Economia

CONAB

Estiagem reduz previsão de colheita da safra de soja

Estiagem reduz previsão de colheita da safra de soja

DA REDAÇÃO

12/02/2014 - 00h00
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A projeção de colheita da safra em Mato Grosso do Sul caiu para 6,14 milhões de toneladas de soja, no 5º Levantamento de Grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ontem, conforme reportagem na edição de hoje (12) do jornal Correio do Estado. A nova estimativa representa perda de 220 mil toneladas em relação ao relatório de janeiro, ou o equivalente a pouco mais de 3%. Mas, ainda assim, os números são animadores e representam recorde para o cultivo da oleaginosa no Estado, tanto em área como em produção, com aumento de 5,8% sobre o resultado da safra anterior, que teve 5,8 milhões de toneladas.

Os problemas climáticos, com chuvas e calor em excesso, seguidos de longo período de estiagem, motivaram a queda nas estimativas. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) já contabiliza 16 dias de pouca chuva ou seca no Estado, principalmente na região sudoeste.

Com isso, a projeção atualizada da entidade (considerando 30% de área colhida, enquanto o relatório da Conab tinha como base 2%) é de que a produção caia ainda mais e feche em 6,040 milhões de toneladas.

Segundo a reportagem de Paula Vitorino, o analista da Famasul, Leonardo Carlotto, explica que a produtividade na região sul (responsável por 70% da capacidade) já caiu de 46 para 44 sacas, a média, por hectare produzido no último mês. Alguns produtores estão antecipando a colheita, com medo de sofrer mais perdas, mas a decisão é arriscada, porque o grão precoce tem perda de cerca de 15% do potencial.  

Mato Grosso do Sul

Escassez do rio Paraguai derrubou a arrecadação da mineração em 16,3%

Em 2024, foram arrecadados R$ 69,1 milhões em royalties da mineração

15/01/2025 07h52

Bruno Rezende/Governo do Estado

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No ano passado, a mineração arrecadou R$ 69,1 milhões em royalties no estado, quantia 16,3% inferior ao arrecadado em 2023, e que deixou Mato Grosso do Sul na 10ª posição no ranking dos estados brasileiros.

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a queda na arrecadação foi causada pela escassez hidríca na hidrovia do rio Paraguai, que afetou a navegabilidade e o transporte de minérios pelo rio.

Em junho de 2024, o baixo nível do rio já havia reduzido em 38% o transporte de minérios. Isso porque o nível da água demorou a subir. Em anos anteriores, os embarques - que costumam parar em novembro - puderam ser retomados no início de fevereiro, já em 2024, a retomada foi apenas no mês de abril, e já em setembro o transporte precisou ser paralisado novamente pela escassez.

Em números, os embarques feitos por Ladário e Corumbá caíram de 1,93 milhão de toneladas no primeiro quadrimestre de 2023 para 1,18 milhão de toneladas no primeiro quadrimestre de 2024.

O minério continuou sendo transportado pela rodovia BR-262. Estima-se que mais de 700 caminhões, cada um carregando cerca de 50 toneladas de minério de ferro, trafegam diariamente pela rodovia. Esse aumento no fluxo de veículos preocupa o Governo do Estado que busca alternativas para mitigar os danos na infraestrutura da estrada.

"A crise na hidrovia do Rio Paraguai e a consequente sobrecarga da BR-262 têm gerado desafios significativos para o escoamento de minérios em Mato Grosso do Sul, com impactos econômicos e ambientais que demandam soluções urgentes e equilibradas entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental", acrescenta Verruck.

Por outro lado...

Mesmo com a queda em 2024, o Estado vem apresentando aumento na arrecadação e no Valor da Produção Mineral (VPM) se considerado o período entre 2020 e 2024. No período, o Estado arrecadou R$ 375,05 milhões, e teve VPM R$ 11,8 bilhões.

O destaque foi o município de Corumbá, onde as empresas mineradoras, Lhg Mining, Vetria Mineração, 3A Mining, que juntas com outras mineradoras de argila, calcários, areias e cascalhos, produziram de valor de produção a importância de R$ 1.434.410.637,24 e pagaram de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), no ano de 2024, a importância de R$ 46.206.590,72 - 3,22% do valor de produção mineral.

Corumbá é a 23ª  cidade do Brasil em produção mineral. As maiores empresas de mineração, em arrecadação no estado estão nas cidades de: Corumbá, Ladário, Bela Vista, Miranda, Bonito, Bodoquena, Terenos, Campo Grande, Dourados, Itaporã, Naviraí, Três Lagoas, Paranaíba, Inocência e Ribas do Rio Pardo.

Investimentos Significativos

O Grupo J & F (Lhg Mining) anunciou um investimento de R$ 5,5 bilhões na mineração de ferro e manganês nas cidades de Corumbá e Ladário, visando impulsionar a produção e fortalecer a economia local.

A Mineradora Vetorial, instalada em Corumbá, tornou-se a primeira empresa do Centro-Oeste a produzir gusa verde, um ferro-gusa fabricado a partir de carvão vegetal de florestas renováveis, reduzindo significativamente as emissões de carbono e promovendo práticas sustentáveis. Além disso, as mineradoras de ferro e manganês em Corumbá e Ladário têm investido em práticas sustentáveis para minimizar impactos ambientais e melhorar a gestão dos recursos naturais.

O coordenador de Mineração da Semadesc, Eduardo Pereira, destacou a importância desse momento de crescimento do setor mineral no estado, especialmente em Corumbá e Ladário.

"Estamos vivenciando um boom da mineração, que traz oportunidades econômicas significativas. No entanto, é fundamental que essa expansão ocorra de maneira sustentável, garantindo a preservação ambiental e a segurança das operações. Além disso, é essencial que o governo federal priorize a navegabilidade da hidrovia do Rio Paraguai, que é vital para o escoamento da produção mineral e o desenvolvimento da região", afirmou.

Segurança em Barragens e combate a incêndios

O governo estadual, através da SEMADESC e IMASUL, em parceria com a Agência Nacional de Mineração, tem realizado vistorias e apresentado relatórios sobre as barragens de rejeito de minério, assegurando o controle e a segurança dessas estruturas.

Segundo o coordenador de Mineração, no ano de 2024, no mês de junho, representantes da Coordenadoria de Mineração e Polícia Militar Ambiental (PMA) realizaram visitas técnicas às mineradoras de Corumbá e Ladário, visando fortalecer medidas de prevenção e combate a incêndios.

“A visita reforçou a importância da prevenção de incêndios no setor mineral. Empresas e órgãos estaduais demonstraram o compromisso com boas práticas ambientais, garantindo a segurança das operações e a preservação do meio ambiente”, concluiu.

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Economia

Fiscalização de Pix não afetará autônomos, esclarece Receita

Nada mudará também para quem compartilha cartão de crédito

14/01/2025 22h00

Fiscalização de Pix não afetará autônomos, esclarece Receita

Fiscalização de Pix não afetará autônomos, esclarece Receita FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL/ARQUIVO

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O reforço na fiscalização do Pix não afetará a renda dos trabalhadores autônomos, esclareceu a Receita Federal. Nas redes sociais, o órgão esclareceu dúvidas sobre o impacto das novas regras de monitoramento em situações como compra de material por trabalhadores que fazem bicos e uso de cartão de crédito compartilhado com a família.Fiscalização de Pix não afetará autônomos, esclarece ReceitaFiscalização de Pix não afetará autônomos, esclarece Receita

No caso dos trabalhadores autônomos, o Fisco esclarece que sabe que a movimentação financeira é sempre maior que o lucro final, maior que a renda efetiva do profissional. O reforço na fiscalização, reiterou o órgão, não afetará o profissional que usa o Pix para comprar materiais e insumos, porque a Receita já monitora a diferença entre os custos e o faturamento desde 2003.

“Quem faz bicos e tem custos de produção não precisa se preocupar. Mesmo que movimentem mais de R$ 5 mil, a Receita já tem o hábito de monitorar essa diferença, como no caso de quem vende produtos ou serviços e usa o Pix para o pagamento”, explicou o Fisco.

Pedreiros

A mesma situação, ressaltou a Receita, ocorre com pedreiros e eletricistas, por exemplo, que recebem pagamento via Pix e que também usam essa ferramenta para comprar material. Isso porque o Fisco já cruza esse tipo de movimentação com as notas fiscais de lojas de materiais.

“Pedreiro e o Pix para material [de construção] também não geram problemas. A Receita já sabe que esse tipo de movimentação é comum e cruza dados com outras fontes, como notas fiscais”, esclareceu o Fisco.

A Receita deu o exemplo de um pedreiro que cobra R$ 1 mil pela mão de obra de um serviço, mas a pessoa que o contrata repassa R$ 4 mil para ele comprar material, como piso. Nesse caso hipotético, mesmo que as transações sejam feitas via Pix, o Fisco já tinha a informação de que os R$ 4 mil repassados foram para a loja de materiais e não ficaram como rendimento para o profissional. Isso porque o dinheiro é movimentado por instituições financeiras.

Além disso, após cruzar as movimentações com as notas fiscais eletrônicas das lojas de material de construção, a Receita sabe dos R$ 4 mil em compras realizadas. Nesse caso, a renda a ser considerada será apenas os R$ 1 mil que o pedreiro recebeu pelo serviço de fato.

“Ninguém cai na malha fina por isso! A Receita sabe que a movimentação financeira é sempre maior que o rendimento, o ‘lucro’ tributável. Ignorar isso seria um erro primário que a Receita não comete”, esclareceu.

Cartões de crédito compartilhados

No caso de uma pessoa que compartilha o cartão de crédito com o restante da família e a fatura é maior que o salário, o Fisco esclarece que o contribuinte não cairá na malha fina. Isso porque esse tipo de fiscalização é feito há mais de duas décadas.

“Nada mudou! A Receita tem os dados do cartão de crédito desde 2003, há mais de 20 anos. Se você nunca passou por problemas, não passará agora”, enfatizou a Receita Federal.

Microempreendedores

A Receita reiterou que oferece diversas soluções para o profissional autônomo, como a abertura de um registro de microempreendedor individual (MEI), que permite a contribuição para a Previdência Social e o recolhimento dos tributos estaduais e municipais, conforme o caso. Essa solução existe desde 2008.

Combate ao crime

O Fisco destacou que as novas regras, que obrigam bancos digitais e carteiras de pagamento a informar as movimentações à Receita, buscam combater movimentação por fraudadores e criminosos e a lavagem de dinheiro, sem punir o trabalhador.

“O que a Receita quer é combater os golpes de Pix, quem usa essas ferramentas para enganar a população”

De acordo com a Receita, a fiscalização acompanha o avanço tecnológico das movimentações financeiras e simplifica a vida do contribuinte, em vez de complicá-la.

“A Receita Federal está cada vez mais automatizando o processo de coleta de informações, como os dados do Pix, para evitar que os cidadãos tenham que se preocupar com a fiscalização. A ideia é simplificar, não complicar a vida de ninguém!”, concluiu o Fisco.

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