Enquanto cebola e batata puxam a alta no mercado, ficou mais barato comprar ovo de galinha, maçã e feijão carioca em novembro
Pelos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), novembro interrompeu três meses consecutivos de deflação em Campo Grande, o que significa que o custo de vida voltou a subir na Capital de Mato Grosso do Sul no penúltimo mês de 2025.
Conforme divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (10), o IPCA de novembro em Campo Grande foi de 0,23%, cerca de 0,31 ponto percentual (p.p.) acima do registrado em outubro (-0,08%), quando a Cidade Morena registrou deflação pela 4ª vez no ano e terceira consecutivamente.
Com o índice na Capital de Mato Grosso do Sul sendo principalmente influenciado pelos grupos de "alimentação e bebidas"; "transportes" e "habitação", todos esses variaram levemente para cima, enquanto as quedas, ainda que também tímidas, foram observadas em Artigos de residência (-0,76%) e Educação (-0,04%).
Calculado desde 1980, o IPCA mede o rendimento monetário de 01 até 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, abrangendo dez regiões metropolitanas brasileiras, por meio de uma comparação de preços, neste caso específico coletado entre 30 de outubro e 28 de novembro, dos preços vigentes no período de 30 de setembro de 2025 a 29 de outubro de 2025, respectivamente como valores de referência e base.
Nacionalmente o IPCA de novembro fechou em 0,18%, acumulando uma alta anual de 3,92% e de 4,46% nos últimos 12 meses. Anualmente, o Índice em Campo Grande neste 2025 já acumula crescimento de 2,97%, batendo 3,42% nos últimos 12 meses.
No índice do País, a ordem de maior impacto fica por conta dos grupos de "despesas pessoais" (0,77%) e "habitação" (0,52%), esse segundo novamente sob forte influência da energia elétrica residencial, em novembro com a vigência da mesma bandeira tarifária alterada no mês anterior.
Sobre as mudanças no preço da energia elétrica, cabe lembrar a mudança na bandeira tarifária de "vermelha patamar 2" em setembro para "vermelha patamar 1" no mês passado, o que mudou o custo da cobrança medida em cima de cada 100 quilowatt-hora (Kwh).
Em outras palavras, ao invés dos R$7,87 cobrados até setembro de 2025, passou a vigorar a cobrança adicional de R$4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.
Bolso do campo-grandense
Do que isso representa no bolso do campo-grandense, cabe destacar que o grupo de principal impacto no IPCA em Campo Grande é justamente o de "alimentação e bebidas", que voltou a oscilar para cima (0,14%) com a alimentação em domicílio (0,13%).
Ou seja, como bem mostra o Ipca de novembro, em Campo Grande, ficou mais caro comprar:
- uva (6,66%),
- alface (4,99%),
- cebola (4,71%) e
- batata-inglesa (2,72%)
Enquanto isso, sobre o lado das quedas, nota-se que ficou mais barato comprar o ovo de galinha (-3,91%), a maçã (-2,87%) e o feijão-carioca (-2,63%), já que a alimentação fora do domicílio também subiu (0,16) em novembro, com destaque do salto de -0,19% para 0,37% no lanche entre um mês e outro.
Por outro lado, foi possível economizar aproveitando também o segundo mês consecutivo de queda nos preços ligados à "saúde e cuidados pessoas", que caiu 0,46% em novembro, que foram jogados para cima apenas pelo aumento do sabonete (2,99%), hospitalização e cirurgia (2,84%) e papel higiênico (2,79%), com quedas nos seguintes subitens.
- perfume (-9,24%),
- artigos de maquiagem (-7,39%) e
- analgésico e antitérmico (-1,52%).
Na variação de 0,83% ligada à transportes, observa-se a forte influência (7,01%) na alta das passagens aéreas, enquanto nota-se ainda a variação negativa nos combustíveis (-0,05%), queda na gasolina (-0,05%) e altas no etanol (1,09%) e óleo diesel (0,02%).
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