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Saúde

Nutricionista dá dicas de como desinchar e melhorar a alimentação após os exageros do final de ano

Cuidar o consumo de açúcar, ultraprocessados e investir na ingestão de água e chás podem ajudar no cotidiano

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Natal, Ano-novo e férias para as crianças. Toda essa combinação pode resultar em exageros gastronômicos, como o inchaço e o acúmulo de gordura.  

De acordo com a nutricionista Luanna Caramalac Munaro, o inchaço e a gordura são bem diferentes. “O sintoma de inchaço geralmente é a retenção hídrica. Então você vê que as mãos não estão fechando com muita facilidade, o anel pode está apertado, você apalpa os membros inferiores, como tornozelo e panturrilha e você percebe que o dedo afunda”, explica.  

Já o ganho de gordura, pode ser medido por meio de instrumentos específicos. “A gente consegue medir ganho de gordura com avaliação de antropometria, adipômetro ou bioimpedância. A gente consegue medir se houve aumento de gordura ou não. Essas são as diferenças de sintomas entre um e outro”, ressalta Luanna.  

A profissional frisa que depois das extravagâncias do final de ano, o ideal é investir em uma alimentação mais balanceada, feita principalmente com alimentos in natura, ou seja, que não sofreram alterações industriais. “O mais indicado é evitar alimentos industrializados, alimentos que contém açúcar, ou até mesmo açúcar disfarçado, como maltodextrina, polidextrose e xarope de milho”, explica Luanna.

Na lista do que evitar também está presente o carboidrato. “Alimentos ricos em farinhas brancas e farinhas refinadas devem ser evitados, assim como o alto consumo de carboidratos, principalmente os refinados, que são os carboidratos que elevam o índice glicêmico, como massas, arroz, pão, macarrão e alimentos com alto teor de sódio. O ideal é procurar mais comida de verdade, na sua forma in  natura mesmo”, frisa.

Na lista do que comer, o ideal é sempre incluir  fibras, frutas, verduras e grãos, como por exemplo, a quinoa que é rica em fibras, cálcio e ferro, sendo uma ótima opção para enriquecer a alimentação.

Outro ponto frisado pela especialista é o cuidado com a ingestão de água. “Para fazer o cálculo ideial para você é 35 ml de água vezes o seu peso”, frisa.

Além disso, Luanna frisa que os chás podem ajudar a diminuir o inchaço e melhorar a digestão. “Os chás ajudam também no processo de desintoxicação. Um chá que é muito bom para poder eliminar toxinas é a salsinha, o gengibre é muito legal também, o hibisco,  o chá verde, cavalinha e Centella asiatica”, indica.

Luanna falou que apesar dos exageros, é muito importante que qualquer mudança na alimentação seja feita com acompanhamento de um profissional e sem medidas drásticas. “Tomar cuidado para não fazer nenhuma medida muito restrita. Se você conseguir evitar tudo isso e  incluir mais comida de verdade, mais água, esses chás e praticar atividade física, vai desinchar rapidinho”, frisa.  

Exercícios

De acordo com o profissional de educação física, professor e personal trainer, Geovany Rafael Bisol, uma boa opção para iniciar a prática de atividades físicas em 2021 é investir no atendimento on-line e no auxílio do personal trainer, duas tendências apontadas pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte para 2021.  

Apesar da liberação da Prefeitura Municipal de Campo Grande para o funcionamento de academias e outros estúdios voltados para a prática de esportes, ainda há o medo de uma parcela da população de frequentar os ambientes durante a pandemia. Por isso, o atendimento on-line e em casa continuam em alta para este ano.  

“As tendências acabam mudando um pouco de um ano para outro, mas a corrente mais forte para esse ano está no atendimento on-line, impulsionado pela pandemia. No Brasil segue forte programas de emagrecimento entre os primeiros também, além de treinamento ao ar livre e peso do corpo”, frisa.  

Entre as dicas do profissional está a prática do treino Hiit (Treino Intervalado de Alta Intensidade), também conhecido como treino cardio. “O HIIT é uma boa opção de treinamento para quem tem pouco tempo para treinar e busca bons resultados”, pontua. 

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Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los

Nutricionista explica as diferenças de cada panetone e quais bebidas mais combinam com cada um

14/12/2025 12h30

Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los

Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los Foto: Divulgação

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Do clássico com frutas às versões recheadas, o panetone segue como uma das sobremesas mais consumidas no fim do ano. Presença garantida nas ceias de Natal, o produto ganha novas leituras a cada temporada, ampliando o leque de sabores e atendendo a diferentes perfis de consumidores.

Para ajudar na escolha do panetone ideal, a nutricionista da Água Doce Sabores do Brasil, Cláudia Mulero, explica as principais diferentes entre as opções disponíveis no mercado e como harmonizá-las com cachaças e vinhos para uma experiência completa.  

“A cada ano, o panetone se reinventa e se fortalece como símbolo da mesa natalina. Na Água Doce, reconhecemos o valor afetivo dessa tradição e incentivamos nossos clientes a explorarem novas combinações, valorizando tanto as versões clássicas quanto as que trazem um toque de brasilidade. É uma forma acolhedora e saborosa de celebrar”, destaca Cláudia.

Panetone Tradicional: com massa macia com frutas cristalizadas e uvas-passas, o panetone tradicional é perfeito para quem não abre mão do sabor clássico das celebrações natalinas. A sobremesa é ideal para ser consumida acompanhada de um espumante moscatel ou um vinho mais fortificado, como o Porto.

Chocotone e trufado: favorito dos amantes de chocolate, o chocotone traz gotas generosas que garantem indulgência e agradam adultos e crianças. Já o panetone trufado é uma versão mais sofisticada, com recheio que pode variar entre creme de avelã ou doce de leite. Cachaças envelhecidas em amburana, em bálsamo e com notas trufadas são indicadas para acompanhar os panetones recheados.

Panetone de frutas vermelhas: fresco e aromático, que agrada quem busca sabores menos densos, o panetone de frutas vermelhas é uma releitura contemporânea do clássico natalino. Com uma massa leve e amanteigada pode ser recheado com morango, framboesa, amora e mirtilo. Esta opção de sobremesa harmoniza bem com espumante Brut Rosé e vinho Riesling. Já para quem prefere cachaça, o ideal é que seja de jequitibá ou com infusão de frutas.

Panetone Salgado: versão inovadora que inclui queijos, embutidos como salame, calabresa ou combinações especiais, que levam frango, é uma alternativa para quem prefere sabores não adocicados. Para esta opção, as cachaças envelhecias em carvalho, amburana, jequitibá e em bálsamo são indicadas. Já para os amantes de vinhos, as recomendações passam pelo espumante Brut, Rosé seco, Sauvignon Blanc e o Branco português.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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