Correio B

AGENDA CULTURAL

Programação do fim de semana tem filme clássico do terror brasileiro, música, teatro e mais

Oitavo filme da franquia inspirada nos robôs de brinquedo e clássico do terror brasileiro estão entre os destaques no cinema; banda da Capital faz releitura do blues; e, no Sesc Prosa, tem teatro do Rio Grande do Norte

Continue lendo...

O cineasta José Mojica Marins (1936-2020), o mais destacado diretor brasileiro de filmes de terror, já estava consagrado também fora do País quando morreu.

Especialmente por meio de Zé do Caixão, mas não apenas pelo personagem alter ego que ele mesmo encarnou em várias produções, Mojica é reconhecido como um realizador singular, tanto pelo público quanto pela crítica e por grandes nomes do chamado cinema autoral.

A distinção vem da inventividade e do despojamento com que abrasileirou os filmes de terror.

Uma das provas do gênio criativo do diretor, famoso ainda por suas unhas bem grandes, pode ser conferida hoje, em uma sessão gratuita do longa “À Meia-Noite Levarei sua Alma” (classificação indicativa: 16 anos), marcada apropriadamente para as 23h59, na Casa de Ensaio (Rua Visconde de Taunay, nº 203, Amambai).

Trata-se da primeira aparição nas telas de Zé do Caixão, um coveiro de uma cidade interiorana obcecado pela possibilidade de gerar um filho perfeito.

Na trama, o personagem procura e violenta mulheres na tentativa sádica de conseguir deixar seu legado no mundo. A sessão é organizada pelo coletivo A Boca Filmes, com direito a pipoca e refrigerante de graça, e integra a mostra “Filmes do 3º Mundo”, que conta com financiamento da Lei Paulo Gustavo, via governo do Estado. 

Antes de as luzes se apagarem, o mediador do cineclube apresenta a obra e, após o fim da exibição, reserva-se um momento para debater o filme. Apesar do argumento grotesco, o filme garante boas risadas.
 

TRANSFORMERS

Misturando ação e ficção científica, “Transformers – O Início”, oitavo longa da franquia de filmes baseados nos robôs de brinquedo que viram carros, é um dos destaques no circuito comercial. Scarlett Johansson, Steve Buscemi e Laurence Fishburne fazem parte do elenco de vozes.

A história é ambientada inteiramente no planeta Cybertron, focada na relação entre Optimus Prime e Megatron, que passam de “irmãos de armas” a arqui-inimigos. A animação digital vem sendo saudada como o feliz recomeço da franquia, reorganizando a saga.

FUNKABLUES

Marcando a despedida da vocalista Iris Isis, que em breve parte para São Paulo, a banda Funkablues – com Sal dos Santos na bateria, Gabriel Penajo no contrabaixo e Maestro Lang na guitarra – comanda o som na noite desta sexta-feira, a partir das 22h, no Boteco do Miau (Av. José Nogueira Vieira, nº 1.303, Tiradentes), recebendo convidados para mostrar versões turbinadas de 
clássicos do blues em sua pegada “funky style”. Entrada a R$ 10.

CIA PÃO DOCE

A Cia Pão Doce apresenta dois espetáculos no Sesc Teatro Prosa neste fim de semana. Hoje, às 19h, o grupo do Rio Grande do Norte encena “O Torto Andar do Outro” (classificação livre), que discute a “pluralidade humana através dos tempos” a partir do enredo baseado no cordel “Um Conto Bem Contado”, de Antônio Francisco. “Precisamos falar sobre respeito” foi a premissa da trupe para a criação do espetáculo.

Amanhã, às 16h, será a vez da peça “A Casatória c’a Defunta” (classificação livre), em que cinco atores, literalmente, com “pés de banco”, contam a história do medroso Afrânio. O personagem está prestes a casar-se com a romântica Maria Flor, mas acidentalmente se casa com a fantasmagórica Moça de Branco, que o leva para o submundo.

TRÊS LAGOAS

Após percorrer o interior do estado de São Paulo e de Goiás, o projeto “Circulação de Concertos Francis David Vidal – Turnê CTG Brasil” encerra seu ciclo de apresentações neste sábado, em Três Lagoas, com duas sessões gratuitas, às 19h30min e às 21h, no auditório do campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (unidade 2, bloco 8) na cidade. O objetivo é levar a música clássica para cidades e espaços em que não há salas de concerto e teatros.

Liderada pelo maestro e solista (violino) Francis David Vidal, uma orquestra de 13 músicos apresenta composições de Mozart e Vivaldi, dois nomes consagrados da música de concerto. “Essa turnê foi uma experiência incrível.

Tocamos para casas cheias em todas as cidades, o que mostra que há espaço para a música clássica, mesmo entre aqueles que não têm o hábito de ouvir esse estilo. Foi gratificante ver como conseguimos criar um novo público”, comenta o maestro. O patrocínio é da CTG Brasil por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

A orquestra é formada pelo maestro e solista (violino) Francis David Vidal, e pelos músicos: Rene de Freitas, Carlos Eduardo, Emanuel dos Anjos, Luis Macedo, Wallacce Rodrigues e Lucas Melo (violinos), Irliane Pessoa e Thiago Ponce (violas), João Pedro Queiroz e Alexandre Souza (violoncelos), Giovana Contador (contrabaixo acústico) e Wellington de Lamare (piano).

Astronomia

Clube de Astronomia da UFMS terá evento de observação do céu noturno

Atividade será aberta ao público e possibilitará a observação de Saturno e Vênus

26/09/2024 12h30

Imagem de Saturno divulgada pela NASA

Imagem de Saturno divulgada pela NASA Reprodução

Continue Lendo...

Na próxima sexta-feira (27), a Casa da Ciência e Cultura de Campo Grande, em parceria com o Clube de Astronomia Carl Sagan, irá realizar uma sessão especial de observação do céu noturno. O evento faz parte da programação da 18ª Primavera dos Museus e promete encantar os participantes com a chance de ver de perto alguns dos corpos celestes mais fascinantes do nosso sistema solar.

De acordo com Henrique Arcuri, estudante de física e monitor do Clube de Astronomia, a observação será feita com o auxílio de um ou dois telescópios, focando principalmente no planeta Saturno, famoso por seus anéis, que estará visível durante o período da noite.

Além disso, no início do evento, também será possível contemplar Vênus, o segundo planeta mais próximo do Sol e o terceiro corpo mais brilhante no céu, logo após o Sol e a Lua.

Desafios da fumaça

Devido às condições climáticas recentes, com a grande quantidade de fumaça na atmosfera, o campo de observação ficará limitado aos objetos mais brilhantes do céu. A fumaça proveniente das queimadas que atingem o Brasil ofusca a luz de muitos corpos celestes, dificultando a visibilidade de estrelas e planetas menos luminosos.

Sobre o Clube

O Clube de Astronomia Carl Sagan, vinculado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), existe há 16 anos e é uma iniciativa voltada para promover a difusão e o conhecimento da astronomia entre a comunidade acadêmica e o público em geral.

Com uma equipe de astrônomos amadores, professores e entusiastas da ciência, o clube organiza regularmente eventos como palestras, cursos, oficinas e sessões de observação do céu. Essas atividades visam despertar o interesse pela astronomia e pela ciência, criando um espaço de aprendizagem acessível para pessoas de todas as idades e níveis de conhecimento.

O clube foi batizado em homenagem ao renomado astrônomo, astrofísico e divulgador científico Carl Sagan, que se destacou por seu trabalho na popularização da ciência e sua contribuição para a compreensão do universo.

A filosofia do clube é inspirada no legado de Carl Sagan, que acreditava que a exploração do universo não apenas revela os segredos do cosmos, mas também ajuda a humanidade a compreender seu lugar dentro dele.

Serviço

Observação do céu noturno

  • Data: 27 de setembro
  • Horário: 19h
  • Local: Casa da Ciência – UFMS

Assine o Correio Do Estado

MÚSICA

Duo Vozmecê faz show de lançamento do seu primeiro álbum hoje, no Teatro Glauce Rocha

Com quase seis anos de estrada, duo Vozmecê faz show de lançamento do seu primeiro álbum, "Tropicapolca", hoje, no Teatro Glauce Rocha, com entrada franca; faixas e vídeos já estão disponíveis no Spotify e no YouTube

26/09/2024 10h00

Duo Vozmecê: Namaria Schneider e Pedro Fattori registram no primeiro álbum o mergulho de seis anos na música brasileira

Duo Vozmecê: Namaria Schneider e Pedro Fattori registram no primeiro álbum o mergulho de seis anos na música brasileira Divulgação

Continue Lendo...

Com quase seis anos de estrada, e após rodar por 17 estados do Brasil, dormindo em uma van e tentando viver da arte de rua, o duo Vozmecê chega ao primeiro álbum, “Tropicapolca”, definido por Namaria Schneider e Pedro Fattori, as duas metades do duo, como um registro de suas “vivências culturais nômades”. 

As 15 faixas do projeto estão disponíveis desde terça-feira no Spotify, e o show de lançamento será hoje, às 20h, no Teatro Glauce Rocha, com entrada franca, integrando a programação do Festival Mais Cultura.

Namaria é formada em música pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e Pedro fez licenciatura e mestrado em Letras na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Eles são casados e produziram “Tropicapolca”, com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), repassados pela Prefeitura de Campo Grande, em seu próprio home studio.

Das 15 canções do álbum, todas de autoria da dupla, 13 são inéditas, e cada uma ganhou um videoclipe também já disponível no canal do Vozmecê no YouTube. 

Vale a pena conferir como o duo se reinventa visualmente em cada vídeo, de produção sempre despojada, buscando uma expressão particular para cada faixa, em que aparecem os parceiros convidados que vão marcar presença no show desta quinta-feira.

REPERTÓRIO

O repertório mergulha em temas que acabam tecendo, nas palavras do duo, “uma crônica crítica sobre a vida urbana e rural sul-mato-grossense, com críticas ácidas e letras engajadas a questões sociais e existenciais, o que, junto às enérgicas e ritmadas melodias, traz tom de sátira às composições”.

Uma das canções é a guarânia “Pantaneira”, que questiona o apagamento social da mulher nos processos históricos de formação de uma identidade regional. Já o samba “Vida É Show!” levanta a atual temática da dependência das redes sociais e da autoexposição desenfreada, transformando a vida em um reality show pessoal e plástico.

Miscigenando do “país tropical” ao “Brasil Profundo”, a apresentação geral de “Tropicapolca” apresenta uma proposta estética peculiar. No álbum, o Vozmecê entoa ritmos de várias regiões do Brasil pelas quais viajou e bebeu diretamente nas fontes (MPB, 
neotropicalismo, samba, baião, frevo, maracatu, axé, carimbó), fusionando-os às raízes identitárias de Mato Grosso do Sul, sua terra natal.
Como artistas da região fronteiriça Brasil-Paraguai, Vozmecê têm influência intrínseca de ritmos sul-americanos ternários, principalmente da polca paraguaia, da guarânia e da já miscigenada polca-rock. 
Nas canções do novo álbum, os artistas propõem novos desdobramentos à estilística fronteiriça, misturados a elementos do rock alternativo e de várias brasilidades.

CONVIDADOS

O álbum traz ainda diversas participações especiais, com artistas de diferentes gerações da música sul-mato-grossense. São eles: Beca Rodrigues, Jerry Espíndola, Maria Alice, Rodrigo Teixeira, Ossuna Braza, Dovalle, Jimmy Andrews, Silveira e Franke. 

Em sua mais recente formação para o show “Tropicapolca”, Vozmecê conta com uma banda formada por Ju Souc (bateria), Paula Fregatto (guitarra), André Fattori (baixo), Gustavo Gauto (trompete) e Ossuna Braza (harpa paraguaia e charango boliviano).

Namaria e Pedro prometem a quem for ao espetáculo de lançamento de “Tropicapolca” uma experiência “exótica” com a nova música sul-mato-grossense, “dançante e crítica, em um remelexo filosófico pulsante e inovador”.  A conferir.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).