Nos últimos anos, Campo Grande tornou-se rota dos novos talentos da música popular brasileira, principalmente daquela turma que não tem problema em misturar influências, estilos, muito menos preocupa-se em solucionar equações estéticas originárias do passado e do presente.
Nomes como os de Tiago Iorc e Marcelo Janeci podem ser colocados entre os integrantes dessa turma. Amanhã, no Teatro Aracy Balabanian (Centro Cultural José Octávio Guizzo), às 20h, outro representante mostrará por que é considerado uma das principais revelações atuais. Trata-se do cantor, compositor e instrumentista gaúcho Filipe Catto, que, com dois álbuns de estúdio e um registro ao vivo, lançado em DVD, conquistou elogios de vários jornalistas e a atenção de um público ávido por resultados menos óbvios da cena musical.
Se Campo Grande ainda é novidade na trajetória do artista, Mato Grosso do Sul já faz parte da sua atenção desde 2009, quando participou de um evento em Ivinhema.
“Foi um dos primeiros locais que cantei fora do Rio Grande Sul. Gostei muito, era um festival bem organizado, com uma moçada bastante competente. Curti muito. Depois, também participei de um festival (América do Sul), em Corumbá. Também foi bem legal estar em um evento relacionado à música latino-americana. Agora, será a vez de Campo Grande, estou muito ansioso pela apresentação”, destaca.
ESSENCIAL
O show terá como base o mais recente álbum de Filipe , “Tomada”, que, sob a produção de Kassin, reuniu composições próprias e parcerias com Moska e Pedro Luís, além de regravações, como “Amor Mais que Discreto”, criação de Caetano Veloso homenageando antiga canção de Johnny Alf, e “Do Fundo do Coração”, uma das pérolas esquecidas do repertório da banda oitentista Gang 90.
“Meu ofício é interpretar, e o segredo é escolher repertório que tenha sentido. Mesmo com a passagem do tempo, não importa se uma música foi feita agora ou tem 80 anos, o essencial é ter esse potencial de emocionar. Por exemplo, isso acontece com essa música da Gang 90”, enfatiza.
Ao contrário dos outros shows da turnê de divulgação do trabalho, que contou com a presença de banda, a apresentação marcará a estreia de um novo formato, Filipe será acompanhado apenas por um guitarrista, Fabá Jimenez.
“O importante de apresentar as canções desse jeito é deixá-las desnudadas, sem os efeitos dos arranjos da banda. Mostrar como é a música na sua essência. Será uma apresentação intimista, podendo entrar canções dos meus discos e outras que não gravei”, antecipa.
Ryan Keberle, trombonista - Foto: Divulgação / Alexis Prappas

Marcio Benevides, Maria José falcão e Fabiana Jallad
Andreas Penate e Monica Ramirez


