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Mercado do Boi Gordo em MS: Alta nas cotações e impactos climáticos

Na segunda e terça-feira, as cotações registraram alta, atingindo valores entre R$ 310 e R$ 315 por arroba

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O mercado do boi gordo em Mato Grosso do Sul apresentou movimentação significativa na última semana, com oscilações que refletem tanto as condições climáticas quanto as dinâmicas comerciais.

Na segunda e terça-feira, as cotações registraram alta, atingindo valores entre R$ 310 e R$ 315 por arroba. Contudo, com o avanço da semana e o ajuste das escalas de abate pelos frigoríficos, os preços apresentaram estabilidade.

Vale destacar que o Boi China não registrou ágio, evidenciando um mercado com menor interesse de compradores devido ao ritmo lento do escoamento de carne.

Pressões Regionais e Impactos Climáticos

A região sul do estado tem sofrido maior pressão de vendas em comparação com outras áreas pecuárias. Esse cenário se repete nos estados vizinhos, como Paraná e Rio Grande do Sul, devido à falta de chuvas, clima seco e ataques de pragas, como lagartas e cigarrinhas, que afetam as pastagens.

Ouça na íntegra no Sportify:

 

Mercado de Reposição em Queda

O mercado de reposição também foi impactado, registrando um volume de negócios reduzido. A principal causa segue sendo a escassez de chuvas, que desestimula os compradores. Todas as categorias de bovinos para reposição apresentaram queda nos preços:

  • Garrote: redução de 8%.
  • Bezerro: queda de 6%.
  • Desmama: baixa de 4,7%.
  • Boi magro: decréscimo de 2,2%.

Nas fêmeas, a cotação da novilha caiu 5%, a desmama bezerra reduziu 2,3% e a bezerra de ano registrou queda de 2,2%, enquanto a vaca boiadeira permaneceu estável.

Relação de Troca e Impactos Econômicos

Com a venda de um boi gordo de 19 arrobas, é possível adquirir 2,24 bezerros de desmama, 2 bezerros de ano, 1,7 garrote ou 1,5 boi magro. Entretanto, na comparação mês a mês, a relação de troca piorou para recriadores, especialmente nas categorias de boi magro e garrote.

A conjuntura atual reflete a combinação de fatores climáticos adversos e desafios comerciais, exigindo estratégias cautelosas por parte dos pecuaristas para mitigar os impactos no setor.

Acompanhe Mais Análises do Mercado Rural

Fique por dentro das atualizações sobre o mercado do boi gordo e outros segmentos do agronegócio no podcast semanal do Correio Rural. Bons negócios e até a próxima!

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Balanço da agropecuária de Mato Grosso do Sul em 2024

Confira o balanço da agropecuária de Mato Grosso do Sul em 2024, com destaque para avanços na produção de etanol de milho, exportações e consolidação de mercados, apesar dos desafios climáticos

13/01/2025 05h00

Agro Brasil

Agro Brasil Reprodução IA

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A agropecuária de Mato Grosso do Sul apresentou resultados contraditórios em 2024, segundo balanço divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (FamaSul).

Apesar de uma retração na produção devido a problemas climáticos, novos avanços e consolidações em diversos setores destacaram o potencial do estado no cenário nacional.

De acordo com o levantamento, Mato Grosso do Sul consolidou sua posição como referência na produção de etanol de milho, atraiu indústrias de celulose, estimulou a produção de laranja para a citricultura e iniciou a operação de uma empresa de genética suína, com aumento do plantel de matrizes de suínos.

Essas iniciativas são vistas como alavancas para o desenvolvimento econômico do estado e para o fortalecimento de sua participação no setor agropecuário nacional.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VPB) estadual foi estimado em R$ 69,32 bilhões para 2024, com a agricultura respondendo por R$ 45,86 bilhões. Esse montante representa uma queda de 23,2% em relação ao ano anterior, quando o setor alcançou R$ 59,73 bilhões. Segundo a FamaSul, a retração decorre dos impactos climáticos que prejudicaram as lavouras.

Por outro lado, a pecuária apresentou crescimento, com previsão de R$ 24,16 bilhões em 2024, um aumento de quase 5% em comparação a 2023. O desempenho positivo foi atribuido ao incremento na produção, que compensou a desvalorização dos preços no mercado.

Exportações e Mercados

As exportações do agronegócio de Mato Grosso do Sul também sofreram uma ligeira retração, estimada em 9,5 bilhões de dólares, 5% a menos que em 2023.

A soja permaneceu como o principal produto de exportação, com uma receita de 2,8 bilhões de dólares e um volume de 6,5 milhões de toneladas, apesar da queda de 28% na receita e 14,5% no volume exportado.

Por outro lado, a celulose destacou-se com um aumento significativo de 77,3% na receita, que chegou a 2,6 bilhões de dólares, e um crescimento de 15,8% no volume exportado, alcançando 4,5 milhões de toneladas. Esse segmento respondeu por 27,6% da receita total das exportações do estado.

Os principais destinos das exportações foram 147 países, com a China liderando com quase 50% das compras. Os Estados Unidos ocuparam a segunda posição, com 5,3%, seguidos por países europeus como Holanda e Itália, que juntos responderam por cerca de 8% da receita total.

Perspectivas Futuros

A FamaSul ressaltou que a expectativa é de que o fim das negociações e o anúncio do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia criem um ambiente favorável para ampliar as relações comerciais entre o Brasil e os países europeus.

Apesar dos desafios enfrentados em 2024, o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul encerra o ano com avanços importantes em produção, exportações e consolidação de mercados, reafirmando sua resiliência e relevância estratégica para a economia regional e nacional.

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Colheita de soja em Mato Grosso do Sul tem início previsto para o final de janeiro

Colheita de soja em MS começa na penúltima semana de janeiro, com previsão de 4,5 milhões de hectares colhidos. Confira preços nas principais praças e o crescimento da irrigação no Brasil

06/01/2025 05h00

Colheita de soja em MS

Colheita de soja em MS Reprodução IA

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A colheita da safra de soja 2024-2025 em Mato Grosso do Sul está programada para começar na penúltima semana de janeiro, conforme divulgado pela Aprosoja MS.

O período de maior concentração dos trabalhos será entre 14 de fevereiro e 21 de março, quando se espera que 86% do total da produção seja colhido.

Nesta safra, a área plantada registrou um aumento de 6,5% em relação à temporada anterior, totalizando 4,5 milhões de hectares. A expectativa é de que a produção acompanhe esse crescimento, com uma elevação estimada de 6,8%.

Confira na íntegra no spotify:

 

Preços da soja nas principais praças do estado

Os valores da saca de 60 kg de soja em Mato Grosso do Sul variam de acordo com a região:

  • Campo Grande: R$ 122,00
  • Chapadão do Sul: R$ 123,50
  • Dourados: R$ 125,00
  • Maracaju: R$ 124,00

Irrigação no Brasil apresenta crescimento expressivo

Paralelamente, dados recentes da Embrapa revelaram que o extremo oeste da Bahia se consolidou como o maior polo de irrigação por pivôs centrais no Brasil, ultrapassando o noroeste de Minas Gerais, que liderava o ranking anteriormente.

O levantamento, atualizado até outubro de 2024, apontou um aumento de quase 300 mil hectares irrigados no país em relação ao estudo de 2022.

Atualmente, 2,2 milhões de hectares utilizam sistemas de irrigação por pivôs centrais no Brasil, o que representa um crescimento de 14% em apenas dois anos.

Segundo Daniel Guimarães, pesquisador de agrometeorologia da Embrapa e coautor do estudo, esses números evidenciam a rápida expansão e dinamismo do setor agrícola.

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