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Luiz Lara dá palestra sobre governança no Bioparque Pantanal

Atual presidente do Conselho Executivo das Normas-Padrão, um dos mais destacados publicitários do País vai falar sobre a importância da atualização do sistema de governança das agências e das entidades do setor

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O Sistema Sinapro/Fenapro realiza nesta quinta-feira, em Campo Grande, o evento Atualizando o Sistema, com o publicitário Luiz Lara, das 10h às 12h, no Bioparque Pantanal.

Trata-se de uma oportunidade interessante para veículos de comunicação, agências de publicidade e profissionais do segmento em Mato Grosso do Sul conversarem com o atual presidente do Conselho Executivo das Normas-Padrão/Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (Cenp) e um dos maiores publicitários do País.

Na ocasião, Lara fará uma palestra sobre a importância da atualização do sistema de governança das agências e também das entidades do setor e falará sobre o trabalho que o Cenp está realizando para atualizar e modernizar sua forma de atuação.

Para Adriany Bueno, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinapro-MS), o evento com Luiz Lara é importante para que as agências de publicidade locais tenham uma nova perspectiva sobre o tema, ao ouvir um profissional de excelência, que está cumprindo um trabalho significativo de renovação no sistema de governança do Cenp. 

Daniel Queiroz, presidente da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), ressalta que o encontro é uma ocasião voltada aos gestores das agências perceberem como podem evoluir para ganhar competitividade em face das novas exigências mercadológicas, decorrentes das mudanças no perfil e das demandas dos anunciantes, dos avanços tecnológicos e até mesmo da necessidade de se reposicionarem junto aos clientes.

“Essa é mais uma das ações que o Sistema Sinapro/Fenapro vem promovendo para apoiar as agências brasileiras na transformação dos seus negócios”, confirma Queiroz.

Luiz Lara foi o fundador de uma das maiores agências de publicidade do País, a Lew’Lara\TBWA, já recebendo prêmios como Caboré, Colunistas e Effie. Chairman do Grupo TBWA no Brasil, é sócio da To Be Good, atuando em advocacy e comunicação.

Também foi presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e organizou a quarta e a quinta edições do Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação.

O publicitário é vice-presidente do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e membro da assembleia-geral da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Lara atua ainda em várias organizações do terceiro setor, é membro do conselho da Childhood Brasil, do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), da Fundação Osesp e da Fundação Bienal de São Paulo.

A palestra Atualizando o Sistema com Luiz Lara, que já passou por Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e Belo Horizonte (MG), após Campo Grande, tem como próximo destino a cidade de Belém (PA).

A iniciativa dos encontros é do Sistema Sinapro/Fenapro, e a organização dos eventos é de responsabilidade de cada sindicato. Por isso, as inscrições devem ser feitas diretamente nos canais oficiais do Sinapro de cada estado.

AUTORREGULAÇÃO

“A publicidade cumpre um papel e, por isso, precisa de uma autorregulação no conteúdo, que é feita pelo Conar, e por uma governança séria, a cargo do Cenp, no qual eu sou presidente pro bono. A gente organizou a indústria nacional porque, independentemente deste ou daquele governo, a indústria publicitária brasileira é uma das mais fortes do mundo”, afirmou o publicitário em entrevista à colunista Sonia Racy, no mês de janeiro.

“Com a Covid-19, tivemos uma inflexão nos hábitos de consumo. Nunca se consumiu tanta mídia. O povo brasileiro adora ver TV, ouvir rádio e ler jornal em todas as plataformas. Somos o terceiro ou quarto mercado em importância para o Facebook, para o Google”, apontou Lara.

“E hoje, com a tecnologia, você não é mais um consumidor passivo, mas produz e recebe conteúdo, conversa com as marcas. Acho que estamos vivendo a era da economia da atenção, e a publicidade é um bom exemplo disso”, disse o presidente do Cenp.

BOA PUBLICIDADE

“Do momento em que acordou até a hora de dormir, o rádio em que você ouviu notícia, o jornal que leu, o computador que usou, a roupa que vestiu, o tênis que calçou ou o carro que dirigiu são de marcas que você aprecia, conhece e nas quais confia. Quem nos conecta com essas marcas? A publicidade criativa, respeitosa, é quem nos comunica com elas. E, para chamarem sua atenção, elas têm de despertar seu interesse. Isso sim é que é uma boa publicidade”, analisou o publicitário.

“É saber contar uma história que passe os valores, a missão, o propósito e os atributos de uma marca. Uma percepção de valor maior que a da etiqueta do preço, e não obriga ninguém a comprar. O consumidor quanto mais bem informado, melhor escolhe. Veja só: em um país que fez a inclusão pelo consumo, em uma linguagem sutil e delicada, nos anos 1980, a Johnson & Johnson ensinou as mulheres brasileiras a usarem o O.B., até então um tabu”, exemplificou Luiz Lara.

“O publicitário tem de ser um eterno curioso, saber medir o pulso do consumidor. Ninguém acorda de manhã para ver propaganda. Mas nossa missão é despertar a atenção de cada consumidor, que está, dia após dia, mais exigente, mais soberano. E as marcas têm de inovar”, concluiu.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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