Economia

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Deputados querem adiar em 12 meses a taxação da energia solar

Projeto de lei precisa ser votado em regime de urgência para empurrar o início da cobrança para 2024

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A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados propôs, na semana passada, adiar as regras de taxação da geração distribuída (GD) de energia solar para 2024. 

Conforme a Lei nº 14.300, promulgada em 7 de janeiro deste ano, a taxação da energia solar deveria ser regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no prazo máximo de 180 dias após a vigência da lei. No entanto, até agora, não há previsibilidade nenhuma para geradores, empresários e consumidores, o que trará instabilidade para a atividade em 2023, segundo a associação Movimento Solar Livre (MSL). 

A comissão pediu para que o Projeto de Lei nº 2.703/2022, do deputado Celso Russomano (Republicanos-SP), com intenção de alterar a Lei nº 14.300, seja votado em regime de urgência. 

Segundo a proposta, o objetivo é acrescentar doze meses ao prazo de solicitação de acesso às distribuidoras. “Sem que sejam aplicadas novas regras tarifárias menos vantajosas às unidades de microgeração e minigeração distribuída de energia elétrica”. 

A Câmara dos Deputados recebeu, ontem (8), o requerimento de urgência para tramitação do PL nº 2.703/2022. O presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Guilherme Chrispim, enfatizou em entrevista ao Canal Solar que a discussão é necessária e vital para o momento do setor.

“Entendemos que ficou uma lacuna, principalmente em função da demora da Aneel para se posicionar, algo que deveria ter sido feito até o dia 7 de julho, quando expirava o prazo de 180 dias”. 

“A situação gerou atraso em algumas questões que foram imputadas pelas distribuidoras, alegando falta de posicionamento da Agência. Assim, entendemos ser pertinente uma discussão sobre a prorrogação do prazo. É válida e necessária essa solicitação”, pontua.

 O deputado Beto Pereira (PSDB-MS) é o representante estadual e um dos que estão trabalhando para que o projeto seja votado ainda neste ano. 
Segundo Hewerton Martins, presidente do MSL e um dos principais promotores da prorrogação da taxação, o projeto de lei começou a tomar forma após a audiência pública na Câmara Federal, realizada em 22 de junho deste ano. 

“Foram apresentados inúmeros casos de falta de atendimento no Brasil inteiro, milhares de casos de não atendimento, e a Aneel foi cobrada pela fiscalização por meio da comissão”, relata. 
Ainda de acordo com ele, a Aneel não conseguiu apresentar um plano convincente que dê previsibilidade para o setor sobre as taxas a serem cobradas a partir de 2023. 

“Ela apresentou um plano com taxação até o ano 6 [2028], isso quer dizer que do ano 6 para o ano 7 [2029] não se sabem quais os valores cobrados. Então isso é inconstitucional, a gente não sabe nem como será. O problema foi que a lei deu muito poder para a Aneel”, critica Martins. 

Até o momento, está prevista taxa de 15% sobre a quantidade gerada a ser integrada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2023 e aumento gradativo até atingir alíquota de 90% em 2028. A indefinição relatada pelo dirigente inicia-se em 2029, ano no qual a taxação ainda será definida pela Agência. 
De acordo com a Energisa Mato Grosso do Sul, em 2021 e neste ano, foram conectados 36.279 sistemas de geração distribuída (GD) no Estado. Em cinco anos, o número total chega a 50.408 unidades integradas ao SIN. 

EMPRESAS

Empresários do setor que conversaram com o Correio do Estado entendem que a taxa de utilização do SIN, motivo principal da tributação, segue sendo mais vantajosa para o consumidor. 

Paulo Salomoni, proprietário da BR Energia Fotovoltaica e Engenharia, comentou que as discussões sobre o marco regulatório até a promulgação neste ano deram uma alavancada no segmento.

 “Isso acelerou muito o comércio, gerando emprego e renda. Na minha opinião, a taxa não cria instabilidade, o que cria instabilidade é a questão do governo, porque há muitos empresários céticos com relação a investimento”. 

Para ele, à medida que as pessoas forem tendo informação sobre os valores cobrados e que os detalhes da regulamentação forem ficando claros, esse receio de investir em energia solar será dissipado. 
Salomoni comenta que a principal mudança que a taxação traz é a extensão do prazo para que o cliente tenha o retorno do investimento realizado. “Sobre inviabilizar o negócio, não acredito nisso. O payback vai se estender um pouco mais. Antes, o cliente tinha retorno em 3 ou 4 anos com o valor economizado na conta de luz; com a lei, isso deve subir para um retorno de 4 anos e meio ou 5 anos”, afirma. 

Ele diz que isso segue sendo melhor que as tarifas cobradas pela geradora. “Em um financiamento de 60 meses, o valor da conta de energia é o valor da conta de luz atualmente. Como a conta é reajustada todo ano e a taxa cobrada é disponibilizada em kW/h, a revisão de valores de abril segue a inflação do período, continuará compensando ter energia solar”, comenta. 

Outros empresários ainda comentaram que até o termo taxação é considerado incorreto. A alíquota que a Lei nº 14.300 cobra pela utilização da rede interligada não é prevista para quem instalar o sistema de geração até 6 de janeiro de 2023. 

A proposta formada pela Aneel até o momento é considerada ainda um pouco “malfeita” por alguns empresários. Um empresário que não quis se identificar comentou que “nem parecia ter sido elaborada com a ajuda de um engenheiro eletricista”. 

Também carece de discussão a taxa de iluminação pública. Até o momento, ela deve permanecer, porque se trata de uma tarifa municipal, mesmo com o consumidor gerando a própria energia e jogando o excedente na rede com a interligação. 

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LEGISLAÇÃO

Conforme publicado pelo Correio do Estado na edição de 10 de janeiro, a Lei nº 14.300 foi publicada na edição do dia 7 de janeiro no Diário Oficial da União. O marco legal da geração própria de energia foi sancionado após dois anos de indefinição. 

Na prática, os consumidores que produzem a própria energia renovável passarão a pagar, gradualmente, tarifas sobre a distribuição dessa energia.

As regras incidem sobre a geração de energia solar fotovoltaica, eólica, de centrais hidrelétricas e de biomassa. Hoje, os micro e minigeradores não pagam pela energia que é gerada a mais e inserida na rede distribuidora. Com o novo marco, aqueles que já têm sistemas instalados mantém a garantia de isenção de taxas até 2045. 

O pagamento escalonado da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD fio B) começa em 15%, a partir de 2023; vai a 30% a partir de 2024; a 45% a partir de 2025; a partir de 2026, 60%; as taxas vão a 75% a partir de 2027; 90% a partir de 2028; e a partir de 2029 a Aneel definirá as tarifas.

Já para os consumidores com novos sistemas acima de 500 kW da modalidade de autoconsumo remoto, o pagamento sobre a energia injetada na rede elétrica será equivalente a 29,3% da tarifa de eletricidade média de baixa tensão de 2023 até 2028.

Economia

Dólar e Bolsa caem após decisões de juros no Brasil e nos EUA

A Ibovespa encerrou o pregão com perdas de 0,47%, a 133.122 pontos

19/09/2024 20h00

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O dólar fechou em queda de 0,71% nesta quinta-feira (19), a R$ 5,421, com investidores repercutindo as decisões de juros do Brasil e dos Estados Unidos da véspera.

A moeda enfrentou a sétima sessão seguida de desvalorização em relação ao real, acumulando perdas de 4,14%. Na mínima de hoje, chegou a marcar R$ 5,398.

Já a Bolsa, que marcou alta firme na abertura dos negócios, não conseguiu se firmar no positivo por pressão das curvas de juros futuros, em reação à decisão do BC (Banco Central) de subir a taxa Selic e de manter a porta aberta a novos apertos no futuro.

Com isso, o Ibovespa encerrou o pregão com perdas de 0,47%, a 133.122 pontos.

O dia foi marcado pela repercussão das decisões do BC e do Fed (Federal Reserve, a autoridade americana) da véspera. Os movimentos foram opostos -e em linha com as expectativas do mercado.

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, citando resiliência da economia brasileira. Já o Fed realizou o primeiro corte nas taxas desde 2020, num afrouxamento de 0,50 ponto após temores de desaceleração do mercado de trabalho americano. Os juros americanos agora estão na banda de 4,75% e 5%.

Ao divulgar a decisão unânime de aumentar a Selic para 10,75% ao ano, o comitê afirmou que o cenário demanda uma política de juros mais contracionista, ou seja, que ajude a frear a força da atividade econômica para assegurar o controle da inflação.

Como justificativa, o colegiado citou a força da economia do país, as pressões do mercado de trabalho, a elevação das projeções de inflação, as expectativas distantes da meta perseguida e o hiato do produto positivo (indicação de que a atividade está operando acima do seu potencial, ou seja, aquecida e sujeita a pressões inflacionárias).

A decisão foi publicada às 18h30 de quarta, após o fechamento dos mercados.

O comitê trabalha com a meta de inflação em 3%, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional, órgão ligado ao Ministério da Fazenda) e com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a alta de preços.

Na última leitura do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação do país, a base anual ficou em 4,24% em agosto -uma desaceleração dos 4,5% de julho, o teto da meta do BC.

O Copom deixou os próximos passos em aberto e evitou se comprometer com a intensidade e com o tamanho do ciclo de alta de juros. Especialistas ouvidos pela reportagem, porém, preevem que a Selic deve entrar em 2025 a 11% e permanecer neste patamar por um bom tempo.

"O Banco Central deixou claro que a magnitude total do ciclo de alta vai depender da evolução de indicadores e expectativas", diz Silvio Campos, economista-sênior da consultoria Tendências. "Vai precisar de mais Selic para fazer a inflação chegar à meta de 3%", diz o economista.

As projeções de alta na Selic chegaram às curvas de juros futuros, sobretudo aos contratos de curto e médio prazo. A taxa para janeiro de 2026 subiu para 12,045%, ante 11,765% da véspera, enquanto a de janeiro de 2027 marcou 12,015%, contra 11,814% do ajuste anterior.

Isso afetou as ações mais sensíveis à economia doméstica na Bolsa, como Magazine Luiza, MRV, Lojas Renner, que ajudaram a pressionar o Ibovespa para baixo. Nem mesmo o avanço de 1,19% da Vale, dona da maior fatia do índice, conteve as perdas.

Já nos Estados Unidos, a decisão de corte em 0,50 ponto coroou um debate que tomou os mercados desde a confirmação de que a hora de reduzir os juros havia chegado.

"O comitê ganhou maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2% e julga que os riscos para alcançar os objetivos de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados", disse o Fed no anúncio.

Os formuladores de políticas veem a taxa de juros caindo mais 0,50 ponto percentual até o final deste ano, mais 1 ponto percentual em 2025 e, finalmente, mais 0,50 ponto em 2026, terminando em uma faixa de 2,75% e 3%.

Em entrevista coletiva, porém, Jerome Powell reforçou que as próximas decisões do comitê estão à mercê de novos dados econômicos. O Fed se reúne mais duas vezes até o final de 2024, em novembro e dezembro.

"Não há nada que sugira pressa para fazer isso", disse, em referência à velocidade com que o banco central poderá reduzir os juros. "Podemos ir mais rápido se for apropriado, podemos ir mais devagar se for apropriado, podemos pausar se for apropriado."

O dólar costuma se desvalorizar à medida que os juros nos Estados Unidos caem, conforme o rendimento dos ativos ligados à renda fixa americana depreciam. Isso leva operadores a investimentos de maior risco, como moedas emergentes e mercados acionários, pela possibilidade de rentabilidade maior.

As Bolsas americanas dispararam nesta quinta, com o S&P 500 marcando um novo recorde de fechamento. O índice de referência do mercado dos EUA ganhou 1,70%, chegando a 5.713 pontos, enquanto Nasdaq subiu 2,51% e Dow Jones, 1,26%.

"Por mais que o comunicado não tenha sido explícito, o corte de 0,50 do Fed claramente confirma que as preocupações com a saúde do mercado de trabalho pesaram mais na decisão do que os riscos relativos à inflação", comenta Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

"Os mercados reagiram positivamente à decisão, mas a digestão dessa decisão histórica ainda vai levar tempo e muita volatilidade deve ser esperada nos próximos dias."

Quanto maiores os juros no Brasil e menores nos Estados Unidos, melhor para o real, que se torna mais atraente para investimentos de "carry trade" -isto é, quando investidores tomam empréstimos a taxas baixas e aplicam recursos em moedas de países de taxas altas, para rentabilizar sobre o diferencial de juros.

Para Thaís Zara, economista sênior na LCA Consultores, o aumento da diferença entre os juros dos EUA e Brasil pode trazer um aumento de capital para o cenário doméstico.

"Causaria um câmbio mais apreciado [valorização do real], o que ajudaria a inflação a voltar mais para próxima da meta, mas não muda o fato de o BC mostrar preocupação com atividade econômica".
 

*Informação da Folhapress 

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3199, quinta-feira (19/09)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

19/09/2024 19h17

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3199 da Lotofácil na noite desta quinta-feira, 19 de setembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1 milhão. 

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3199 são:

  • 21 - 08 - 24 - 13 - 10 - 23 - 04 - 22 - 01 - 25 - 14 - 11 - 20 - 15 - 02

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotofácil 3100

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sexta-feira, 20 de setembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3100. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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