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Custo com empregado doméstico aumentará quase R$ 800 por ano

Custo com empregado doméstico aumentará quase R$ 800 por ano

atarde

01/04/2013 - 06h00
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Ter uma empregada doméstica vai ficar mais caro para o empregador. Quem paga o salário mínimo (R$ 678)  terá que desembolsar a mais R$ 64,96 por mês com o FGTS. O custo total para o empregador passa de R$ 1.036,17 por mês para R$ 1.101,13, ou seja, R$ 779,52 a mais em um ano.  Este valor, no entanto, pode aumentar ainda mais se houver o pagamento de horas extras e de adicional noturno.

Algumas  mudanças da PEC das Domésticas começam a valer a partir desta terça-feira, 2 de abril, quando a emenda deve ser promulgada. O FGTS ainda precisa de regulamentação.

O momento  de mudança é encarado com apreensão por alguns empregadores, que já começam a se preparar para novos gastos.

A fisioterapeuta Tatiana Dias contrata uma mensalista que trabalha, em média, 10 horas por dia. Com a  jornada máxima de oito horas diárias, ela está pensando em alternativas para se adequar à nova lei. "Vou  abrir mão de questões pessoais ou de trabalho para chegar mais cedo e liberar a empregada doméstica", conta.

Se optar por pagar as horas extras diárias, o custo adicional será de 50% do valor da hora comum. As duas horas extras que a mensalista de Tatiana trabalha custarão  R$ 9,24 por dia. Em um mês, se o padrão se repetir, o valor das horas extras pode chegar a R$ 184,80. De todos os adicionais, ainda será recolhido o Fundo de Garantia.

As mudanças valem para todos os trabalhadores que prestem serviços domésticos, incluindo jardineiro, babá e cuidador de idosos. Outra dúvida recorrente entre os empregadores são os casos de mensalistas que dormem no serviço, por exigência dos patrões ou por opção.

O advogado trabalhista da empresa Siqueira Castro Advogados, Giancarlo Borba, esclarece que a mensalista que dorme na casa dos patrões não receberá adicional noturno e horas extras automaticamente. "O adicional só será pago quando houver  trabalho das  22 às 5h", explica.

Nesses casos, a odontóloga Margareth Lima opina que cabe o bom senso do patrão. "Quando ela (a empregada) se recolhe e meu marido chega mais tarde,  me levanto e ponho a mesa para ele.  Acho injusto ela estar descansando e eu ter que acordá-la para fazer alguma coisa", disse.

Outros benefícios - A PEC ainda prevê outros benefícios que precisam ser regulamentados, como o  seguro-desemprego, o seguro contra acidentes de trabalho, a licença-maternidade, o salário família, o adicional noturno, a indenização por  demissão sem justa causa e a obrigatoriedade de creche  e  pré-escola para filhos menores de 5 anos.

É preciso regulamentação, por exemplo, sobre valor dos benefícios e qual será a participação do empregado, empregador e governo nos valores. "É de interesse do governo implantar  rapidamente, porque senão  a PEC perde o efeito. A previsão é de  90 dias, mas não há um prazo formal", conta  Borba.

Apesar do aumento nos custos, a representante comercial Rose Lemos concorda com as mudanças e não pensa em ficar sem empregada doméstica. "É  necessário para dar mais atenção às minhas filhas, ao meu trabalho e a mim mesma. Se eu puder pagar, pago com todo prazer".

Francisco Santana trabalha como motorista e jardineiro há 30 anos na mesma casa e comemorou a criação da PEC.  "A nossa sociedade tem a cultura de só fazer as coisas quando é  obrigada  por lei. Todo mundo acha que é justo os trabalhadores terem esse direito, mas na hora de fazer, não fazem", diz Santana.

O patrão da empregada doméstica Valdelice  dos Santos recolhe o FGTS desde 2006, quando ainda era opcional. A medida foi exigência dela para aceitar o emprego. Para Valdelice, a PEC demorou a sair. "A lei é mais do que justa. Nós não éramos tratadas como trabalhadoras", diz.

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Com 4,7 milhões de hectares de áreas degradadas passíveis de recuperação, MS é destaque nacional

Através de programas voltados ao carbono zero, crédito sustentável e uso eficiente do solo e água, o Estado é consolidado como exemplo nacional em recuperação de pastagens degradadas

15/12/2025 14h30

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul tem cerca de 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas com que podem ser transformadas em algum tipo de atividade, como agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais ou silvicultura. 

Esse número é parte de um montante total de 12 milhões de hectares de pastagens degradadas em todo o território estadual. 

As estratégias de recuperação de pastagens degradadas tornou o Estado um exemplo nacional no assunto, já que as ações estaduais garantem competitividade, sustentabilidade e segurança alimentar. 

A recuperação das áreas combinam políticas públicas estruturantes, crédito sustentável e inovação com programas voltados ao uso eficiente do solo e da água, como o Prosolo, MS Irriga, Plano ABC+ MS, Precoce MS e o FCO Verde. 

"Estamos mostrando ao Brasil que é possível produzir mais e com responsabilidade ambiental e tecnologia", disse o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). 

O Plano Estadual do Governo do Estado tem como meta definida a recuperação de 1.167 milhão de hectares nas pastagens degradadas até 2030. Esse desafio é um dos motores da nova economia verde em Mato Grosso do Sul que, através do uso de ciências e políticas públicas permanentes, consolida a referência do Estado no setor de pecuária de baixo carbono e agropecuária sustentável. 

"Quando governo, produtores e instituições de pesquisa trabalham juntos, conseguimos acelerar a transição para uma agropecuária moderna, de baixa emissão de carbono e com alto desempenho", destacou Verruck.

Políticas públicas

De acordo com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), a degradação observada em Mato Grosso do Sul é resultado de anos de práticas antigas da pecuária extensiva, com baixa taxa de lotação e pouco uso de manejo e adubação. 

Isso causou o desgaste do solo e queda na produtividade das forrageiras, plantas cultivadas para alimentar os animais (gado, aves, suínos), sendo necessárias soluções robustas, que hoje fazem parte da política principal de Estado. 

As políticas públicas de MS são: 

  • Prosolo: programa de restauração das áreas afetadas por erosão, implantando práticas conservacionistas, recuperando a fertilidade do solo e melhorando estradas vicinais;
  • MS Irriga: programa de ampliação da irrigação sustentável e do uso racional da água para intensificação da produção; 
  • Plano ABC+ MS: plano de sistemas integrados de plantio direto, uso de bioinsumos e manejo de resíduos;
  • Precoce MS: incentivo ao manejo eficiente e à pecuária de baixo carbono; 
  • FCO Verde: linha de crédito destinada à recuperação da produção e de projetos sustentáveis. Entre 2020 e 2024, foram R$ 812 milhões destinados a 771 projetos. 
Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gadoFeito por Denis Felipe - Com IA

Destaques

A Semadesc e o Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems), estão investindo R$ 7,6 milhões em certificação e monitoramento do carbono na soja e no milho. 

Com relação à pecuária, além do status alcançado em 2025 de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Estado avança na implantação do seu Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina, previsto para iniciar em 2026 e cobertura total até 2032. 

Além disso, também é desenvolvido o Selo Verde, que vai integrar dados ambientais e produtivos, garantindo transparência socioambiental nas cadeias de carne e da soja. 

Mato Grosso do Sul também está entre os cinco maiores consumidores de bioinsumos do País, através do Programa Estadual de Bioinsumos, criado em 2022. Também estão em funcionamento projetos de confinamento sustentável e intensificação das pastagens, ampliando produtividade e garantindo bem-estar animal. 

"Nossa meta é chegar ao produtor com assistência técnica de qualidade e acesso a crédito sustentável, garantindo que cada propriedade tenha as condições para produzir mais e conservar mais", reforçou Verruck.
 

CAMPO GRANDE (MS)

Carnê virtual do IPTU 2026 está disponível na internet; confira

Neste ano, reajuste do IPTU é de 5,32%, com 10% de desconto à vista

15/12/2025 12h00

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel MARCELO VICTOR

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Carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), referente ao ano de 2026, está disponível e já pode ser consultado via internet. Saiba quanto veio o imposto da sua casa, em 2025, neste site.

Neste ano, o IPTU será reajustado em 5,32%, conforme noticiado pelo Correio do Estado. O reajuste cobrou a inflação, prevista no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa é que milhares de carnês físicos sejam entregues na casa do contribuinte neste mês de dezembro de 2025.

As formas de pagamento do IPTU 2026 são:

  • À vista, com 10% de desconto – vencimento em 12 de janeiro
  • Parcelado, em 12 vezes – vencimento em dias de feriados, finais de semana ou não úteis, o pagamento deverá ser feito no primeiro dia útil subsequente

Ainda haverão aqueles contribuintes beneficiados com o Bônus IPTU Azul, que terão desconto de 10% (dez por cento) sobre o valor do IPTU e da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares lançados.

A concessão do Bônus IPTU Azul será efetivada independentemente de requerimento do contribuinte, mediante a redução de 10% no valor lançado, e, sobre o valor já deduzido, será aplicado o desconto para pagamento à vista, conforme a opção do contribuinte.

Neste ano, as cores azul e amarelo também dão adeus ao IPTU. Até então, os carnês eram emitidos em tons diferentes: azul para contribuintes sem débitos e amarelo para aqueles com pendências.

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

IPTU

O IPTU é um imposto brasileiro, de competência municipal, que deve ser pago por pessoas que tenham propriedades dentro do perímetro urbano.

A arrecadação do tributo municipal é convertido em melhorias para a cidade, nas áreas de segurança, educação, saúde, infraestrutura e lazer.

Quem não paga IPTU, corre risco de perder a posse do imóvel.

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