Economia

PRIVATIZAÇÃO

Antaq muda leilão e estende a concessão da hidrovia do Paraguai

Mudanças vão garantir 25,5% a mais para concessionária; contrato subirá de R$ 411,5 milhões para R$ 516,6 milhões

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A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) definiu novos critérios para o leilão da hidrovia do Rio Paraguai, que devem aumentar em R$ 105,1 milhões os ganhos da concessionária que vencer o leilão. O valor do contrato vai subir de R$ 411,5 milhões para R$ 516,6 milhões, um incremento de 25,5%, ao ampliar a concessão de 15 para 20 anos. 

O certame também deve rever o valor da tarifa base, que deve pular de R$ 1,27 para R$ 1,83 por tonelada, e reduzir em cerca de 20% o valor de investimentos (Capex), de R$ 74,3 milhões para R$ 59,1 milhões, com a exclusão da obrigatoriedade da compra de draga. 

Estas e outras reformulações fazem parte do Acórdão nº 443/25, da diretoria colegiada da autarquia, do dia 25 de junho, que determinou o prazo de 15 dias, que foi prorrogado para os setores da Antaq apresentarem as notas técnicas apontando as alterações necessárias nas minutas do leilão e no contrato do leilão, que deve ser realizado até o fim deste ano.

Um estudo foi apresentado na terça-feira pela empresa estatal Infra S. A., a pedido da Antaq, com o “objetivo [de] descrever o procedimento de revisão do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental [Evtea],que suporta o processo tendente à concessão do Tramo Sul da hidrovia do Rio Paraguai e o Canal do Tamengo, localizado na Região Centro-Oeste do Brasil, no estado de Mato Grosso do Sul”.

São, ao todo, 600 quilômetros, sendo 590 km entre Corumbá e a Foz do Rio Apa, em Porto Murtinho, e mais 10 km do Canal do Tamengo, em Corumbá.

No documento, é afirmado que, para atender o acórdão, “a planilha de modelagem foi ajustada para considerar, como base de cálculo para o custo do seguro-garantia, a obrigação de segurar a quantia de R$ 14,5 milhões”. 

O valor anterior era de R$ 10,289 milhões até o fim da concessão, e, depois, por 24 meses, o valor cairia para R$ 4,115 milhões. Essa última regra foi alterada e o prazo foi reduzido para 12 meses, com o valor elevado para os mesmos R$ 14,5 milhões da vigência do contrato. 

A nota também afirma que será necessário aumentar o valor da tarifa a ser cobrada, ao considerar “a demanda do cenário pessimista como input da modelagem econômico-financeira”, excluindo a compra da draga prevista pela autarquia nas minutas divulgadas anteriormente, e substituindo por “um cenário de contratação dos serviços de dragagem”. 

CÁLCULOS

Foram excluídos dos cálculos de investimentos a aquisição de uma draga, com valor estimado de R$ 14,4 milhões, e a construção de um galpão para guardá-la, no valor de R$ 821 mil, o que deve reduzir os investimentos nos primeiros anos de concessão, dos R$ 74,3 milhões para R$ 59,1 milhões. 

Com os ajustes, “foram apresentados os novos resultados chave do modelo e os valores atualizados de tarifa por trecho hidroviário, os novos valores de aporte de adicional de capital social e suas faixas, bem como atualizadas as tabelas que constam no Anexo E-1. 4.29”, apresentando seis simulações de valores tarifários, que “por fim, cumpre observar que o cenário considerado na presente revisão é o cenário 5”. 

Nessa opção, o valor da tarifa de parâmetro do leilão deve subir de R$ 1,27, previsto antes em estudos da Antaq, para R$ 1,83 por tonelada, e os comboios de retorno sem carga devem ser tarifados em até 25% desta tarifa teto.

No documento, é afirmado que: “Em atendimento ao item 5.2.6 do Acórdão da Antaq, considerou-se como input da modelagem econômico financeira o cenário de engenharia “Alfa com BDI”, que exprime um cenário de contratação dos serviços de dragagem, eliminando-se a compra do equipamento”.

Além deste aumento, vai ser feito outro ajuste, só que no valor do contrato. Haverá um incremento de R$ 105,1 milhões nas receitas previstas, passando de R$ 411,5 milhões para R$ 516,6 milhões, para um período de 20 anos, de acordo com a nota técnica. 

No artigo 5.1 da minuta do contrato, apresentada anteriormente, consta que: “O valor estimado do contrato de concessão correspondente ao valor das receitas tarifárias e não-tarifárias estimadas para todo o prazo da concessão, que é de R$ 411.575.078,17.”

A Infra explicou no documento encaminhado à Antaq que “as alterações na minuta de edital e contrato não serão operacionalizadas diretamente pela equipe da Infra. Ao mesmo passo, entende-se pela necessidade de orientar a revisão a ser realizada pelas instâncias internas da Antaq quanto aos impactos gerados pela revisão do Evtea nas minutas jurídicas”, destacando que “cumpre sublinhar novamente que as revisões recomendadas acima decorrem exclusivamente dos impactos nas minutas decorrentes das alterações operacionalizadas no âmbito do Evtea. As demais alterações necessárias para fins de compatibilização das minutas com as determinações do Acórdão não foram objeto de apreciação tendo em vista diretrizes encaminhadas pelo e-mail”.

ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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