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Mato Grosso do Sul: o vale da celulose no Brasil

Segundo o Portal Celulose, o Brasil se tornou o maior exportador global de celulose em 2022, com um aumento de 109% na produção de fibras de madeira, que atingiu 25 milhões de toneladas

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Mato Grosso do Sul se destaca como líder na produção e exportação de celulose, sendo o principal produtor da commodity no Brasil.

O estado responde atualmente por 24% da produção nacional, consolidando-se como referência mundial no setor.

De acordo com especialistas, a região poderá receber até quatro novos empreendimentos de celulose até 2032, o que gerará cerca de 100 mil empregos, sendo 24 mil diretos e 69 mil indiretos.

O presidente do Instituto Brasileiro de Árvores (IBA), Paulo Artunghi, afirma que o futuro da expansão da indústria de celulose no Brasil está intimamente ligado a Mato Grosso do Sul.

Entretanto, ele destaca que o grande desafio será adequar a infraestrutura econômica e social à crescente demanda por mão de obra qualificada.

Entre os projetos em andamento, a nova fábrica da Suzano, em fase final de construção em Ribas do Rio Pardo, e a terraplanagem da fábrica da Arauco em Inocência, estão entre os mais promissores.

Esses investimentos reforçam a posição do estado como líder nacional na produção de celulose, com a expectativa de aumentar sua área plantada para dois milhões de hectares nos próximos anos.

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Expansão e Investimentos no Setor de Celulose

A Eldorado Brasil, uma das principais empresas do setor, planeja duplicar sua capacidade produtiva na unidade de Três Lagoas.

Além disso, a Braccel, parte do grupo asiático RGE e uma das maiores produtoras de celulose solúvel do mundo, anunciou a construção de uma nova fábrica no município de Água Branca.

O investimento, estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões, deverá gerar 10 mil empregos durante as obras e 3 mil postos de trabalho na operação.

Com essas novas iniciativas, Mato Grosso do Sul reafirma seu papel de destaque no cenário nacional, consolidando-se como o "Vale da Celulose" do Brasil.

Segundo o Portal Celulose, o Brasil se tornou o maior exportador global de celulose em 2022, com um aumento de 109% na produção de fibras de madeira, que atingiu 25 milhões de toneladas.

As exportações cresceram 22%, totalizando 191 milhões de toneladas no último ano.

Projeções para o Futuro do Setor Florestal no Brasil

Os avanços da indústria de celulose no Brasil são atribuídos a décadas de investimentos robustos em tecnologia e pesquisa.

O diretor executivo da IBA, José Carlos Fonseca, ressaltou que o Brasil ampliou sua liderança no mercado global, superando países como o Canadá, que ocupa a segunda posição no ranking da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Até 2028, o Brasil deverá receber R$ 619 bilhões em investimentos no setor florestal, incluindo a expansão de fábricas e a produção de painéis de madeira.

Dentre os maiores investidores privados estão a brasileira Suzano, que completará 100 anos com o Projeto Cerrado em Mato Grosso do Sul, e empresas internacionais como a chilena Arauco.

Com essa trajetória de crescimento, Mato Grosso do Sul se consolida como protagonista da produção de celulose no Brasil, impulsionando o desenvolvimento econômico regional e gerando milhares de empregos para a população.

 

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Safra de soja avança na região Sul de Mato Grosso do Sul com plantio acima da média estadual

A safra de soja 2024-2025 em Mato Grosso do Sul atinge 32% da área plantada, com destaque para a região sul. Chuvas recentes e condições climáticas favoráveis impulsionam o plantio, superando a média da safra anterior

04/11/2024 05h00

Reprodução IA

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De acordo com dados da Aprosoja-MS, a semeadura de soja para a safra 2024-2025 em Mato Grosso do Sul alcançou 32% da área estimada em 18 de outubro, com destaque para a região sul, que registrou média de 39,7%. Na região centro, o avanço foi de 20,7%, e na norte, de 17,2%.

A área plantada até o momento é de aproximadamente 1,4 milhão de hectares, segundo a ProSoja MS.

Laguna Carapã lidera o plantio, com 70% da área plantada, seguido por Sete Quedas, Amambaí, Aral Moreira e Coronel Sapucaia, com 65% da área estimada.

No total, a porcentagem de área plantada em Mato Grosso do Sul está 10,1 pontos percentuais acima da safra anterior (2023-2024).

Gabriel Balta, coordenador técnico da ProSoja, ressaltou que todas as regiões estão em estágio fenológico-vegetativo.

Nas regiões sudoeste, nordeste, oeste, norte e sudeste, 96% a 100% das lavouras estão em condições boas, enquanto as condições regulares variam de 0,4% a 4%, sem áreas em condições ruins.

Nessas áreas, o desenvolvimento está entre VE e V3.

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No entanto, as regiões sul-fronteira, centro e sul apresentam desempenho inferior, com 80% a 94% das lavouras em boas condições, 5% a 20% em condições regulares e até 1% em condições ruins.

O estado fenológico nessas regiões também está entre VE e V3.

O clima tem contribuído para o avanço da safra, com chuvas significativas nos últimos dias, principalmente em Paranaíba e São Gabriel do Oeste, que registraram acumulados de 68 mm e 67,8 mm, respectivamente.

A partir do dia 24 de outubro, com a chegada de uma frente fria associada a um ciclone extratropical no sul do Brasil, as previsões indicam chuvas mais intensas nas regiões centro-leste e nordeste de Mato Grosso do Sul. Além disso, o transporte de calor e umidade, associado a cavados, favorece a formação de instabilidades no estado.

Para os próximos dias, as temperaturas devem variar entre 21°C e 23°C de mínima e entre 31°C e 35°C de máxima nas regiões sul, leste e sudeste do estado. Nas regiões pantaneira e sudoeste, a previsão é de mínimas entre 24°C e 27°C e máximas entre 36°C e 38°C. Nas regiões do Bolsão e norte, as temperaturas devem variar entre 22°C e 25°C de mínima e 31°C e 34°C de máxima.

No mercado, a saca de milho é cotada a R$ 46,57 e a de soja a R$ 108,64. Mais informações podem ser acessadas no site da Aprosoja Mato Grosso do Sul.

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Safra de cana-de-açúcar enfrenta déficit hídrico e prejuízos bilionários em São Paulo e Mato Grosso

Safra de cana enfrenta prejuízos bilionários e déficit hídrico recorde em SP e MS. Produção e produtividade agrícola caem, mas qualidade da matéria-prima (ATR) é beneficiada pela falta de chuvas. Confira os impactos no setor sucroalcooleiro brasileiro

28/10/2024 05h00

Reprodução IA

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A colheita de cana-de-açúcar no Brasil passa por um momento crítico, com prejuízos significativos e déficits hídricos que impactaram fortemente a produção.

Segundo o presidente da Datagro, Plinio Nastari, os incêndios que ocorreram entre agosto e setembro nas lavouras de São Paulo resultaram em prejuízos que superam os R$ 10 bilhões, ultrapassando consideravelmente os R$ 6,5 bilhões de crédito disponibilizados pelo governo federal para a recuperação das áreas atingidas.

Mesmo assim, a produtividade acumulada da safra se mantém dentro da média das últimas 10 safras, atingindo 83,2 toneladas por hectare, em comparação com a média histórica de 79,7 toneladas por hectare.

Apesar desse resultado, a produtividade agrícola de setembro mostrou queda em relação ao ano anterior, com uma média de 69,7 toneladas por hectare nesta safra, comparadas às 83,4 toneladas no mesmo período da safra passada.

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Em contrapartida, a qualidade da matéria-prima (ATR) foi beneficiada pela falta de chuvas, alcançando um índice acumulado de 136,7 quilos de ATR por tonelada de cana, ligeiramente superior ao registrado na safra anterior.

Em Mato Grosso do Sul, os dados também revelam desafios. O ATR no mês de setembro subiu 1%, passando de 146,5 para 147,9.

No entanto, a produtividade sofreu queda de 20%, passando de 81,6 toneladas por hectare para 65,5 no mesmo mês. No acumulado anual, a produtividade na região também caiu 10%, de 86,4 toneladas para 77,8.

Esses números refletem um cenário adverso para o setor sucroalcooleiro brasileiro, que lida com as consequências do clima e busca soluções para mitigar os impactos econômicos e ambientais.

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