Forte retração econômica, aliada à queda no consumo e ao acirramento da concorrência, vêm levando postos de combustíveis a fechar as portas em Campo Grande, por falta de fôlego financeiro para continuar em atividade. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro), que representa 160 estabelecimentos na Capital, contabiliza 15 postos desativados e ao menos uma dezena sendo negociados para aluguel ou passagem do ponto ao longo dos últimos oito meses, período em que literalmente “a corda rompeu” na economia nacional e local.
De acordo com o consultor técnico do Sinpetro, Edson Lazaroto, o consumo caiu acentuadamente. “Tivemos uma queda no volume de vendas de 30% na Capital. Isso se deve ao próprio impacto da crise sobre o consumidor”, analisa.
Segundo o representante do Sinpetro, as famílias tiveram que ajustar suas planilhas financeiras e um dos itens mais impactados foi o gasto com transportes. “Quem usava três carros, por exemplo, hoje usa dois ou até um. As família passam a usar rotas alternativas para rodar menos com o veículo e não onerar tanto o orçamento doméstico”, deu como exemplo.
Há, ainda, a questão dos postos que mantêm contrato de compra com as suas distribuidoras todo mês. “Se a empresa não consegue cumprir a galonagem (volume mínimo de combustível adquirido pela distribuidora), ela vai ter que passar o valor do contrato para quatro ou cinco vezes, o que onera os custos. Por causa disso, o dono de posto opta por diminuir drasticamente a margem de lucro para colocar o produto no mercado e poder manter o compromisso contratual com a distribuidora”, explicou.
*A reportagem completa está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.