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Rionegro e Solimões: 35 anos de moda sertaneja

Marcada pela irreverência e um estilo versátil, dupla mineira radicada em Franca (SP) segue conquistando diferentes gerações e coleciona diversos clássicos desde o primeiro disco, lançado ainda na era do LP, em 1989

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Uma das duplas mais festejadas em todo o País completou 35 anos de estrada nesta semana. Contrariando as piadinhas que se costuma ouvir no primeiro dia de abril, Rionegro e Solimões gostam de brincar que são “aquela mentira que virou verdade”. Os sertanejos comemoraram aniversário de carreira exatamente no dia 1º, nesta segunda-feira. Eles chegam à marca de três décadas e meia colecionando números mais que satisfatórios.

A ligação deles com o dia 1° de abril é bem forte. Foi em 1989 que eles lançaram o primeiro LP, que levava apenas o nome da dupla. De lá para cá, a caminhada foi seguida de sucessos e glórias, conquistando assim o respeito e a admiração do público e de outros artistas do gênero, ao trilhar uma jornada regada com amor e dedicação.

Rionegro e Solimões é o tipo de dupla que agrada desde a criancinha que começa a descobrir as notas musicais até as pessoas que alcançam a melhor idade. Não tem uma faixa etária específica para curtir clássicos populares como “Peão Apaixonado”, “Frio da Madrugada”, “A Gente se Entrega”, “Bate o Pé”, “De São Paulo a Belém”, entre tantas outras canções que marcaram e ainda marcam a vida das pessoas. 

Quem nunca cantou uma melodia dos artistas em um karaokê que atire a primeira pedra. “Na Sola da Bota” é um desses clássicos do cancioneiro popular que está na boca do povo, de norte a sul do País. “A música foi lançada em 2003 e de lá para cá conquistou todos. É sucesso em festa de rodeio, festa de criança e até em velório eu já ouvi tocar”, diverte-se Solimões.

YOUTUBE E STREAMING

Um carimbo de todo esse sucesso são os números do YouTube – entre os diversos perfis que publicaram os clipes de “Na Sola da Bota”, a faixa ultrapassa a impressionante marca de 20 milhões de views. “O povo publica vídeo gravado ao vivo pelo celular de algum show nosso, de coreografia feita pelas criancinhas em festa infantil e até videoaula ensinando os acordes na gaita. Esse é o maior presente que um artista pode ter. Esse reconhecimento popular não tem preço”, comemora Rionegro.

Mas engana-se quem pensa que Rionegro e Solimões têm apenas esses grandes hits ao longo de seus quase 35 anos de carreira. Entre coletâneas e álbuns, eles somam 19 CDs e 6 DVDs. “Ultrapassamos três décadas de estrada. O artista precisa ter a percepção do que está acontecendo na atualidade e se reinventar quando for necessário. Graças a Deus, meu parceiro e eu conseguimos ter esse olhar crítico e, por isso, estamos na ativa até hoje”, analisa o primeira voz.

De uns anos para cá, os cantores também se tornaram referência na internet. Disponibilizando todos os discos nas plataformas de streaming e capitaneando um canal de sucesso no YouTube, a dupla chega próximo de 80 milhões de views em suas frentes digitais. Particularmente, quem entrou de cabeça na onda da internet foi Solimões. O sertanejo tem quase 500 mil seguidores no Instagram e não poupou esforços para conquistar novos fãs nessa plataforma. Ele é febre por lá, e diversas vezes viralizou na rede ao postar fotos e vídeos irreverentes.

“Virei até pauta no programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’. Lá fui entrevistado pelo professor Pasquale, que debateu comigo o idioma caipirês, falado e escrito nas minhas redes. Vê se pode?”, brinca o segunda voz. 

 

Último registro da dupla foi gravado em Uberlândia (MG) em 2023Último registro da dupla foi gravado em Uberlândia (MG) em 2023

LIVES

Rionegro também é referência. Nas redes, o artista retrata seu cotidiano na fazenda, entre sua criação de cavalos e novas melodias compostas. Seu perfil atualmente conta com mais de 400 mil seguidores. E não é só. A dupla também tem seu Instagram oficial, que ultrapassa 1 milhão de seguidores, sendo retratado os bastidores dos shows e dos programas de TV, além de alguns recados exclusivos dos artistas direcionados aos fãs. 

Em 2020, a dupla se reinventou novamente e, de forma remota, lançou uma série de bons produtos no mercado fonográfico. Além das diversas lives executadas com maestria no canal oficial no YouTube, Rionegro e Solimões apresentaram os EPs “Só Lembranças 1, 2 e 3” – sendo a quarta parte do projeto lançada já em 2021.

“Tivemos a sacada de eternizar as lives de 2020 em um projeto concreto, ‘Só Lembranças – Acústico’. Pinçada com todo o cuidado e carinho, a transmissão escolhida para dar forma a este conteúdo foi a realizada no dia 25 de abril de 2020”, comenta Solimões.

“Entre todas, foi uma das que mais gostamos de fazer. Como o nome diz, reunimos os principais modões que ambientam o nosso universo. E todos foram executados no formato intimista e acústico. Nada mais justo do que carimbar para as futuras gerações esse momento tão atípico da nossa estrada”, analisa Rionegro.

 

“O artista precisa ter a percepção do que está acontecendo na atualidade e se reinventar quando for necessário”

TOP 5

O ano de 2021 também foi um marco na carreira dos sertanejos. Após 18 anos, Rionegro e Solimões gravaram mais um DVD: “A História Continua”, captado em Goiânia, contando com 18 faixas. O novo projeto reuniu músicas inéditas e sucessos de carreira, além de participações especiais de Gusttavo Lima, Jorge & Mateus e Henrique & Juliano. 

Com números estratosféricos, diversos hits ganharam a boca e a coração dos brasileiros, figurando por vários meses entre os mais ouvidos do sertanejo. “Saudade de Ex” atingiu mais de 45 milhões de views no YouTube. O mesmo aconteceu com “Saudade Atemporal” (42 milhões de views), “Frio da Madrugada” (28 milhões de views), “Vida de Cão” (26 milhões de views), tudo na mesma plataforma.

Inclusive, a ConectMix, uma das mais importantes empresas de audiência de rádio, carimba a canção “Saudade de Ex” como a segunda música mais executada nas emissoras do Brasil. Sua concorrente, a Crowley dá o mesmo dado e coloca a faixa como uma das três mais tocadas em território nacional, destacando que Rionegro e Solimões são um dos cinco artistas mais executados nas rádios nos últimos tempos. 

Em outubro de 2023, a dupla gravou o sexto DVD, “Rionegro e Solimões em Uberlândia”, que contou com 21 faixas, sendo 10 inéditas, e participações mais que especiais de Maiara e Maraisa, Bruno e Marrone e Luan Pereira. As músicas do novo trabalho estão sendo divulgadas gradualmente, mas não há como deixar de destacar “Cowboy Chora”, que contou com a participação de Luan Pereira e que caiu nos encantos do público, ultrapassando a marca de 46 milhões de views só no YouTube.

E a recentemente lançada “Isso É Coisa de Quem Quer Voltar”, com participação de Maiara e Maraisa, já tem quase 10 milhões de views só no YouTube.

Rionegro e Solimões – discografia completa (incluindo coletâneas, trabalhos ao vivo e DVDs)

1989 – Samba e Cachaça
1991 – Primeiro Vento
1993 – Meu Amor
1995 – Sonhei
1997 – Peão Apaixonado
1998 – O Amor Supera Tudo
1999 – De São Paulo À Belém
1999 – Bate o Pé
2000 – Bailão do Rionegro e Solimões
2000 – Bate o Pé – Ao Vivo
2001 – Só Alegria
2002 – Ensaio Acústico
2003 – Na Sola da Bota
2004 – De Bem com a Vida
2005 – O Grito da Galera
2005 – Clube do Batidão
2006 – Do Jeito da Gente
2008 – Arrastão
2011 – Virou Festa
2013 – O Cowboy Vai Te Pegar
2017 – Sucessos de Hoje
2018 – Deus Abençoou
2020 – Só Lembranças 1, 2 e 3
2021 – A História Continua
2023 – Rionegro e Solimões em Uberlândia

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Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Liliam Menezes que vive Elis Regina no teatro musical

"Elis Regina é um ícone de relevância magistral tanto para nossa música quanto para nossa história".

17/11/2024 21h00

Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Liliam Menezes que vive Elis Regina no teatro musical

Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Liliam Menezes que vive Elis Regina no teatro musical Foto: Cecilia Bueno

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Festejando 30 anos de carreira, Lílian Menezes estreou essa semana a nova temporada do sucesso "Elis, a musical", em SP, onde ficará até 1 de dezembro. Antes disso, a turnê passou por Recife, São Luiz, Fortaleza e Rio de Janeiro. Nessa temporada o espetáculo criado há 10 anos é dirigido por Dennis Carvalho.  

Para 2025, Lílian Menezes vem com novidades não só como atriz e cantora, mas, também, como produtora cultural. Sócia-proprietária da Mistura das Artes desde 2013, a artista vai encenar o espetáculo de teatro-canção “É, Foi, Será”, que se passa durante a pandemia e ressignifica a dor da perda através da amizade e empatia entre uma mãe que perdeu seu filho e um jovem que perdeu seu marido, para quem ela aluga um quarto durante esse período ainda tão presente na vida de todos nós.

O projeto tem direção e composições de Pedro Sá Moraes e dramaturgia de Arthur Chermont.  Além disso, retornará aos palcos com o sucesso “Lílian Menezes canta Elis”, um tributo em comemoração aos 80 anos de Elis Regina, que terá direção musical de Marcelo Mariano.

Júri da temporada 2024 do “Canta comigo”, na Record, Lílian Menezes atuou, criou e produziu, por mais de 10 anos performances para eventos, espetáculos e TV (como programa Hebe) na arte do ilusionismo, sendo uma das pioneiras no protagonismo das mulheres criadoras na mágica no Brasil.

Também estrelou peças e musicais como “Bem sertanejo, o musical” em que atuou ao lado de Michel Teló, que foi seu mentor no programa The Voice Brasil, em 2018. A artista também recebeu o prêmio de Melhor Atriz Internacional no Digital Media Fest, em Berlim, por sua atuação na websérie “Manu”.

Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Liliam Menezes que vive Elis Regina no teatro musicalEscreva a legenda aqui

CE - Lilian, você está comemorando 30 anos de carreira artística. Como avalia essa trajetória dedicada à arte?
LM - 
Sempre tive a certeza da artista em mim, e isso não tem a ver com acreditar na minha aptidão ou talento, mas uma certeza de quem sou. E eu sou artista, qualquer que seja o ambiente em que esteja atuando, seja sob as luzes da ribalta ou na frente das câmeras, seja nos bastidores exercendo outras funções.

A arte é o que me move, o que sempre me moveu. E é um privilégio viver dela. É um sacerdócio, de fato e tenho o maior respeito e zelo com essa missão que me foi dada na vida. Sempre tive muito cuidado na construção do meu ofício, considero que tive uma trajetória muito feliz até aqui e estarei sempre disponível para trilhar os próximos caminhos que a arte tem preparado para mim. 

CE - Há anos você faz parte do sucesso de “Elis, a musical” e agora assumiu o protagonismo, revezando o papel principal com Laila Garin. Como é “incorporar” uma das maiores cantoras do país num projeto que conta a história da vida dela com músicas de seu repertório? Teme comparações dos fãs?
LM -
 Desde nossa primeira temporada no Rio de Janeiro, em 2013, alterno com Laila no papel de Elis, então, essa divisão de responsabilidades já faz parte do nosso histórico desde o princípio, dadas as devidas proporções, de acordo com a demanda e a disponibilidade de cada uma de nós a cada temporada.

Dar vida a Elis é uma missão que exige muito comprometimento e somos grandes parceiras nessa empreitada, nos apoiamos muito para dar ao espetáculo o melhor, além da admiração e respeito que temos uma pela outra,  então, não sobra espaço para nos preocuparmos com comparações.

Cada uma de nós traz para a personagem camadas e intensidades diferentes, e isso é muito enriquecedor para o espetáculo e para o público, que pode desfrutar de Elis em diversas camadas e intensidades, a partir da visão particular de cada uma de nós.

CE - Aliás, qual a parte mais difícil de fazer um trabalho como esse que mexe com a paixão de muita gente?
LM -
Acho que é, justamente, lidar com a expectativa do público apaixonado por Elis e com as nossas expectativas como artistas, também. Trazer uma personagem biográfica para a cena é um trabalho que exige um cuidado além, ainda mais em se tratando de um ícone.

Elis é uma figura muito marcante na nossa história e tem uma importância imensa para a música brasileira, além de ter aberto portas para muita gente nesse universo, através da escolha de seu repertório e a força de sua interpretação. Grandes compositores que, hoje, têm uma importância máxima para nossa música foram lançados ou validados por ela, o que reforça essa relevância.

Mas é uma grande satisfação quando recebemos o retorno do público, que não só aprova, como volta muitas vezes pra poder viver a experiência de ver Elis em cena. É muito gratificante!

Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Liliam Menezes que vive Elis Regina no teatro musicalLiliam Menezes - Divulgação

CE - “Elis, a musical” está em cartaz há mais de 10 anos. A que você atribui essa longevidade da produção?
LM -
São muitos os fatores que fazem o musical ser um sucesso por tanto tempo. Inegavelmente, Elis vem antes de tudo, justamente pelo que acabamos de falar, sobre toda sua expressividade para a nossa história, por seus fãs e sua música. É a maior de todas as razões para essa longevidade. Mas, unido a isso, o espetáculo foi concebido por pessoas, criadores, artistas, que não só entendem o tamanho dessa expressão, mas que são profissionais de gabarito e excelência em suas áreas.

A começar pela direção de Dennis Carvalho, que foi amigo pessoal de Elis e teve todo o zelo na construção dessa história, acompanhando de perto cada etapa, escolhendo minuciosamente, junto com a produção, os profissionais que atuaram nessa criação. As coreografias e a movimentação de Alonso Barros são outro destaque do espetáculo a meu ver, e que trouxeram as dimensões dos grandes musicais da Broadway para um espetáculo 100% nacional.

E, é claro, que não posso deixar de fora o elenco, que é, por fim, o responsável por dar vida e sentido a todas essas criações, e que, no nosso caso, foi muito bem escolhido por Dennis. Por trás de tudo isso, tem a experiência da Aventura Teatros na produção de grandes espetáculos de teatro musical e que põe toda essa engrenagem para acontecer. Com certeza, “Elis, a musical” ainda terá uma vida longa nos palcos do Brasil e, quem sabe, do mundo.

CE - No seu currículo não constam muitos trabalhos na TV e novelas. Tem vontade de fazer audiovisual? Você acha que a TV aberta ajuda no sucesso de uma carreira?
LM - 
Acho que pode ajudar pontualmente na projeção de um artista, mas o sucesso de uma carreira depende de muito mais do que uma aparição temporária na tv, seja fazendo novela ou como atração num programa. Tenho um histórico com a televisão que vem de outra vertente, do tempo em que atuei na mágica e, ao longo de quase 10 anos, participei de dezenas de programas de tv, passando por todas as emissoras e horários.

Como atriz, ainda não tive essa oportunidade e quando surgir será muito bem-vinda, mas nunca vislumbrei na tv a longevidade da minha carreira. Sempre tive uma ligação muito maior com o palco, que foi onde comecei e me descobri. Mas, sou uma artista versátil e me adapto muito bem aos desafios que me são apresentados, então, estou aberta a viver a experiência de fazer novelas.

No audiovisual, tenho diversos trabalhos realizados em produções independentes, séries e longas-metragens, realizadas em conjunto com parceiros muito importantes para minha carreira e que seguem comigo nessa trajetória ainda hoje.

E vale ressaltar dentre essas parcerias, Jonathan Mendonça, produtor, diretor, roteirista e, não menos importante, meu filho, com quem tenho realizado trabalhos premiados nacional e internacionalmente, como é o caso da websérie “Manu”, que tem roteiro e direção dele, e que me rendeu o prêmio de Melhor Atriz Internacional no Digital Media Fest, em Berlim.

Já no audiovisual comercial, tive o prazer de, mais uma vez, dar vida a Elis no longa-metragem “Simonal", a convite do diretor Leonardo Domingues, e pude atuar ao lado de grandes artistas, como Fabrício Boliveira, Isis Valverde e Mariana Lima. 

Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Liliam Menezes que vive Elis Regina no teatro musicalLiliam vive Elis no Teatro Musical - Foto: Caio Gallucci

CE - Mesmo com muito tempo de carreira, em 2018 você esteve no time de Michel Teló no The Voice Brasil. O que pôde tirar dessa oportunidade? Como foi ter seu trabalho julgado?
LM -
 Ser julgada não é uma situação confortável, mas não foi uma grande questão para mim. Eu já vinha de uma carreira com muitos anos, já tinha uma estrada trilhada e ser julgada naquela ocasião não determinaria quem eu sou como artista, porque não era meu trabalho que estava sendo julgado, mas uma performance específica, em uma única apresentação e em comparação a outras performances, também específicas e únicas.

Essa competição foi mais difícil para mim do que a avaliação, sofri muito vendo alguns colegas indo embora. Estar em meio a tanta gente boa, artistas cheios de sonhos e que, verdadeiramente, viam naquele espaço a possibilidade de mudar de vida, de alavancar suas carreiras, de ganharem alguma visibilidade, me tocou muito e acho que foi o que mais me marcou nessa passagem pelo The Voice. Sai na terceira etapa e confesso que foi um grande alívio deixar a competição. 

CE - Falando em julgar, esse ano Lilian Menezes fez parte do time de jurados do “Canta comigo teen”, na Record. Como foi essa experiência?
LM -
 Estar na face de avaliadora e ter o poder de interferir na vida do outro requer, além de conhecimento, muito respeito pela trajetória de quem está ali. Vivenciar junto com cada um dos participantes, adultos, crianças e jovens, aquele momento em que entregam com tanta humildade e amor seus sonhos em nossas mãos é uma grande responsabilidade.

Ser jurada exige muita consciência sobre o quanto sua opinião, as palavras que serão usadas para justificar o sim ou o não, a maneira como elas serão colocadas, podem afetar definitivamente a longevidade desses sonhos. É preciso muito tato, carinho e acolhimento. Foi emocionante e, enquanto o programa durar e sempre que estiver disponível, pretendo continuar vivendo essa experiência. 

CE - Além do “Elis, a musical”, você tem um outro projeto com canções dela: “Lilian Menezes canta Elis”, que vai homenagear os 80 anos que ela fará em 2025. O que pode adiantar sobre esse projeto? Veremos um trabalho de interpretação das canções mais autoral?  
LM -
 Cantar o repertório de Elis é algo que faço desde sempre, mesmo quando ainda não havia assumido meu lado cantora profissionalmente, porque ela sempre foi uma influência artística pra mim. Por conta disso, e também pelo exercício da personagem, esse projeto nasceu em 2021 como uma homenagem a Elis, e vamos retomá-lo em 2025 para comemorar os 80 anos que ela completaria.

Nesse show, como menciona o título, sou eu cantando o repertório dela e não interpretando a personagem, então dou a minha própria interpretação para alguns dos grandes clássicos de Elis, mas, é necessário fazer uma releitura sem se afastar muito da identidade do que o público busca ouvir ao assistir um show em tributo a Elis.

Tenho a sorte de ter como diretor musical e companheiro de palco o  baixista e produtor Marcelo Mariano, que me acompanha nesse projeto desde o início, além de Cuca Teixeira na bateria e Conrado Goys no piano para essa próxima temporada.

CE - Voltando ao seu passado, consta também no seu currículo um trabalho como ilusionista com apresentações por diversos programas de TV como o da Hebe Camargo. Como a mágica chegou até você? Pensa em retomar essa atividade?
LM -
 A mágica entrou na minha vida por um acaso, há muitos anos, em 2001. Fazia parte de uma companhia de teatro junto com Everson, que hoje é meu marido. Por intermédio de nosso diretor, conhecemos um mágico que, a princípio, o convidou para trabalhar, e que, posteriormente, me chamou para integrar o grupo.

Comecei fazendo uma substituição pontual de uma assistente do mágico num programa de tv, mas me encantei pelo universo do ilusionismo e suas possibilidades cênicas e por toda a ciência por trás da mágica e por ali fiquei. Durante mais de 10 anos, atuei, criei e produzi performances para a tv, eventos e espetáculos de ilusionismo e posso me considerar uma das pioneiras no protagonismo das mulheres na mágica no Brasil. 

A mágica ainda é uma grande ferramenta profissional para mim, mas em outra escala e com uma visão mais ampla de suas possibilidades, não só dentro de uma performance de ilusionismo. Como artista, utilizo muito do olhar da mágica e seus fundamentos no meu ofício como atriz, acreditem ou não.

E com a Mistura de Artes, onde eu e Everson somos sócios, utilizamos nossa expertise prestando consultoria de ilusionismo e efeitos especiais para espetáculos teatrais. Nem sei se poderia liberar essa informação, porque ainda está em fase de projeção, mas podem esperar para o futuro mais um espetáculo de teatro-canção em parceria com Pedro Sá Moraes e produzido pela Mistura de Artes que terá a mágica como tema central.

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Decoração B+: Arquitetas ensinam como ter uma cozinha gourmet em casa digna de um masterchef

Armários especiais, integração, ilha central e tudo à mão são algumas das dicas das profissionais para ter, em casa, uma cozinha gourmet dos sonhos.

17/11/2024 17h30

Decoração B+: Arquitetas ensinam como ter uma cozinha gourmet em casa digna de um masterchef

Decoração B+: Arquitetas ensinam como ter uma cozinha gourmet em casa digna de um masterchef Foto: Maura Mello

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Não são apenas as boas panelas, receitas e o dom de quem prepara os alimentos que fazem a diferença em uma cozinha. O conceito de cozinhar mudou nos últimos anos e o ambiente deixou de ser aquele local da casa que era frequentado apenas por quem mora na casa e os mais íntimos.  

Atualmente, cozinhar faz parte do enredo de receber familiares e amigos em casa. Por isso, além de fogão, geladeira e bancada, a nova 'sala de estar' das residências ganhou ares de um lugar para apreciar a boa gastronomia e apresenta novidades como ilha central e cooktop.  Ela deve atender todos os detalhes, que vão desde o preparo até o momento da apreciação.

Mas, como ter construir uma cozinha gourmet ou transformar aquela que já existe em casa? Para ajudar a ter a cozinha para chef nenhum botar defeito, as arquitetas Paula Passos e Danielle Dantas, do escritório Dantas & Passos Arquitetura, reuniram dicas eficazes para essa transformação.  

Antes de tudo, é preciso considerar que não existem regras para o ambiente em questão. Tudo irá depender da área disponível e dos desejos dos moradores, mas alguns itens costumam ser frequentes. "Um bom projeto de cozinha gourmet deve promover a integração dos ambientes, oferecer um espaço adequado para o preparo dos alimentos, além de contar com equipamentos modernos e adequados e móveis confortáveis para acomodar os convidados", revela Paula Passos.  

Acompanhe as dicas:

Ilhas

Um dos grandes diferenciais da cozinha gourmet são as ilhas centrais que deixam o cozinheiro próximo de seus convidados. "Além do 'chef' não ficar isolado, o formato garante que todo ritual de preparo dos pratos se torne um show à parte", afirma Danielle Dantas. Pela posição, faz-se fundamental a colocação de uma coisa e o projeto de iluminação para o espaço que, de preferência, deve ser posicionada de forma direta na ilha.

Eletrodomésticos:

Decoração B+: Arquitetas ensinam como ter uma cozinha gourmet em casa digna de um masterchefFoto: Maura Mello

Para os cozinheiros de plantão, equipamentos modernos ajudam a garantir melhores resultados. E para a decoração, impactam positivamente no visual! Essa lista inclui fogão ou cooktop, chapas auxiliares, churrasqueira que pode ser a gás ou convencional , forno elétrico, micro-ondas, freezer, geladeira, adega, cervejeira, máquina de café, máquina de lavar louças e tantos outros.  Todavia, antes de comprar os eletros é preciso avaliar se existe espaço disponível para comportar todos os equipamentos.

Coifa

Coifas são incríveis para deixar a cozinha limpa e livre de gordura. Mas, como escolher o modelo ideal para o seu espaço? Paula Passos indica que é preciso saber o tamanho do fogão ou do cooktop, pois essa informação definirá o tamanho ideal da coifa. Ela também sugere verificar a potência do motor escolhido, já que o mercado oferece modelos tanto para cozinhas pequenas, como também para as maiores, bem como dar preferência para os motores silenciosos, que não incomodam durante o uso.

Existem dois modelos de coifas parede e teto. Para quem prefere o fogão ou cooktop em ilhas, a escolha adequada é a coifa de teto. Já para quem optou pela bancada do fogão encostada na parede, o caminho é instalar um modelo fixo na parede. "Para a colocação da coifa, é sempre melhor que seja feito por assistência técnica autorizada, evitando erros e a perda de garantia do produto," aconselha Danielle.

Organização e praticidade!

Decoração B+: Arquitetas ensinam como ter uma cozinha gourmet em casa digna de um masterchef
Foto: Maura Mello

Acima de beleza, as arquitetas da Dantas & Passos Arquitetura são unânimes em afirmar que a cozinha deve ser prática e muito bem organizada. Móveis planejados podem ajudar nesse propósito , especialmente os armários para guardar alimentos e objetos. Outra ideia é criar suportes aéreos para colheres, panelas, tampas e conchas. Penduradas, facilitam o acesso no momento da sua utilização e economizam espaço.

·         Tampas e panelas não tem nada mais chato que escolher uma panela e não encontrá-la. As arquitetas aconselham guardar as tampas separadamente em um suporte organizador. "Melhor ainda se a organização puder ser feita dentro de uma gaveta, com as tampas em pé e uma do lado da outra", revela Danielle.

·         Formas aparecem em diversos tamanhos e formatos. Procure ter prateleiras próximas ao forno. O bacana é separá-las por formato, e de acordo com o tamanho, encaixar uma dentro da outra.

·         Eletrodomésticos Aparelhos que são mais utilizados e que tenham design bacana e em bom estado, podem ficar aparentes e sempre à mão, como as cafeteiras e torradeiras, por exemplo. Os menores usados podem ser guardados em um armário projetado especialmente para eles.

·         Copos Para deixar o cotidiano mais fácil, deixe os copos enfileirados, sempre seguindo o mesmo tipo. Os mais usados devem estar nas prateleiras mais baixas e de fácil acesso e, os menos frequentes, na parte superior.

Decoração B+: Arquitetas ensinam como ter uma cozinha gourmet em casa digna de um masterchefFoto: Maura Mello

Outro item que deve ser observado em uma cozinha gourmet é a circulação. Manter um espaço de 90 cm para facilitar o fluxo é crucial para deixar tudo fluir.  Recomenda-se também prestar atenção no tipo de cozinha e na personalidade de quem vai cozinhar, haja vista não adianta ter um lugar todo equipado se não for utilizado.  

 

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