Economia

CUSTO DE VIDA

Campo-grandense precisa trabalhar 134 horas para comprar cesta básica de R$ 738,53

Campo Grande foi a quinta capital com maior variação no preço da cesta básica

Continue lendo...

Para se sustentar com uma cesta básica, que atualmente está custando R$ 738,53, os moradores de Campo Grande precisam trabalhar, em média, 134 horas e 04 minutos. Ou seja, em uma jornada regular de oito horas durante 30 dias, o trabalhador dedica uma média de 16,75 dias apenas para comprar alimentos básicos. 

Os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgados nesta terça-feira (6), mostram que o tempo de jornada necessária para custear a cesta básica aumentou em 54 minutos em relação ao mês anterior. O valor dos alimentos aumentou 0,67%, saindo de R$ 733,65 em outubro para R$ 738, 53, em novembro. 

Além disso, levando em consideração o salário mínimo vigente de R$ 1.121,10, já com o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador compromete 65,88% da sua renda para comprar os alimentos que compõem a cesta básica, como arroz, feijão, açúcar, batata, leite, entre outros. 

Em Campo Grande, a variação acumulada em 12 meses foi de 14,47% e em um ano o valor teve uma variação de 15,15%, de acordo com o Dieese. O custo médio da cesta entre janeiro e novembro foi de R$ 710,26. 

Já uma cesta básica para uma família composta por quatro pessoas está custando R$ 2.215,59.

Os dados ainda apontam que o custo por unidade de produtos aumentou em R$ 0,77 em relação a outubro. Agora o gasto médio é de R$ 147,97. Dessa forma, o salário mínimo necessário para sustentar a cesta básica é de R$ 6.575,30, o que representa um aumento de R$ 116,44 em comparação ao mesmo período do ano.

Os alimentos que mais apresentaram aumento no preço foi o tomate e a batata. O fruto acumula alta pelo segundo mês consecutivo, tendo variação de 8,65% no preço, sendo comercializado, em média, por R$ 6,03.

Por sua vez, a batata teve aumento de 4,32%, sendo vendida pelo preço médio de R$5,55 em mercados de Campo Grande.

Já o pão francês foi o alimento que mais apresentou retração no preço, em relação ao mês de outubro. A redução foi de -1,12% e está sendo vendido, em média, por R$ 15,88 o quilo, mesmo com o valor do trigo tendo aumento de 0,41% no valor.

Também foram registradas reduções no preço de feijão carioquinha com uma variação de -99%. A banana, por sua vez, diminuiu 0,43%, o que é a primeira queda em um ciclo de cinco meses de alta. No entanto, o preço para o consumidor continua alto e a fruta é vendida por R$ 13,98%.

A retração também foi notada no leite de caixinha, com queda de -0,34% no preço médio, no café em pó, com uma baixa -0,16%  e na carne bovina, que teve diminuição de -0.10%.

O levantamento ainda mostrou que Campo Grande foi a quinta capital com maior aumento na cesta básica, atrás apenas de São Paulo (R$ 782,68), Porto Alegre (R$ 781,52), Florianópolis (R$ 776,14) e Rio de Janeiro (R$ 749,25).

Em relação à variação acumulada, Campo Grande ficou em segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de Goiânia, onde a variação acumulada foi de R$ 15,45%. A menor variação foi registrada em Recife, com 3,56%.

Economia

STF pode custar ao governo R$ 132,6 bilhões com ações contrárias à reforma da Previdência

Julgamento está suspenso, mas tem maioria para derrubar cinco dispositivos; governo pode perder ao menos 25% de valores discutidos

18/09/2024 23h00

Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF)

Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF) Divulgação/ Agência Brasil

Continue Lendo...

A União pode perder ao menos 25% de valores discutidos no STF (Supremo Tribunal Federal) em ações contrárias a trechos da reforma da Previdência de 2019. Caso as decisões da corte sejam confirmadas na linha desenhada até aqui, o cálculo representa R$ 132,6 bilhões.

No total, são R$ 497,9 bilhões em debate no tribunal, de acordo com levantamento de impacto estimado pela Secretaria de Regime Próprio e Complementar do Ministério da Previdência Social. Os dados foram reunidos pela AGU (Advocacia-Geral da União), que produziu uma nota técnica sobre o risco possível em torno da discussão no Judiciário no fim de 2023. O documento foi antecipado pelo Estado de S. Paulo nesta terça-feira (18).
O STF julga as 13 ações que questionam trechos da reforma de forma conjunta. A corte já começou a análise dos temas, mas o julgamento foi interrompido em junho deste ano depois de pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Até a conclusão do julgamento, os ministros podem fazer ajustes nos votos.

Já votaram os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Luiz Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux e Rosa Weber. Os dez julgam constitucionais a maioria dos trechos questionados. No entanto, houve divergências em cinco temas.

Na avaliação do governo e da AGU, de acordo com a maioria formada antes da suspensão pedida por Gilmar, o trecho sobre a contribuição extraordinária pode gerar impacto de R$ 71,4 bilhões, enquanto a ampliação da base de cálculo de aposentados e pensionistas representa risco de R$ 55, 1 bilhões e o cálculo diferenciado para mulheres servidoras e as submetidas ao regime geral, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), significaria perda de R$ 6,1 bilhões.

Ao votar, Barroso, relator das ações, defendeu que as regras da reforma devem ser mantidas. Apenas o artigo 149, parágrafo 1º- A, inserido na Constituição pela alteração, deve ser interpretado no sentido de que a base de cálculo da contribuição previdenciária de inativos e pensionistas somente pode ser aumentada se persistir, comprovadamente, déficit previdenciário mesmo após a adoção da progressividade de alíquotas.

Ainda em sessão virtual, Fachin divergiu sobre a progressividade das alíquotas dos servidores públicos, a ampliação da base de cálculo de inativos em caso de déficit atuarial, a contribuição extraordinária, a possibilidade de nulidade das aposentadorias de advogados que ingressaram na magistratura ou no Ministério Público sem contribuir para o sistema e a diferenciação entre as servidoras públicas e as mulheres submetidas ao regime geral.

Ele defendeu que esses dispositivos violam a segurança jurídica ao criar tratamento diferenciado para os servidores públicos vinculados ao regime próprio, em afronta à dignidade da pessoa humana.
Moraes acompanhou a divergência, exceto na questão da progressividade. Cármen Lúcia, Rosa Weber, Toffoli e Mendonça acompanharam integralmente a divergência.

Zanin acompanhou o relator, exceto na questão da aposentadoria dos ex-advogados que se aposentaram como magistrados. Nunes Marques seguiu o presidente do STF, menos na nulidade das aposentadorias, nos termos do voto divergente. Por sua vez, Fux seguiu a divergência, exceto na questão da progressividade.

O julgamento segue sem conclusão enquanto desafios previdenciários já suscitam, há alguns meses, debates sobre as mudanças nas regras de aposentadorias. Dentre as possibilidades apontadas por especialistas estão a desvinculação dos benefícios previdenciários ao salário mínimo, o que já foi descartado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e nova elevação da idade mínima para pedir o benefício.

Novos dados de projeção populacional divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 22 de agosto mostram, com base no Censo de 2022, que a queda do número de brasileiros ocorrerá seis anos antes do previsto, a partir de 2042.

O resultado será uma população idosa antes do esperado, desafiando ainda mais as contas da Previdência.

*Informações da Folhapress 

Economia

Com alta da Selic, Brasil se torna o 2º maior em juros reais

Brasil sobe para 2º lugar em ranking de juros reais após alta da Selic

18/09/2024 22h00

Banco Central do Brasil

Banco Central do Brasil Arquivo/ Agência Brasil

Continue Lendo...

O Brasil subiu da terceira para a segunda posição no ranking mundial de juros reais, após o aumento da taxa básica para 10,75% ao ano na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central desta quarta-feira (18).

O juro real no Brasil está em 7,33% ao ano, valor inferior apenas ao da Rússia (9,05%), segundo ranking elaborado pelo Portal MoneYou. A posição seria a mesma caso o juro tivesse sido mantido ou elevado em 0,50 ponto percentual, segundo a mesma simulação.
O país também segue distante da taxa média entre as 40 economias mais relevantes, que é de 0,63% ao ano.

A taxa real é uma combinação da inflação projetada para os próximos 12 meses, de 4,10%, considerando dados do relatório Focus do BC, e dos juros de mercado de 12 meses à frente -utilizando o contrato de Depósito Interbancário.

Entre as grandes economias, dez países possuem juro real negativo, entre eles, Japão (-1,73%) e Argentina (-33,92%).

Em termos nominais, o Brasil está na quarta colocação ao lado de Colômbia e México. Fica abaixo de Turquia (50%), Argentina (40%) e Rússia (19%), considerando as 40 economias mais representativas. A média geral é de 7,1% ao ano.

De acordo com o portal, o movimento global de aperto monetário perdeu força. O contexto majoritário entre os bancos centrais é de manutenção das taxas, porém, cortes ganharam força recentemente.

Entre 166 países, 64,5% mantiveram os juros, 3% elevaram e 32,5% cortaram as taxas recentemente.

GLOSSÁRIO
- Taxa básica de juros - A taxa Selic é a referência para os demais juros da economia. Trata-se da taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia)
- Taxa real de juros - Considera uma taxa nominal, a Selic, por exemplo, descontada a inflação

- Taxa real ex-ante - Calculada olhando para a frente (taxa esperada), com base nas projeções para juros e inflação. É a mais relevante para a política monetária, pois influencia decisões futuras de investimento e consumo

- Taxa real ex-post - Calculada olhando para trás (taxa verificada), com base nos juros e na inflação nos últimos 12 meses, por exemplo. Serve para avaliar um investimento já realizado
- Copom (Comitê de Política Monetária) - Órgão do Banco Central, formado pelo seu presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia, a Selic

- IPCA - Indicador medido pelo IBGE que serve como meta de inflação. A meta é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), órgão que tem a participação do BC, do ministro da Fazenda ou da Economia e de outros membros da equipe econômica. 

 

*Informações da Folhapress 
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).