Economia

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Fim de ano agita supermercados e forma filas lotadas para compras de Réveillon

Pesquisa do Procon aponta que pode haver diferença de até 220% nos preços de itens tradicionais das ceias de Natal e Ano Novo, em Campo Grande.

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Na manhã desta quarta-feira, 31 de dezembro, supermercados em várias regiões do país registraram grande fluxo de consumidores em busca dos preparativos para o Réveillon. A celebração da virada, marcada para esta noite, impulsiona a procura por produtos tradicionais das ceias e pelos itens que compõem os brindes.

Em Campo Grande, Luiz Carlos Narciso, gerente do Comper Spipe Calarge, afirma que as famílias têm buscado vinhos, espumantes, frutas, castanhas e grãos para compor as mesas festivas.

Entre os produtos mais procurados estão frutas como uva, pêssego, nectarina, ameixa, manga, abacaxi, pera, kiwi e melancia, utilizadas em sobremesas e na decoração. Castanhas também figuram entre os itens de destaque, incluindo castanha-do-pará, castanha de caju, noz-pecã e macadâmia. Grãos como lentilha e grão-de-bico também ganham espaço nas gôndolas, associados às tradições de prosperidade.

Como opção de proteína para esta noite, a variação de peixes acompanha essa tendência de cardápios mais equilibrados. Bacalhau e tilápia são os mais procurados entre os pescados.

A tilápia, segundo peixe mais consumido no mundo, registrou aumento significativo de 14,3% na produção nacional em comparação a 2024, alcançando mais de 662 mil toneladas. A espécie representa mais de 60% da produção de peixes de cultivo no Brasil.

Em relação as bebidas, a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) indica que, entre janeiro e outubro, os espumantes secos — como brut, extra-brut, nature e demi-sec — cresceram 13% em relação ao mesmo período de 2024. O moscatel também apresentou alta, embora mais moderada, após forte expansão registrada nos anos anteriores.

Somando todas as categorias, o crescimento do setor supera 8% no ano. Além dos espumantes, sucos, refrigerantes, vinhos e cervejas também estão entre as escolhas dos consumidores. 

Diferença de preços do Natal para o Ano Novo

No dia 19 de dezembro, o Procon Mato Grosso do Sul divulgou uma pesquisa que identificou variação de até 220% nos preços de itens tradicionais das ceias de Natal e Ano Novo, em Campo Grande. O levantamento, realizado em oito estabelecimentos, busca orientar os consumidores no planejamento das festas de fim de ano. 

O quilo da castanha-do-pará com casca apresentou a maior variação de preços, de 220,20%. O produto foi encontrado com valores entre R$ 29,95 e R$ 95,90. A uva Niágara, embalagem com 500 gramas, e o salame tipo italiano, da marca Seara, seguiram a mesma tendência, com diferenças de preços de 178,29% e 88,99%, respectivamente, entre os locais pesquisados.

Na ceia de Natal, os consumidores encontraram preços médios de R$ 28,14 para o panetone de frutas cristalizadas Bauducco, de R$ 32,48 no quilo do peru da marca Sadia e de R$ 36,73 no quilo do chester Perdigão.

Item tradicional da festa de Ano Novo, a lentilha da marca Donana, embalagem com 500 gramas, apresentou variação de 44,20%, sendo vendida com valores entre R$ 15,25 e R$ 21,99. A sidra Cereser, com 660 ml, teve preço médio de R$ 21,45, com oscilação de 56,46%.

O levantamento também identificou produtos com maior uniformidade de preços, como o peru da marca Perdigão e o chocotone da marca Tommy, que apresentaram variação média de 6,41%.

ANÁLISE

Alta histórica de dívidas pressiona empresas em cenário de juros elevados

Com 120 mil empresas inadimplentes em MS, juros altos e restrição ao crédito ampliam fragilidade financeira e risco de fechamento

31/12/2025 08h40

Endividamento do consumidor sul-mato-grossense também atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta

Endividamento do consumidor sul-mato-grossense também atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Com a quantidade de empresários endividados em crescimento, especialistas avaliam o cenário como um momento crítico. Dados do Serasa Experian apontam que a inadimplência entre as empresas atingiu novo recorde em 2025, contabilizando auge de 8,4 milhões de CNPJs inadimplentes em todo o País e quase 120 mil em Mato Grosso do Sul, maior da série histórica.

“Esse quadro é justamente o reflexo do modus operandi das empresas brasileiras, sobretudo as pequenas, e o que nós vemos é um quadro como esse, de uma inadimplência em taxas alarmantes”, avalia o economista Eduardo Matos.

Ainda de acordo com os dados do Serasa Experian, a região Centro-Oeste foi uma das que registrou menor volume de companhias no vermelho, com 729 mil empresas negativadas.

Em números absolutos, são os estados do Sudeste que concentram maior volume de CNPJs no vermelho, com mais de 4,5 milhões. Ainda sim, só em Mato Grosso do Sul é possível observar o aumento gradativo ao longo do ano.

Em janeiro de 2025, as empresas inadimplentes somavam 89,4 mil, enquanto em outubro o salto foi para 119,8 mil.

“Não há uma organização financeira. A cultura empresarial, em muitos casos, principalmente nas menores empresas, é puramente de subsistência, então não há um preparo, não há também a busca e o apoio adequado a essas pequenas instituições. Logicamente para os credores isso é bastante problemático”, analisa Matos.

Para o economista, existem ressalvas a serem levadas em consideração, no que se refere aos impactos diretos em vagas de emprego, por exemplo.

“Muitas dessas empresas inadimplentes já não se encontram mais em operação. Muitos empresários criam dívidas, encerram o CNPJ, ou simplesmente largam lá e empreendem sob um outro CPF, o que é infelizmente algo muito comum, a utilização popular do laranja. Ou eles ainda buscam outra forma de subsistência, outra forma de empreender, até mesmo partindo para a informalidade”, elenca.

Marcos Pelozato, advogado, contador, conselheiro e especialista em Reestruturação Empresarial, opina que o problema se agrava porque a maior parte dos empresários ignora sinais de colapso.

“O empresário brasileiro costuma buscar ajuda somente quando a situação já fugiu do controle. Quando o caixa trava, o fornecedor fecha a torneira e a dívida explode, as alternativas ficam muito mais restritas”, afirma.

A deterioração financeira pode ter origem em fatores combinados, como queda de faturamento, juros elevados, retração no crédito e falta de gestão especializada.

Nesse contexto, Pelozato ressalta que a cultura de reação tardia potencializa a mortalidade de negócios, especialmente entre micro e pequenas empresas, público que mais sofre com oscilações de receita e com o acúmulo rápido de passivos. Em sua análise, essa deterioração acende um alerta nacional.

“Se mais de 7,6 milhões de empresas estão em risco e você faz parte desse grupo, esperar não é uma opção. A omissão é uma escolha pelo fechamento”, expressa.

O especialista ainda reforça que a situação de inadimplência generalizada já começa a produzir efeitos sistêmicos no funcionamento das empresas.

Com o aumento da restrição ao crédito e o avanço das dívidas vencidas, companhias de menor porte têm perdido capacidade de honrar compromissos, renegociar com fornecedores e manter estoques básicos.

Endividamento do consumidor sul-mato-grossense também atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta

SOLUÇÕES

Pelozato aponta que restam, na prática, dois caminhos para as empresas financeiramente travadas: aderir a um processo profundo de reestruturação, como o conselho de crise, ou ingressar com pedido de recuperação judicial. Ambos exigem diagnóstico estruturado, reorganização do passivo e ação imediata.

“A recuperação judicial não é uma confissão de fracasso. É uma ferramenta legal que protege empresas viáveis”, explica.

Ele também defende uma atuação mais preventiva por parte de profissionais de contabilidade e do direito, que muitas vezes só são acionados em momentos de colapso.

“Falta conhecimento técnico entre empresários e até entre profissionais que deveriam orientar esses negócios. Sem essa preparação, muitas empresas acabam fechando sem sequer considerar alternativas legais de reorganização”, acrescenta.

Ainda na opinião de Pelozato, o tempo é um fator decisivo em todo processo. Empresas em situação crítica precisam agir em questão de semanas, não meses.

“A cada mês de atraso, a dívida cresce, o caixa diminui e as chances de recuperação despencam. Reorganizar o passivo, renegociar dívidas e comprovar a viabilidade econômica são etapas que precisam ser iniciadas imediatamente”, conclui.

Na avaliação de Matos, o alívio desses índices só é possível com uma taxa de juros mais barata e o objetivo precisa ser a estabilidade econômica.

“Nós temos um custo financeiro muito alto, principalmente um custo de juros muito alto. Então é claro que, no momento em que o empresário adquire uma dívida, ele tem ciência da taxa de juros que vai ser paga, mas isso é um problema, porque o capital de giro em muitas empresas, em muitos setores, é um problema real. O custo financeiro, o custo do capital, ele precisa ser barateado”, enumera.

“Isso só vem com uma estabilidade econômica, uma economia instável gera um custo financeiro muito alto, um custo de crédito muito alto”, complementa.

Além da política monetária, Matos destaca a importância de preparo e apoio institucional aos pequenos negócios.

“Principalmente ao que o Sebrae já desenvolve, o governo do estado de Mato Grosso do Sul desenvolve, outras entidades desenvolvem, o próprio Senac tem iniciativas importantes, justamente para contornar problemas como esse e evitar problemas”, sugere.

Na mesma linha, o economista Renato Gomes avalia que a diminuição da taxa Selic e a redução dos impostos que incidem sobre a produção e o consumo seriam medidas centrais para aliviar o endividamento empresarial.

“A diminuição da taxa Selic e a diminuição dos impostos que incidem sobre a produção e o consumo seriam as duas principais medidas que poderiam contribuir para que as empresas brasileiras superassem esse fardo que carregam, e que hoje está representado no endividamento empresarial excessivo”, afirma.

“Além disso, programas generalizados de parcelamentos de dívidas tributárias, porém com perdão das multas e dos juros. Alguns dos impactos seriam: maior disposição a investir, mais capacidade de assumir compromissos, mais confiança dos empresários em colocar projetos de pé”, finaliza.

CONSUMIDORES

O endividamento do consumidor sul-mato-grossense também atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta.

Segundo os dados de outubro, o Estado soma 1.234.934 moradores com o nome negativado, o equivalente a 57,2% da população. Somados, eles acumulam 5,42 milhões de dívidas, que totalizam R$ 9,23 bilhões.

As dívidas com bancos e cartões de crédito são as principais responsáveis pela inadimplência, concentrando 29,6% do total. Em seguida vêm as financeiras (18,3%), o varejo (10,9%) e as contas básicas de serviços como energia e telefonia (12,8%).

Os dados mostram que a inadimplência em Mato Grosso do Sul é estrutural e crescente, mesmo com o avanço de modalidades de crédito mais acessíveis, como o consignado CLT e o saque-aniversário do FGTS, que têm funcionado como alívio imediato, mas ampliado o risco de endividamento permanente.

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LOTERIAS

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1158, terça-feira (30/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 21h; veja quais os números sorteados no último concurso

31/12/2025 08h28

Confira o rateio do Dia de Sorte

Confira o rateio do Dia de Sorte Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1158 da Dia de Sorte na noite desta terça-feira, 30 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 150 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 42 apostas ganhadoras, (R$ 2.101,75)
  • 5 acertos - 1.365 apostas ganhadoras, (R$ 25,00)
  • 4 acertos - 16.467 apostas ganhadoras, (R$ 5,00)

Mês da Sorte: Janeiro - 53.089 apostas ganhadoras, (R$ 2,50)

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1158 são:

  • 15 - 26 - 06 - 09 - 30 - 14 - 27
  • Mês da sorte: 01 - janeiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1159

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sábado, 3 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 1159. O valor da premiação está estimado em R$ 450 mil.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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