Economia

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Fim do auxílio emergencial tira mais de R$ 450 milhões da economia de MS

Benefício criado para amenizar os impactos da pandemia injetou R$ 3,5 bilhões em 2020

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O auxílio emergencial, criado para amenizar o impacto da pandemia da Covid-19 no País, injetou mensalmente R$ 500 milhões na economia de Mato Grosso do Sul. O montante é 23 vezes maior do que o Bolsa Família destinava mensalmente em benefícios ao Estado.  

Dados do Ministério da Cidadania apontam que, em janeiro de 2020, o Bolsa Família destinou R$ 21 milhões a 115,4 mil famílias beneficiárias no Estado – o valor médio do benefício era de R$ 182. Já o auxílio emergencial destinava, em média, R$ 500 milhões mensais a 860 mil pessoas assistidas pelo programa.  

O auxílio emergencial foi criado em abril e destinado para pessoas pertencentes ao Bolsa Família, ao Cadastro Único ou que comprovadamente não tinham renda. 

De acordo com a Caixa Econômica Federal, somando as cinco parcelas de R$ 600 e as outras quatro parcelas de R$ 300, foram R$ 3,5 bilhões em recursos pagos a Mato Grosso do Sul.  

Segundo o Ministério da Cidadania, nas cinco primeiras parcelas foram disponibilizados R$ 2,91 bilhões no Estado. 

A extensão de R$ 300 do benefício não chegou a todos os beneficiários assistidos nas cinco primeiras parcelas.

Das 860 mil pessoas beneficiadas com o auxílio emergencial em Mato Grosso do Sul, 162 mil eram do programa Bolsa Família, 191,8 mil do Cadastro Único e 505 mil se cadastraram voluntariamente para receber os recursos.

Últimas notícias

Para a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, o giro financeiro será impactado com o fim da injeção de recursos.  

“Ainda temos um número grande de desempregados e, neste momento, o auxílio emergencial deixa de existir na economia. Pode ser que tenhamos um aumento do endividamento, das contas em atraso, e crescimento das famílias inadimplentes. 

Porque parte da população deixa de ter uma renda. E a gente ainda está na pandemia e temos reflexos tanto na saúde quanto na economia”, diz.  

Segundo a economista, cerca de 10% da população do Estado dependia exclusivamente do benefício.

ECONOMIA

Considerando a continuidade dos R$ 21 milhões destinados ao Bolsa Família, serão R$ 479 milhões mensais a menos na economia estadual. 

De acordo com o doutor em economia e professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) Mateus Abrita, todo o País vai sentir essa retirada de estímulo.  

“O auxílio emergencial é um apoio que vai direto na ‘veia’ da demanda agregada. Assim, sendo destinado ao consumo, ajuda as empresas a venderem e a manterem seus empregados. A retirada deste estímulo deixa um sinal de alerta para observarmos o comportamento da atividade econômica”, considera.

Abrita ainda diz que o ideal para a recuperação estadual seria manter o programa. 

“Mesmo que com valor mais baixo, ainda temos algum espaço fiscal para isso. Também poderíamos trabalhar em uma reforma tributária mais progressiva, na qual quem ganha mais pague mais, e sustentar esse programa”, destaca o economista.

Para o secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Ricardo Senna, o fim do auxílio deve impactar negativamente.  

“O impacto econômico e social do fim do auxílio será consideravelmente negativo, deixando de estimular a economia. Será necessária a adoção de novas medidas de estímulo à geração de emprego e renda”, afirma.

INCENTIVO

O economista ainda ressalta que a gestão estadual deve incentivar a geração de empregos.

 “O governo do Estado não tem muitos instrumentos de política econômica como o governo federal tem. Mas incentivar investimentos públicos e privados em setores que geram muitos empregos, como obras de infraestrutura e construção, pode ser fundamental para minimizar essa retirada de estímulos do auxílio emergencial”, pontua Abrita.

O secretário adjunto diz que o País terá de encontrar alternativas para dinamizar a economia, principalmente para a população mais vulnerável. 

“Que utilizou esse recurso para a compra de alimentos, que foi importante para manter setores aquecidos, como agronegócio, serviços e supermercados, fazendo com que a economia pudesse se recuperar mais rapidamente”.  

Senna ainda diz que o fim do benefício acaba impondo a necessidade de intensificar a atração de empresas, para não deprimir ainda mais a economia do Estado.

 “A Semagro intensificará as ações de atração de empresas e adotará as medidas que se fizerem necessárias para a manutenção e o aumento da dinâmica econômica do Mato Grosso do Sul”, destaca o secretário adjunto.

CAPITAL

Em Campo Grande, conforme os dados do Ministério da Economia, foram 276,2 mil pessoas beneficiadas com R$ 918 milhões em recursos – considerando as cinco parcelas de R$ 600.

O secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, disse que, do ponto de vista do equilíbrio fiscal, é compreensível que o governo federal interrompa o repasse.

“Esse Orçamento robusto tem de chegar ao fim, sob pena da dívida pública explodir. Mas, por outro lado, foi o auxílio que manteve a economia rodando minimamente durante a pandemia”, afirmou ao Correio do Estado.

Ainda segundo o secretário municipal, os gestores municipais e estaduais terão de “apertar os cintos”.  

“Os governantes terão de ser criativos para equilibrar os gastos e manter a estabilidade na economia. Está todo mundo vendo o crescimento da segunda onda, e a vacina ainda pode demorar para chegar, então o período das vacas magras na economia ainda pode durar por muito tempo”, ressaltou Pedrossian Neto.

BOLSA FAMÍLIA

Muito se especulou sobre a prorrogação do auxílio, a criação de um novo programa ou o aumento do número de beneficiários do Bolsa Família. 

Conforme reportagem do Estadão, o governo prepara uma medida provisória (MP) para reestruturar o Bolsa Família dentro do Orçamento de R$ 34,8 bilhões já reservado para 2021.

Segundo a reportagem, a ideia é unificar benefícios já existentes no programa, reajustar os valores e criar novas bolsas: por mérito escolar, esportivo e científico. 

Nesse desenho, 14,5 milhões de famílias seriam contempladas em todo o País, pouco mais de 200 mil acima do número atual (14,3 milhões).

A MP ainda está sendo trabalhada pelos ministérios e precisa ser validada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Caso isso não ocorra e a proposta seja engavetada, o governo tem espaço para incluir cerca de 700 mil famílias no formato atual do programa e com os mesmos recursos. 

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Economia

Com busca por arrecadação, Brasil teve em 2024 maior carga tributária em mais de 20 anos

Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023

13/12/2025 14h30

Crédito: José Cruz / Agência Brasil / Arquivo

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O Brasil registrou, em 2024, a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos. Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023, quando o indicador marcava 30,22%, segundo dados da Receita Federal. Caso não tivessem sido feitas mudanças na metodologia do cálculo do indicador, o porcentual chegaria a 34,12%.

No levantamento de 2024 foram excluídas as contribuições das empresas ao Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS) e ao Sistema S, cujos recursos são usados para manter sistemas de aprendizado e cultura ligados a empresas, como Sesi, Senai e Sesc.

Segundo a Receita, a mudança foi adotada para alinhar o cálculo da carga tributária brasileira às diretrizes metodológicas internacionais, como as adotadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar de terem recolhimento compulsório para as empresas, a justificativa para a exclusão é que o FGTS não pertence ao governo, mas aos trabalhadores. Já os recursos do Sistema S também não têm ingerência do poder público.

Para mitigar os impactos da mudança e permitir a manutenção da comparação dos dados ao longo do tempo, o estudo trouxe o recálculo dos valores dos anos anteriores com os novos critérios A exclusão resulta em uma redução consistente nos níveis de carga tributária registrados em toda a série.

Apesar da mudança impactar a repartição da carga tributária entre os entes federativos (com redução sobre dois tributos federais, já que tanto FGTS quanto as contribuição ao Sistema S entravam nessa rubrica), não há efeito na distribuição dos recursos, determinados por fundos de participação e transferências constitucionais.

Altas por todos os lados

A alta nos tributos do ano passado foi puxada principalmente por aumento de tributos federais e estaduais, mas a majoração da tributação aconteceu nas três esferas governamentais.

No âmbito federal, o maior impacto foi causado pela elevação das contribuições para PIS/Pasep e Cofins, seguidos por imposto de renda retido na fonte da pessoa física (IRPF), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre comércio exterior e imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Nos Estados, as maiores altas ficaram por conta de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). Na esfera municipal, o aumento de Imposto sobre Serviços (ISS) foi menor, de 0,09 ponto porcentual.

A série histórica da participação dos entes federativos na arrecadação total indica uma tendência clara: União e Municípios vêm ampliando suas fatias relativas na arrecadação, enquanto os Estados apresentam trajetória inversa, com redução contínua desde 2021.

Em 2024, a participação da União atingiu 66,14%, e a dos municípios, 7,59% — ligeiramente inferior ao valor registrado em 2023 (7,66%), o maior da série iniciada em 2015. Já os Estados, com 26,28%, atingem o menor patamar do período analisado.

O relatório da Receita também mostra que, embora a carga total brasileira esteja próxima da média da OCDE, sua composição é diferente. Há menor tributação sobre renda e propriedade no País

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LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 784, sexta-feira (12/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

13/12/2025 08h19

Confira o resultado da Super Sete

Confira o resultado da Super Sete Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 784 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 400 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - Não houve ganhadores
  • 5 acertos - 34 apostas ganhadoras, R$ 818,92
  • 4 acertos - 417 apostas ganhadoras, R$ 66,77
  • 3 acertos - 3.543 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 784 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 8
  • Coluna 2: 0
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 5
  • Coluna 5: 3
  • Coluna 6: 3
  • Coluna 7: 3

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 785

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 15 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 785. O valor da premiação está estimado em R$ 500 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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