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HISTÓRIA

Você Sabia? Bandeira do Mato Grosso do Sul veio de concurso marcado por plágio e troca de cor

Projeto foi segundo colocado, e tinha o ocre no lugar do azul

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De 11 de outubro de 1977 até o 1º de janeiro de 1979, houve um longo processo para instituir oficialmente o estado de Mato Grosso do Sul. Foi no ano de 1978, às vésperas da cerimônia de instalação, que a bandeira do novo estado foi revelada.

O Concurso Nacional de Símbolos do Estado de Mato Grosso do Sul foi marcado por atrasos e até plágio. A reportagem do Correio do Estado voltou aos arquivos do jornal e resgatou as memórias da época também através do arquiteto Mauro Miguel Munhoz, um dos autores do projeto.

Egresso da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), Munhoz reuniu um grupo de colegas do curso recém-criado em uma casa na capital paulista.

A relevância histórica da casa foi fundamental para o desenvolvimento do projeto da flâmula que hoje tremula em frente a órgãos públicos e empresas.

“Nós encontramos uma casa no [bairro] Bexiga com uma edícula que foi o ateliê de três importantes arquitetos de São Paulo: Flávio Império, Rodrigo Lefèvre e Sérgio Ferro. Alugamos por um preço absolutamente acessível na época para estudantes com parcas economias”, relembra.

O grupo estava em busca de ampliar o conhecimento que estava adquirindo na faculdade, e após encontrarem o edital do concurso, entraram na disputa com mais 800 desenhos. Mas o projeto original de Munhoz e seus colegas foi alterado, o que causou revolta.

“Lançamos um manifesto de repúdio contra o governo porque o projeto foi modificado. Havia uma diferença, que foi a troca do azul pelo ocre. Essa cor simboliza a ancestralidade da terra, tema que até hoje é relevante”, explicou o arquiteto.

Por causa disso, o memorial descritivo anexo ao Decreto Estadual N.º 1 também não é o original. Apesar disso, Munhoz se orgulha de ter desenvolvido um dos símbolos de uma das mais jovens unidades da Federação.

“Não participamos da cerimônia de instalação, acabamos acompanhando pela imprensa. Mas foi emocionante, é uma grande honraria. Me orgulho muito até hoje”, finaliza.

BASTIDORES

O prazo final para a entrega dos projetos era até 31 de outubro de 1978, mas a organização precisou aguardar a chegada de outros desenhos, que atrasaram por questão de logística.

Como mostrou reportagem da edição de 1º de novembro de 1978, a organização do concurso aguardava a chegada de alguns projetos. 

Mas a tão esperada revelação se arrastou por vários dias, já o anúncio dependia da presença daquele já chamado governador: Harry Amorim Costa, nomeado naquele ano para ser o primeiro a comandar o novo estado.

No dia 17 de novembro, os sul-mato-grossenses viram pela primeira vez alguns desenhos da nova bandeira. Capa do Correio de 18 e 19 de novembro mostrou aquela que seria escolhida. 

A equipe do jornal teve acesso à sala dos membros da Comissão Julgadora que viu cada um dos 816 projetos.

“Aproximadamente 20 trabalhos estavam espalhados pela sala, e a comissão caminhava pelo recinto, apreciando-os de diversos ângulos. Passados alguns minutos, a reportagem do ‘CE’ foi convidada a deixar a sala, para que os trabalhos tivessem continuidade sem interferências”.

E depois de tanta expectativa, finalmente ela foi revelada. Em 21 de novembro de 1978, o Correio trouxe a manchete “A nossa bandeira”. O pavilhão oficial foi o segundo colocado na votação da comissão.

O projeto favorito dos jurados foi considerado como plágio das bandeiras do Vietnã do Norte e da Somália, com apenas alteração nas cores. 

Na apresentação à imprensa, o governador Harry Amorim Costa não escondeu a satisfação ao revelar a bandeira. “Não é uma beleza?”, disse aos jornalistas.

HASTEAMENTO

Exatamente às 18h04 do dia 31 de dezembro de 1978, foi hasteada pela primeira vez a bandeira do novo estado de Mato Grosso do Sul. Horas mais tarde, já no dia 1º de janeiro de 1979, iniciava a história do novo Estado.  

As festividades começaram na véspera. O Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, reuniu 30 mil pessoas na última tarde do ano de 1978. 

As atrações eram as mais variadas: de jogos de futebol até a apresentação da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, do Rio de Janeiro.

Coube ao atleta João Carlos a honra de ser o primeiro a hastear a bandeira. A festa também contou na época com a presença do então presidente da República, o general Ernesto Geisel.

Aliás, tamanha foi a euforia pela criação que a atual Praça do Rádio Clube ganhou o nome do presidente por alguns anos.

O espaço também recebeu parte das comemorações, onde coube ao representante da Colônia Japonesa, Tokuei Nakao, hastear novamente a bandeira, desta vez à meia-noite de 1º de janeiro de 1979.

MEMORIAL E DESCRIÇÃO

A descrição da bandeira e seu significado foram apresentados também no primeiro decreto da história do Estado. Leia abaixo na íntegra a descrição:

“Retângulo com proporções de 10 (dez) unidades de comprimento por 7 (sete) unidades de altura, de cuja extremidade inferior esquerda ergue-se, a 45º, faixa branca com 2 (duas) unidades de espessura. Na parte superior da dita faixa, completa o retângulo de cor verde, enquanto que, na de baixo, a cor é azul. Em sua extremidade inferior direita, está a estrela dourada de 5 (cinco) pontas.”

Abaixo, leia o memorial que dá o significado de cada cor:

“O homem, em uma de suas mais características atitudes, sempre procurou representar seus sonhos, seus ideais, suas mais caras razões de viver, através de uma simbologia que transmitisse, não só a ele, mas também aos que o rodeiam, a magnitude de tais pensamentos.

Ideais trabalhados e realidade construída: Bandeira, Flâmula Magna, símbolo máximo a pairar sobre nossa Terra, pois, aparentemente frágil em sua haste, na realidade traduz a força conjunta de toda a população de um Estado.

Nosso símbolo é o do equilíbrio, da firmeza e da serenidade. Nós somos a estrela dourada que brilha no céu azul da esperança, a simbolizar a riqueza do nosso labor.

As metas e os campos do nosso Estado representam um desafio, mas ao mesmo tempo, a consciência da preservação do nosso verde, de nosso tesouro maior, que é a própria natureza.

Nós somos o Estado do equilíbrio, onde chaminés siderúrgicas e áreas florestais coexistirão pacificamente, lado a lado.

Entre o verde e o azul, na convergência prática de todas as nossas atitudes, nós somos a faixa branca do porvir, a alvidez serena da amizade entre os povos.”

Segundo Mauro Munhoz, o trecho que descreve o azul não está no texto original, portanto, foi alterado.

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DIÁLOGO

O dito popular ensina: quem fala o que quer, ouve o que não quer...Leia na coluna de hoje

Confira a coluna Diálogo deste sábado (29)

29/03/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Sylvia Cesco - poeta de MS
"Da palavra dita escorreu a areia. E a água. E o vento. E o fogo que deram à argila este meu novo retrato”.

FELPUDA

O dito popular ensina: quem fala o que quer, ouve o que não quer. E foi exatamente isso que aconteceu com figurinha cá dessas bandas que anda sonhando com voo na tentativa de retornar de onde saiu. Para “causar” nas redes sociais, deu seu pitaco, desdenhando do futuro político do ex-presidente Bolsonaro. A “lapada” veio da liderança de partido que, entre outras coisas, duvidou do potencial eleitoral da tal figura, dizendo que ela é “zero à esquerda” e “ignorada” até mesmo onde exerce suas atividades. O petardo foi o primeiro de muitos que deverão vir por aí, como ensina a história política. Vai vendo...

Peso

Coronel David e Rodolfo, além de fiéis escudeiros de Bolsonaro, fortaleceram-se politicamente. O primeiro sempre defendeu as mesmas bandeiras dele e tem “colocado a cara a tapa” em sua defesa, além de contar com potencial político reconhecido. O segundo tem ações semelhantes e ganhou ainda mais força ao eleger a esposa, Gianni Nogueira, como vice-prefeita de Dourados. Ela é a pré-candidata de Bolsonaro para o Senado.

Panorama

Os demais representantes do PL em MS são, além de Pollon, os deputados estaduais João Henrique Catan e Neno Razuk. Catan já bateu de frente com Pollon, criando problemas internos na sigla. Já Pollon tentou “peitar” Bolsonaro por não concordar que o PL apoiasse o candidato tucano Beto Pereira a prefeito. Como consequência, dormiu presidente da sigla e amanheceu “destronado”. Razuk não tem criado problemas, mas não é bolsonarista raiz.

Prevenção

Na Câmara dos Deputados, tramita projeto que prevê encaminhamento obrigatório de pacientes diagnosticados com diabetes para consulta gratuita com médico oftalmologista. O objetivo é prevenir complicações da doença relacionadas à visão, como a retinopatia. 

Mais 

Diabéticos podem enfrentar complicações microvasculares na retina, região do olho responsável pela formação das imagens, o que compromete a visão e pode levar à cegueira irreversível. A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira em adultos de 20 a 74 anos de idade. Portanto...

Viva a vida!

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O jornalista Jefferson de Almeida reuniu familiares e amigos para comemorar a passagem de mais um ano de vida. Foi no dia 21, na Estância Montana. Os flashes são do Studio Vollkopf.

Aniversariantes

SÁBADO (29)

  • Dra. Elaine Richards de Andrade,
  • Jean Vollkopf,
  • Liz Danielle Derzi Wasilewski Matos Oliveira, 
  • Jorge Armando Kehl, 
  • Ari Fausto da Silva,
  • Maria da Conceição Buainain,
  • Olegário Campos, 
  • Ricardo Caffarena Franco,
  • Dr. Jorge José Menezes de Almeida, 
  • Daniely de Oliveira,
  • Silmar Miranda da Silva,
  • Valdiva Dulce Mônico Marques da Silva,
  • Welicio de Oliveria Dutra,
  • Katerine Rose Galharte, 
  • Nassara Sahib Fernandes,
  • Igor Canazilles, 
  • Ana Maria Vieira de Souza Dias,
  • Manoel Jonas Quirino, 
  • Anderson Inoue Cardoso da Cruz,
  • Dr. Ramiro Saraiva,
  • Samuel dos Santos Trindade,
  • Fátima El Daher Di Giorgio,
  • Dr. Keilor Heverton Mignoni, Dr. José Chaia, 
  • Maria Helena Coutinho Pimentel, 
  • Fernando Esgaib Kayatt,
  • Dr. Beraldo Alves Carneiro,
  • Alex Neves,
  • Oneide Moraes Gomes, 
  • Jeová Neves Carneiro,
  • Neci Miranda Coelho, 
  • José Pinto Rodrigues,
  • Dr. Luiz Quadros Moreira, 
  • Alcides Larsen,
  • Luiz Hipólito Corrêa Alvarenga, 
  • Vera Lúcia Motta, 
  • Walter de Paula Ramos Neto,
  • Valmir Berlamino Siqueira,
  • Marcela Lopes Barbosa Carneiro,
  • Amadeu Olivério Viscardi, Oneyde da Silva Coelho,
  • Ernesto Raul Rodrigues,
  • Cristiane de Souza Cação, 
  • Eloina Aparecida Silva, 
  • Tatiana Silva da Cunha,
  • Neide Aparecida Macedo de Almeida,
  • Maria Tereza Cristina Afonseca Ferreira,
  • Marilene Garcia Palhares,
  • Oscar Barros Filho,
  • Carlos Alberto Viana, 
  • Beatriz de Sampaio Bragança Gianotti, 
  • Cristiane Paschoaletto Corrêa da Costa,
  • Marli Maos Fernandes,
  • Leida Miyasato,
  • Noemi Gonçalves dos Santos,
  • Silvia da Cruz,
  • Matilde Miranda Monteiro,
  • Ana Maria Arguelho Cavassa,
  • Adalgisa Fistarol,
  • Osvaldo José Dal Pizzol,
  • José Alberto Almeida, 
  • Regina Célia Dourado,
  • Thaise dos Santos,
  • Elizabeth Carretoni, 
  • Luiz Fernando Santos de Azevedo,
  • Paulo Henrique Garcez Maestri, 
  • Clarice Maria Scariot, 
  • Dora Waldow,
  • José Carlos Tôrres Assis,
  • Silvia Vilela, 
  • Ana Carla Pardo Braga Pitthan, 
  • Neli Coelho Philippsen,
  • Augusto Afonso Costa Talavera,
  • Stella Catelli Toschi Santos,
  • Carina Bottega.

DOMINGO (30)

  • Dr. Carlos Marcelo Dotti Rodrigues Silva, 
  • Selma Regina de Oliveira Carmo, 
  • Dra. Sara Cristina Penzo,
  • Gizele Barbier, 
  • Alice Hellmann, 
  • Adolfo Tomatsu Ocumoto,
  • William de Campos Pinto,
  • Maria Auxiliadora Hamano Campos,
  • João Mikio Araki,
  • Amadeu Ledesma dos Santos,
  • José Ferreira Queiroz,
  • Dirceu Teixeira Pinto,
  • Antônio Carlos Ventura Chaves,
  • Nicolau Gonçales,
  • Maria Elida Blanco Insaurralde,
  • João Alberto Krampe Amorim dos Santos, 
  • Silvio Cesar Coelho,
  • Devanilde Teresinha Cavazana Pereira,
  • Marcelo Chamma,
  • Tomaz Ramos Escrivano, 
  • Maria Eduarda Oliveira Lima Remonatto,
  • Sônia Maria Vieira Zamlutti,
  • Carmelio Romano Roos, 
  • Dr. Hugo Rodrigues Freire,
  • Maria José Fagundes, 
  • Sueli Cristofolli,
  • Nilo Potric,
  • Ruberval Ferreira,
  • Neusa Azevedo,
  • Vera Celita Fonseca Arruda,
  • Eliane Dorisbor,
  • Dr. Hélio Faria Júnior, 
  • Manoel Nunes da Silva,
  • Wanderley Buchara Brito de Alencar, 
  • Samuel Medeiros Fernandes de Almeida, 
  • Nilza Galvão Zocante,
  • Mauricio Nascimento, 
  • Astrogildo Carmona Filho,
  • Janaína Fontanillas Ale, 
  • Oscar Rodrigues de Araujo,
  • Luiz da Silva Francisco,
  • Silvério Souza, 
  • Edson Ishikawa, 
  • Vilson Gomes do Prado,
  • Eliane Maria Gomes,
  • Marcos Chaves Neves,
  • Karolina Corrêa Bonfim,
  • Lilian Silva da Costa,
  • Patrícia Pinheiro Pires,
  • Dr. José Marcos Borges,
  • Eduardo Marcondes Nabhan de Barros, 
  • Bernardo Gross,
  • Daltro Feltrin,
  • Érica de Cássia Quatrini Figueiredo,
  • Mário Krieger Neto,
  • Fernando Luiz Benitez Ota,
  • Marcelo Bergamaschi Garcia,
  • Jaqueline Kurita,
  • Helena Clara Kaplan,
  • Florence Kaminski Ferter,
  • Pedro Luiz Thaler Martini,
  • Rafael Damiani Guenka,
  • Alessandra Satake,
  • Narcisa Pereira Teixeira,
  • Célia Rosa Veiga,
  • Fernando Rocha da Costa,
  • Maria Ana Garcia,
  • Thais Saddi,
  • Moises Senzano Queiroz,
  • João Barreto Catu Otelinger,
  • Hélio Gonçalves de Sena Madureira, 
  • Marilda Pedroso Lugo Yamaura,
  • Isabela Kimie Inoue,
  • Alexandre Tadeu Curbage.

Colaborou Tatyane Gameiro

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Expogrande 2025: Cantinho do Agro terá mini animais para alegria da criançada

Crianças que visitarem o espaço poderão interagir com pôneis, mini vacas, entre outros

28/03/2025 18h53

Imagem Divulgação

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A 85ª edição da Expogrande terá um espaço interativo com pequenos animais, onde a criançada poderá brincar e interagir com os animais no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande.

Os animais da Fazendinha estão de volta nesta edição, que ocorre de 3 a 13 de abril.

A atividade lúdica, conforme explica a empresária e organizadora da Fazendinha, Regina Tezza, vai introduzir às crianças as principais cadeias produtivas do Estado:

 

Soja;

Milho;

Pecuária;

Algodão.

"A ideia é iniciar com esses quatro grupos e, conforme as edições, vamos aumentando até representar a produção completa do agro no nosso estado", explica Regina Tezza.

Imagem Divulgação

Fazendinha

Está confirmada a presença de pôneis, mini pôneis, mini vacas, ovelhas, mini cabras, miniburro, lhamas, coelhos e porquinhos-da-índia.

 

"A ideia é despertar o interesse das crianças para o mundo rural, levá-las até essa possibilidade de conviver e aprender um pouco sobre cada setor, além de conhecer a Acrissul, o pavilhão de vacas, as vacas de leite, de corte, os maquinários e todo esse grande planeta agro, despertando o interesse nessas crianças", explica a diretora da Acrissul, Aurora Real.

Participe

O espaço será aberto ao público todos os dias, das 9h às 21h. O interesse nos animais de pequeno porte é tanto que, de 3 a 7 de abril, escolas que agendarem farão visitação até às 16h, e posteriormente a Fazendinha estará liberada ao público.

Para se ter uma ideia, os animais chamaram tanto a atenção que, no ano passado, 10 mil crianças passaram pelo local nos 11 dias da feira.

A expectativa é que, nesta edição, a participação dos pequenos aumente.

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