As exportações brasileiras no setor florestal registraram um crescimento de 11,4% com relação ao mesmo período de 2016 (janeiro a novembro), somando US$ 7,7 bilhões. Com destaque para produtos como celulose, papel e painéis de madeira, a informação divulgada nesta quinta-feira (21), pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) reforça a posição de destaque de Mato Grosso do Sul: 3º maior produtor nacional de eucaliptos.
O plantio da espécie ocupa atualmente 5,7 milhões de hectares da área de árvores plantadas do Brasil, localizados principalmente: em Minas Gerais (24%), em São Paulo (17%) e no Mato Grosso do Sul (15%). Segundo o Relatório Anual divulgado pela instituição, nos últimos cinco anos, o Estado tem liderado a expansão com aumento de 400 mil hectares ou 13%.
Economicamente falando, este ano, as exportações sul-mato-grossenses de produtos florestais (31,3%) só ficaram atrás do complexo soja (36,17%), viabilizadas pelo desenvolvimento da costa Leste do Estado.
DESTINO DAS EXPORTAÇÕES
No acumulado de janeiro a novembro deste ano, a China se manteve como principal destino da celulose produzida pelo Brasil com 39,2% de participação, representando uma receita de US$ 2,25 bilhões (+17,9%). O segundo maior destino da celulose foram os países europeus, que detiveram, neste período, uma fatia de 31,8% das exportações, com mais de US$ 1,8 bilhão (+9,5%).
Os países latino-americanos foram os principais mercados dos segmentos de papel e de painéis de madeira até novembro. As receitas de exportações de papel somaram US$ 1,14 bilhão para a América Latina, um crescimento de 11%. Esse destino representou US$ 139 milhões das exportações de painéis de madeira no período, o que representou um crescimento de 14,9%.
O mercado de painéis de madeira viu um crescimento significativo de vendas para Ásia e Oceania, que cresceu 83,3% até novembro na comparação com o mesmo período de 2016.
VENDAS DOMÉSTICAS
O segmento de painéis de madeira registrou vendas de 5,9 milhões metros cúbicos no mercado interno, um crescimento de 3,7% no acumulado do ano. Com a venda de 5,0 milhões de toneladas, o segmento de papel cresceu 0,4% no mercado interno, com destaque para os produtos Tissue, que cresceu 4,4%, e Papelcartão, com aumento de 2,6%.