Economia

ESTIMATIVA

Extensão do auxílio emergencial pode chegar a 429 mil pessoas no Estado

Proposta de emenda constitucional para destravar o retorno do benefício deve ser pautada na quinta-feira no Senado

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O auxílio emergencial começa a ser pauta do Congresso Nacional nesta semana. 

Conforme anunciado pelos presidentes da Câmara e do Senado, no fim da semana passada, a proposta de emenda constitucional (PEC) que trata do benefício será discutida nas próximas sessões. 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que metade dos beneficiários devem receber a nova etapa.  

Guedes disse que o governo pode conceder uma nova rodada do auxílio emergencial para 32 milhões de brasileiros.

 Segundo o ministro, o auxílio pode ser mais “focalizado” a atender à metade dos 64 milhões de desempregados, informais e beneficiários do Bolsa Família que receberam no ano passado.

Em Mato Grosso do Sul, 859,9 mil pessoas receberam o benefício no ano passado, conforme os dados do Ministério da Cidadania. 

Caso a metade dos beneficiários do País recebam a nova prorrogação, no Estado, 429 mil pessoas podem ter acesso à nova extensão.

“Se metade dos brasileiros receberem, pode ser que a metade dos beneficiários do Estado recebam. Talvez não na mesma proporcionalidade, mas pode chegar aos 429 mil beneficiários”, explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias.  

Ainda de acordo com o ministério da Cidadania, foram R$ 2,9 bilhões injetados na economia estadual com as cinco primeiras parcelas. 

Dados da Caixa Econômica Federal apontam que foram R$ 3,5 bilhões, considerando a extensão do benefício.

O auxílio emergencial foi criado durante o estado de calamidade pública – em decorrência da pandemia da Covid-19 – para auxiliar trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais e beneficiários do bolsa família prejudicados pela pandemia. 

Na primeira etapa, o governo federal destinou cinco parcelas de R$ 600. E prorrogou por até quatro parcelas de R$ 300.

Últimas notícias

Conforme divulgado pelas agências de notícias, o governo e lideranças do Congresso projetam a concessão de quatro parcelas de R$ 250, com custo total de cerca de R$ 30 bilhões. 

O benefício deve começar a ser pago em março com término em junho.

Levando em consideração a projeção de 429 mil beneficiários e as quatro parcelas de R$ 250, o Estado pode receber uma injeção de R$ 429 milhões com a extensão.

PRORROGAÇÃO

Na quinta-feira (18), os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco, reafirmaram as votações da agenda econômica e de combate à pandemia. 

Conforme informações da Agência Câmara, Rodrigo Pacheco afirmou que, nesta semana, o Senado vai discutir a PEC Emergencial. 

Pacheco sinalizou que o relator do texto, senador Márcio Bittar (MDB-AC), apresentaria um relatório com cláusula que vai permitir a implementação da medida.

Conforme reportagem do Estadão Conteúdo, o senador Márcio Bittar já entregou o relatório da PEC para destravar o benefício. 

A medida deve ser pautada na quinta-feira, no Senado, mas depende de um acordo entre as bancadas partidárias, que ainda não receberam o texto.

O relator da PEC antecipou à reportagem que o parecer estabelece gatilhos para congelar despesas na União, nos estados e nos municípios, quando os gastos atingirem 95% da arrecadação. 

Nesse caso, os gestores públicos não poderiam aumentar salários ou realizar novas contratações. A intenção é fixar esse dispositivo na Constituição para os próximos anos.

Por outro lado, o relatório não traz a possibilidade de redução de salário e jornada de trabalho no funcionalismo público como um dos gatilhos a serem aprovados, como queria inicialmente a equipe econômica. 

A retirada desse item mais polêmico pavimenta a aprovação da proposta, afirmou o senador. “Entre mortos e feridos, vamos aprovar um texto importante para o País”, disse Márcio Bittar.

Prorrogação deve aquecer a economia local

Para a economista do IPF-MS, as parcelas a mais podem fazer a diferença para aqueles que ainda estão sem fonte de renda fixa. 

“Essas parcelas fazem muita diferença, principalmente para os autônomos que ainda estão desempregados. É um recurso necessário, principalmente quando a gente considera a inflação de alimentos”, diz Daniela Dias e complementa.  

“Esse recurso é importante para dar um dinamismo para a priorização de bens considerados essenciais, como a própria alimentação. É claro que o recurso não é tão grande, não tem a robustez do anterior, mas, de qualquer forma, ajudaria”, conclui.

Ao Correio do Estado, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, disse, no início de fevereiro, que a prorrogação do benefício será fundamental para a economia local

“Nós avaliamos que deveria ter sim a extensão do auxílio, estamos vivenciando a segunda onda da Covid-19, inflação elevada, dinâmica voltada para exportação, e não mercado interno, a nossa expectativa era de índices positivos em questão de investimento, o que não aconteceu".

"No Estado, as atividades internas começam a sofrer um impacto com a questão de desemprego, as pessoas que recebem o benefício estão na informalidade. A continuidade seria fundamental, pensando até mesmo nas pessoas que precisam do básico, como alimentação”, analisou Verruck.  

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) também defendeu o retorno do benefício durante videoconferência com os presidentes do Senado e da Câmara, no dia 12 de fevereiro.

 “É fundamental a manutenção do auxílio emergencial para a população mais vulnerável, que tem sofrido. É importante a retomada do auxílio neste ano, que também será complexo e difícil economicamente". 

"Não temos o fim da pandemia, e a previsão de vacinar até o fim do ano diz que devemos alongar medidas restritivas e de isolamento – o que acaba impactando economicamente alguns setores”, destacou o governador do Estado. 

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ECONOMIA

Reforma tributária; entenda mudanças aprovadas pela Câmara

A proposta aprovada é, em sua maior parte, um substitutivo do Senado ao Projeto de Lei Complementar 108/2024 e representa o segundo texto de regulamentação da reforma tributária

20/12/2025 12h31

Plenário da Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos Deputados Agência Câmara

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Concluída Votação na Câmara dos Deputados do segundo e último projeto que regulamenta pontos centrais da reforma tributária, como a gestão e a fiscalização do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e regras do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD). O texto agora segue para sanção presidencial.

A proposta aprovada é, em sua maior parte, um substitutivo do Senado ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024 e representa o segundo texto de regulamentação da reforma tributária.

A seguir, veja os principais pontos e como eles impactam empresas, consumidores e setores específicos da economia.

O que é o IBS e como será administrado

O IBS foi criado para substituir dois tributos atuais:

  • Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos estados;
  • Imposto sobre Serviços (ISS), cobrado pelos municípios.

Comitê Gestor

A arrecadação, fiscalização e distribuição do novo imposto ficarão a cargo do Comitê Gestor do IBS (CG-IBS), formado por representantes da União, estados e municípios.

Entre as atribuições do comitê estão:

  • Coordenar a arrecadação e a fiscalização do IBS;
  • Definir metodologia e cálculo da alíquota;
  • Distribuir os recursos entre os entes federativos.

Na prática, a ideia é simplificar o controle: um único auditor poderá acompanhar a situação fiscal de uma empresa em todo o país.

Transição de alíquotas

De 2027 a 2033, as alíquotas do ICMS e do ISS para financiar o funcionamento do Comitê Gestor do IBS cairão de forma escalonada. O cronograma de redução será o seguinte:

  • Até 100% das alíquotas atuais em 2026;
  • Até 50% em 2027 e 2028;
  • Até 2% em 2029;
  • Até 1% em 2030;
  • Até 0,67% em 2031; 
  • Até 0,5% em 2032.

Financiamento da União ao Comitê Gestor

Financiamento inicial

Por causa da arrecadação menor no início da vigência do IBS, a União financiará as despesas de instalação do Comitê Gestor de 2025 a 2028 com até R$ 3,8 bilhões, distribuídos da seguinte forma:

  • R$ 600 milhões em 2025, proporcional ao número de meses da instalação do órgão;
  • R$ 800 milhões em 2026;
  • R$ 1,2 bilhão em 2027; 
  • R$ 1,2 bilhão em 2028.

A partir de 2029, o Comitê Gestor ressarcirá a União com recursos da arrecadação do IBS. O projeto permite destinar para essa finalidade um adicional do IBS de até:

  • 1% em 2029;
  • 0,5% em 2030;
  • 0,33% em 2031;
  • 0,25% em 2032;
  • 0,1% de 2033 a 2038.

O comitê poderá usar rendimentos com aplicações financeiras de receitas próprias para quitar o adiantamento.

Split payment: como funcionará

O Comitê Gestor também será responsável pelo sistema de split payment, que permitirá o registro automático de compras e vendas das empresas. O modelo é semelhante ao da Declaração Pré-Preenchida do Imposto de Renda, reduzindo erros e sonegação.

Alíquota zero para medicamentos

A proposta altera a regra atual sobre medicamentos com alíquota zero de IBS e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Em vez de uma lista fixa, o governo adotará um modelo mais flexível:

O Comitê Gestor do IBS e o Ministério da Fazenda, com consulta ao Ministério da Saúde, deverão publicar a cada 120 dias uma lista de medicamentos isentos.

A isenção valerá para remédios destinados ao tratamento de:

  1. Doenças raras ou negligenciadas;
  2. Câncer;
  3. Diabetes;
  4. Aids/HIV e outras ISTs;
  5. Doenças cardiovasculares;
  6. Medicamentos do Programa Farmácia Popular.

Continuam isentos:

  1. Medicamentos adquiridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por entidades filantrópicas que prestam serviços ao SUS;
  2. Soros e vacinas.

A mudança busca evitar judicialização e permitir atualização mais rápida da lista.

Futebol: tributação mantida para SAFs

As Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) continuarão com a tributação atual. A Câmara rejeitou o aumento previsto na primeira lei da reforma.

  • Tributação mantida: 3% (em vez de 8,5% a partir de 2027);
  • Entidades desportivas também terão redução de 60% das alíquotas gerais.

Bebidas açucaradas e bebidas vegetais

  • Câmara rejeitou o limite máximo de 2% para o Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas. Alíquota para esses produtos não terá teto.
     
  • Já as bebidas vegetais (à base de cereais, frutas, leguminosas, oleaginosas e tubérculos) terão redução de 60% nas alíquotas dos novos tributos.

Plataformas de venda on-line

Marketplaces e plataformas digitais poderão ser responsabilizados solidariamente pela arrecadação de tributos caso o vendedor associado não emita nota fiscal.

Pessoas com deficiência: mudanças na compra de veículos

Ampliação de benefícios fiscais:

  • Valor máximo do veículo com desconto sobe de R$ 70 mil para R$ 100 mil;
  • Prazo para troca do veículo com benefício cai de quatro para três anos.

ITCMD

Cobrado sobre doações e heranças, o ITCMD teve pontos aprovados na emenda constitucional da reforma tributária, em 2023, regulamentados no projeto:

  • Alíquotas obrigatoriamente progressivas, subindo conforme o valor do bem transferido;
  • Cada unidade da Federação poderá fixar alíquotas, mas Senado fixará teto;
  • Para bens móveis, títulos ou créditos, estado de domicílio do doador ou do falecido terá competência;
  • Para bens imóveis, imposto estará vinculado a estado de localização do bem;
  • Base de cálculo equivalente a valor de mercado do bem transferido.

ITBI

Cobrado pelos municípios na venda de imóveis entre pessoas vivas, o Imposto sobre a Transmissão de Bens Intervivos (ITBI) também foi regulamentado.

  • Municípios poderão aplicar alíquota menor que a do registro da escritura, se contribuinte antecipar o pagamento para a data da assinatura da escritura no cartório de notas, inclusive para imóveis na planta;
  • Base de cálculo definida pelo valor venal (valor em condições normais de mercado), em vez do valor da venda individual.

Sistema financeiro: novas alíquotas

Para serviços financeiros, a soma das alíquotas de IBS e CBS será gradual entre 2027 e 2033:

  • 10,85% (2027 e 2028);
  • 11% (2029);
  • 11,15% (2030);
  • 11,3% (2031);
  • 11,5% (2032);
  • 12,5% (2033).

Durante o período de transição, haverá reduções temporárias caso IBS, CBS e ISS sejam cobrados simultaneamente. Os redutores incidirão da seguinte forma:

  • 2 pontos percentuais (p.p.) em 2027 e 2028;
  • 1,8 p.p. em 2029;
  • 1,6 p.p. em 2030;
  • 1,4 p.p. em 2031;
  • e 1,2 p.p. em 2032.

Além disso, administradoras de programas de fidelidade, como milhas aéreas, passam a seguir o mesmo regime tributário do sistema financeiro.

Importação de serviços financeiros

Houve acordo para manter alíquota zero na importação de serviços financeiros ligados a operações como:

  • Câmbio;
  • Emissão de títulos;
  • Captação de recursos no exterior.

Em contrapartida, empresas do regime regular não poderão gerar crédito de IBS e CBS em operações de empréstimos referenciados em moeda estrangeira. A medida que busca evitar a transferência da base de cálculo dos tributos para fora do país.

Próximo passo

Com a votação concluída na Câmara, o projeto segue agora para sanção do presidente da República. As novas regras fazem parte da transição para o novo sistema tributário, que será implementado gradualmente nos próximos anos.

 

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CAMPO GRANDE (MS)

Expogrande 2026 será realizada de 9 a 19 de abril

Serão 11 dias de shows, leilões, exposições, atrações e comida típica

20/12/2025 09h45

Exposição de animais na Expogrande

Exposição de animais na Expogrande Gerson Oliveira

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86ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Campo Grande (Expogrande) ocorrerá de 9 a 19 de abril de 2026, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, localizado na rua Américo Carlos da Costa, número 320, vila Carvalho, em Campo Grande.

De acordo com publicação da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), serão 11 dias de shows, leilões, exposições de animais, música e comida típica.

Atrações musicais, estimativa de público e arrecadação/movimentação financeira ainda não foram repassados pela associação.

Polícia Militar (PMMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM) vão marcar presença para realizar a segurança do evento.

Promovida pela Acrissul, a Expogrande é considerada a maior feira agropecuária do Estado e já recebeu o título de 2ª maior feira agropecuária do Brasil, ficando atrás apenas da ExpoZebu, realizada em Uberaba (MG).

A Expogrande 2025 ocorreu de 3 a 13 de abril, com shows de Hugo & Guilherme, Matuê, Matogrosso & Mathias, Chitãozinho & Xororó, Jorge & Mateus e Vh & Alexandre.

No ano passado, o evento recebeu 125 mil pessoas e movimentou R$ 640,7 milhões.

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