Economia

Retomada

Com preços congelados, Bonito já recebe os primeiros turistas após Pandemia

Descontos, promoções e valores de baixa temporada trazem sinais de reação no turismo do Estado

Continue lendo...

Um dos setores da economia que registrou os piores números durante a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) foi o turismo. 

Em Mato Grosso do Sul, o segmento registrou mais de 70 dias com faturamento zerado. 

Turismo Bonito Mato Grosso do Sul

Com a adoção de medidas de biossegurança e a reabertura de alguns atrativos, as cidades turísticas do Estado começam a receber os primeiros turistas. 

Além disso, as agências já voltaram a comercializar passeios. 

Hospedagens e atrativos manterão preços congelados para atrair esses turistas..

O último levantamento do Observatório do Turismo (ObservaturMS), da Fundação de Turismo do Estado (Fundtur-MS), aponta que 34% das empresas do setor tiveram faturamento zero e 8% delas tiveram de encerrar as atividades até o fim de abril.

Segundo o secretário de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, Augusto Mariano, a cidade era considerada o melhor destino de ecoturismo do Brasil, o mais organizado, e agora se tornou o mais seguro. 

Biosegurança 

“Aquela responsabilidade socioambiental que sempre tivemos, agora estendemos para a biossegurança. Apresentamos sete protocolos de forma segmentada dentro da cadeia produtiva do turismo. E isso tem dado segurança para os turistas, que estão ligando, pesquisando e nos procurando. Oficialmente, embora estivessem autorizados a funcionar desde 1° de junho, nós voltamos no dia 1º de julho e já temos turistas na cidade”, afirmou.

Retorno

O secretário disse que os agentes de viagens venderam, em três dias de retorno, 313 passeios na cidade. 

“A expectativa é excelente, porém, modesta. Não podemos nos esquecer que os aeroportos estão operando com poucos voos. Temos duas fronteiras internacionais, com a Bolívia e o Paraguai, que são os dois maiores emissores de turistas estrangeiros e também estão fechadas. Mas, ao mesmo tempo, estamos próximos de São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso. O acesso por meio do transporte rodoviário vai fortalecer o turismo em família”.  

REABERTURA

A reabertura do turismo em Bonito foi autorizada a partir de 1° de junho, mas, oficialmente, os atrativos, hotéis e pousadas voltaram a funcionar a partir de 1º de julho. 

Conforme informações da prefeitura da cidade, foram adotados protocolos para cada segmento, que abrangem desde os equipamentos de proteção individual (EPIs), que devem ser utilizados em cada ocasião, forma correta de higienização dos locais, tanto de uso coletivo como dos quartos de hotéis e pousadas, até medição de temperatura para embarque em veículos de transporte de passageiros.

Para atrair os turistas, a medida adotada foi a redução ou o congelamento de preços.  

Segundo o secretário de Turismo, os atrativos mantiveram os preços de baixa temporada até 15 de dezembro.

“O município congelou os valores da entrada da Gruta do Lago Azul e do Balneário Municipal até 30 de junho do ano que vem. A rede hoteleira reduziu custos e congelou o tarifário. Restaurantes estão com preços excelentes e o desconto para sul-mato-grossense está mantido. Tudo isso para estimular a vinda do turista do Estado e do País”, detalhou Augusto Mariano.  

Entre as medidas adotadas, a capacidade dos balneários da cidade foi reduzida para 50%, e nos passeios em água, 30% a menos. “Orientamos que os grupos sejam apenas de familiares ou que estejam viajando desde o destino inicial, juntos”, reiterou o secretário de Comércio e Turismo. 

VENDAS

A retomada das atividades, assim como das vendas no setor, já começa a dar os primeiros sinais de reação. 

De acordo com o presidente da Associação Bonitense de Agências de Ecoturismo (Abaetur), Gustavo Diniz Romeiro, o otimismo impera. “Nestes três primeiros dias de reabertura, já tivemos uma grata surpresa com o número de turistas que estão fazendo passeios. 

Ainda está bem aquém do normal para o período, mas temos a consciência de que o retorno será aos poucos, e que bom que é assim, para que possamos nos preparar para este novo momento”, disse.

Para Romeiro, o retorno será gradativo, mas as atrações locais vão ajudar o setor a se reerguer. “Por conta das características dos atrativos, por serem em meio à natureza, Bonito será um destino procurado pelas pessoas”, reiterou.

FLUXO

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens no Estado (Abav-MS), Ney Gonçalves, acredita que a partir de agosto todo o segmento em Mato Grosso do Sul começará a registrar bons números.

“Voltando alguns destinos aqui no Estado, como Pantanal e Bonito, nossa expectativa é de lenta retomada. 

Sabemos que as pessoas só vão começar a fazer turismo a partir do momento em que adquirirem uma certa confiança. Aqui, adotamos muitos protocolos de segurança, mas sabemos que a reabertura não vai trazer um fluxo grande de turistas. Conforme as pessoas forem pegando confiança, elas começarão a viajar. 

Esperamos que em agosto as coisas já comecem a melhorar. Algumas agências estão começando a vender, e os atrativos começaram a receber uma quantidade pequena de turistas”, afirmou.  

Para o representante das agências, os primeiros viajantes serão os sul-mato-grossenses. “Sabemos que os turistas serão provenientes primeiramente das outras cidades do Estado. E tudo depende do índice de casos da Covid-19, se diminuírem, começaremos a ter a normalização do fluxo”, destacou Gonçalves.

 

RELAÇÃO INTERNACIONAL

Pecuaristas de MS rechaçam boicote do Carrefour à carne e pedem retratação

Governador também condena decisão da multinacional francesa e defende a imagem do agronegócio sul-mato-grossense

22/11/2024 08h30

A carne bovina representa 11% da pauta de exportações de MS

A carne bovina representa 11% da pauta de exportações de MS Foto: Gerson Oliveira

Continue Lendo...

O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou que a empresa deixará de comercializar carnes provenientes de países do Mercosul, e a declaração do francês trouxe indignação aos pecuaristas e aos governantes de todo o Brasil. 

Os representantes do agronegócio de Mato Grosso do Cul condenaram as afirmações e acreditam que o dirigente da multinacional francesa precisa se retratar com os produtores do Mercosul.

O governador Eduardo Riedel (PSDB) afirmou ontem que é um “absurdo” a declaração e o boicote à carne nacional. “Esse é o tipo de coisa que a gente quer combater, esses absurdos comerciais que transportam a relação para algo negativo”, disse o governador.

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, corroborou que a decisão foi totalmente política, demonstrando uma ação privada de um determinado grupo e estabelecendo restrições comerciais ao Brasil.

“É uma decisão individual que pode gerar [um efeito dominó para] que outras empresas também façam o mesmo, para proteger o mercado europeu. Mas ela é totalmente descabida sob o ponto de vista das relações comerciais e diplomáticas entre os países”, afirmou Verruck ao Correio do Estado.

O efeito para Mato Grosso do Sul, segundo o secretário, é de que toda vez que há uma limitação de um determinado mercado, mesmo que seja de uma empresa só, há uma restrição do mercado como um todo. “Então é prejudicial, não vai ter nenhuma queda imediata em termos de preço, mas demonstra que toda essa política do Brasil de buscar ampliação de seus mercados pode ter restrições individuais do setor privado. Realmente é lamentável”, opinou.

PECUARISTAS

Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, esse embargo é um ato “meramente ideológico”, não tendo “nenhum motivo razoável” para impor tais restrições à carne produzida no Mercosul.

“O Brasil já se consolidou entre os principais produtores de proteína animal do mundo, garantindo a segurança alimentar de numerosas populações espalhadas pelos mais de 160 países com os quais mantemos estreitos laços comerciais, inclusive da União Europeia [UE]. A Acrissul reforça, portanto, o compromisso do agro brasileiro com a qualidade, a sanidade e a sustentabilidade dos alimentos, fatores que têm sido considerados pelo mercado global para comprar e consumir a carne brasileira, o que atesta a sua qualidade. É preciso respeito às normais internacionais, e o Brasil tem feito a sua parte”, ressaltou em nota oficial.

Segundo o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense dos Criadores de Nelore (Nelore-MS), Paulo Matos, a entidade repudia a declaração e destaca ainda a irrelevância da França no mercado brasileiro. 

“A França comprou 0,002% do total embarcado pelo Brasil neste ano. Porém, por outro lado, a UE tem uma importância maior para a exportação de carne bovina do Brasil, apesar de ainda ser modesta, com cerca de 2,2% dos embarques. Isso mostra que, mesmo com a insignificância da exportação francesa, essa declaração atinge a moral do produtor rural brasileiro, fazendo que outras empresas possam questionar a qualidade da proteína produzida aqui”, avaliou o representante dos pecuaristas.

Para Matos, a tentativa de desqualificar a carne produzida no Brasil cria um embaraço comercial entre os países do Mercosul. “Os criadores brasileiros exigem respeito, pois a declaração foi feita de maneira irresponsável e sem respaldo científico que justificasse tal decisão. A Nelore-MS aguarda a manifestação de reparo tanto do Carrefour Brasil como da França”, frisou.

A carne bovina representa 11% da pauta de exportações de MSEscreva a legenda aqui

EXPORTAÇÕES

Atualmente, a carne bovina é o terceiro produto da pauta de exportações de Mato Grosso do Sul e representa 11% de tudo que o Estado envia para outros países.

Conforme os dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), de janeiro a outubro, foram enviadas 215,8 mil toneladas de carne bovina do Estado para o exterior – uma alta de 38,3%, ante as 156 mil toneladas embarcadas no mesmo período de 2023.

No comparativo do volume negociado no período, a variação é de 37,3%, considerando que neste ano o volume negociado chegou a US$ 1,014 bilhão, enquanto em nove meses de 2023 foram negociados US$ 738 milhões.

No recorte específico do país europeu, de acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Mato Grosso do Sul embarcou 106 mil toneladas de produtos para a França, resultando em US$ 48,8 milhões em negociações. 

Para o analista do mercado exterior Aldo Barrigosse, é preciso cautela no atual momento. “Isso é o que chamamos de barreira comercial, com a finalidade de proteção aos produtores de carne europeus. Isso é muito ruim para o mercado mundial, pois o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina. Porém, hoje o momento é de cautela para podermos tomar as medidas possíveis comercialmente. 

Observo que o presidente do Carrefour Brasil declarou que continuará comprando carne normalmente dos produtores brasileiros”, ponderou.

O CASO

Nesta quarta-feira, o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou que a empresa deixará de comercializar carnes provenientes de países do Mercosul, como o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai.

Em uma carta destinada a Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores (FNSEA), e compartilhada em suas redes sociais, Bompard explicou que a decisão foi motivada pela insatisfação dos agricultores franceses. Eles protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reiterou a qualidade e o compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas, em consonância com as diretrizes internacionais.

“Diante disso, [a Pasta] rechaça as declarações do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, quanto às carnes produzidas pelos países do Mercosul. O Mapa lamenta tal postura, a qual, por questões protecionistas, influencia negativamente o entendimento de consumidores sem nenhum critério técnico que justifique tais declarações”, argumentou por meio de nota.

“O posicionamento do Mapa é de não acreditar em um movimento orquestrado por parte de empresas francesas visando dificultar a formalização do Acordo Mercosul-UE. O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, concluiu.

Assine o Correio do Estado

LOTERIA

Resultado da Quina de ontem, concurso 6587, quinta-feira (21/11): veja o rateio

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

22/11/2024 08h10

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

Continue Lendo...

A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6587 da Quina na noite desta quinta-feira, 21 de novembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 10 milhões. Nenhuma aposta acertou os cinco números sorteados e o prêmio acumulou em R$ 11,4 milhões.

  • 5 acertos - Não houve ganhadores;
  • 4 acertos - 70 apostas ganhadoras (R$ 7.938,70 cada);
  • 3 acertos - 6.404 apostas ganhadoras (R$ 82,64 cada);
  • 2 acertos - 154.127 apostas ganhadoras (R$ 3,43 cada);

Confira o resultado da Quina de ontem!

Os números da Quina 6587 são:

  • 03 - 77 - 79 - 26 - 17

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6588

  • 03 - 77 - 79 - 26 - 17

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sexta-feira, 22 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6588. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).