Correio B

PLATAFORMAS DIGITAIS

Seleção de filmes e séries em plataformas digitais

A dica da semana é o filme "Central do Brasil", lançado em 1998 e com direção de Walter Salles

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Com um retrato emocionante de várias questões invisibilizadas na sociedade brasileira, o filme "Central do Brasil", de Walter Salles segue conquistando admiradores no país e no mundo

Com a direção de Walter Salles e lançado em 1998, “Central do Brasil” é um dos filmes mais aclamados da história da indústria cinematográfica brasileira, tendo sido indicado ao Oscar de 1999 nas categorias de Melhor Filme Internacional e de Melhor Atriz, por conta da arrebatadora performance de Fernanda Montenegro. Tal feito marcou a primeira vez que uma atriz latino-americana foi indicada nessa categoria em toda história da premiação de Hollywood. Para além das premiações, “Central do Brasil” foi um filme que escancarou a realidade de muitos trabalhadores que deixam suas famílias para buscarem melhores oportunidades de trabalho nas metrópoles do Sudeste do país.

A história começa apresentando a personagem Dora (Montenegro), uma professora aposentada que sobrevive com o pouco dinheiro que ganha ao escrever cartas para pessoas analfabetas na estação Central do Brasil, mais importante terminal de trens e ônibus no centro da cidade do Rio de Janeiro. A maior parte das cartas que escreve tratam de pessoas mandando notícias para as suas famílias em outros estados. Um fato particularmente curioso é que, durante as gravações do longa, a ficção se misturou com realidade quando pessoas reais foram ao encontro da atriz – caracterizada na personagem – pedindo para que realmente escrevesse seus pedidos.

Apesar de prometer fazer os envios, nem todas as cartas eram verdadeiramente enviadas, uma vez que Dora não colocava nos correios aquelas que considerava muito fantasiosas. Porém, a rotina da personagem irá mudar completamente quando uma de suas clientes é atropelada na estação e o seu filho Josué fica sozinho. Apesar de um início de relação bastante conturbado, a professora decide ajudar o menino de nove anos a encontrar o seu pai, que se chama Jesus e que mora em uma pequena cidade do Nordeste. Assim, os dois irão partir em uma longa jornada que irá tocar em diversos aspectos da realidade brasileira. O filme está disponível na GloboPlay, na AppleTv, no YouTube e no Google Play Filmes.

 

Idris Elba retorna ao papel de detetive Luther em nova produção original da Netflix

'Luther: O Cair da Noite', está disponível na Netflix“Luther: O Cair da Noite”, está disponível na Netflix

O novo filme da Netflix, “Luther: O Cair da Noite”, é uma das grandes apostas do serviço de streaming para o mês de março, onde está disponível desde o dia 6. Isso porque o original marca o retorno do ator britânico Idris Elba ao papel de detetive Luther, depois de ter vivido o personagem na série da BBC que foi ao ar de 2010 a 2019, com um total de 5 temporadas. Com uma trama envolvente e personagens complexos, a série fez bastante sucesso, além de ter rendido ao ator uma indicação ao Globo de Ouro pelo papel.

O filme tem como proposta continuar o enredo desenvolvido na série, onde Luther é um detetive de Londres que lida de forma muito diferente com os casos que investiga. Apesar de muito talentoso para capturar criminosos perigosos e com distúrbios mentais, pois consegue se colocar na mente desses criminosos, o comportamento do detetive é fruto de sua obsessão pelo trabalho, que usa como forma de mascarar os seus problemas pessoais. Porém, quando sua vida dá uma reviravolta, o personagem conhece uma assassina com a qual forma uma espécie de parceria, que pode lhe custar o emprego.

Em “Luther: O Cair da Noite”, a história começa com o detetive preso enquanto um perverso assassino em série continua a agir em Londres, mesmo depois da tentativa fracassada de Luther de decifrar sua localização. Obcecado por essa história e intrigado pela forma de ação cibernética do criminoso, o detetive irá fugir da cadeia para tentar capturar o assassino novamente e não irá medir esforços para tal. Além disso, o personagem ainda possui os seus próprios dramas pessoais, como o casamento com a advogada Zoe, que é sempre deixado de lado por conta da carga excessiva de trabalho que realiza.

 

Nova série britânica da HBO Max tem no humor uma poderosa ferramenta para dar voz a histórias de várias pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza no Reino Unido

Rain Dogs é uma produção original da HBO Max“Rain Dogs” é uma produção original da HBO Max

Em qualquer língua existem expressões que, quando ditas, não expressam o seu sentido literal, mas sim um outro significado que, geralmente, é mais facilmente identificado pelos falantes fluentes. É assim com a expressão “rain dog” (do inglês, cachorro da chuva), que é utilizada para se referir a pessoas que estão perdidas em suas vidas e não conseguem encontrar uma forma de sair daquela situação, geralmente ligadas a uma condição de pobreza. Por conta do seu significado, essa expressão dá o título da nova produção original da HBO Max – “Rain Dogs” – disponível desde 6 de março.

Com oito episódios previstos para a sua primeira temporada, a série é ambientada no Reino Unido e acompanha a vida turbulenta de Costello Jones, uma mãe solteira da classe trabalhadora, e sua filha Iris de dez anos. As duas não possuem uma boa condição financeira e o pouco dinheiro que Costello ganha como stripper não permite com que a personagem consiga dar a vida que gostaria para a sua filha. Porém, o que já era ruim irá piorar ainda mais quando a dupla fica sem ter onde morar depois de ter sofrido com um despejo do pequeno apartamento em que viviam.

Por conta disso, Costello irá procurar o seu melhor amigo Selby, um homem gay recém-saído da cadeia que, apesar de ter nascido em uma família rica, também vive em dificuldade financeira depois de ter se afastado dos seus parentes de sangue. Os dois formam uma espécie de família não muito convencional – e por vezes até disfuncional – na qual Selby é o mais próximo de uma figura paterna que Iris tem como referência. Além deles, Gloria, a madrinha da menina, também compõe esse singular arranjo familiar. Ela trabalha em uma agência funerária e tem problemas com bebida.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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