Com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando em mês de julho em -0,19 ponto percentual em Campo Grande, a Cidade Morena manteve a tendência de queda e apresentou a menor variação para o período entre as capitais, conforme divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o Instituto, o índice para o mês de julho mantêm a tendência de queda do IPCA na capital sul-mato-grossense, sendo 0,11 ponto percentual abaixo do que foi registrado no mês imediatamente anterior (-0,08% anotado em junho, como acompanhado pelo Correio do Estado).
Vale lembrar que o índice de junho fechou o semestre do IPCA de Campo Grande em 2,75%, com a inflação nacional acumulada no ano batendo 2,99%.
Já se lançado um olhar geral da situação, o IPCA no Brasil em julho bateu 0,26%, (0,02 ponto percentual (p.p.) acima do 0,24% de junho), com um acumulado anual de 3,26% e de 5,23% nos últimos 12 meses.
Entre as capitais, enquanto Campo Grande apresenta a menor variação - de cerca de 0,11 ponto percentual - do outro lado São Paulo, que é responsável também pelo maior peso regional foi a região com a variante mais elevada.
Impulsionada principalmente pelo aumento da passagem aérea (13,56%), a capital paulista teve variação de 0,46 ponto percentual no mês de julho, conforme repassado pelo IBGE.
Gerente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Fernando Gonçalves afirmou em nota divulgada pelo IBGE que a variação dos sete primeiros meses é a maior registrada nos últimos sete anos.
"Energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18%, destacando-se como o principal impacto individual (0,39 p.p.) no resultado acumulado do IPCA (3,26%). Esta variação (10,18%) é a maior para o período janeiro a julho desde 2018 quando o acumulado foi de 13,78%... Sem a contribuição o resultado do IPCA de julho ficaria em 0,15%", destaca Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
Números locais
Em Campo Grande, cinco dos nove grupos pesquisados registraram queda no último mês, sendo a maior variação apresentada pelo grupo Alimentação e bebidas (-1.06%), responsável também pelo maior impacto negativo, de -0,24 ponto percentual.
Esse já é o terceiro mês consecutivo que esse grupo apresentou queda, impulsionado no último mês pela queda de 1,68% na alimentação em domicílio, influenciada principalmente pelos seguintes itens:
- Batata-inglesa (-33,84%),
- Cebola (-27,58%) e
- Tomate (-5,53%)
Já comer fora de casa teve uma variação de 0,87% no último mês, diante do 0,00% anotado em junho, com leve aceleração do subitem "lanche" (de 0,29% para 1,61% nesse período).
Outras quedas foram observadas nos grupos "habitação" (-0,48); artigos de residência (-0,46); vestuário (-0,17) e comunicação (-0,23).
Em "habitação", apesar da bandeira tarifária vermelha patamar 1 que está vigente desde junho, tornando a conta de luz R$ 4,46 mais cara a cada 100 KWh consumidos, houve queda influenciada também por uma série de subitens, como: sabão em pó (-1,25%) e o condomínio (-0,66%), enquanto a elevação foi notada na água sanitária (1,18%), detergente (0,98%), por exemplo.
Enquanto isso, as altas em julho em Campo Grande ficaram por conta dos seguintes grupos:
- Transportes = 0,15%
- Saúde e cuidados pessoais = 0,38%
- Despesas pessoais = 0,81%
- Educação = 0,02%
No caso do grupo de transportes, que reverteu a queda observsada no mês anterior atingindo 0,16% em julho, os subitens de maiores impactos foram: "passagens aéreas" (20,39%) e "conserto de automóvel" (2,99%).


