Economia

LOGÍSTICA

Com gás argentino, MS vê chance de reverter queda bilionária na arrecadação

Primeira importação de gás natural de Vaca Muerta pelo Gasbol foi realizada na sexta-feira, conforme informou a Petrobras

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O fluxo de gás natural vindo da Argentina chegou oficialmente ao Brasil na sexta-feira, marcando um novo capítulo na história energética do País e reacendendo a esperança de alívio fiscal em Mato Grosso do Sul.

A Petrobras confirmou a primeira importação do insumo proveniente da formação de Vaca Muerta, uma das maiores reservas de gás não convencional do mundo, localizada na província de Neuquén, e que passa a usar o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para cruzar a fronteira.

Para Mato Grosso do Sul, onde o gás natural boliviano é uma das bases da arrecadação estadual, a novidade representa um sopro de otimismo após anos de perdas bilionárias. O fluxo de gás natural vindo da Bolívia, que chegou a ser de 30 milhões de metros cúbicos por dia, atualmente não passa de 12 milhões de m³ por dia.

O governador Eduardo Riedel (PP) explicou ao Correio do Estado que o Estado vive uma das maiores crises de receita da história recente justamente pela redução do volume importado da Bolívia, produto sobre o qual incide integralmente o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

“A crise de receita do Estado está vinculada à diminuição do volume de gás importado da Bolívia. Porque esse ICMS é integral de Mato Grosso do Sul. Nós vamos fechar com R$ 1,2 bilhão de arrecadação a menos pela diminuição do gás”.

O anúncio da Petrobras, feito oficialmente ontem, confirmou o início da importação de gás argentino utilizando a infraestrutura existente do Gasbol.

Segundo a estatal, a operação é “um marco histórico para a integração energética regional” e o gás proveniente de Vaca Muerta será inicialmente usado para complementar o abastecimento interno e garantir estabilidade ao mercado brasileiro.

Conforme nota da estatal, a Petrobras e a Pluspetrol realizaram a primeira importação de volumes de gás natural não convencional de Vaca Muerta na sexta-feira (3), no âmbito do acordo celebrado entre as empresas e suas subsidiárias (Petrobras Operaciones S.A. – Posa e Gas Bridge Comercializadora). “O gás foi transportado, via gasodutos, da Argentina até a Bolívia, e de lá até o Brasil”.

 A publicação da Petrobras ainda informa que foram importados 100 mil m³ de gás natural, com o objetivo testar o arcabouço comercial e operacional.

“Essa primeira operação é um marco relevante para a Petrobras, possibilitada pela integração das infraestruturas e que permite a conexão da produção própria da Petrobras na Argentina, por meio de sua subsidiária Posa, com o mercado nacional. Essa solução logística e comercial abre uma nova possibilidade para importação de gás natural pelo Brasil, refletindo o compromisso da Petrobras com o aumento da oferta e com o desenvolvimento sustentável do mercado de gás natural”, afirmou a diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano.

ESTRATÉGICO

A entrada desse novo fluxo é estratégica porque ocorre num momento de declínio da produção boliviana e de renegociação dos contratos de fornecimento, que afetam diretamente a receita de Mato Grosso do Sul.

“O impacto é grande porque estamos falando de uma das principais fontes de receita estadual. São recursos que financiam folha de pagamento, investimentos e manutenção da máquina pública. E não há previsão de recuperação pela via boliviana, que está com a produção em colapso”, explicou o governador Eduardo Riedel.

A Bolívia, historicamente principal fornecedora de gás para o Brasil, vem enfrentando uma crise energética e fiscal. Sem novos investimentos em exploração e diante da falta de estabilidade regulatória, o país vizinho reduziu drasticamente a capacidade de exportação.

“Pela Bolívia não tem perspectiva, porque uma prospecção dessa demanda investimento e tempo. Nenhum dos dois aconteceu na Bolívia”.

Conforme o Correio do Estado adiantou na edição de 30 de agosto de 2025, a importação de gás boliviano para MS deve acabar até 2030, com o declínio das reservas e a redução contínua do volume entregue.

Dados da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) indicam que o Gasbol, antes responsável por 100% do gás natural que abastecia o Estado, já vinha operando com cerca de metade da capacidade.

A reversão do fluxo, portanto, surge como uma alternativa à crise. Em julho, a TBG confirmou que o Gasbol passaria a ser usado também para o transporte do gás argentino, ampliando as possibilidades de fornecimento e consolidando a integração energética entre os países.

VACA MUERTA

Vaca Muerta desponta como o novo epicentro energético da América do Sul. Com reservas estimadas em mais de 300 trilhões de pés cúbicos de gás natural, o campo argentino é considerado o segundo maior do mundo em potencial de exploração não convencional.

Nos últimos anos, a Argentina acelerou investimentos em infraestrutura para escoar o produto até a fronteira com o Brasil. O gasoduto Néstor Kirchner, inaugurado em 2023, foi a peça-chave para viabilizar o envio do gás a território brasileiro.

Para Mato Grosso do Sul, que abriga parte do trajeto do Gasbol, a operação abre perspectivas de retomada da arrecadação. “O que esperamos é que essa nova rota traga estabilidade e previsibilidade. Isso significa mais arrecadação, mais investimentos e mais segurança para o futuro fiscal do Estado”, concluiu Riedel.

Em novembro de 2024, o Ministério de Minas e Energia (MME) assinou um memorando de entendimento com a Argentina para estudar formas de viabilizar a exportação.

A curto prazo, estima-se uma capacidade inicial de 2 milhões de m³ por dia, com potencial para atingir 30 milhões de m³ por dia até 2030, volume que é equivalente à capacidade máxima do Gasbol.

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou em entrevista ao Correio do Estado que MS precisa se antecipar.

“É preciso pensar em alternativas que mantenham Mato Grosso do Sul no mapa da logística do gás, seja como corredor, seja como centro de distribuição”.

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ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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