Economia

RENTABILIDADE

Em 10 anos, produção do leite caiu 41,13% em MS

Entre os fatores para a queda está o alto custo para os produtores, o que os leva a recuar diante da falta de margem de lucro

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Em Mato Grosso do Sul, a produção de leite tem passado por uma queda expressiva. Entre 2011 e 2021, a produção do leite caiu 41,13% no Estado, apontam dados do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA) e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS (Iagro).

Os dados levantados pelo Departamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), referentes à captação do leite no Estado, foram levantados com base na produção de indústrias inscritas no Serviço de Inspeção Federal (SIF), Serviço de Inspeção Estadual (SIE).

Segundo o levantamento, em 2011, a produção total de indústrias inscritas no SIF e no SIE foi de cerca 291 mil litros, enquanto em 2021 foi de cerca de 171 mil litros.

Com relação ao período de janeiro a maio de 2022, já constatou-se que a produção foi 8,71% menor do que em comparação com o mesmo período do ano passado.

Entre os fatores que levam à queda da produção está o desequilíbrio entre oferta e demanda.

Recentemente, o Correio do Estado noticiou que a produção de leite nacional registrou queda de 9% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo semestre do ano passado, segundo última análise do Centro de Inteligência do Leite (CILeite).   

Conforme divulgado, tem ocorrido a alta no preço da matéria-prima, elevando os custos dos lácteos e diminuindo a margem de lucro dos produtores.

Preços

Nos mercados, pesquisa de preço realizada pela equipe do Correio do Estado, em agosto, constatou que o litro do leite UHT tem sido ofertado por um preço médio de R$ 7,34, em Campo Grande. O preço mais baixo foi encontrado por R$ 5,69, e o maior o por R$ 8,99.

Em alguns estados, o preço do litro de leite praticado nos supermercados ultrapassou os R$ 9.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Guerra na Ucrânia, a extensão do período de entressafra, devido ao clima seco e a ausência de chuvas, somada ao aumento do custo de produção (medicamentos e alimentação) e à maior demanda por parte das indústrias de laticínios foram alguns dos fatores que seguiram elevando o preço do leite e derivados no varejo.

Produtor

A alta dos preços do leite tem refletido nas relações de consumo. Além disso, os produtores estão cautelosos com a insegurança do mercado.

Conforme divulgado pelo Sistema Faemg, local de maior produção de leite no Brasil, a atividade leiteira é fundamental para a subsistência e sustentabilidade das propriedades agrícolas familiares de todo o país, seja na geração e complementação de renda ou no consumo diário.

Segundo o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite, do Sistema FAEMG, Jônadan Ma, o momento do setor é algo nunca visto na história recente da produção leiteira.

Os prejuízos que levaram à redução da captação de leite em mais de 10% começaram em 2020 e se agravaram em 2021.

Com isso, as indústrias começaram a competir pelo leite disponível no mercado, o que culminou na alta nas gôndolas do supermercado – que não se refletiram em mais ganho para o produtor.

“O repasse ao produtor foi muito pequeno frente às margens conquistadas pelas indústrias, atacado e varejo, então o pecuarista ainda está bastante reticente em retomar o nível de produção”, destacou.

Conforme o analisado pelo CILeite, o período mais complicado em termos de rentabilidade foi o segundo semestre de 2021 e o início de 2022.

“Com pouco leite no campo houve forte competição entre os laticínios na compra do produto, elevando o preço da matéria-prima. Foi também o momento de forçar repasses no mercado atacadista, aproveitando o momento de escassez para recuperar margens”, aponta o CILeite.

 

LOTERIA

Resultado da Quina de ontem, concurso 6560, quinta-feira (17/10): veja o rateio

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

18/10/2024 08h50

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6560 da Quina na noite desta quinta-feira, 17 de outubro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 3 milhões. Nenhuma aposta acertou as cinco dezenas e o prêmio acumulou em R$ 4 milhões.

  • 5 acertos - Não houve ganhadores;
  • 4 acertos - 37 apostas ganhadoras (R$ 9.529,94 cada);
  • 3 acertos - 3.154 apostas ganhadoras (R$ 106,47 cada);
  • 2 acertos - 83.882 apostas ganhadoras (R$ 4,00);

Duas apostas de MS - Costa Rica e São Gabriel do Oeste - acertaram 4 dos 5 números sorteados e levaram R$ 9.529,94 cada.

Confira o resultado da Quina de ontem!

Os números da Quina 6560 são:

  • 29 - 37 - 60 - 05 - 66

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6561

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sexta-feira, 18 de outubro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6561. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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COMBUSTÍVEIS

Etanol acumula alta de mais de 18% neste ano em Mato Grosso do Sul

Mesmo com o aumento, ainda compensa ao consumidor substituir a gasolina pelo biocombustível

18/10/2024 08h30

Mato Grosso do Sul acumula uma alta de 18,27% no preço do litro do etanol neste ano

Mato Grosso do Sul acumula uma alta de 18,27% no preço do litro do etanol neste ano Foto: Arquivo

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Ao longo dos últimos 10 meses, Mato Grosso do Sul acumula uma alta de 18,27% no preço do litro do etanol. 

Segundo o Painel Dinâmico de Preços de Combustíveis e Derivados do Petróleo, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o etanol era comercializado em média a R$ 3,23 no primeiro mês deste ano e chegou a R$ 3,82 no fim da semana passada, resultando em um aumento de R$ 0,59.

Ainda conforme o levantamento, entre os dias 7 e 13 de janeiro, o álcool era vendido no Estado com o valor mínimo de R$ 2,98 e máximo de R$ 4,70. Já na semana dos dias 6 a 12/10, a menor precificação encontrada para o biocombustível foi de R$ 3,49 e a maior, de R$ 4,98.

Para o mestre em Economia Lucas Mikael, vários fatores contribuíram para o aumento nos preços dos combustíveis deste janeiro até este mês.

“O principal a ser destacado é o aumento dos custos das distribuidoras e dos postos, repassado diretamente ao consumidor. No entanto, o principal impacto ainda é um reflexo dos impostos e, claro, as questões climáticas, acompanhados das queimadas que interferem nos custos da produção”, avalia.

O doutor em Economia Michel Constantino acrescenta que a majoração está totalmente ligada ao aumento de impostos federais, principalmente na gasolina e no diesel.

“Como o etanol faz parte da composição da gasolina, o aumento da gasolina puxa o preço do etanol para cima”, esclarece, complementando que “esse aumento é em todo Brasil, e temos um efeito multiplicador na economia – aumenta o preço do frete, do transporte, e o custo de produção, elevando os preços dos alimentos”.

O economista Eduardo Matos destaca que muitos consumidores fazem a conta da proporção dos preços dos combustíveis com o seu rendimento e chegam à conclusão que está mais compensatório rodar utilizando o etanol.

Outro aspecto ressaltado por Matos é a questão climática.

“A maioria das indústrias de biocombustível aqui de Mato Grosso do Sul, de etanol especificamente, elas derivam da cana-de-açúcar, e a produção foi um pouco menor do que o esperado. Isso acabou deprimindo a produtividade dessas indústrias, e isso, é claro, faz com que elas aumentem o preço”, detalha.

Nesse contexto, a produção de etanol de milho também aumentou, uma vez que a safra de milho foi bem menor no atual ciclo, em decorrência da seca. Contudo, Matos salienta que o preço praticado atualmente pelo Estado para o etanol é um dos menores.

“Mesmo com a alta acumulada, ele é um dos mais baixos na história do Estado. Isso por conta dos investimentos que a cadeia recebeu, é claro, a cana-de-açúcar que historicamente é o principal [item], mas também [em função da] abertura de usinas de etanol de milho”, frisa o economista.

Diante do panorama de preços, é importante frisar que, mesmo com um aumento de mais de 18% para o biocombustível, na comparação de preços, o álcool continua vantajoso em relação à gasolina.

Para descobrir se compensa fazer a troca, é preciso dividir o valor do etanol pelo da gasolina, e o resultado dessa operação deve ficar abaixo de 0,70. Por exemplo, ao dividir R$ 3,82 (etanol) por R$ 5,89 (gasolina), o resultado é 0,64 – portanto, nesse caso, a substituição ainda é viável.

OUTROS COMBUSTÍVEIS

A gasolina comum apresentou aumento, saindo do custo médio de R$ 5,33 para R$ 5,89. Conforme os dados da ANP, ao comparar a primeira semana de janeiro à semana passada, foi identificado um crescimento de 10,51% no preço, um acréscimo de R$ 0,56 em cada litro do combustível derivado do petróleo.

Quando considerados os preços mínimos e máximos, a diferença se eleva ainda mais, em que o menor valor de Mato Grosso do Sul saiu de R$ 4,95 (7 a 13 de janeiro) para R$ 5,52 (6 a 12/10) – aumento de R$ 0,57.

De acordo com a pesquisa, o maior custo nos mesmos períodos, respectivamente, eram de R$ 6,74 e R$ 7,09, aumento de R$ 0,35 por litro abastecido.

No mesmo intervalo de tempo, o diesel comum tinha preços que variavam de R$ 5,35 a R$ 7,49 no início do ano, com média de R$ 5,87. Na segunda semana deste mês, o litro do diesel foi encontrado em MS em seu menor/maior valor – a R$ 5,65 e R$7,47 –, o que resultou em uma média de R$ 5,89, gerando um aumento porcentual de apenas 0,33% (ou R$ 0,02) em 10 meses.

Para o diesel categoria S-10, a flutuação de preços também foi moderada, em que na primeira semana de janeiro o preço médio de revenda no Estado era de R$ 5,86, enquanto na última semana do mês passado o valor foi a R$ 5,95.

Ao comparar o valor mínimo praticado em janeiro com o de junho, o aumento foi de 7,29%, uma vez que o litro mais barato era vendido a R$ 5,35 e passou a ser de R$ 6,04. Na outra ponta, os maiores valores pesquisados em Mato Grosso do Sul passaram de R$ 7,35 para R$ 7,57.

MISTURA

Na semana passada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o Projeto de Lei nº 528/2020, o qual implementa a Lei do Combustível do Futuro. A proposta já havia sido passada pelo Congresso Nacional.

A nova normatização tem por objetivo fomentar a descarbonização, incentivando os biocombustíveis, que são menos poluentes. Entre as alterações está o aumento no índice de etanol misturado à gasolina no País.

A nova lei estipula que o porcentual de etanol na gasolina passará de 22% a 27%, podendo atingir até 35%. Até então, a mistura máxima permitida era de 27,5%, enquanto o mínimo permitido chegava a 18% de etanol.

Outra novidade estabelecida pelo texto é de que a proporção de biodiesel aumentará 1% ano a partir de 2025 até março de 2030, chegando à composição máxima de 20% da mistura com o diesel de origem fóssil. Atualmente, o composto é de 14%.

A mudança realizada pelo governo federal era discutida desde o início do ano passado, sendo uma das demandas do governo Lula para aumentar o consumo de combustíveis “verdes”, acelerando a transição energética e ainda a redução da importação de gasolina do mercado exterior.

A primeira proposta foi apresentada em maio de 2023 pelo Palácio do Planalto ao Congresso e tramitou por mais de um ano até a sua sanção, no dia 9.

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