia, seguindo o princípio da semelhança, seria utilizado um estimulante diluído em dose mínima. Acredita-se que isso faria o organismo reagir de maneira contrária, uma vez que “seria estimulado e tentaria se adaptar a situação, agindo inversamente”, explica.

VETERINÁRIA

Esse princípio vem sendo aplicado em outras áreas. Uma das mais promissoras tem sido a medicina veterinária, tanto em animais de pequeno porte quanto em rebanhos. “Passei a utilizar a homeopatia em meu consultório porque vi resultado. Doenças que não podiam ser tratadas de nenhum outro jeito eram curadas com homeopáticos”, explica Mônica Filomena, médica-veterinária e responsável técnica em empresa que produz medicamentos homeopáticos para animais.

Uma das queixas comuns em relação aos tratamentos homeopáticos, feita por quem não acredita na prática, é de que se trataria de placebo, ou seja, o efeito é sugestivo. No entanto, Mônica questiona esse posicionamento. “Os animais não estão sujeitos a isso, eles não sabem que estão sendo medicados com homeopatia e, mesmo assim, vemos ótimos resultados”, comenta.

Assim como as consultas com humanos, o trabalho com a homeopatia veterinária também depende de uma longa consulta, em que se levantam as possíveis causas para determinados sintomas. “A anamnese é feita com o dono, tentamos descobrir o máximo e, assim, produzir um medicamento que atue em um ponto específico”, explica. 

Segundo ela, a veterinária é uma área em que medicamentos alopáticos são usados frequentemente, mas há casos em que eles perdem a eficácia – como no uso de antibióticos, por exemplo. “Ainda há outras vantagens. A homeopatia não causa efeitos colaterais, por exemplo, e também pode ser usada para o tratamento de grandes populações, como rebanhos de gado”.

ODONTOLOGIA

“Como profissional, uma hora se chega a um momento da carreira em que buscamos outras maneiras de tornar uma consulta mais agradável ao paciente”, afirma Robson Lins, que junto à esposa são os únicos dentistas homeopatas de Campo Grande. Segundo ele, as técnicas aprendidas em um curso de especialização servem para tornar o paciente mais receptivo ao tratamento.

Embora a homeopatia não esteja tão difundida em meio à odontologia, Robson acredita que isso é uma questão em mudança. “O Conselho Federal de Odontologia reconheceu o uso de homeopáticos a pouco tempo, com isso, conseguimos a regulamentação jurídica que nos faltava”, explica. Ele afirma que costuma atender, principalmente, pacientes indicados por médicos homeopatas. “Acabamos falando a mesma linguagem”, afirma.

teatro

Espetáculo de dança em Campo Grande chama atenção para o combate ao feminicídio

Unindo performance, dança, teatro, audiovisual e artes visuais, espetáculo solo de Ana Clara Poltronieri, da Cia. Duo Due (PR), transmuta a dor em afeto e beleza para denunciar os horrores da cultura machista

21/04/2025 10h00

Imagens do espetáculo

Imagens do espetáculo "Amana": tributo, denúncia e fortalecimento Divulgação

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Um grito por justiça, pelo combate ao feminicídio e por todos os tipos de violência contra a mulher. A Cia. Duo Due (PR) chega a Campo Grande, pela Bolsa Funarte de Dança Klauss Vianna, para a apresentação do espetáculo “Amana”, nesta quarta-feira, às 19h, no Sesc Teatro Prosa, com entrada gratuita.

No dia 25 de janeiro de 2020, Maria Glória Poltronieri, a Magó, bailarina e capoeirista, decidiu acampar sozinha em uma chácara próxima a Maringá (PR). No fim da tarde, desceu para uma cachoeira e não retornou.

Na manhã seguinte, sua irmã, Ana Clara Poltronieri, encontrou o corpo de Magó, com sinais de violência sexual e estrangulamento. O caso chocou o Brasil e o mundo, gerando manifestações em mais de 17 cidades (Campo Grande foi uma dessas cidades), na América Latina e Europa, em repúdio ao feminicídio e em homenagem à sua memória.

Em meio ao luto e à busca por justiça, Ana Clara reuniu forças para criar “Amana”, um espetáculo que homenageia sua irmã e reflete sobre a cultura do estupro, o machismo e a violência contra as mulheres.

Para dirigir o projeto, Ana convidou Tânia Farias, atriz e diretora da “tribo” de atuadores (é assim que a encenadora denomina seu grupo) öi Nóiz aqui Traveiz (grafado dessa forma mesmo), de Porto Alegre (RS), que trouxe sua vasta experiência para dar vida a essa obra de resistência e ressignificação.

ÁGUA

“Amana” é um manifesto poético contra a barbárie do machismo e da misoginia, utilizando a delicadeza para expressar a urgência do fim da violência contra as mulheres. Por meio do elemento água, o espetáculo evoca o fluxo da memória, da denúncia e da resistência.

As águas representam os corpos das mulheres, o sangue pulsante da artista e o movimento incessante da vida. O espetáculo busca, assim, fazer com que o público perceba que, por trás das estatísticas frias, existem histórias, afetos e subjetividades.

Em “Amana”, Ana Clara mostra toda a força resiliente de Magó, sua parceira da dança e da vida, com uma intensidade que transmite o sentimento sem limite do amor, liberto em música, poesia e movimento. Um palco que tem Magó presente.

Formalmente, o espetáculo cruza as linguagens da performance, da dança, do teatro, do audiovisual e das artes visuais, compondo uma obra fluida e potente. Seu objetivo é garantir que, assim como nunca entramos duas vezes no mesmo rio, possamos deixar um mundo em que nenhuma mulher precise se acostumar com o medo e a violência.

CIRCULAÇÃO

Pela Bolsa Funarte de Dança Klauss Vianna, o espetáculo “Amana” passará por sete cidades brasileiras: Londrina (PR), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Porto Velho (RO), promovendo o acesso à cultura e expandindo o diálogo sobre temas urgentes, como a violência de gênero, o feminicídio e a resistência feminina, presentes no espetáculo.

Mato Grosso do Sul e Rondônia foram escolhidos a dedo para essa circulação, pois foram os estados com maiores índices de feminicídio nos últimos anos.

OFICINA

“A água que cai do céu também se move dentro de nós”. Partindo poeticamente dessa premissa, a oficina “Corpar o Ser” propõe práticas de movimento com Ana Clara a partir dos atravessamentos do espetáculo “Amana”.

Mais do que técnica, esse encontro oferece um espaço para que o corpo se disponha ao gesto da memória, ao afeto como forma de resistência e ao movimento como ato político. A água, metáfora central de “Amana”, desdobra-se aqui como linguagem: fluida, pulsante, indomada – corpo coletivo em estado de criação.

A oficina é aberta para atores, bailarinos, educadores corporais, fisioterapeutas, professores de Educação Física, entre outros possíveis interessados. Não é necessário ter experiência prévia para participar.

O encontro ocorrerá amanhã, às 19h, no Espaço de Dança Selma Azambuja (Rua Jeribá, nº 866, Chácara Cachoeira). As inscrições estão abertas e devem ser realizadas por meio do link disponível no Instagram @ciaduodue.

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DIÁLOGO

A continuar o que se tem visto em alguns municípios, com denúncias... Leia na coluna de hoje

Confira a coluna Diálogo desta segunda-feira (21)

21/04/2025 00h03

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Eleanor Roosevelt - diplomata americana

"Você não se preocuparia tanto sobre o que pensam de você se você soubesse que poucos perdem tempo com isso".

FELPUDA

A continuar o que se tem visto em alguns municípios do interior de Mato Grosso do Sul, com denúncias de supostos desvios de recursos públicos, os requisitos para certos agentes públicos sob suspeição tentarem disputar as eleições serão de quantas denúncias eles respondem, o montante que teriam desviado, se usam tornozeleira e por aí vai.

Mas como o impedimento de concorrerem é só após o processo transitar em julgado, figurinhas aparecerão vestidas de candura, auréola, asinhas e tocando harpa. E assim caminha a humanidade

Mais imposto

Clientes que têm energia solar injetada na rede têm se queixado do aumento da tributação de Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) em suas contas. Entre as faturas de março e deste mês, o pagamento do imposto aumentou mais de 400% para alguns.

Assinaturas

A subida nos impostos foi percebida por clientes que não têm placa de energia solar em casa, mas que assinam serviços de empresas que têm fazendas de energia solar, como os oferecidos pela Energisa (Reenergisa) e pela Usina Sonora (FSolar).

Beatriz Fonseca Sampaio
Desirée Silva

Cadeia da carne

As reportagens publicadas pelo Correio do Estado mostrando as dívidas do frigorífico Boibras com a União e seus credores frigorífico, sobretudo, em boa situação financeira e que divide as instalações (e provavelmente os incentivos fiscais) com um à beira da falência foram o assunto da semana que passou em meios empresariais e políticos.

Sangue

A Santa Casa de Campo Grande está fazendo um apelo à população para que doe sangue. Segundo informe do hospital, o outono é conhecido pela queda nas temperaturas e pela baixa umidade relativa do ar. Assim, doenças respiratórias e alergias tendem a ser mais comuns, o que faz com que hospitais e unidades de pronto atendimento fiquem lotados. Ainda conforme a Santa Casa, a preocupação se estende aos estoques de sangue, principalmente dos tipos O positivo/negativo, os quais se encontram em níveis críticos e que têm poucos doadores.

Locais de doação

Na semana passada, o número de comparecimentos chegou a apenas 57 pessoas durante todo o dia, bem abaixo da média ideal de 180 doadores diários. Para facilitar a contribuição, o Hemosul da Santa Casa (Rua Rui Barbosa, nº 3.633) está aberto de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h. Na Capital, também é possível doar nas unidades Hemosul Coordenador e do Hospital Regional. No interior, Dourados, Paranaíba, Três Lagoas e Ponta Porã realizam coletas diárias, além de campanhas no Estado.

Aniversariantes

  • Alexandre Ricardo Gewehr,
  • Luiz Orcirio Fialho Oliveira,
  • Maisa Beatris Reindel,
  • Dilson Rodrigues Alves,
  • Pedro Ney Diniz Cabreira,
  • Carlos Ernani Schadler,
  • Márcio Roberto Durães,
  • Karla Kirsten Longo,
  • José Américo de Freitas Neto,
  • Neusa Miranda e Silva,
  • Zilda Aparecida Weis Brum Higa,
  • Timotheo Reis Proença,
  • Marcelo Pereira Dicchoff,
  • Renato Joaquim Ferrarezi,
  • Egon Krakhecke,
  • Roseli Martins de Queiroz,
  • Dr. Roberto Santos Saraiva,
  • Airton Alves Pinto,
  • José Antonio de Oliveira Filho,
  • Simoni Trevizan,
  • Rômulo Nacasato Cappi,
  • Domyngos Joseph
  • de Santana Victor,
  • Valéria Costa,
  • Ana de Souza Mecchi,
  • Antonio Roberto Prudente,
  • José Mota da Silva,
  • Gustavo Gauto,
  • Antonio Marcos dos Santos,
  • Marilene Silveira da Costa,
  • Bruno Augusto Gonçalves dos Reis,
  • Maisa Aguero de Souza,
  • Francisca Valeria Costa e Costa,
  • José Valdecir Paim Silveira,
  • Mariana Cabral,
  • Cel. Deusdete Souza
  • de Oliveira Filho,
  • Gleison Rocha Meireles,
  • Ivana Monte Lima Oliveira,
  • Pâmela Seves Amado,
  • Paula Vírginia Tie Matsuo Dias,
  • Vírginia Paula Tiemi Matsuo Dias,
  • Luiz Irineu Gênova,
  • Agide Paganott,
  • Letícia e Silva Teruya,
  • Paulo Piazer Pereira,
  • Dr. José Eduardo Tibery,
  • Dr. Daniel Isao Nakamura,
  • Dra. Magna Pereira da Silva,
  • Márcia Geromini Fagundes,
  • José Carlos Fagundes,
  • Armando Fernandes Bernardo,
  • Liliana Romero da Silva,
  • Enrique Garnon Ruiz,
  • João Banac,
  • José Delmondes,
  • Euzébio Espírito Santo Filho,
  • Laís Freire Gomes da Silva,
  • Oscar Hanson dos Santos,
  • Donato Borges de Figueredo,
  • Luciane Sá Escobar,
  • Aleide Fernandes Benatti,
  • Matilde Gonzaga,
  • Marina Rosa de Sampaio,
  • Benedita da Silva Saraiva,
  • Augusto Zanin,
  • Marilene Castro Ferreira,
  • Benedito Neto Belarmino Anastacio,
  • Nilson Nolasco,
  • Ramão Humberto
  • Martins Manvailer,
  • Roger Simões dos Santos,
  • Leila Castro Ferreira,
  • Sandra Regina Albuquerque,
  • João Luiz Leopoldo de Paula,
  • Ruthy Ramos da Costa Silva,
  • Margareth de Jesus Chaves,
  • Fabrício Freitas,
  • Jaqueline Matoso Rodrigues,
  • Rodrigo de Souza da Silva,
  • Luís Fernandes Vieira,
  • Sandra de Oliveira Pereira Morais,
  • Luiz Gustavo Balbuena Leite,
  • Manoel Soares Dias,
  • Noel Alves da Silva,
  • Aline Fagundes de Oliveira,
  • Luziano Lázaro de Souza,
  • Ana Maria Franco Beal,
  • Renan Lima Barbosa,
  • Neide Del Campo,
  • Luci Freitas Siqueira,
  • Maria Lúcia Rodrigues,
  • Ivo Bottega,
  • Dr. Antonio Adônis Mourão,
  • Dr. Marco Antonio Bonini Filho,
  • Henrique Hideyuki
  • Bordignon Tokikawa,
  • Silvio Salvatierra,
  • Luis Antonio Veronese,
  • Ronaldo Haruki Okita,
  • Dra. Marta Driemeier,
  • Dr. Alexandre Turíbio da Silva,
  • Maria Aparecida Marciano,
  • Flávio Augusto Abrahão Barbosa,
  • Maria Jaci Sagmeister,
  • Cleuza de Fátima Brasil Zulin,
  • Matilde Coimbra Grubert,
  • Alexandra Midori Nezu do Amaral Liberali,
  • Camila Souza Pinheiro Albrecht,
  • Evandro Akira Ioshida,
  • Rosilene Regina Mochi de Oliveira.

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