Economia

ECONOMIA

Fábrica de ração pode gerar mais de 200 empregos

Serão 40 empregos diretos e até 200 indiretos; investimento na unidade é milionário

RAFAEL RIBEIRO (com assessoria)

26/07/2019 - 18h50
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Com um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões, a Fábrica Futura Pantanal irá gerar 40 empregos diretos e de 150 a 200 indiretos em São Gabriel do Oeste – a 137 quilômetros de Campo Grande. A pré-inauguração da 1ª unidade da Rações Futura em Mato Grosso do Sul será neste sábado (27), às 9h. Já a inauguração, ainda sem data definida, será em setembro.

De acordo com o consultor Paulo César Rocha Araújo, a nova unidade terá capacidade de produzir 20 toneladas de ração por hora. Serão fabricadas rações peletizadas, trituradas, fareladas e suplementos protéicos e energéticos.

“Nós já atuávamos em Mato Grosso do Sul, mas esta será nossa primeira fábrica aqui. E isso vai trazer não apenas emprego e renda, mas muita tecnologia para o produtor. Trabalhamos com tecnologia de ponta e o produtor de Mato Grosso do Sul poderá comprar a ração produzida no próprio estado, com mais facilidade, fretes e diminuição do custo”, contou Araújo.

A Rações Futura tem 17 anos, atua em 22 estados brasileiros e já fornece rações para Mato Grosso do Sul.

A pré-inauguração da Fábrica Futura Pantanal contará com as palestras do médico veterinário Paulo César Rocha Araújo e do engenheiro agrônomo Ricardo Alves. Eles vão falar sobre erros e acertos no confinamento de bovinos, aproveitamento do bezerro macho leiteiro no confinamento de puro grão e análise econômica e financeira do confinamento Baby Beef.

O evento será no quilômetro 51 da rodovia MS 430, em São Gabriel do Oeste.

BNDES

MS recebe R$ 40 mi de crédito para construção de armazém e fábrica de açúcar

Amazém terá capacidade para até 50 mil toneladas de açúcar e a produção diária estimada da fábrica é de até 850 toneladas, junto da usina de etanol

24/03/2025 09h16

Mato Grosso do Sul bateu recorde na produção de cana em 2024

Mato Grosso do Sul bateu recorde na produção de cana em 2024 Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Através da aprovação de financiamentos gerais da ordem de 216 milhões de reais, por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mato Grosso do Sul recebe uma parcela de crédito de R$40 milhões que vai beneficiar o desempenho do chamado setor sucroenergético do Estado.

Esses R$40 milhões de crédito, segundo o BNDES em nota, são voltados para construção de armazém e fábrica de açúcar na região leste do interior do Estado, mais especificamente no município de Nova Andradina. 

Concedido à Energética Santa Helena, o crédito representa 90,6% do total de recursos a serem investidos no município a receber as edificações. 

O armazém terá capacidade para até 50 mil toneladas de açúcar e, conforme previsto, a fábrica terá uma produção diária de até 850 toneladas junto da usina de etanol. 

Com esse empreendimento, a Santa Helena estima ampliação do quadro de funcionários (saltando de 1.280 para 1.330), estimando 100 postos de trabalhos gerados diretamente durante a implantação e outros 50 após conclusão. 

Em complemento, esse projeto deverá empregar 150 trabalhadores indiretos durante a implantação e outros 70 quando concluído, sendo parte de uma ampliação e modernização nacional que, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, está "alinhada às políticas públicas do governo do presidente Lula". 

"Pois atendem aos objetivos de fortalecer a produção agrícola brasileira, além de modernizar, reformar e construir novos armazéns, ampliando a capacidade de armazenamento e gestão de estoques para enfrentar sazonalidades", completou Mercadante.

Investimentos

Recursos derivados do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), do Plano Safra 2024/25, e da linha de crédito Financiamento a empreendimentos (Finem), o BNDES aprovou R$ 216,6 milhões, sendo: 

  • R$83,8 milhões para a Copacol - Cooperativa Agroindustrial Consolata (sendo R$ 52,84 milhões em recursos PCA e R$ 31 milhões em Finem),
     
  • R$52,84 milhões em recursos PCA para a Coamo Agroindustrial Cooperativa,
     
  • R$40 milhões para a Energética Santa Helena S.A (sendo R$ 25 milhões em recursos PCA e R$ 15 milhões em Finem), e
     
  • R$40 milhões para a Vale do Paracatu (sendo R$25 milhões do PCA e R$15 milhões do Finem).

Além de Nova Andradina, os financiamentos do Banco contemplam demais territórios, sendo as cidades de Cascavel, Jesuítas, Barbosa Ferraz, Brasilândia do Sul e Engenheiro Beltrão, no Paraná, além de Paracatu (MG).

Esse PCA é um dos chamados programas agropecuários do Governo Federal (PAGFs), financiando produtores e cooperativas rurais em busca da ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns e câmaras frias.

Tanto o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns como os demais PAGFs contam com juros equalizados pelo Tesouro Nacional, que são operados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. 

Vale lembrar que, apesar do cenário de déficit hídrico que prejudica as plantações de cana-de-açúcar, há cerca de um ano Mato Grosso do Sul bateu recorde na produção, ultrapassando pela primeira vez a marca de R$ 50,5 milhões de toneladas na safra, que representou crescimento cíclico anual de 17%.
**(Com assessoria)

 

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SEGUNDA SAFRA

Mato Grosso do Sul deve plantar 40 mil hectares de trigo na safra de inverno

Área projetada para este ano é similar à do ano passado; cultivo de trigo está em expansão no Brasil, que teve boa colheita em 2024

24/03/2025 08h30

Colheita do trigo no sul de Mato Grosso do Sul; Estado deve repetir área plantada no ano passado e torcida é para o clima ajudar

Colheita do trigo no sul de Mato Grosso do Sul; Estado deve repetir área plantada no ano passado e torcida é para o clima ajudar Foto: Divulgação/Embrapa

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Com expectativa de repetir a mesma área plantada de trigo do ano passado, Mato Grosso do Sul se prepara para cultivar 40 mil hectares do cereal nesta safra de inverno, que se inicia em abril e maio. Atualmente, o Estado ocupa a sétima posição no ranking nacional de produção, mas, na década de 1980, despontava no cenário como terceiro maior produtor do País, com área superior a 400 mil hectares. 

Segundo o pesquisador Cláudio Lazzarotto, da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados, 90% do cultivo deve ser de sequeiro e se estender pelo sul do Estado, tradicional região produtora que compreende os municípios de Dourados, Ponta Porã, Laguna Carapã, Antônio João, Aral Moreira e Maracaju, principalmente.

“É uma região onde o solo e o clima é mais propício a uma triticultura rentável”, analisa Lazzarotto.

Segundo o pesquisador, nesta safra não deveremos ter novas cultivares recomendadas para MS.

“O elenco de cultivares recomendadas, quer seja da Embrapa, quer seja de outras empresas, é de excelente qualidade, tanto agronômicas quanto industriais. Mas os trabalhos de geração de novas cultivares está em pleno andamento e, para 2026, deveremos ter recomendação de cultivares que, até o momento, mostram-se grandes produtoras [mais de 3.200 quilos por hectare] e de alto valor industrial”, compara Lazzarotto.

RISCOS CLIMÁTICOS E SANITÁRIOS

Segundo o pesquisador, apesar de a região sul de MS ter enfrentando este ano condições climáticas adversas na produção de verão, principalmente pouca chuva e calor intenso, a cultura do trigo será beneficiada por condições climáticas favoráveis.

“O maior risco continua sendo a ocorrência de brusone, doença fúngica muito destrutiva se acontecer em momento favorável a ela”, explica.

Em Mato Grosso do Sul, segundo a Embrapa Agropecuária Oeste, o trigo enfrenta uma forte concorrência com o milho, que está mais valorizado, principalmente com a demanda criada pela indústria de etanol.

“Apesar disso, temos cultivares suficientes para tornar MS um grande produtor de trigo”, reforça Lazzarotto. 

Na década de 1980, o Estado chegou a cultivar 413 mil hectares de trigo, mas uma série de fatores provocou o desmonte da atividade. 

Entre os fatores, o pesquisador cita problemas causados pelo sistema de produção da época, em que a dobradinha soja e trigo começou a causar problemas fitossanitários, tal como está acontecendo hoje com soja e milho. Além disso, o custo de produção elevado do trigo não resistiu à cultura do milho na época.

Para completar o quadro desfavorável à triticultura, Cláudio Lazzarotto relaciona outros dois fatores: a grande valorização do milho, em função da expansão da avicultura e da suinocultura na região, e a comercialização do trigo local inviabilizada pela indústria moageira de MS, que preferia o trigo importado de outros países.

Em 2024, o Brasil atingiu a segunda melhor colheita de trigo da história, com 8 milhões de toneladas – o consumo interno gira em torno de 12 milhões de toneladas a 13 milhões de toneladas. Portanto, o desafio é o de reduzir as compras e aumentar a produção.

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